PENSANDO EM TEMPOS DE COVID-19

Nesta era do medo em que vivemos, quando se fala da vacina contra o Covid-19, de política ou de temas considerados tabus, é muito provável que a discussão escorregue para águas ideológicas e os interlocultores façam uso do insulto ou da depreciação como arma.

As pessoas que não são vacinadas são, muitas vezes, apelidadas de “estúpidas”, “irresponsáveis”, “ignorantes” ou “anti-sociais”! Esta atitude ameaça tornar-se num veneno para a sociedade, embora se saiba que viver de imagens inimigas ancoradas em opiniões fixas não ajuda ninguém e testemunham a falta de exercício do pensamento.

Na falta de argumentos muitos recorrem à difamação, quando o que se precisa é de um diálogo objectivo, respeitoso e construtivo na ciência, na política e na sociedade!

Dizer mal das pessoas não vacinadas e pressioná-las a agir destrói a confiança, também no nosso sistema de saúde. Nem a todos é dado ter confiança e ela não pode ser forçada nem imposta.  

Em democracia, é evidente que as pessoas não estão sujeitas apenas à vontade inflexível da maioria; em muitas questões, a decisão pessoal é soberana. O direito a tomar decisões próprias implica o respeito pelos outros.

Também é claro que a liberdade verdadeira tem a responsabilidade como companheira!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

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