ARCÁDIA – Associação de Arte e Cultura em Diálogo

Caros visitantes

Minhas senhoras, meus senhores,

 

Convido-os a clicar em www.arcadia-portugal.com e a dar uma olhadela ao seu blog.

 

Esta Associação, sem fins lucrativos, está aberta a toda a espécie de colaboração e de ideias.

 

No próximo dia 8 de Julho de 2012 às 16 horas realizará a sua abertura oficial com uma Vernissage. Se tiver oportunidade e disponibilidade não deixe de vir para ter uma visão mais concreta da ARCÁDIA e do que pretende.

 

Como presidente da ARCÁDIA aproveito para agradecer ao técnico David Ramiro Justo o facto de nos ter elaborado gratuitamente o site da ARCÁDIA.

 

Obrigado

António da Cunha Duarte Justo

Presidente da Associação

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Circuncisão no Islão e no Judaísmo: Acção Criminosa

Tribunal alemão toma uma Decisão corajosa

 

António Justo

A circuncisão de meninos no Islão e no Judaísmo, segundo a sentença do Tribunal Distrital de Colónia, constitui uma agressão criminosa.

 

Mais importante que a liberdade de religião é a integridade corporal e a autodeterminação da criança, argumenta o tribunal, na sua decisão de ontem, 26.06.2012.

 

O direito de autodeterminação das comunidades religiosas não se pode sobrepor ao direito humano da integridade corporal.

 

Este julgamento terá consequências muito importantes.

 

Esta decisão deveria ser um acto de encorajamento para políticos e outros tribunais no sentido de intervirem mais corajosamente em crimes de base cultural como casamentos forçados e crimes de honra, ainda muito em voga em determinadas culturas.

 

Até agora, o corte do clitóris das meninas (praticado em grande parte do mundo muçulmano) era considerado acto criminoso no Ocidente, mas o sofrimento do acto agressivo da circuncisão de meninos ainda não tinha chegado à consciência das pessoas.

 

A decisão do Tribunal é uma vitória contra a barbaridade e leva uma consciência mais sensível a actos culturais que não respeitam a dignidade e a integridade da pessoa e constitui um apelo ao respeito pelo direito dos que não têm voz.

A matança ritual de animais, como no caso muçulmano e judio, em que os animais são mortos duma maneira brutal porque morrem sangrando, não foi proibida na Alemanha por “respeito à religião”. Também aqui será necessária uma consciência mais afinada.

 

António da Cunha Duarte Justo

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“VINHO DO PORTO” MADE IN GERMANY

“VINHO DO PORTO” MADE IN GERMANY

António Justo

Um viticultor da Renânia-Palatinado produz, desde 2003, um “Vintage Port” procurando seguir na sua confecção o método português. Até a pisa das uvas é feita com os pés.

Enquanto o vinho do Porto português chega a incluir 40 castas de uvas, segundo o Frankfurter Allgemeine de 21.04.2012, o Pfaelzer (alemão do Palatinado) usa apenas a casta “Cabernet Cubin” pelo facto de amadurecer muito bem e ter um máximo de aroma. Enquanto as uvas em Portugal são tratadas a uma temperatura de 25 graus, o viticultor alemão fermenta-as a cinco graus. Aqui o direito de imitação atingiu o seu limite, revela o jornal alemão, afirmando que se compararmos o Vintage Port do Vale do Douro com o da Pfalz (Palatinado), “ao produto do Palatinado falta densidade de gosto, complexidade aromática e profundidade”. A singularidade do vinho do Douro vem-lhe do tipo de solo, das uvas, do clima e dos pipos, o que o do Palatinado não pode oferecer. Contudo, o viticultor alemão conseguirá engarrafar com o vinho o exótico do porto e a fé da ecologia alemã.

Numa sociedade de mercado de massas importa menos a especialidade (mais para apreciadores) porque quem manda é o consumidor e isto sabem-no bem os alemães que trazem para sua casa o que é melhor, a nível de produtos, do estrangeiro.

