Imigração continua a ser um assunto tabu no discurso público
Não é justo generalizar os perigos trazidos à sociedade e à cultura de um país por imigrantes!
Estou farto de ser tratado como “pessoa de contexto migratório” e deste modo ser envolvido na generalidade dos muitos crimes praticados na sociedade alemã e que são comprovados e excessivamente realizados por imigrantes de cultura árabe!
Não mereço ser discriminado pela negativa ao ser metido no mesmo saco! Como referência chegaria a minha pessoa e o ser português!
Para se ser justo com imigrantes, a imprensa e os multiplicadores sociais poderiam diferenciar entre imigrantes e imigrantes: é um facto que certos problemas sociais e culturais vêm mais da migração muçulmana e de imigrantes traumatizados pela guerra; de facto, a cultura e a sociedade islâmica afirmam-se, em regra, através do Gueto e da contraposição da sua cultura em relação à cultura onde se introduz! A excepção de alguns só confirma a regra!
Por que será que para se encobrir e desobrigar parte do grupo maioritário, que é o muçulmano, se recorre, na opinião pública, a uma generalização dos problemas deste grupo utilizando, para isso, a designação “pessoas de contexto migratório” como qualificação abstrata para englobar todos os imigrantes e seus descendentes e assim não se poder saber a origem específica de quem é quem.
Porque esconder o erro em vez de valorizar a virtude? Porque não dar preferência a uma política intercultural que seria inclusiva e, em vez disso, se persiste em continuar a manter na ordem do dia a política multicultural que é exclusiva, sendo esta mais propícia a introduzir cavalos troianos?
A política multicultural, na prática, só beneficia a cultura árabe e isto sob o pretexto de se querer fomentar a multicultura. A quem serve esta política? Aos imigrantes não!
Porque não sermos mais justos também para com os migrantes/exilados se, o que está na base da sua boa ou má recepção, são interesses não declarados, isto é, a falta de mão de obra para a economia europeia e compensar a falta de população jovem de Estados com fraca quota de fertilidade, etc (Deste modo, através de uma política de informação confusa, fomentam-se agressões contra estrangeiros quando o que está em jogo são interesses de grupos da sociedade acolhedora, interessados em ter clientes ou em ter os estrangeiros como massa de manobra barata a poder ser usada como arma na concorrência.
Que os grupos muçulmanos se fechem em Guetos não é de criticar porque desse modo defendem os seus interesses culturais para a posteridade. A chamar à responsabilidade seria a classe política europeia, a economia e ideologias a ela atreladas. Mal dos imigrantes e do povo quando são instrumentalizados para encobrir a exploração em jogo, que não é, na sua essência diferente da de séculos passados!
Já chega da cega política multicultural! Esta só interessará à cultura árabe e a uma ideologia internacionalista com a finalidade de desestabilizar a cultura ocidental! É dever das elites de cada país – legitimadas pelo povo para defenderem o bem-comum – assumirem responsabilidade e, para tal, criarem regras e condições que levem a evitar que se instalem cavalos troianos nele; para isso seria necessário questionar o nosso sistema económico e o agir da classe política (Que mudou? Antes os senhorios viviam das terras arrendadas e dos servos da gleba, e hoje os Estados ricos vivem da exploração dos habitantes de outros países!)! Facto é que os coitados serão sempre as pessoas da gleba, o povo seja ele nacional ou imigrante.
O Zeitgeist do pensar politicamente correcto europeu, para defender a classe dominante, tem criado tabus na comunicação social (e até dentro do pensamento!) tornando perigoso falar-se em público de temas como este e assim serve um poder e um senhor não declarado à custa da pessoa humana e da própria tradição. Entretanto incorre na contradição de, para aceitar outras culturas, se ver obrigado a negar a própria (negação da cultura que deu origem aos valores de humanidade e democracia, que pretende impor lá fora)!
Chega de discursos de embalar! O discurso sociopolítico tem que começar a tomar a sério o islão e a própria cultura! Chega de criar ilusões e enganos! Ilude-se o povo com esperanças balofas que a situação das mulheres muçulmanas melhorará e que a cultura muçulmana evoluirá! Facto é que através dela e das medidas de combate ao terrorismo a liberdade do cidadão é cada vez é mais coartada. A cultura muçulmana, enquanto não se abrir ao outro, será muito boa para ficar em casa.
