Mau trato de animais!

Mau trato de animais!
2006-11-29

O Supremo Tribunal alemão deu razão às queixas de muçulmanos considerando a matança ritual de animais legal, ao contrário do que instâncias inferiores tinham decidido. Esta prática (entre muçulmanos e judeus) prevê que os animais sejam mortos de maneira sangrenta sem qualquer anestesia ou atordoamento.

É legalizado um ritual que não tem compaixão pelos animais.

Conseguem ocupar mais um espaço social na Alemanha em nome da liberdade de religião: segundo a sua prescrição religiosa, a carne não pode conter sangue, para não ser impura. Se é verdade que essa prescrição religiosa se baseia no Corão também é verdade que o Corão não obriga ninguém a comer carne. Pode-se ser vegetariano. Porque vêm exigir esse direito a um país que tinha proibido essa prática quando podiam importar a carne da Turquia? O facto de se quererem afirmar mesmo em questões acidentais só ajuda a fomentar a xenofobia!

Desde há dois mil anos se sabe que não é impuro o que entra pela boca mas o que sai dela!…

Isto não deve significar um levantar o dedo contra os muçulmanos porque a barbaridade da matança de quantidades sem conta de animais se deve mais a nós Ocidentais que exageramos no consumo da carne. Além disso esses povos ainda não passaram pela época do renascimento.

Também ainda me recordo, de quando era pequeno, como os porcos eram mortos e como o sangue jorrava não falando já do esbugalhar do olhar animal e da luta do animal com a morte. Desde então aprendi a venerar a carne que como e a ser mais regrado no seu consumo… Os animais vertebrados sentem a dor como nós.

Nesse tempo não eram conhecidos ainda os novos métodos dos matadouros que poupam já muitos dos sofrimentos aos animais embora estes certamente pressintam a sua morte quando arrastados para os matadoiros.

O Supremo tribunal legaliza a desumanidade dando um passo em direcção à Idade Média e o que é pior ainda fundando a sua decisão em nome da liberdade religiosa. Os juízes enganam-se no fundamento que dão para a permissão. Ou será que querem abandalhar o religioso? Aqui não se trata do cumprimento duma obrigação religiosa mas duma prescrição para a comida. De facto não é exigida a matança do animal de maneira sangrenta. O Corão apenas proíbe o consumo de alimentos impuros (Suras 1, 168 e 5, 4) não obrigando ninguém a comer carne. Para mais a autoridade religiosa da universidade do Cairo considerou o emprego do electro-choque rápido conforme ao Corao, podendo assim, os que se orientam pela norma, renunciar à forma arcaica brutal da matança.

O mesmo se diga de touradas em que o sangue jorra e em que o animal é maltratado e morto de forma cobarde em campo.

Estas e outras tradições de barbaridade com um pouco de fantasia poderiam ser transformadas ou mesmo substituídas por práticas ou ritos mais “humanos”. Se queremos enobrecer o Homem teremos de começar por considerar e respeitar o animal tal como fazia no século XII Francisco de Assis com “o irmão burro”, a irmã vaca, “o irmão sol”…

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103634/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=11&anon=2006

António da Cunha Duarte Justo


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Comentários:

Matanças e touradas – – – 2006-12-03
Para o Budismo toda a vida é sagrada (princípio do ahimsa ), nem que o ente em questão não passe dum simples insecto. Nele há uma irmandade cósmica com tudo quanto é vida. Sejam pessoas, animais ou plantas.
Neste aspecto o Budismo poderia sevir de lição quer seja aos mulçumanos e Judeus, matando os seus animais sem qualquer anestesia ou atordoamento, quer seja para os Cristãos com as suas touradas sanguinárias: estas que ainda são mais brutais do que a morte de um animal sem anastesia, dado que neste último caso o golpe mortal é tão certeiro que os animais em questão mal sofrem.
A tourada é, quanto a mim, uma das coisas mais abomináveis do mundo Cristão, termine ela com a morte do touro em plena praça ou não. Aquilo é uma verdadeira barbaridade. E o pior de tudo é que milhares de Cristãos apoiam incondicionalmente aquele espectáculo.

Luís Costa
Mau trato de animais! – – – 2006-11-30
Pedro Duque
De acordo. Só resta uma questão: onde é que a coerência se baseia? Uma má prática não tem suficiência lógica para justificar a próxima.
Não será que somos todos demasiado compreensivos?

António da Cunha Duarte Justo
– – – 2006-11-30
Concordo a 100% na punição do maltrato de animais, mas quero lembrar que a Tourada é legal em Portugal.

Encaixa-se quase perfeitamente no “Esta prática (entre muçulmanos e judeus) prevê que os animais sejam mortos de maneira sangrenta sem qualquer anestesia ou atordoamento.”, com a eventual diferença que antes de serem mortos os animais são torturados numa arena perante uma multidão de espectadores…

Caso essa lei fosse aprovada em Portugal, não ia aplaudir, mas compreenderia, pois há que ser coerente!