Pelos vistos o Vinho do Porto é como os portugueses, deixa-se integrar bem na Alemanha!

António da Cunha Duarte Justo

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DOCUMENTA – A Exposição de Arte Contemporânea mais importante do Mundo

O Absolutismo na Arte

António Justo

 

De cinco em cinco anos peregrinam, de todas as partes do mundo, milhares de artistas e admiradores da arte contemporânea até Kassel, Alemanha. A documenta foi criada em 1955, em Kassel pelo artista Arnold Bode que pretendia, com a iniciativa, abstrair das ruinas da guerra e seguir novos horizontes ao serviço da abstracção. Na primeira exposição houve sobretudo obras de arte que tinham sido proibidas e perseguidas durante o regime nazi e intituladas de arte degenerada (“Entartete Kunst”).

 

A documenta alonga-se por 100 dias. Nesta altura a cidade transforma-se num mar de gentes de portes exóticos: um aspecto folclorístico que faz lembrar os mercados da idade média em torno das catedrais e, assim, forma, já por si, também uma obra de arte social. Kassel transfigura-se numa praça de arte que se estende por edifícios, parques e outros espaços públicos da cidade. A documenta apresenta uma perspectiva transversal da arte contemporânea e permite fazer o ponto da situação mundial em questões de arte e ocasionar uma certa orientação de perspectiva. Na sua história de 57 anos com 13 exposições, documenta as contradições e ambivalências do Homem e do tempo num currículo de realização e fracasso em processo de morte e ressurgimento.

 

A dOCUMENTA (expressão gráfica da documenta 13) vive da ambivalência e do escândalo na procura dum futuro prospectivo a partir dum presente impregnado de contradições e inconsistências que se expressam de documenta para documenta, numa manifestação de diferentes atitudes artísticas a que assistem diferentes filosofias, teorias, correntes políticas e sociais contemporâneas.

 

A documenta13, realiza-se de 9 de Junho a 16 de Setembro de 2012. A última documenta/2007 conseguiu vender 754.301 bilhetes. O objectivo da actual é atingir um milhão de visitantes. Ela é ao mesmo tempo o maior festival Open-Air. Kassel oferece possibilidades ilimitadas: o visitante tem a oportunidade de se alegrar e irritar sobre a arte.

 

A documenta (13), foi elaborada sob o lema “Colapso e Reconstrução” e tem como chefe/gerente a americana Carolyn Christov-Bakargiev apelidada por jornalistas de “Lady Gaga”. Ela situa-se nas pegadas e tradição das 12 documentas anteriores prosseguindo um espírito de continuidade de arte afirmativa e provocativa. Procura apresentar o válido como inválido e vice-versa, documentando assim as contradições da actualidade.

 

A direcção da documenta escolhe para chefe de cada exposição, um curador/chefe da documenta equipado de poderes absolutos; este pode pôr e dispor à sua vontade de maneira dogmática a própria filosofia. Na documenta, aqui em Kassel, a arte arroga-se alvores absolutistas. Carolyn Christov-Bakargiev encena-se como se fosse a sacerdotisa da arte, não lhe faltando a estola, o gesto religioso e o dogmatismo ostentado. O sensacionalismo em torno dela talvez venha do facto Carolyn Christov-Bakargiev querer, com idiotices mudar o nosso pensamento, através da documenta. Desta vez participam 297 artistas e grupos de artistas de todo o mundo.

