Como democratizar os Partidos – Proibir a Filiação partidária aos Funcionários do Estado


O Poder dos Partidos contradiz a sua Constitucionalidade

António Justo

A moral despede-se da política. A democracia autodestrói-se. Os jornais tornaram-se no muro das lamentações. Povo e instituições queixam-se num lamuriar hipócrita e auto-enganador. É um masoquismo a espalhar-se e a encontrar satisfação numa queixa que não passa de masturbação.

Isto constata-se tanto em Portugal como no mundo em geral. Por todo o lado se ouve muito boa gente a dizer que é preciso purificar o sistema Sócrates. Afirma-se que o “Pinóquio” manda vir e outros é que pagam a factura. Quem assim argumenta, omite, porém, que José Sócrates é o melhor produto dum sistema partidário em que para se subir no sistema se tem de deixar para trás uma ética séria e responsável. Olvida que para enganar se pressupõe alguém disposto a ser enganado e que a mentira, a curto prazo, dá bons rendimento para alguns organizados. Para mais, o povo não é tão povo que não consiga reflectir!

De facto, por toda a parte se tem a impressão que, em política, o trabalho de edificar e avaliar se tece com a agulha da mentira. Em democracia, no aparelho do estado e nas grandes instituições nacionais, as melhores colocações são submetidas à crença no partido. Para o constatarmos bastaria darmos um giro pela administração do estado e pelos conselhos consultivos (conselheiros de supervisão/fiscalização) de bancos e empresas ligadas ao Estado. Neles domina a razão partidária. Os arrabaldes da política, os locais de chefia, direcções encontram-se nas redes dos partidos: uma globalização interesseira, de interesse só para alguns. Com o tempo chegarão computadores e uma gestão burocrática de beneficiados do sistema, anexos a uma pequena elite, para substituir a democracia. E o argumento do preço dos eleitos até lhes quer dar razão! A alternativa artificialmente posta até convence qualquer preguiçoso mental: temos políticos corruptos a culpa é da democracia!

Em ministérios e administrações onde os camaradas do partido mandam, há dezenas de anos, qualquer controlo falha. Já não se fala do quarto poder! Este transformou-se em programa de entretimento. Coitado do Zé, seria injusto submetê-lo às dores de parto do pensamento.

Uma democracia séria, com um Estado que se preze teria de proibir a filiação partidária aos funcionários do Estado. Doutro modo andaremos a jogar à democracia.

Na era do relativismo total de valores torna-se anacrónica a argumentação dualista e a consequente posição partidária dogmática. O global tem-se revelado contra o particular, só nos partidos não. Continuamos com uma moral imperialista nos partidos e nos parlamentos, quando ao povo se fala de abertura, globalidade, democracia, liberdade, igualdade e fraternidade.

Montesquieu dizia que poder só pode ser limitado com poder. O poder dos partidos emancipou-se do povo e da democracia. A nação criou a divisão de poderes no Estado mas os partidos ocuparam-nos com o seu pessoal em todos os órgãos decisivos. Só o poder do povo e da lei os poderá levar ao rego. Para isso pressupõe-se que o povo acorde e se torne adulto. Pressupõe-se uma Constituição política da nação não partidária e não favorecedora dos partidos mas do cidadão. Tal constituição torna-se impossível porque os partidos é que a votam e estes querem uma constituição repartida não inteira! A discussão sobre a crise actual, perante este facto, torna-se maculatura à custa da democracia.

Temos demasiados funcionários públicos no parlamento. Estes e uma estrutura partidária instalada no Estado levam o país à catástrofe e aniquilam qualquer ideia séria de democracia e de renovação.

Os partidos são apresentados por listas e não por candidatos individuais. O povo só tem a hipótese de eleger a lista. Não é dada possibilidade ao eleitor de fazer uma votação cumulativa e cruzada que ultrapasse os interesses do partido. Se houvesse esta hipótese o cidadão poderia escolher pessoas das diferentes listas e votar nelas, independentemente do partido em que se encontram.

Mesmo em democracia representativa, as leis não deveriam estar dependentes dos partidos. Consta na rua que somos uma democracia; na realidade somos uma mera partidocracia. O rei da democracia anda nu na praça, mas só os inocentes o notam ou o podem dizer! Quando os alicerces da democracia são corruptos, como nos poderemos queixar da corrupção individual quando esta assenta na corrupção estrutural!

Na votação de leis, todos os deputados deveriam estar libertos da obediência forçada ao grupo parlamentar. De facto não somos democratas (demos=povo/cracia = governo) mas sim partidocratas. Os partidos recebem dinheiro para formarem a opinião do povo mas não para o doutrinar e dominar.