Pedro Duque

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL
2007-12-23

Feliz Natal
e
Próspero Ano Novo

Queridas e queridos visitantes!
Queridas amigas e queridos amigos!

Desejo-vos, de coração, um Natal cheio de graça e alegria e muita saúde, felicidade, sucesso e a bênção de Deus no dia a dia no ano 2008.

Amanhã já é dia de consoada. A paisagem aqui em Kassel já tem um ambiente natalício com a sua brancura da neve e os cinco graus negativos. O frio também contribui para um maior aconchego. Já me alegro ao pensar na consoada.

Depois do stress das compras das pencas, do bacalhau e das prendas vem a preparação da Seia ao entardecer.Com o chegar da noite reúne-se toda a família para a consoada, o jantar da consolação.

Os desejos dos filhos empilhados à frente do presépio e da árvore de natal esperam pacientes pelo seu momento.

Depois duma comida toda ela fumegante a tradição e a espírito familiar passa-se à fase expressiva da noite. Antes da distribuição dos presentes, cada membro da família contribui com algo específico para dar feição adequada à noite. Uns tocam algumas peças de piano, outros lêem uma poesia, uma história por eles feita, ou algum texto natalício. Para terminar a sessão cultural lê-se o texto bíblico que narra o nascimento de Jesus, segundo Lucas 2,1-20. Depois passa-se aos presentes. O filho mais novo irá trazendo as prendas à medida que são abertas.

Finalmente, iremos à missa do galo.

Um abraço natalício cordial

António Justo

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António da Cunha Duarte Justo


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Feliz Natal – – – 2007-12-30
Obrigada pela forma como nos falou do Santo Natal em família. È importante redescobri-la nos tempos de hoje e termos consciência do Menino Deus que Nasceu de noite- a missa do Galo Adoremos o Menino que Vem.

Ernestina Matos
Feliz Natal – – – 2007-12-28
Com tanta coisa, o snhor e a vossa familia deviam ter ficado bem satisfeitos e fizeram uma boa dejestão.
Para mim não foi igual! com os 177 euros e 88 centimos que ganho de reforma, apenas deu para comer uns restos que sobraram do dia anterior.
Mesmo assim receba um abraço e bom ANO-NOVO.

José da Palma

União Europeia – Razão e Fé

União Europeia – Razão e Fé
2007-10-17

Partidos à Margem da Nova Mundivisão Científica

A Europa foi desbravada com a charrua da fé e da razão. Também Portugal, na sua fase áurea, foi à conquista do mundo, com o arado da fé e da razão, contribuindo com a sua obra colonizadora para o desenvolvimento das civilizações.

Em que se terá de basear hoje a Europa para a conquista do futuro? Na redescoberta da união da fé com a razão, na reunião da filosofia e das Ciências Naturais?

O que resta de Cristão no Ocidente? A investigação do específico religioso na cultura europeia não se pode reduzir a um trabalho de arqueologia. Exige uma tarefa de argumentação dialógica. A Europa é judaica, grega, romana, bárbara, ortodoxa, católica, protestante, revolucionária, dialéctica e mística. Dela surgiu a globalização que é o início da resposta ao espírito novo, à nova consciência do ser humano a que o século XX deu base com a superação das contradições de espaço e tempo no contínuo espaço-tempo e a superação do dualismo matéria-energia. Esta descoberta ainda não entrou na consciência política europeia.

Desenvolvimento da Consciência Europeia
No desenvolver das nações, nos seus altos e baixos, houve sempre uma linha condutora que ligou a Europa. O cristianismo manteve o culto da razão no equilíbrio polar de corpo e alma.

Com o início da época moderna no séc. XVI e a correspondente divisão das ciências e fragmentação política e religiosa, sob a égide das ciências naturais obteve-se um grande desenvolvimento tecnológico na Europa.

Galileu Galilei no século XVI dá início ao credo da nova época determinando o absolutismo da nova ciência com o seu programa:”Medir tudo o que é mensurável e tornar mensurável o que ainda não é.” Descartes com a geometria analítica e o exagero do princípio dualista realiza a separação completa de corpo e alma.

Com a passagem do pensar lógico para o pensar racionalista exagerado, o iluminismo e a Revolução francesa (e seus sequazes) querem banir tudo o que é cristão e substitui-lo pela sua nova ideologia em toda a Europa. Depois da revolução francesa afirmam-se no espaço político dum lado as forças restaurativas (socialismo e republicanismo) e do outro as forças conservadoras. Nesta época o racionalismo impõe-se à razão e à religião desembocando na praxis tecnológica e tecnocrata. A grande actividade renascentista levou também aos becos sem saída mecanicista, materialista e racionalista. A pós-modernidade procura um caminho para sair da crise. O espírito ocidental manteve-se mais num espírito católico que não cede ao dualismo e não se perdeu no experimentalismo.