 

“Direito de Voto para Cães e Morangos”

Em torno da dOCUMENTA 13 tem havido muita discussão na imprensa; a chefe tem-se revelado como bastante jacobina, não suportado mesmo nada que contradiga a sua ideologia/visão de arte. Para Josef Beuys artista “ é toda a pessoa”;  para a chefe da documenta, artista é toda a natureza, ponto.  Carolyn Christov-Bakargiev exige o direito de voto também para os morangos e para os cães; também há três cães da documenta treinados e colocados à disposição de visitantes que se deixarão conduzir pelos caninos; o sentido desta iniciativa é levar o visitante a ver a atitude do cão perante a obra de arte; intenção é inverter os valores colocando o Homem ao nível do cão e do morango. As suas posições radicais têm sido muito criticadas, muito embora a sua posição extremista possa ajudar uma sociedade surda-muda a notar que a natureza é sua companheira. A exposição paralela à documenta organizada na igreja católica St Elisabeth, onde o artista Stephan Balkenhol apresenta (na torre) uma instalação com um homem de braços abertos sobre um globo dourado, provocou os furores da chefe da documenta que não queria ver o Homem numa posição superior ao dos animais e das plantas. Sentiu-se “ofendida” por aquela instalação que questiona a sua intenção niilista não suportando o optimismo do Homem como senhor e corresponsável da natureza. Isto não passa dum ultraje invertido pois encontra na torre da igreja algo irritante para quem quer um mundo plano com tudo sem moldura, tudo abstrato, que desvie as atenções do humano.

 

A documenta quer ser um espelho da arte contemporânea mas negligencia grande parte da arte e em especial a pintura, o realismo, fotorrealismo, o realismo fantástico e o surrealismo. Por isso já houve movimentos anti documenta que foram imediatamente oprimidos. As pessoas não ousam opor-se ao espírito da documenta sejam cientistas da arte seja o povo. O doentio, o dilacerado tem sido tematizado em instalações e esculturas. Contrapõe-se o desastroso, o ameaçador em rituais negadores de ritos optimistas da religião e da sociedade. Um certo espírito da documenta quer afirmar-se como religião secular contra o religioso cristão e passar à margem das pessoas. Parece não reconhecer o facto de vivermos todos num mesmo mundo plurifacetado feito de muitos universos complementares.

 

Numa perspectiva cristã da arte o ser humano está chamado a mais do que a gritar. O Homem é o caminho de Deus e deve reconhecer-se como companheiro adulto da natureza mas sem abdicar de ser sua consciência. A religião e a arte devem ser os sismógrafos dos problemas. A arte também tem de se entender como resposta ao mundo na responsabilidade; por isso, também ela deve questionar os próprios conceitos. Por vezes tem-se a impressão, em certos meios ideológicos e de certa arte que a imagem de Homem constitui, já por ela, uma provocação. Esquecem que o olhar cego e vago da realidade é um olhar de governantes ou de quem se não quer envolver ou deixar tudo às forças duma natura sem cultura.

 

A arte abre novas visões mas precisa da condição humana para tornar não só a miséria humana visível mas também a parte nobre como a religião pretende afirmar. Também Dostoievski dizia “o belo libertará o mundo”. Quando se desiste da religião, o mundo torna-se em ameaça, como pretendem certas tendências ideológicas. Torna-se importante libertar a religião e a arte do medo e das ideologias.

 

A arte também é importante como catarsis, como crítica, sem ter necessidade de exilar a esperança. Não se podem tornar cúmplices com os senhores que roubam o mundo roubando a senhoria ao Homem tornando-o seu arrendatário e reduzindo-o a indivíduo anónimo numa imagem sem nós, como se uma árvore não estivesse incardinada num biótopo. Eu sou rei e escravo soberano, permaneço mistério e tanto a arte como a religião, como a ciência, a política, não conhecem um porquê da realidade. A arte e a religião protegem o mistério, aquilo que dá grandeza e perspectiva ao Homem e à natureza. Seria abstruso que arte e religião não reconhecessem o mesmo coração donde provêm, do epicentro da intuição que proporciona o sonho na empatia. Até ao séc. XVIII religião e arte viviam em relação amorosa, queriam modelar e tornar visível o mistério. Arte e religião questionam as compreensões imediatas. Com o racionalismo e o materialismo deu-se o divórcio do sagrado e do profano e dividiu-se o povo em sábios e ignorantes caindo-se num fundamentalismo de posições. Hoje torna-se óbvia também uma reculturização, uma nova consciência, à margem dum normativo racional que aprisiona a realidade em imagens e caixilhos religiosos, científicos, ideológicos, políticos, etc.