O povo não é melhor que os políticos mas espera deles bom exemplo. Quer ser enganado mas com estilo, com educação. Não chegam caras bonitas, exige-se também requinte na governação! E ultimamente até este se foi. Governa a descaramento e o cinismo como se fossemos todos  uns anjinhos coitadinhos

É verdade que partidos de clientela, de obediência a ideologias, com uma práxis didáctica imperialista, têm fomentado um sistema corrupto de cara lavada, que tem permitido aos países ocidentais viver relativamente bem, a nível superficial. “Beneficiamos” aqui duma política impura mas rendosa, duma política hipócrita mas misericordiosa. Vivemos desta mais-valia pelo facto de outros sistemas, totalmente corruptos, não deixam sequer cair as migalhas da sua mesa para o povo! Esta menos-valia tem-nos desobrigado da auto-responsabilidade, afastando sistematicamente o pensamento crítico do discurso político em favor do pensar oportunista.

Que fazer, num sistema de partidocratas e não de democratas?

Constata-se uma dicotomia entre estado e sociedade. A esquerda activa é em grande parte formada por funcionários e empregados públicos. O centro direita também reserva lugares para os seus boys que, à margem da ideologia, se limitam a ocupar postos. Assim, neste sistema não há hipótese de discussão séria. Ouvimos por todo o lado as mesmas CDs.

O que está em questão é o Estado, cada vez mais à disposição dos abutres da globalização. Para uma cura da nação seria necessário uma reflexão e uma terapia neutra à base duma Constituição humanista e da doutrina social da igreja.

Mudar a classe política é tão difícil como mudar-nos a nós. No pântano da política a justiça não tem acesso e, se tal acontece, só lhe é permitida a entrada depois de terem arrumado a casa ou depois do limite legal.

Precisamos duma mudança radical de mentalidade para se possibilitar a criação de novas estruturas. Precisamos dum novo estado e duma nova nação. Seria mais que óbvio iniciar uma revolução ainda por fazer. Uma revolução sem saneamentos, sem educação para comportamentos oportunistas, sem imprensa ideológica em que a honra estaria em servir o outro. Uma revolução do Homem para o Homem, uma revolução das instituições para o Homem e não para os exploradores do Homem e da humanidade. Precisamos de homens e mulheres, homens e mulheres consciência da nação.

Como primeira medida, para que o bolor do Estado diminua, seria necessária uma lei que proíba funcionários do Estado de serem membros do partido ou pelo menos que só possam eleger mas não serem eleitos durante 20 anos. Os funcionários do Estado não deveriam ter direito passivo nas eleições. Qual o partido que teria coragem de tal iniciativa? Então deixaria de ser partido para passar a ser povo, a ser cidadão.

Uma política e uma sociedade que não baralhasse causas com efeitos, em países com uma Constituição democrática, teriam de pôr-se a questão da constitucionalidade / inconstitucionalidade dos partidos. Até lá o povo terá de crescer e tornar-se adulto!

A lealdade ao partido exige que o que hoje se apregoa como moral amanhã seja calado. Isto contraria o princípio democrático baseado no interesse e no poder do cidadão e não do partido.

Um novo pensamento e um novo ideário seriam a solução para o país, mas, para isso, seria necessário mudar as cabeças. O cidadão e as instituições continuarão a desacreditar-se ao exigir responsabilidade ao cidadão e ao aprovar a irresponsabilidade da instituição.

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

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25 de Abril uma Estação na Via popular

25 de Abril uma Estação na Via popular

O Povo a acordar é Inverno a passar

António Justo

Um ar de Abril assome às ruas da nação

Num misto de vozes, gestos e cores, o povo unido

Marcha em filas ao ritmo da canção

Do quartel militar prás casernas do partido

“O povo unido jamais será vencido”…, gritava a cidade ao ritmo da marcha. ” Grândola Vila Morena…” cantava o povo que, por momentos, descobria as cores da vida nos passos da liberdade ao ritmo ordenado da canção. A alegria da união dançava nos corações. Era o Portugal colorido a vibrar.

No campo da pátria cheirava a Abril e as cores do arco-íris deslizavam, despreocupadas, pelas ruas. Era festa, a festa do povo a florir em cravos, rosas e papoilas. Um fluir de cores e vozes a acenar na pátria em flor. Por um momento, se acaba a noite; a esperança acorda; no alfobre do povo, brilha o dia.

O vermelho escuro, do sangue derramado no ultramar, ressurge e corre agora nos cravos das ruas a acenar. A vida pula na praça a cantar. Um misto de vozes e ritmos de paradas e de marchas populares ressoa cavo nos altos das colinas da cidade. É o sentimento de cores e vozes das ruas baixas nos altos a ecoar.

Quem gritava, cantava e acenava, aspirava a tornar-se povo mas o ritmo dos altos altifalantes “revolucionários” só conhecia população a acomodar!