No século XIX e XX o socialismo queria tornar-se o sentido da Europa. As novas descobertas da física relegam o socialismo para uma ideologia presa ainda no espírito do séc. XIX. O fracasso do sistema socialista e das ideias da geração de 68 tornam-se cada vez mais visíveis. Incapaz de se modernizar a família socialista ainda actua desesperadamente estoirando os seus últimos cartuxos. Procura, com uma determinada maçonaria, influenciar a Europa a nível da sua Constituição e instituições, bem como com intervenções autocráticas, quando se encontram em funções governamentais. Perde-se na luta cultural. O seu problema está em ter perdido o comboio da história e da ciência. Enquanto que o catolicismo muito lentamente se adapta à nova visão da ciência os credos políticos apenas se aproveitam das suas marginalidades mantendo a sua mundivisão antiquada. O seu desespero manifesta-se no militantismo dum progressismo ultrapassado contra uma sociedade de espírito cristão que, apesar de vagarosa, por não ter concorrentes sérios a nível de visões e modelos intelectuais de sociedade, está segura da sua presença no futuro da Europa e do mundo. Os democratas cristãos e os conservadores europeus distanciaram-se do missionarismo marxista mas também eles, desorientados, se deixam similarmente levar pelo mero pragmatismo.

Assim a União Europeia tornou-se numa realidade de grande sucesso à margem da ideia do ocidente cristão. No debate sobre a Europa do futuro, o elemento cristão é imprescindível. Ignorá-lo significaria a abnegação de si mesmo. Há forças ligadas à tradição extremista da revolução francesa (um certo liberalismo, socialismo e o republicanismo laicista), agarradas às velhas ideias mecanicistas, materialistas e racionalistas da velha ciência, que continuam empenhadas em desacreditar a história do ocidente. O laicismo quer declarar a religião como coisa privada. À margem da realidade mundial e dos verdadeiros ideais de democracia, desconhecem que não há liberdade sem liberdade de religião / consciência, tanto a nível público como privado. Optam por um restringimento nacional. Desconhecem a mundivisão da nova ciência e a filosofia cristã. Vivem oportunamente dos erros duma economia abandonada a si mesma.

A história da Europa seria incompreensível sem o cristianismo. A Europa tornou-se uma grandeza geográfica e política através dele. O Ocidente como toda a cultura tem os seus fortes e os seus fracos. Não se pode viver na limitação da nostalgia nem na ilusão dum mundo intacto. Política e religião têm que tomar mais a sério as descobertas da nova física no início do séc. XX. A política para dar resposta aos sinais dos tempos deve rever a sua ideologia com base na nova ciência e a religião deve acentuar o pensar místico incluído na fórmula trinitária que se encontra muito perto da fórmula física.

Um elemento que não poderá ser esquecido no espírito da Europa é também a ortodoxia.
A discussão ideológica e a tentativa marxista e racionalista laicista de impedir a referência cristã na Constituição Europeia e um certo actuar anti-cultural posto na ordem do dia, revelar-se-ão como um erro no futuro dum socialismo integral.

A declaração pelo cristianismo não implica o monopólio cristão do espírito da história europeia. O carácter discursivo do espírito grego, romano e judaico e o ideal da liberdade são aspectos vitais da identidade espiritual europeia. O cristianismo, nas suas várias expressões e o espírito europeu em permanente discurso e constante acção recíproca dos diferentes povos e sub-culturas europeias, com a sua ideia católica, são um modelo exemplar para a configuração do mundo. Isto é óbvio também pelo facto dos princípios éticos serem objecto da discussão e não garantidos pela jurisprudência ao contrário da maneira de estar islâmica e do credo comunista. A civilização cristã é, na sua essência, aberta. Uma praxis europeia com fundamentos na ética, Deus, constituição revelou-se muito oportuna. A constituição está ligada aos valores. Um preâmbulo de Magna Carta que expresse a responsabilidade, Deus, o Homem, a consciência na liberdade do desenvolvimento corresponde ao desenvolvimento da Europa através dos tempos. A Constituição Polaca seria o melhor exemplo a seguir, neste aspecto. Ela fala da responsabilidade perante Deus e perante a própria consciência…

Não há nenhum euro-centrismo na tradição judaico-cristã. As raízes do cristianismo e a sua origem estão fora da Europa. Tomás de Aquino e Alberto Magno possibilitaram a discussão com a Antiguidade. O protestantismo acentua a continuidade dos fundamentos dos primeiros séculos, enquanto que o catolicismo opta por uma apropriação na continuidade. A independência de igreja e estado é específica. A cultura cristã possibilita assim a multiplicidade das formas de vida. Ao contrário do Islão que é anti-moderno e só se comporta tolerante quando vive em diáspora; falta-lhe ainda a teologia. O cristianismo é compatível com as diferentes culturas sem condicionamento hegemónico. Esta é a vantagem do modelo europeu.