 

Na casa da arte, tal como “na casa do Pai” há muitas mansões; seria miopia expulsar a religião e o Homem do templo da arte e a arte da religião. Realidade e imagem são imagens!… Fazemos todos parte dum mesmo mundo, numa realidade complementar do não só… mas também…

 

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@gmail.com

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Junge Menschen werden zur Emigration gezwungen

Muttersprachlicher Portugiesisch-Unterricht in wirtschaftlich schwierigen Zeiten

 

António Justo

“Im Namen der Wirtschaftskrise wird das Bildungssystem destabilisiert“, klagen Elternvertreter, Schüler und Lehrer überall in Europa und sind gegen die Reduzierung der Schulstunden, die Vergrößerung von heterogenen Klassen sowie gegen die Einführung  eines Beitrags für die Anmeldung in den Klassen von muttersprachlichem Portugiesisch-Unterricht in Ausland (EPE).

 

Dem Beispiel Italiens folgend, erhebt Portugal ab diesem Jahr 120 Euro Schulgebühr im Ausland für die Anmeldung online zum Portugiesisch-Unterricht. Die Anmeldung berechtigt zum Erhalt von Büchern. Die Anmeldung berechtigt zum Erhalt von Büchern. Der Unterricht in der Verantwortung des Landes Hessen ist weiter kostenfrei. So wie sich das Land Hessen

schon lange dieses herkunftssprachlichen Unterrichts entledigen und ihn in die Zuständigkeit der Konsulate transferieren will, will ihn die portugiesische Regierung „in die Obhut

der Gastgeberländer“ geben.

 

Die eingeführte Maßnahme baut eine Hürde und wird als ungerecht empfunden, weil diese Schulabgabe nur für Schüler der Parallelklassen (= Klassen für muttersprachlichen Unterricht unter Verantwortung ausländischer Staaten) ist, während diejenigen, die ihren Portugiesisch-Unterricht in der regulären Schulplanung des Schulsystems integriert bekommen, nichts bezahlen. Andererseits entschuldigt man sich damit, dass mit der Zeit der Sprachunterricht von Migrantenkindern in die Regelstrukturen der Gastgeberländer integriert werden sollten (unter deutschen Obhut).

 

Für das Schuljahr 2011/2012 wurden im Juni mehr als 40 Lehrer aus dem Portugiesisch-Unterricht in Ausland (EPE) entfernt. Im Dezember 2012 wurden wieder aufgrund des „Defizits“ 49 Lehrer entfernt, 20 in der Schweiz, 20 in Frankreich und 9 in Spanien. Bis jetzt wurden die unterrichtenden Lehrer in Deutschland nicht von der Maßnahme betroffen, weil große Teile der unterrichtenden Lehrer noch dem deutschen Schulsystem angehören.

 

Der portugiesische Staatssekretär schätzt, dass die Zahl der Schüler und Schülerinnen des integrierten und parallelen Systems (in Europa)  von jetzt 56.000 Schüler/innen auf 50.000 im nächsten Schuljahr zurückgehen werden.

 

Lehrer und Elternverbände sehen den Unterricht für die Schüler bedroht, die Arbeitsplätze der Lehrer in Gefahr und die Bedeutung der portugiesische Sprache und Kultur im Ausland von den Behörden ignoriert. Sie vermuten in diesen Maßnahmen die Vorbereitung für  das Ende des Portugiesisch-Unterrichts in Ausland, da sich mit der Zeit nur Kurse in Städten mit großen Konzentrationen von Portugiesen behaupten können.

 

Meinem Eindruck nach gibt es bei den maßgebenden Parteien und Gewerkschaften in Portugal eine Art stillschweigendes Interesse, dass der Portugiesisch-Unterricht in die Verantwortung von portugiesischen Vereinen fällt wie es üblich ist außerhalb Europas. Dabei würde der Staat sich auf der Rolle des Unterstützers zurückziehen. Obwohl  mehr als fünf Millionen Portugiesen im Ausland leben, und sie einen großen Beitrag zum Ausgleich der portugiesischen Finanzen leisten, herrscht im Mutterland eine starke Neidhaltung gegenüber den Portugiesen der Diaspora.