O socialismo islâmico aliado ao princípio base da evolução, que é a afirmação e confirmação do mais forte, tem em si a coerência necessária para um futuro sustentável! Erra quem pensa que, em geral, as mulheres islâmicas pretendam a emancipação (há, de facto, algumas excepções devido a “contaminações”)! O espírito do islão implica a sujeição e esta está antropológica e sociologicamente internalizada tanto em homens como em mulheres (daí não se poder esperar grande contributo das mulheres muçulmanas para a igualdade de Homem e de mulher, à maneira da mundivisão ocidental)!
Esta é a tragédia que confirma o futuro e justifica a posição dos Talibã, EI e outros movimentos extremistas islâmicos. E nós vamos falando destas coisas enquanto outros usam e abusam delas!
Não falo do que ouvi dizer, falo do que experimentei e sei, também na minha qualidade de ex-porta-voz do Conselho de Estrangeiros de Kassel.
A imigração pode, porém, tornar-se num grande enriquecimento social e cultural de cada país.
António CD Justo
Pegadas do Tempo
Em mais, nem menos!
Tem toda a razão! E alguns deles são racistas com outros estrangeiros, Portugueses por exemplo, mas isso e um tabú! Não se aceita!
Grande texto bom amigo António CD Justo. estou farto deste sistema de compadrio e podre … estou a pensar, em me retirar deste pobre país, pedindo asilo, nem que seja do terceiro mundo … estou farto e desgostoso com tudo o que se passa neste pobre país, que se chama PORTUGAL.
Amigo, compreendo que quem procura ver o que se passa por trás dos bastidores do teatro em qze andamos, fica por vezes desolado! Porém, a política e as manobras do poder são para se verem à distância doutro modo estragamos a vista por tanto ver! Às vezes invejo os amantes do futebol porque sofrem por coisas e causas pequenas e talvez sejam mais inteligentes que eu porque deste modo sofrem menos e conseguem viver o seu dia a dia sem insónias. Fugir nunca é aconselhável! Cada um tem algo a dar à sociedade e também a crítica construtiva é um serviço no sentido de melhorar a situação em Portugal. O mal não é só de Portugal é civilizacional e o poder sempre dominou o percurso da história. Importante é não darmos demasiada importância àquilo que não nos pode ajudar e estarmos lúcidos do que acontece como procurava fazer o filósofo Sócrates.
Muito esclarecedora análise.
Como se vê, o fenómeno migratório tem, para o bem e para o mal, muitas vertentes que não têm merecido a atenção devida por parte das políticas da UE para esta área. Muitas injustiças são praticadas, muitos problemas que podem conduzir a situações perigosas tem sido descorados.
António Cunha Duarte Justo mas +e desgostoso na vida militar, obrigar-nos a jurar fidelidade à pátria e quando nós vimos a pátria a desmembrar-se aos poucos, por meia dúzia de ladrões e nada poder-mos fazer, simplesmente, porque não temos um guia de tomates que organize uma ação que corra com esta canalhada de compadrio e ladroagem, do país que tanto amamos … eu pelo menos amo a minha pátria e a minha gente e não me importa de ser sacrificado, em prol do bem estar do meu povo. Disse.
Pelo que me é dado observar na política globalista está-se a preparar o povo para pensar em termos de sim e não e os políticos a serem acólitos da ideologia materialista unida aos detentores da economia e deste modo, virem a possibilitar a formação de uma troica à maneira soviética e chinesa; para isso têm de ir destruindo os conceitos de pessoa Deus, pátria e família como símbolos de uma cultura a deconstruir! É preciso reduzir o ser humano à qualidade de mero elemento e com uma ética de mera funcionalidade!
NÃO curti ! Quando “escolhemos” um país para residir, seja breve ou para fixar residência por um tempo mais longo, devemos respeitar a cultura local, e nunca, já mais, impor a nossa cultura ao natural daquele país. Se não gostou … volta para a sua terra. Pode usar seus hábitos e costumes dentro da sua residência, NÃO em local público. Ao se dar a mão a alguns povos, eles logo querem o braço, e o resto, se tiverem oportunidade. Respeito é bom.. e eu gosto, e mereço.