O passado europeu ainda se encontra muito presente. Ainda se não reconciliou na relação entre cristãos ortodoxos, católicos e protestantes nem com o laicismo dos ideais do liberalismo da revolução francesa. As experiências sangrentas com a revolução francesa e as guerras civis republicanas ainda se encontram muito presentes na consciência europeia.

O Vaticano II procura a reconciliação. Na verdade o berço da dignidade humana é o cristianismo, só que a instituição se preocupou demais pelo poder, pela instituição. Um pensar baixo laicista persiste em antagonizar cristianismo, liberdade e iluminismo. Nesta luta de galos na mesma capoeira perdem-se muitas penas. A Europa precisa de qualidade espiritual e de perspectivas construtivas. A fórmula é fé e razão independentemente das patologias da fé e da das patologias da razão. A razão tem que continuar a acção purificadora das patologias religiosas tal como o cristianismo terá de purificar as patologias da razão que se manifestaram na concepção do homem como um produto. Também a razão tem fronteiras como se pode ver na bomba atómica e ao passar da lógica para o racionalismo. A esquerda tornar-se-ia infiel a certos princípios que defende se continuar no combate de castelos no ar e na guerra a um cristianismo macarrónico.

O melhor sistema de relação entre igreja e estado é o modelo alemão em que há uma relação de independência na parceria. Este modelo tem naturalmente os seus quês numa nova situação com o aparecimento dum islamismo com elementos ainda incompatíveis com a democracia.
Um processo de aprendizagem estará no trato de religião e política com a liberdade. Isto pressupõe um longo processo. A experiência nos Balcãs pode ser vista como chance ou como ameaça, o nacionalismo bósnio por um lado, uma polónia vital mas muito próxima à ortodoxia por outro. O mundo cada vez se torna mais numa “aldeia” não permitindo que se desça do comboio da história.

A Europa é a alternativa ao poder todo-poderoso das ideologias. Os muçulmanos terão de se abrir ao pensamento científico. Doutro modo haverá o perigo duma Balcanização da Europa.
O laicismo religioso da Turquia fere a liberdade, não sendo compatível com a Europa. Por sua vez os cristãos não podem aceitar que a religião seja reduzida a coisa privada ou sujeita a favoritismo. Os cristãos aprenderam a lição uns com os outros. O individualismo vê o estado e a Igreja como um perigo. A esperança numa liberdade que tudo promete é vã.

A religião será cada vez mais tema. É-o já na Europa desenvolvida. O secularismo terá de se tornar mais humilde e aberto, doutro modo diminuirá bastante, falhando a sua missão. A religião, quer queiramos quer não, permanecerá uma constante evidente. A América é um exemplo em que religião e modernidade não são contradições. A religião faz parte da discussão intelectual. O relativismo ainda vigente em alguns credos político-administrativos é uma ironia acerca do próprio vazio. Na província europeia instalada em certos meios de influência portuguesa ainda se continua a viver da luta pela luta, da luta de pseudo-intelectuais contra a cultura da maioria.

As pessoas procuram Deus, segurança, salvação, comunidade, vida subjectiva expressa em diferentes atitudes. Precisa-se da diferenciação dos espíritos e de diversas modalidades de vida.

A verdade liberta-se na liberdade, ao decidirmo-nos por ela. Muitos terão de aprender a nadar na nova religiosidade. Esta não oferece garantia a ninguém. Pode ser uma chance para todos. A renascença da religião não permite o regresso ao passado apesar dos impulsos muçulmanos. A fixação na autoridade é estranha à realidade cristã e contrária ao desenvolvimento subjectivo.

Sendo o cristianismo a fonte da Europa não deve ser reduzido a arqueologia. O futuro do cristianismo na Europa depende naturalmente do seu número e do seu testemunho e o desenvolvimento da civilização ocidental dependerá da fidelidade ao espírito judaico-cristão..

A Europa foi construída na dialéctica entre tradição e inovação, entre fé e razão. Uma fé não fechada em si mesma mas sempre dinâmica no seguimento da inteligência e amparada pela razão não precisa de temer o futuro. A Europa soube integrar a revolta no seu ser, através duma sabedoria prática.

O cristianismo é também um parceiro imprescindível à União Europeia nas diferentes plataformas de diálogo entre as civilizações e as culturas. Seria miopia assentar as relações internacionais apenas nas forças militares e económicas desconsiderando o papel das ciências e da religião na formação das mundivisões.

Sistemas partidários antiquados
Só modelos totalitários se julgam capazes de dar resposta à perfeita realização humana. Todo o absolutismo abafa o homem. Nenhum futuro, nenhum Deus, nenhum ser humano pode ser encerrado num sistema seja ele político, religioso ou intelectual.