 

Portugal ist heute wie in XV. und XVI. Jahrhundert ein spezieller Ausdruck des Zustands von Europa. Damals verwirklichte Portugal als erstes europäisches Land den Geist und die Stärke Europas mit den Entdeckungen, heute bringt Portugal in der Krise die Dekadenz Europas zum Ausdruck im Gegensatz zu aufsteigenden Ländern wie China, Indien und Brasilien.

 

Die Asymmetrie, die man zwischen Deutschland und Portugal feststellt, liegt auch daran, dass, während die Entscheidung Portugals für die EU eine politische Entscheidung war, für die Kernländer der EU die Entscheidung eine ökonomische  war… Der Turbokapitalismus dehnt sich wie die Arme eines Tintenfisches aus und saugt zuerst die Schwachen auf; Portugal als ökonomisch schwaches Mitglied der EU zeigt vorab die Gefahren, die die aggressive Ökonomisierung der Gesellschaft mit sich trägt.

 

Mit der Schaffung eines ökonomischen „Euro-Landes“, abstrahiert sich der Arbeitsmarkt und gerät in den Fluss des Kapitals, und somit geraten Menschen, Institutionen, Nationen und Demokratien unter den Sog der Zocker des Kapitalmarktes. Die Menschen bewegen sich orientierungslos in der Suche nach besseren Lebensbedingungen. Im Juli 2011 waren 27,2% der Portugiesinnen und Portugiesen unter 25 Jahren ohne Arbeit (EU-Durschnitt 20,7%); (allgemeine Arbeitslosenquote im Portugal: 12,3%). Inzwischen hat sich die Arbeitslosigkeit der Jugend noch mehr verstärkt, so dass immer mehr Portugiesen auswandern. Portugal hat sehr viele gute Hochschulabsolventen, die keinen Platz im Binnenarbeitsmarkt finden. Nachdem die Regierung die arbeitslosen Akademiker und Jungenarbeitslosen zur Auswanderung ermutigte, beobachtet man ein verstärktes Ausbluten der jüngeren Generationen auf dem Lande. Zu bemerken ist, dass die Geburtenrate, schon lange geringer ist als die der Deutschen. (Die Portugiesen sind überall willkommen, weil sie arbeitswillig, angepasst und schon in der zweiten Generation total integriert sind). In Frankreich 11% der Ausländer sind Portugiesen, in Deutschland erreichen sie nicht einmal 2%.

 

Die Europäische Einigung hatte als Ziel die reine Ökonomisierung der Gesellschaft im Sinne der Wirtschaft der Kernstaaten. So verfolgte Helmut Kohl eine Politik der Begünstigung der Wirtschaftsverbände, damit Deutschland für die europäische Konkurrenz der Partner in der EU vorbereitet ist. Andererseits verringerte Schröder mit der Agenda 2010 die Einnahmen der deutschen Arbeitnehmerschaft, damit Deutschland vorbereitet ist für den globalisierten Markt und somit die Konkurrenz von Billigländern besser verträgt. Der Sockel der Lohnabhängigen in der EU sollte ausgeglichen werden. Die EU exportierte die Krise in die Randgebiete und fördert somit die eigene Exportindustrie auf Kosten der starken Verschuldung dieser Länder, die unvorbereitet und unvernünftig sich in Konsum und im Bau von Prestigeobjekten und Autobahnen verausgabten, anstatt die eigenen Kleinunternehmer zu für die Konkurrenz zu stärken.