Seria bo se a sociedade se deixasse reger por essa ética do respeito e da dignidade que defende. Isso na realidade é coisa para pessoas que não vivem do negócio político; este deixa-se orientar por interesses de que a humanidade está longe. Os de cultura árabe que procuram impô-la ao Ocidente não devem ser incriminados por isso; ele, pra´tica política de defesa de interesses usam das possibilidades que lhe são dadas. O problema está na lorpice da nossa política (muitos políticos) e nossa fé nela!
Do outro lado, o “novo sultão”, após ajudar o Azerbaijão implodir a Armênia, determinou que a Santa Sofia voltasse novamente a ser Mesquita. Até quando a Europa assistirá passivamente a infiltração islâmica ?
Creio que tudo o que está a acontecer, não acontece por acaso nem por ingenuidade! O que está a acontecer, na tendência, é fruto de gente esperta e de agendas queridas e a aplicar. Ao mundo está a interessar conseguir uma civilização ocidental totalmente enfraquecida! Só assim poderá estabelecer mundialmente uma aristocracia que consiga levar os povos aos seus intentos e para tal levá-los a aceitar ser marionetas. Neste sentido encontram-se unidos o socialismo e o capitalismo como se pode já ver na China: um cidadão, com o tempo de barriga anediada, mas reduzido a marioneta!
Antes da pandemia 2019, visitei Roma com minha esposa, e qual não foi minha surpresa em saber que a maior Mesquita da Europa tinha sido construída justamente em Roma ! Provocacão ? ironia ? Nada em favor de uma “guerra santa”, mas o que estamos assistindo passivamente, é o colapso dos valores da sociedade Ocidental. Enquanto eles têm liberdade para tudo, os cristãos do Oriente Médio estão cada vez mais obrigados a deixar suas terras. Nas Américas também já estão entrando de “mansinho’. Creia- me.
As elites dos islão são coerentes com a sua doutrina de haver solidariedade só com os crentes seguidores de Maomé. O cristianismo tem uma filosofia diferente que é o amor ao próximo e este não é limitado ao cristão mas abarca toda a pessoa humana!
Publicação xenófoba, sem qualquer fundo de verdade, somos uma sociedade de emigrantes, ainda hoje. Mas já se esqueceram disso, em nome de uma politica extremista da direita saudosista e bafienta!!!
João Rosa, de não esquecer que contra a opinião dogmática não há possibilidade de se recorrer a argumentos. Para ela chega o pensar do politicamente correcto que é crença a seguir, não dando oportunidades a pensamentos complementares! Assim se dá sustentabilidade à guerra!
Ninguém pode agradar a 2 deuses ao mesmo tempo. Eu particularmente , não admito um ‘islâmico’ vestido a caráter, no banheiro feminino… NÃO sei quem está debaixo daquela roupa! Em Lisboa já passei por isso…Eu saí na hora muito brava. Imagina um Índio resolver sair da comunidade, vestido a rigor! Apenas com uma pena colorida na cabeça, e uma cuia na mão… Eu sou a favor de cada macaco no seu galho. Ou cada pessoa no seu quadrado. Se deseja misturar-se, tem que se adaptar e ser igual. (o político que gosta, que leve pra casa)
É verdade; cada macaco no seu galho seria uma maneira de se não aumentarem os problems desde que houvesse diálogo e solidariedade verdadeira! O problema é que os galhos da árvore europeia poderão começar a esgaçar devido à quantidade! Tem razão! A tolerância portuguesa costuma dizer à terra onde fores ter faz como vires fazer!
Essa é uma questão muito controversa.
1. A integração muçulmana não é igual em todos os países europeus.
2. Por exemplo, a França é um país que tem imensa dificuldade em integrar tudo o que não seja “francês”, mesmo que seja a cultura normanda, bretã, ocitana, provençal, basca, alsaciana, etc. Se isso acontece com as culturas internas, o que não acontecerá com os portugueses, árabes e outros? A emigração portuguesa em França tem quase cem anos e não há UM ÚNICO político de ascendência portuguesa. Pergunta: será apenas culpa do outro?
