O DIA DE TODOS OS SANTOS – O DIA DE TODAS AS ALMAS E O HALLOWEN

A Igreja católica celebra a 1 de novembro todos os santos, não só os conhecidos canonizados, mas todos os outros.  No Martyrologium Romanum estão registados 6650 santos e beatos e 7400 mártires. A celebração comemorativa remonta ao século IV.

Todas as pessoas falecidas que viveram as suas vidas para o bem e com o sentido em Deus são celebradas.

No dia seguinte, 2 de Novembro, a Igreja Católica celebra o Dia de Todas as Almas. Em novembro são assim celebrados todos os mortos como fazendo parte da mesma comunidade!

Na noite 31 de Outubro, celebra-se o Halloween. O termo “Halloween” vem da expressão “Véspera do Dia de Todos os Santos” em que os celtas celebravam o rito de morte. Os irlandeses integraram nos seus rituais a celebração de „Halloween” (lembrança colectiva) que integra alguns costumes celtas (Samhain, onde se sacrificavam crianças e virgens) que celebravam a morte.

Os irlandeses ao emigrarem para os EUA levaram consigo este costume que nos anos 90 se tornou parte da cultura americana!

A mistura de rituais celtas de reminiscência bárbara de culto da morte (tem a ver com o processo de aculturação e inculturação no encontro de costumes entre povos). A integração do rito Halloween na cultura americana pretende certamente incitar as lembranças americanas inconscientes também elas comuns a velhas práticas indígenas.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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A ORIGEM DA BURKA – PROSTITUIÇÃO

Estratégia de Ataturk para modernizar a Mulher

O traje islâmico tem a sua origem num culto à divindade Astarte (1), deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia (Fenícia).

Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem exceção, tinham de se prostituir num determinado dia do ano, nos bosques sagrados, em redor do templo da deusa Astarte. Nessa festividade todos os homens podiam ter relações sexuais com qualquer mulher.

Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se, no dia da festa, a usar um longo véu como  proteção da sua identidade.

Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar de uma por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.

Atatürk pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte: «Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestirem como quiserem, no entanto, todas as prostitutas devem usar a burka».

No dia seguinte, não havia ninguém de burca nem niqab na Turquia. Hoje acentua-se o uso do lenço. Da prostituição institucional onde a mulher era, num dia, presa aberta para todos os homens, com Maomé o uso da BurKa ou do lenço, sinaliza que a mulher já pertence a algum homem ou é reduzida a símbolo religioso.

É interessante que a Bíblia também faz referência à imoralidade do rei Salomão que pecou contra o seu Deus ao prestar culto à deusa Astarte (1 Reis 11,5). Os egípcios, mais tarde, deram-lhe o nome de Isis, e os gregos de Afrodite e Hera.

 

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

Texto completo (2014) em http://antonio-justo.eu/?p=2826

PODER RENOVADOR DA MULHER:

 https://triplov.com/letras/Antonio-Justo/2009/mulher.htm

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HOJE CELEBRA-SE O DIA DA REFORMA PROTESTANTE

Entretanto passaram-se 505 anos numa História de assunto controverso. No Ensaio seguinte procuro apresentar o meu ponto de análise e de vista:
“Lutero garante a Emancipação como Princípio impulsionador da Idade Moderna; Ideais entre Dependência Religiosa e Dependência Política”: Ensaio sobre o Legado de Martinho Lutero nos 500 anos de reforma Taschenbuch – 12. Oktober 2017 : https://www.amazon.de/garante-Emancipa%C3…/dp/1549917625
Lutero garante a Emancipação como Princípio impulsionador da Idade Moderna: Ensaio sobre o Legado de Martinho Lutero nos 500 anos de reforma
amazon.de
Lutero garante a Emancipação como Princípio impulsionador da Idade Moderna: Ensaio sobre o Legado de Martinho Lutero nos 500 anos de reforma
Na palavra emancipação poder-se-iam resumir as forças condutoras que trespassam os quinhen
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Temp
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A EUROPA DIVIDIDA FAVORECE A SABOTAGEM GEOPOLÍTICA

O Eixo franco-alemão da União Europeia emperrou e a UE parece tropeçar nela mesma

A cimeira (franco-alemã) do conselho de ministros, que se realiza todos os anos desde 1963, foi cancelada para este ano e adiada para o princípio do próximo ano. O eixo da União Europeia, (suas duas mais fortes economias Alemanha-França), encontra-se em dissonância apesar da tentativa cosmética da visita do Chanceler alemão a Paris (26.10); o encontro não teve sequer uma declaração final comum aos jornalistas.