Depressa a sombra do entardecer bate à porta do povo. O dia sem noite findou. A diferença voltou! Ao longe, logo se ouvem os clarinetes do toque a recolher às casernas dos partidos. A liberdade fica agora apiada ao ritmo da marcha dos partidos. No arame farpado do pensamento, o povo dividido, canta já desafinado. O dia acabou. É hora de recolher.

Nos andores dos revolucionários de Abril continuam a passar figuras de sorriso redondo a insuflar-se do sorriso e da ária duma população a definhar num gesto sonolento e amarelo. A foicinha da revolução ceifou-lhe as cores. Portugal de farda parda. O povo veste agora a cor do momento.

Os zangados de ontem tornaram-se nos contentes de hoje! À custa de novas zangas, novas opressões.

Mudar de filas, é ordem do dia, é a ordem da revolução! No andor da televisão, só os contentes acenam a sua cor, que não o colorido da nação. Continuam a fita do corta fitas na finta à nação.

O sol de Abril perdeu-se no nevoeiro da estação. A colonização, lá fora, acabou, mas, cá dentro, há muito que começou.


Portugal sem norte, na valeta

Marca passo, esquerda-direita

É massa em linha, sem visão,

Já em vias de rebelião!


Vinte e cinco de Abril

Filho ignoto da nação

Ninguém te quer acolher

Abril dos cravos no chão

Festa da conformidade

Portugal inda por fazer

António da Cunha Duarte Justo

Abril de 2011

antoniocunhajusto@googlemail.com

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Boas Festas de Páscoa

Queridas/os leitoras/es e visitantes

Boas festas de Páscoa, Aleluia!


A esperança é o outro lado do medo, como a ressurreição é o outro lado da morte.  O medo faz do Homem um animal subjugável. Ele controla, fixa a mente e distrai do essencial. O medo leva-nos a agarrar-nos às saias da autoridade, ao factual banal. Leva a levantar os olhos para cima e a não notar o que acontece ao lado e, assim, a confundir a Realidade  com o Jardineiro. O medo torna-se mais arriscado que o nevoeiro cerrado da manhã. Com ele, as ideias e os sentimentos entram em curto-circuito, impedindo assim a reflexão. Neste estado, uns tornam-se fugitivos da vida  e outros chamam pelos “bombeiros” que se afiguram como salvadores. Em vez de ideias claras e de acções surgem desejos. O inimigo do Homem sabe que o medo é a melhor arma contra a liberdade e contra o desenvolvimento pessoal e social. A esperança garante a dignidade pessoal e estimula à mudança.

Quem experimenta ressurreição fica cativado e não tem mais medo, vive a comunidade. De cabeça erguida descobre o que se passa em cima, em baixo e ao lado. Não só dialoga, mas entra em triálogo na comunhão da realidade da Trindade, no processo de incarnação e ressurreição.


O acontecimento pascal, o JC torna-nos insubmissos mas obedientes à divindade a ressuscitar em nós. A vida é bela, “ama e faz o que queres”!


Votos de uma Santa e Feliz Páscoa para vós, familiares e amigos!

O meu abraço!


António da Cunha Duarte Justo

Páscoa é Tempo de Transformação e de Passagem

Mensagem Cristã: Vida é Peregrinação

António Justo

A Páscoa é a festa mais importante do ano, para os cristãos. Ela simboliza, como nos judeus, a passagem da escravidão para a liberdade. Esta realiza-se em Jesus Cristo (JC) e presenciando e ‘presencializando’, num só momento, o fim e o princípio numa continuidade fora do tempo. Como à imagem de Cristo, a nossa vida é entrega contínua. Tal como o Sol se entrega à natureza e a puxa consigo, também nós na entrega realizamos a eternidade. JC fez na precedência o que estamos chamados a realizar. Mais que modelo e protótipo, ele é a matriz da realidade em processo, momento de nós a caminho. Na consciencialização do mundo a caminho de Deus, os cristãos reconhecem o seu ser divino.

Na Quinta-feira santa realiza-se a “última ceia”, onde os polos da realidade se invertem. O Senhor torna-se servo do seu povo, ao lavar os pés aos seus discípulos. Diz que a morte os não separará, pois ele está sempre presente na realização da realidade humano-divina: incarnação ressurreição.

Entre Quinta-feira Santa e Domingo, a Igreja Católica celebra uma só liturgia, três dias num só; é o dia grande.

Na Sexta-feira santa dá-se a condenação do Jesus. Sábado é o dia do silêncio e da tristeza. O sofrimento, a morte é superada ao ser aceite. No Domingo celebra-se a alegria, a ressurreição. A divindade germina durante 50 dias na terra para com ela se tornar Pentecostes.

A vida é peregrinação com Deus a caminho. Umas vezes brilhamos mais como Cristos ressuscitados, outras vezes menos como Cristos abandonados.