3. Históricamente a cultura árabe até tem tido imensas manifestações de tolerância. Veja se o caso da presença árabe na Ibéria ou o acolhimento dos judeus expulsos… pelos europeus.
Exemplos históricos não faltam da falta de tolerância europeia, que são os que agora que atingimos a globalidade, agitam a bandeira da democracia. Esta hipocrisia ocidental é também uma das causas do extremismo islâmico. É também estranho, que aqueles que impuseram a sua cultura e civilização fora de portas ( coisa que os árabes não fizeram), se mostrem avessos às mudanças que possam surgir.
4. Não foi na Europa que nasceram os Direitos Humanos e de Tolerância. Há mais de dois mil anos, na Índia, o imperador budista Ashoka espalhou pelo seu imenso território, os famosos Éditos gravados em pedra onde pregava a Tolerância por todas as formas de Religião.
5. Também a integração no meio não é um problema exclusivamente muçulmano. É de todas as comunidades estrangeiras e creio que tenha de haver entre todos uma plataforma comum e tem de se definir claramente o que é a integração, deixando depois os costumes próprios, a liberdade guiados pelo bom senso, na mão de cada um.
É muito controversa socialmente mas muito fácil de se observar na prática. Eu vivo na Alemanha e na base do meu texto está a experiência na Alemanha onde de uma maneira geral os árabes não se integram apesar da abertura da sociedade alemã e apesar de os partidos políticos terem integrado nas suas listas muitos muçulmanos que hoje ocupam direcções de partidos e altas funções no Estado. Uma coisa são as excepções e outras o espírito de grupo e afirmação mantido nas mesquitas e que a maioria segue! Os portugueses não ocupam grandes lugares na política alemã mas isso terá, talvez, mais a ver com o espírito mais obediente e menos consciente do poder inerente à generalidade da sociedade oprtuguesa. Não esdtá em questão a perseeverança de costumes próprios por parte dislâmica mas sim o seu afirmar-se como grupo e definir-se contra esta cultura!
Mas a UE tem uma politica assim tão multicultural? A mim parece-me que o multiculturalismo é algo mais típico do mundo anglo-saxónico (nomeadamente dos EUA, do Reino Unido e do Canadá), e que na Euopa continental vigora mais aquela política “jacobina” de negar a existência de diferenças culturais ou étnicas (ex. a recusa da fazer censos por etnias)
Um multiculturalismo não tem aqui nada a ver com o outro atendendo às situações geográficas, étnicas e históricas. Neste meu meu texto quis acentuar a importância da interacção das culturas (intercultura) em vez de uma coexistência (multicultura) de cultura islâmica ao lado da germânica ou seja um modus vivendi da “sociedade paralela” que se isole espacial, social e culturalmente da sociedade maioritária!
A situação e distribuiçao geográfico-social de etnias/línguas/religião na Europa é diferente das de um Canadá e como tal a terminologia não é equivalente!
As sociedades multiculturais seriam mais Estados-nação numa nação composta por diferentes grupos populacionais de identidade cultural, tradições e linguagem homogénias.
Como defensor de uma política “intercultural” priveligio um processo em que pessoas com diferentes origens culturais interagem e influenciam umas às outras incluindo a coexistência de culturas em processos de troca e compreensão mútua e como tal sendo comunidades não oficialmente multiculturais.
Para a Europa o que está em jogo é o encontro ou confronto da cultura de caracter islâmico e a cultura ocidental. De modo a todo o modo de vida se tornar num enriquecimento mutuo. Para evitarmos mais tarde o confronto sou do parecer que é de acentuar uma filosofia da interculturalidade sobre a multiculturalidade. O termo interculturalidade aposta no processo de interação entre membros de diferentes culturas tanto a nível individual como organizacional de modo a possibilitar-se uma transculturalidade. Importante para já seria conseguir-se a anuência islâmica para haver entre as partes um consenso social baseado nos valores europeus que funcionaria como suporte entre alemães e islâmicos, como apresentou o cientista político muçulmano Bassam Tibi !
Certo, mas no entanto, a religião, infelizmente no caso que descreve tem sido e foi usada para colocar mais entraves tanto à multicultura, como à intercultura, a começar pelo problema do dito “humano” e da “vera religione”, até acho incrível, como três religiões que professam um só e único Deus e todas elas descendentes do mesmo patriarca, ainda não tenham chegado a um entendimento e querem fazê-lo apenas pelo lado político. Para não falar de certos eventos históricos que contribuíram e muito para a atual situação que alerta.