Só a investigação fundamental da ciência europeia do séc. XX conseguiu, com as descobertas de início do século, dar resposta às novas necessidades iniciando uma nova tentativa, uma nova mundivisão e método de trabalho que pressupõe uma nova maneira de estar no mundo. As elites políticas do séc. XX não compreenderam esta revolução científica e continuam fiéis às velhas ideias. Assim aqueles que antes eram símbolo do progresso tornaram-se o seu impedimento, muito embora em nome dele.

Hoje o grande problema dos nossos sistemas partidários é o facto de se manterem antiquados, continuando a aplicar a mundivisão do século XIX, o exagero iniciado no séc. XVI e cujos extremismos se manifestam no (racionalismo), no marxismo, no pragmatismo e no existencialismo.

Desconhecem a nova ciência iniciada com Planc (teoria quântica) e com Einstein (teoria da relatividade que superou o materialismo dualista). As ideologias políticas modernistas, que determinam actualmente o dia a dia político europeu, ainda se encontram prisioneiras das velhas ideias dos tempos modernos que dominaram até ao século XIX. Vivem à margem da nova ciência que superou a velha maneira de pensar racionalista e materialista.

O futuro implica, com a base da experiência da época moderna, a reactivação duma visão complementar de todas as disciplinas, procurando evitar todo o dualismo e iniciar uma nova maneira de encarar a realidade na integração da ciência naturais e humanas. Uma nova plataforma dos partidos terá que assentar numa dinâmica polar complementar. O Universalismo só será possível numa visão integral, não dualista.

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103628/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=10&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo

Portugal – Povo nas Valetas das Estradas

Portugal – Povo nas Valetas das Estradas
2007-08-17

Caminho de Fátima na Continuação dos Caminhos de Santiago

Um Estado sem respeito pelo povo continua a mandar para a valeta da estrada o seu povo. Um Estado que apenas se preocupa com estradas e auto-estradas para os instalados da vida e para os contribuintes despreza o povo caminhante.

Quem vem da Europa fica confuso ao observar grupos de caminheiros para Fátima em itinerários sem respeito nem consideração pelo peão. Humilhação pura para pessoas de consciência com um mínimo de exigências!

Os peregrinos, acordeirados, nas suas vestes reflectoras fazem lembrar almeidas da Câmara e das Juntas de Freguesia, enfim, um Estado de ovelhas! É uma dor de alma ver-se o povo a caminhar pela estrada nacional nº. 1, a ter de andar pelos IP e IC por falta de caminhos próprios. Uma imagem que se repete e ninguém parece notar. Esta imagem parece ser uma metáfora duma sociedade a quem não é dada a possibilidade de introspecção. Mesmo as coisas mais íntimas são acompanhadas de ruído poluidor.

A pé no asfalto, exposto ao perigo automóvel, comendo o pó das estradas, inspirando o Anidrido Carbónico dos tubos de escape, exposto ao calor das estradas, ao ritmo do ruído automóvel, portugal peregrina para Fátima. É o portugal povo de que se serve o tal Portugal, o Portugal dos instalados, aquele Portugal que só parece conhecer estradas e ruas para carros, ou itinerários sem povo.

A caminho, como se pode observar nas estradas do Norte de Portugal, um Portugal migrante de férias a cumprir promessas que o destino lhe obrigou a fazer. O destino do povo das bermas, do povo das valetas das estradas é fazer promessas para fugir à dor na ânsia pela sobrevivência, o destino dos outros, dos das “auto-estradas” é viver das promessas não cumpridas das campanhas eleitorais! A estrada da nação, na sua maior parte, não contempla peões nem ciclistas, menos ainda peregrinos, para estes reserva-lhe, quando muito as faixas luminosas.

A elaboração do caminho do Norte para Fátima é mais que óbvia. A sua ausência é uma acusação justa ao Estado, à Igreja, às Câmaras e Juntas de Freguesia e aos deputados que não estão atentos às necessidades reais do povo, vivendo uns à custa da sua devoção e outros à custa dos seus impostos e dos seus votos.

Senhor Presidente da República, senhores do Governo, senhores presidentes e senhores Bispos, juntem-se e planeiem em conjunto ruas, estradas e caminhos com árvores, com vida. Realizem o caminho de Fátima, conscientes da sua grande dimensão económica, social e espiritual no sentido de integrar, de maneira digna, o património nacional no internacional europeu, na tradição do itinerário dos caminhos de Santiago. Neles se reflectem o espírito e a cultura dos povos, o espírito universal que é o nosso.

Portugal tal como os peregrinos tem que levantar os olhos para o horizonte consciente de que não há caminho feito mas se faz caminho andando. Peregrinando servimos a higiene corporal e espiritual não ficando parado em nenhuma etapa da vida, ideologia ou crença. A vida é fundamentalmente caminhada, é aventura, arte e mistério. A missão nobre de toda a elite, se o é, é popular. Deus é povo!