António da Cunha Duarte Justo

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SEMANA SANTA – O TEMPO DO ENCONTRO COM A REALIDADE

O Encontro profundo com o Outro transforma-nos

António Justo

Nos textos de Terça-feira santa, Jo 13,21-38, assistimos à cena em que Jesus apresenta o seu amigo traidor. “Um de vós me há-de atraiçoar.” Precisamente aquela pessoa em que Ele tanto confiava, Judas Iscariotes, o tesoureiro do grupo. Ele era quem mais tinha as ideias de Jesus na cabeça mas que andava com a revolução no coração. Judas um homem inteligente e bom deixa entrar em si as trevas. Abandona a Luz e não volta mais.

Tal como em situações do nosso dia-a-dia, logo se levanta um outro amigo, Pedro, manifestando o seu escândalo pelo que se está a passar! Jesus que o ama e conhece a essência da realidade humana e da natureza responde-lhe com doçura: Pedro, hoje mesmo, “antes que o galo cante, tu me negarás.” De facto, Pedro, como cada um de nós, negou a Luz três vezes, mas depois reconhecendo-se luz também voltou a ela.

Dois encontros com o Mestre de Israel, dois encontros com a Vida. Duas maneiras de estarmos na vida! Judas e Pedro negam Jesus. Em Judas Iscariotes e em Pedro manifestam-se partes da nossa identidade individual. Trazemos em cada um de nós João o amoroso, Madalena a confiante, Pedro o testemunhador e Judas o traidor, como os textos da Semana Santa nos mostram. Tudo fazendo parte duma realidade que se quer boa.

Judas não quer aceitar que Jesus aposte apenas na transformação individual como fundamento e meio de chegar à paz social. Não quer perder tempo investindo em processos de mudança que só, a longo prazo, prometem a paz e a justiça. Quer a justiça já e, segundo ele, esta adquire-se mediante insurreições populares. Judas, ao contrário de Jesus, acreditava na revolução violenta, na revolução lá fora, no levantamento do povo contra os romanos. Desconhece que o impulso que o guia é o mesmo que tem levado os povos, de revolução em revolução, a adiar a Humanidade e a protelar o desenvolvimento da História.

Desiludido de Jesus, Judas abandona o grupo dos discípulos, durante a noite. Na noite da vida, este homem bom, que só quer o bem do povo, ao afastar-se da luz passa a ser dominado pela lei das trevas. Nela, o amor e a compreensão dão lugar à hora do ódio e da vingança. Com Judas procuramos a via da solução que leva ao beco sem saída, como podemos ver no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na nossa maneira de governar e construir relações. Judas é a alternativa da vida que nos leva ao beco da guerra; encontram-se sempre muitas razões intelectuais para a fazer.

O encontro com o outro (Jesus), com o ser profundo das coisas, muda a vida a uma pessoa. O encontro verdadeiro muda-nos no sentido da luz ou da treva.

Uma vida no desencontro é uma vida em segunda mão. O desencontro acarreta más consequências, como nos mostra o texto de quarta-feira da paixão (Mt. 26,14-16).

Jesus pregou, consolou, curou mas o seu acto de salvação foi por ele sofrido, era um processo am mesmo tempo interior e exterior. Foi atraiçoado, vendido, crucificado. Não procurava fora o que não estava dentro dele. Neste processo realiza-se salvação. Não há soluções fora, a solução é a realização, e esta é processo vivencial e não uma solução que se vai buscar ao sótão das ideias!…

Na sua paixão, que é, em parte, a nossa paixão, torna-se visível a nossa parte escura, a nossa crueldade barbárica, de ontem e de hoje. A paixão de Jesus continua hoje no Afeganistão, na Líbia, no Japão, no meu país, na tua casa e na minha. Ontem como hoje sobressai em mim uma das personalidades: Pedro ou Judas.

Aquele que foi condenado e executado às portas de Jerusalém – é o nosso rei (rei dos Judeus). Ele morreu segundo a lei.  A lei possibilita a produção de armas com que outros são mortos, segundo a lei pessoas são perseguidas ou impedidas de viver.

Somos mais que espectadores da vida. Também Jesus não tinha ninguém que o defendesse. Todos o abandonam; na sua fuga seguem o medo das próprias sombras.

Maria unge Jesus com bálsamo em Betânia (Jo 12,1-11) e enxuga-lhe os pés com os seus cabelos. Com este gesto quer honrá-lo realizando o acto de unção como era costume na sagração dos reis e dos ungidos de Deus.

Maria, uma mulher, assume a função de coroar. Em representação da humanidade e da natureza, realiza este rito, como uma sacerdotisa, que reconhece, de antemão, a morte e ressurreição da vida em Jesus.

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

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