Na multicultura não estão em questão três religiões nem duas! Sob o nome de política multicultural estão na Europa em questão duas culturas em parte incompatíveis: a cultura de cunho islâmico em que a religião é a base fundamento cultural e como tal não divide entre poder político e poder religioso (isto é, de caracter constitucional quer para o indivíduo quer para Estados de maioria muçulmana); não fazem distinção entre poder secular e poder religioso como a religião cristã e o Ocidente fazem! E aí é começa o problema de um diálogo respeitoso e sério e a dificuldade de políticos e povos ocidentais poderem compreender o que de facto está em jogo; o equívoco destes vem do pensarem que se trata de um problema religioso quando a questão aqui em processo é a luta da cultura de cunho islâmico contra a cultura ocidental e a incapacidade de observadores externos para compreender a complexidade da questão. O mesmo equívoco se deu nas intervenções do Ocidente no Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia (perderam pelo simples facto de não terem compreendido o parceiro e as sociologias de cunho islâmico; pensam intervir com nações e não: estes não têm o conceito nem o estado social de nações porque em grande parte são de caracter tribal e como tal com uma outra consciência e indirectamente até, em posição estratégica superior ao Ocidente!
Por esse ponto de reflexão, a incompatibilidade sempre existirá e qualquer esforço para superar e tentar compreender será fadado ao insucesso, pois, cada lado tenderá a olhar para o outro sob o seu próprio ponto de vista. Acho que o maior problema é esse mesmo, o querer impor nos países mulçumanos a visão dita ocidental. O maior impasse social da humanidade atualmente é esse mesmo, como num mundo multicultural que o é, conseguimos estabelecer pontos de ligação interculturais, por isso convém antes responder ao, o que é a humanidade e como ela de facto se cultiva, nesta miríade de povos, culturas, fés, religiões, etc. Não tenho resposta fácil para isso, senão o continuar a empreender pela via do entendimento, a partir dos pontos mais comuns para tentar superar depois as enormes diferenças.
É verdade, resposta cabal ninguém pode dar! No meu artigo tratava-se porém raciocinar sobre os problemas aqui e não os problemas dos outros nos seus países. Aqui in loco trata-se de ver maneiras de encontrar soluções que ajudem a todos e que têm a ver com as relações entre uma cultura fechada que nega a intercultura e uma cultura aberta que por impotência e interesses económicos se vê obrigada a deixaar que se formem guetos herméticos! A ideia de que todos têm os seus interesses e as suas razões é uma evidência mas não reolve e apenas adia os problemas; importante é defeni-los e pô-los na mesa. Sobre o assunto tem-se evitado uma discussão intelectual por razões óbvias!
O problema da integração nas sociedades de acolhimento é particularmente importante quando quem acolhe e quem é acolhido são oriundos de matrizes culturais diferentes. Criar uma sociedade mosaico (onde todas as culturas estão representadas, que é, p.ex., o objectivo do Canadá) ou um gigantesco melting-pot (em que todas se confundem num produto novo e indefinível, caso dos EUA) são mitos que nos conferem uma falsa percepção do problema e que em todos os casos conhecidos estão ainda muito longe de qualquer solução. Creio que a questão só pode ser vista da seguinte forma que, aliás, é a única que se me afigura lógica e sensata: quem chega tem de se adaptar às leis, usos e costumes de quem recebe. As sociedades de acolhimento não são, hoje (no Ocidente, pelo menos), totalitárias e ninguém impõe o que quer que seja à força, por conseguinte, os expatriados podem conservar os seus hábitos, usos e costumes tradicionais, desde que não vão contra as normas locais. Todavia têm de inevitavelmente respeitar a legislação, os costumes e as práticas consagradas localmente. O hóspede tem de se subordinar aos preceitos do anfitrião e não o contrário. Estas são as regras do jogo e creio que são básicas. Se discorda, não emigra. É tão simples quanto isto. Temos de preconizar uma inclusão moderada e não a criação de guetos.