Desagradou aos franceses o facto de a Alemanha ter, numa atitude isolada virada para ela mesma, deliberado um pacote de endividamento de 200 mil milhões de euros (1) destinado a medidas contra o aumento dos preços do gás e da energia sem informar previamente o seu parceiro francês. Por outro lado, embora a França já esteja a trabalhar com a Itália no escudo de defesa antimíssil “Mamba”, a Alemanha assinou um novo projecto para criar um guarda-chuva comum de defesa aérea, (a chamada “European Sky Shield Initiative”), com cerca de uma dúzia de outros países – mas sem a França. A imprensa alemã informou também que Mácron na cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UE, anunciou planos para juntamente com Portugal e Espanha construírem um novo gasoduto para hidrogénio e, se necessário, gás entre Barcelona e Marselha, ao contrário dos planos da Alemanha. Por outro lado, não agrada à França a política de expansão da EU para Leste que a Alemanha quer forçar, antes de uma reforma do funcionamento da EU! Também na guerra a desenrolar-se na Ucrânia há divergências entre Berlim e Paris.

Para a Europa, a coisa é mais séria do que parece porque a crise das relações franco-alemãs deve-se sobretudo às diferentes perspectivas politico-geográficas da Europa e dentro da Europa, diferenças estas (Norte e Mediterrâneo) simbolizada nos dois polos da Europa: Alemanha e a França.

Uma EU esgotada com a guerra geoestratégica a desenrolar-se na Ucrânia tem dificuldade em definir-se para poder encontrar um lugar de mais relevo no mundo! A Europa tropeça nela mesma num momento em que o mundo sem a intervenção dela será dividido entre Ocidente e Oriente.

O facto de a Alemanha se ter colocado ao lado dos EUA poderia ser interpretado como um acto desesperado de ter perdido o seu parceiro de interesses (Inglaterra) na EU e pelo facto de a Alemanha, militarmente  ser propriamente uma base americana que no caso de um conflito atómico com a Rússia (que certamente não chegará a haver!) seria completamente destruída devido às 20 bases americanas no próprio terreno. Por outro lado, os Estados Unidos, de espírito saxónico, encontram na Inglaterra um aliado fiel dentro de uma Europa que interessa manter desunida e enfraquecida. De facto, a Alemanha, depois da sua União, descuidou-se, e com ela a Europa, ao ajudar a construir o cavalo de troia na Ucrânia onde se digladiam os interesses anglo-saxónicos americanos e os da Federação russa.

Numa altura em que o mundo se orienta e a Alemanha se posicionou decididamente ao lado dos Estados Unidos sem ter em conta outros interesses europeus, a França tem afirmado o seu distanciamento relativamente à Alemanha, não aceitando o papel de liderança alemã.

A Alemanha com vinte centros militares americanos no próprio território está interessada em alargar a sua vizinhança para o leste. Por outro lado, também desagrada aos franceses o facto de a Alemanha estar mais interessada em comprar armas directamente aos americanos em vez de investir em projectos europeus.

De registo seria ainda o episódio do porto de Hamburgo onde o Cosco Group, com sede em Pequim, terá uma participação de 24,9% no terminal de contentores de Hamburgo em Tollerort. No contexto em que nos encontramos, esta concessão indica ser mais um acto de enfraquecimento da Europa que pouco a pouco vai cedendo a tecnologia e o terreno à China, o que não rima com a ligação incondicional da Alemanha aos Estados Unidos. Pelos vistos uma no cravo e outra na ferradura!

A Europa, prendada pela natureza, embora sendo um centro minúsculo em termos de geografia global, conquistou as fronteiras do mundo, tornando-se no ponto de partida e de chegada de todo o mundo e agora politicamente aberta ao mundo encontra-se numa situação de ser absorvida pelo mundo.

A Europa, que tem uma irmã de sangue que é a Rússia, vê agora a sua filha América de volta a exigir-lhe que não pense em si mesma e que renegue a sua irmã Rússia. Deste modo, em termos históricos, a América deixa de ter a sua mãe como concorrente fazendo dela uma dependente. Sobre este impasse histórico terão muito que escrever os historiadores do futuro!

Proceda-se à desescalada (redução gradual dos recursos militares implantados) para se poder construir uma visão do mundo diferente. Precisa-se harmonia, mas sem que isso impeça a liberdade.

A União Europeia encontra-se dividia interiormente e por isso, embora não de coração, mas por realismo, vê-se inclinada ao comprometimento e solidariedade com os interesses dos Estados Unidos. De evitar será, porém, criar-se na Europa o grupo dos anglo-saxónicos contra o mediterrâneo!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) Desobriga dos Governantes desleais à Europa?: https://antonio-justo.eu/?p=7897

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