 

Die Autobahnen dienten mehr der Beweglichkeit von Produkten in Europa (Großfirmen) als den Menschen vor Ort. Das Land lebte von kleinen Unternehmen, die die Konkurrenz der Großen nicht Stand hielten. Inzwischen kamen die Chinesen nach Portugal mit Sonderrechten (5 Jahre steuerfrei Gewerbe) und mit ihren billigen Produkten. Die Fischerdörfer, die mit ihren Familienbetrieben vom Fischfang lebten, wanderten noch zahlreicher aus, als die riesigen Industrieschiffe von ausländischen Fischereien in ihre Gewässer kamen. Die erhoffte Steigerung des Tourismus, die Politiker am grünen Tisch vorgesehen haben, blieb aus.

 

Eine verführbare Staatsverwaltung mit einer eitlen und parasitären politischen Elite trotz des sehr arbeitsamen Volkes schaffte es bis jetzt nicht, ihrem Volk und ihrer Kultur gerecht zu werden. Es ist tragisch zu beobachten, wie qualifizierte menschliche Ressourcen dem Schicksal der Emigration ausgeliefert werden und ein großes Vakuum in der portugiesischen Gesellschaft hinterlassen.

 

Der Staat folgt blind der Troika und spart überall, aber besonders bei sozialen und kulturellen Ausgaben. Die portugiesischen politischen Eliten haben sich früher an die Engländer und Franzosen angeschmiegt, und heute nehmen sie diese Haltung gegenüber der EU ein ohne Rücksicht auf das Volk. Das Volk hat den Eindruck, von Söldner geleitet zu sein, begleitet von einer Schar der Glücklichen, die sich um den Staat scharen.

 

Arbeits- und Lebensformen verbündet mit Existenzangst macht auch die Arbeit der Gewerkschaften kompliziert. (Hier muss gesagt werden, dass die Haltung der Gewerkschaften im Süden Europas eher ideologischen als verantwortungsvollen Strategien gegenüber dem eigenen Volk folgen; hier müssten sie von den deutschen Gewerkschaften lernen. Die Söldnermentalität auf der einen Seite und die ideologische auf der anderen sind Laster, die das Bewusstsein und das nachhaltige Wohl des Volks nicht ermöglichen.

 

Jeder wird sich selber überlassen, nur die großen Arbeitgeber und Banken profitieren. Die Maßnahmen treffen besonders die Lohnabhängigen und kleine Firmen.

 

Der wirtschaftliche Kolonialismus der angelsächsischen Finanzwelt bringt heute die Nationen in einer Schuldknechtschaft, die alle unverantwortlich macht. Die Fügsamkeit und der große Fleiß der einfachen Leute Portugals werden dazu beitragen, dass die Situation nicht so schnell dem Kollaps erliegt. Die Vergünstigungen öffentlicher Stiftungen, kommunaler Unternehmen, der Verkehr zwischen politischen Ämtern und Business Managern wird aber bleiben in Sinn und Stil der neuen Kolonialherren der “City of London Corporation”. In Portugal wie in Europa arbeiten immer mehr Menschen, um einen Reichen zu ernähren.

 

António da Cunha Duarte Justo

 

Zu Person:

Pädagoge und Theologe, verheiratet mit der deutschen Künstlerin Carola Justo, Vater von 4 Kindern. Nach dem Philosophiestudium und dem Referendariat in Portugal, studierte er 4 Jahre Theologie und Sozialpädagogik in Bayern. Von 1980 bis 2012 (Lehrer für Portugiesisch und Ethik) im hessischen Schuldienst; 12 Jahre lang Öffentlichkeitsreferent des Ausländerbeirats Kassel.

Mitbegründer der deutschen Abteilung der Gewerkschaft Lehrer im Ausland (SPE) – Gewerkschaft SPE/FENPROF.

Publizist und Beiratsmitglied des Portugiesischen Konsulats.

Vorstandsmitglied des Kunst und Kulturvereins Baunatal e.V. und Präsident des Vereins „ARCADIA- Arte e Cultura em Diálogo e.V.“,  Verein für interkulturellen Austausch in Portugal.

 

Erschienen in der Zeitschrift der GEW Hessen, Heft 6, Juni 2012 unter den Titel:“Portugal: Eitle Eliten