Pois, só que não foi isso que o ocidente fez quando transpôs as suas fronteiras europeias e impôs o seu modus vivendi em todo o continente americano, Oceania e em grande medida na África e na Ásia.
Como é que agora vem pedir o oposto?
Francisco H. Da Silva, a grande verdade parece-me esta: a Europa não sabe e nunca soube conviver com aquilo que é diferente embora queira fazer passar a ideia oposta. Veja o caso da Revolta das Alpujarras.
Mário Faria para já a mentalidade da(s) época (s) é (são) outra(s). A História ensina-nos wue assim é e esta é uma regra de ouro. Além disso, subsiste uma questão muito simples: na nossa casa mandamos nós (é o eterno problema da soberania). Enquanto pudermos, as regras do jogo são nossas a não ser que deixemos cair a toalha. Creio que não posso ser mais claro.
Noutros tempos pela força das armas, pelo poderio naval, pela ciencia e tecnologia e por n outros factores, a Europa impos-se à escala do planeta. Encontrou povos desunidos, debeis e sem capacidade para lhe fazer frente. Hoje, está apenas a defender um certo conceito de cultura e de civilização assente na ideia de soberania, enquanto puder, como é obvio. Repito-me: na nossa “casa” mandamos nos. Ponto final.
Francisco H. Da Silva “as mentalidades da época são outras” neste caso não serve para nada porque é exatamente de história que estamos a falar. E fomos nós quem invadiu a casa dos outros e impusemos o nosso estilo de vida dentro e fora de portas. Portanto, a minha questão permanece. Com que moralidade exigimos aos outros, aquilo que não cumprimos (outra regra de ouro)?
Mário Faria, somos sociedades, hoje, tolerantes e com alguma capacidade de absorção. Será que os outros foram igualmente tolerantes, sabemos que não. Outros povos, outras mentalidades, outras épocas. É assim a História. É assim a antropologia. É o que nos dizem as Ciências sociais. A questão está respondida. Se não percebeu, ultrapassa-me.
Francisco H. Da Silva, exatamente. No passado impôs o seu modelo á escala mundial usando inclusive o poderio militar etc. Disse tudo.
Hoje, em que vê o fluxo humano reverter-se descobre um “certo conceito de cultura e civilização” para recusar aquilo que no passado fez a força. Brilhante.
E quanto a povos desunidos, recomendo que estude a história profundamente convulsiva da Europa antes de falar nos outros
Mário Faria na Europa a desunião sempre foi grande, mas a ideia de alguma unidade fez o seu caminho até aos dias de joje. Tal não foi o caso do resto munfo. Quando os europeus ali chegaram tiveram a vida facilitada pelos factores que já enumerei sobretudo pela desunião local. A batalha de Diu (1509) é a este respeito exemplar. Os porugueses dispunham apenas de 18 embarcações contra 150. A artilharia naval portuguesa e a capacdade tecnica e manobrilidade dos nossos navios contra turcos e uma tropa local mal preparada e desunida fizeram o resto. Meu caro senhor para terminar e é de vez, eu falo sobre o que muito bem entendo e não é o senhor que me vai impedir, ou me vai fazer calar.
Muito obrigado senhor EmbaixadorFrancisco H. Da Silva, pela sua clarividência e objectiva forma de apresentar o assunto de forma tão lógica e argumentativa! Obrigado senhor Mário Faria pela possibilidade que deu de se arguemntar sem queo discurso se ficasse por dogmas de crença! Depois da argumentação do senhor embaixador com que me identifico penso estarmos todos mais esclarecidos!
Pois é, resumindo numa única frase, falta boa dose de boa vontade a ambos os lados. Pois, o orgulho está a prevalecer.
Independentemente disso o que importa são factos e tentar-se entrar num diálogo de boa vontade de uns e outros, diálogo baseado em factos e com argumentação de modo a chegar-se a conclusões. No caso é tudo muito claro: quem quer entrar em casa deveria adaptar-se às normas e modo de viver da casa ou não entrar!