Imagine-se que ao lado destes caminhos se juntavam não só paróquias e Freguesias mas também roteiros da arte e centros de veraneio ecológico com artistas e iniciativas ao vivo onde se revivesse o brio das aldeias tão necessitadas da dignidade roubada por uma política proletária que apenas conhece o fomento da cidade Zeca!…

Uma sociedade técnica não pode desprezar o percurso pedonal, a que se deveria ligar a bicicleta e também o cavalo. De trinta em trinta quilómetros seriam necessários albergues dignos e económicos. A Comissão Europeia certamente apoiaria com milhões um projecto que ligasse aspectos históricos, culturais e recreativos dum turismo não só espiritual como alternativo a toda a Europa. Valeria a pena iniciar um caminho iniciático na descoberta do comum das paisagens interiores e exteriores. Neste trajecto não faltariam certamente ligações aos templários. Tudo isto na continuação da descoberta do Santo Grahal.

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103606/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=08&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo


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– – – 2007-10-10
Caro António Justo:
Foi com muito agrado que encontrei este seu texto numa busca ocasional na net.
Deus põe em contacto as almas quando se trata de fazer avançar as boas ideias e obras.
Somos um grupo da paróquia de Carcavelos (Cascais) que nos últimos 3 anos temos peregrinado pelos caminhos de Santiago; desejamos concretizar uma experiência de apoio aos peregrinos, tomando conta de um albergue durante parte do ano.
Eu penso que seria importantíssímo dinamizar o(s) caminho(s) para Fátima, irmanando-os com os de Santiago (não é por acaso que S.Tiago foi sobrinho de Nossa Senhora).
Cumprimentos
Luis Nogueira Ramos

Luis Miguel Nogueira Ramos
Estudante – – – 2007-08-27
Justo: sua escrita é corrosiva. E pergunto a mim por quais labirintos imateriais conseguiu achar meu saite? Obrigado pelo sincero comentario e espero agrada-lo mais com textos meus e imagens trabalhadas por mim ou de referencia historica.
Moro no Brasil, Mato Grosso. Se um dia quiser caminhar pelo “caminho das cachoeiras” estarei ao seu dispor para compartilhar os sentidos abertos.
te abraço
Afonso Alves
dionisios.zip.net

Afonso Alves
Portugal – Povo nas valetas das estradas – – – 2007-08-27
Caríssimo e Ilustre
Professor António Justo,

Antes de mais, quero saudar o seu regresso a este espaço, depois das férias em Portugal.

E assinalar, também, assunto que nos trás à nossa apreciação, por ser mais do que pertinente, ACTUAL!

Infelizmente, temos em Portugal um Poder Autárquico cego, surdo e mudo e, sobretudo, insensível às questões de natureza espiritual, mas que só se lembram que elas existem quando há eleições…

Do Governo da Nação nem vale a pena falar, pois só está preocupado com as altas negociatas, como as “OTAS”, que nem OTA nem DESOTA, e a rejeição das alternativas que lhes estão a tentar impôr… Onde, também, o Presidente da República mais parece andar a presidencializar noutra galáxia que não é Portugal…

Neste ambiente, o que se poderá esperar da Igreja Católica e das autoridades religiosas?…

As questões que coloca são de uma importância plural que, só neste pobre país, passam ao lado, porque os que detêm responsabilidades de planeamento e de investimento, porque são incompetentes e sem sensibilidade, fazem vista grossa…

Depois de aprovada à força, por imposição de um Primeiro-Ministro Socrático e ATEU, como é José Sócrates, a IVG – Intervenção Voluntária da Gravidez com menos de 30% dos votantes, porque as abstenções galoparam para mais de 50%, o que é de esperar?…

É este o País que temos e os governantes incompetentes que estão mais apostados em destruir, fazer terra queimada, do pouco que resta de Portugal…

De um Portugal, cada vez mais, a caminhar para a cauda da Europa, com Malta a ultrapassar-nos, e ninguém tem olhos na cara para ver esta situação gritante e escandalosa… Mas, acima de tudo, está a exercer a Presidência da União Europeia, que se prepara para fazer aprovar a Constituição Europeia ou outro documento equiparado, sem que os portugueses tenham o direito de se expressar em REFERENDO, e o mais grave com a cobertura política do Presidente da República…

É este o Portugal livre e democrático saído da “dita” Revolução dos Cravos, de 25.Abril.1974!…

Quando, paulatinamente, tudo isto se passa num País onde os Governantes, a começar pelo Primeiro-Ministro, cada vez mais mentem e atropelam e postergam os mais elementares Direitos de Cidadania dos portugueses, as questões que acaba de levantar no seu lúcido, competente e inteligente artigo (post), infelizmente, acabam, na óptica deles, por não passar de meros “amendoins” que nem os macacos os querem porque são pôdres…

Perante todo este cenário, afigura-se-me, salvo melhor opinião, que da parte da Igreja Católica se assiste, também, a um cruzar de braços, por conformismo, porque os seus responsáveis parecem permanecer cristalizados…

E eu, a título de exemplo, pergunto:

– Hoje, por onde anda a então voz incómoda de Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal?