De facto, partes do velho ditado, que em “Roma sê romano”, mas isso impõem de facto muitos desafios, pois, historicamente o homem sempre formou “guetos”, em especial quando se deslocava para um local que não era o seu de origem, basta ver a ditas china´s towns, little italy, ou mesmo os entrepostos comercias dos século XVIII e XIX no oriente, nos quais os europeus moravam e circulavam em bairros isolados das gentes locais, só o tempo os levou a uma interligação, mas para isso é necessário querer, pois, nos leva, a não olhar para o outro como diferente, só porque tem cultura e costumes diferentes e isso é um grande desafio, que como dizes com dialogo e argumentação se pode chegar a conclusões e talvez nos mostrem de facto que não existem muitas diferenças, mas simplesmente maneiras de olhar para um copo meio cheio ou meio vazio.
O meu texto e a minha experiência apontam, mais que para uma teoria, para uma realidade e dessa é que falo. Por isso faço referência à situação dos guetos na alemanha e da formação de bandos. De resto, se leu o meu texto completo verá que numa situação de luta de culturas em que nos encontramos há que politicamente tomar-se medidas para que se não chegue com o tempo a uma valcanização da política nem à criação de situações tribais já superadas na Europa. Importante será criar leis justas que respondam aos interesses de tudo e levem a compromisso. O interesse tanto do socialismo Maoista/marxista e do turbo capitalismo será destruir a consciência europeia em nome de um internacionalismo anónimo e através da baralhação das informações levarem o povo a seguir qualquer ideia por mais peregrina que seja. Se todos fizerem do seu programa o lema “a terra onde fores ter faz como vires fazer” evitam-se os problemas de lutas culturais, passando a interculturalidade a ser um processo pacífico e não ideológico que substitui a realidade pelo discurso sobre o falar dela, como é aquele a que assistimos. Não sou contrário a que mesmo na cultura ocidental socialmente aberta haja pessoas que sejam pela afirmação das culturas fechadas no meio delas! Quem pagará a factura serão as gerações futuras!
Francisco H. Da Silva, eu não o quero calar, muito longe disso. Porém os seus argumentos não são seus. Fazem parte de uma determinada corrente de opinião eurocêntrica, em que os fatos não correspondem às ideias. É apenas isso.
E repito que a Europa sempre teve uma enorme dificuldade em aceitar aquilo que era diferente. Não é de hoje.
Mário Faria, isto já não é argumento! Tenho a impressão que na falta de argumentos se desvia a conversa para o abstrato genérico para dar espaço à apresentação ideologica de caracter dogmático; contra ideologia é escusado o argumento, porque a ideologia nega-se a deixar-se envolver numa discussão argumentativa e situada. Usa-se o subterfúgio do passado (culpabilização do passado a ser carregado pelos presentes) e de generalizações numa de que a cultura ocidental faça o que faça será sempre culpabilizada; esta tática de se debilitar uma cultura aberta como a ocidental (não vejo no mundo outra civilização tão aberta!) foi escolhida pela ideologia marxista na sua luta contra a cultura ocidental segundo o programa :” Nós vamos destruir o Ocidente, destruindo a sua cultura. Vamo-nos infiltrar e transformar a sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios!”
Só para recordar que as grandes tragédias da humanidade se devem a homens brancos cristãos. Portanto, muita calma antes de apontarem o dedo.
João Delgado, quem está a apontar o dedo a quem? Dá-me a impressão que muitos só conhecem da História da Humanidade o mal que fizeram os brancos. Sim é preciso reconhecê-lo para se melhorar o futuro, coisa que se tem tentado enquanto agendas globalistas procuram tematizar da cultura ocidental apenas as suas partes sombrias; apesar disso há muita gente a procurar a Europa. O pensrar politicamente correcto na sequencia do programa: ” Nós vamos destruir o Ocidente, destruindo a sua cultura. Vamo-nos infiltrar e transformar a sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios!” nota-se cada vez mais internalizado nos europeus que acriticamente apoiam os que estão interessados na destruição e não na construção de pontes! O artigo procurava precisamente sair dos trilhos dos ventos do tempo mas vejo que o interesse é outro e nãouma discussão séria respeitadora das partes que ajude imigrantes e sociedade acolhedora a darem as mãos uns aos outros. O espírito do divide para imperar e a tática do contra o outro que se quer considerar adversário é a continuaão das ideologias e interesses que levaram às injustiças do passado e pretendem justificar as do presente…