A receber comendas e condecorações atribuídas pelo Governo no 10 de Junho?…

Nunca, em Portugal, a situação política, económica e social, atingiu foros de tão elevado escândalo e imoralidade como a que se está a viver! E a voz da Igreja Católica não se faz ouvir porquê?…

No título do seu excelente, oportuno e objectivo post, refere: “Portugal – Povo nas Valetas das Estradas”, mas, pela leitura que me permito fazer da actual situação, diria: Portugal – Povo nas sarjetas das ruas e das estradas…

É esta a consideração e o respeito que o Primeiro-Ministro, Governo e Presidente da República estão a manifestar pelos PORTUGUESES!

__________________________

Paulo M. A. Martins
Jornalista Luso-Brasileiro
Fortaleza (CE)
Brasil

Paulo M. A. Martins
Povo nas Valetas – – – 2007-08-23
Os Presidentes da Câmara deveriam ter mais iniciativa para poderem revitalizar a província.
Também é um facto que os governos seguem uma política de terra queimada para o interior e para o norte. Os deputados são servidores dos seus partidos que ainda não decobriram Portugal.
Só conta Lisboa!
Saudações de Berlin

Manuel Henriques
Saudações da Branca – – – 2007-08-21
Prezado Paulo Santos:
Obrigado pela sua visita. Recordo com muita satisfação a cidade da Branca e o Bar Colinas com tanta atmosfera e nível! Parabéns!
Um abraço
António Justo

António Justo

Maria – Maio – Fátima

Maria – Maio – Fátima
2007-05-24

Maria, tal como a natureza em Maio, tem as mais diversas expressões. As diferentes devoções a Maria são também elas manifestação da multiplicidade da realidade e das imagens da alma humana.

Maria, tal como a alma humana, tem mil rostos. Expressa-se como mãe, rainha, virgem, auxiliadora, a Senhora de Lurdes, de Fátima, etc. Nela se manifesta também a nossa geografia espiritual, o nosso ser de paisagem no tempo e no espaço. Em Maria se manifestam a escrituras e a tradição, a espiritualidade e a teologia, o rito e o folclore. Nela, tal como em Cristo, se encontra o ser humano completo.

A teologia feminista procura ver nela sobretudo a dimensão humana (1). Em Maria a mulher foi expropriada. Ao pôr-se na disponibilidade do acto criativo, Maria e com ela a mulher é libertada das correntes que a submetiam ao homem e à sociedade. Na sua disposição ao espírito ela torna-se o protótipo da criação, da arte – o dar à luz em si. Torna-se a imagem de todo o artista cujo programa se realiza no Magnificat. Nele se revela o segredo do processo de expropriação, o programa para todo o homem e mulher na integração da polaridade, superando assim a exploração e o domínio sobre o outro.

Na teologia feminista Maria, como todos os símbolos religiosos, pode ser vista das mais variadas perspectivas. Maria é ao mesmo tempo submissa e insubordinada. O movimento das mulheres procura em Maria marcas em que se apoiar. O feminismo radical, numa estratégia polarizante procura conquistar terreno vendo em Maria a deusa das origens. Muitas vêem nos evangélicos, na sua acentuação só em Cristo, a esconjuração dos restos da feminidade. Independentemente dos abusos masculinos na interpretação do divino deve recordar-se que o Cristianismo original não é de conotação sexual nem se deixa reduzir a interpretações, a perspectivas e maneiras de ver próprias do tempo. Estas dependem do desenvolvimento da consciência humana e do espírito da correspondente época, o que torna as interpretações relativas. Fé mais que um credo é uma vivência, uma mística e só assim universal na sua integralidade.

Muitas das imagens de Maria são pré-cristãs. Maria cristianiza as deusas pagãs e assume as suas residências. Nela se reúnem todas as metáforas femininas. Ela é a Deusa secreta do Cristianismo. As suas aparições expressam o grande poder da realidade do inconsciente.
Também o peregrino no seu peregrinar se sente como parte dum todo, o povo, a natureza a responder ao chamamento interior. (Também por isso será debalde muito do esforço de padres na tentativa de racionalizarem mais as promessas de crentes).

De momento assiste-se a um novo irracionalismo na procura de muitas pessoas por dominar a própria vida. Este favorece tudo o que está fora da tradição bíblica interessando-se por uma interpretação feminista espiritualizado a maneira própria. O negócio com os devocionais floresce. A capacidade de compreensão simbólica tornou-se muitíssimo difícil. O mundo da racionalidade trivial não deixa espaço para imagens ficando estas reservadas ao mundo da religião e da arte. A alma porém revela-se e fala através das imagens.

Maria é a mulher fértil que transmite a vida. No princípio está a mãe original. A mulher traz a vida sem a intervenção do homem. Maria virgem e mãe é a metáfora dum novo começo. As imagens de Maria surgem da base. Ela torna-se o protótipo, a mãe da Igreja; ela encontra-se no centro de cada mulher, de cada homem.
A humanidade de Jesus foi em parte absorvida pela cultura. O problema é que uma humanidade radical torna supérflua a tradição, a memória. Na memória porém dá-se o nascimento espiritual.

“Aquele que faz a minha vontade é meu pai, minha mãe e meu irmão”. Jesus faz ir pelos ares os papéis a que as pessoas se encostam, sejam eles familiares, sociais ou religiosos. Com Jesus e com Maria irrompe o tempo do homem-mulher adulto. Para João a filiação divina só acontece no espírito santo. Maria, a pessoa, engravida por obra do espírito santo, por força do espírito. A dimensão do espírito é reconhecida como essencial, como formadora da realidade mas não definível nem localizável só no particular.

Para Mateus Jesus reúne em si as esperanças dos judeus na adopção de Jesus por José, descendente da casa de David, e no totalmente novo como filho do espírito. Ele é o esperado que através do espírito apresenta o totalmente novo, não precisando doutra legitimacao. Deus intervém assim, através do espírito histórica e misticamente. A imagem judaica tradicional de Deus é superada. Maria, na anunciação e concepção, embora ligada a David indirectamente através de José, realiza nela a aliança histórica de Deus ao povo de Israel alargando essa aliança a todo o indivíduo através do gerar por acção do espírito. (Naturalmente que na bíblia se trata de teologia e não de mera biologia como gostariam aqueles que sonham com uma igreja muda.) O acto legitimador não se reduz ao institucional histórico, ele passa a ser o Espírito que sopra independentemente de condicionamentos.

No Magnificat, as vítimas tornam-se sujeito da acção. A salvação vem de baixo.
Hoje é mais que nunca necessária também uma exegese com uma veia mística. No caminho místico dá-se a convergência da transcendência com a imanência.
Não podemos reconhecer só a terra como deusa, como quer o feminismo radical nem só o céu como horizonte descontextuado como pretendem outros. Num processo aberto à mística conseguir-se-á reconciliar o mundo das ideias com o da realidade, o mundo do espírito com o da matéria. Seria falso desmiolar os mitos. Mito age a partir do que está escondido no encontro da força vertical com a força horizontal. Todo o componente da realidade está integrado num todo global, num sistema dinâmico relacional na interligação dos campos físico, fenomenológico e espiritual como se vê na realidade trinitária.

No mês de Maio por todo o mundo católico se observa grande actividade em torno de Maria. Muitas vezes as celebrações litúrgicas são orientadas por leigos. Nestas liturgias marianas privilegia-se a feminidade.

Um aspecto importante que se enquadraria dentro desta espiritualidade seria a introdução de ritos de imposição das mãos em todas as paróquias. Aí todos os participantes poderiam, na resposta à diversidade dos dons do espírito santo, criar ritos em que também o tratamento do corpo, a cura dos fiéis presentes se tornassem práticas usuais mediante a imposição das mãos por parte dos fiéis. Isto corresponderia a uma necessidade real e cuja vulgarização poderia ter como orientação a bênção dos enfermos realizada em Fátima nos dias treze bem como certas práticas dos movimentos carismáticos. As liturgias marianas poderiam tornar-se um exercício mais adequado às necessidades do lugar e do tempo.

António da Cunha Duarte Justo
“Pegadas do Tempo”

(1) Sabe-se da investigação teológica que o modo de pessoas compreenderem a bíblia depende muitíssimo da sua pré-atitude. “Na cabeça do leitor surge um texto virtual, que se pode distinguir muito do texto bíblico em questão”. Também o modo de compreender o texto se processa diferentemente. Enquanto que leitores ligados à igreja compreendem o texto num contexto global bíblico, leitores sem experiência eclesial procuram o acesso ao texto através da perspectiva histórica.

António da Cunha Duarte Justo
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Comentários:

ejsqpk nxdeoay – – – 2007-06-03
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ejsqpk nxdeoay
Maria- Maio-Fátima – – – 2007-06-01
Maria sempre indica o caminho até Jesus Seu Filho, em Fátima ela continua a dizer a crianças Fazei tudo o que Ele Vos Disser, não ofrnder a Cristo nem a Deus, a Paz no mundo pássa por Portugal. Somos filhos de Maria, o nosso Páis surgiu “Terras de Santa Maria”. Acolhemo-la e ao Seu Filho, com Maria e por Maria até Jesus

Ernestina Matos