Nos media não se falou disto: dois pesos e duas medidas
Um caso típico! A 29 de Maio, uma procissão organizada por paróquias parisienses e associações diocesanas para comemorar os mártires da Comuna de Paris (1) foi selvaticamente atacada por Antifas e outros militantes de extrema-esquerda.
“Dos terraços dos cafés, estes indivíduos ameaçaram os paroquianos com a morte. Depois, foram atiradas garrafas, caixotes do lixo e vedações de arame aos fiéis, alguns dos quais foram espancados. Se os fiéis não se tivessem refugiado na igreja de Nossa Senhora da Cruz enquanto esperavam pela chegada da polícia – dramaticamente ausente – poderia ter acabado muito mal… A procissão era composta por famílias, que vinham com carrinhos de bebé, idosos, jovens batedores e acólitos, como observou Le Figaro. “O objectivo era puramente religioso, não havia exigências políticas na nossa abordagem”, disse D. Jachiet, bispo auxiliar de Paris. É, portanto, o ódio à religião cristã e nada mais que está na origem deste ataque extremamente violento”. Ver vídeo documental em nota (2).
A comunicação social, como se tratava de perseguição aos Católicos, não se importa e cala. Certamente se fosse feito o mesmo a outras religiões, franceses seriam apelidados de racistas e os meios de comunicação social teriam falado disso durantes dias. Torna-se desastroso assistir a uma política muda e a uns media comprometidos que não parecem interessados em fazer algo para resolver a situação mundial contra os cristãos, que são o grupo atual mais perseguido no mundo! Porquê esta diferença de tratamento? O que pretende fomentar o “pensar politicamente correcto”, com isso?
Muitos já se estão a dar conta da união entre a extrema-esquerda e o islão atendendo a ser uma religião política que integra meios semelhantes aos seus.
O cristianismo não deve, porém, cair nessa armadilha de misturar religião com política activa. Por outro lado é fatal assistir-se, de meros braços erguidos ao céu, à decadência ocidental . Não chega implorar a misericórdia e a piedade de Deus para todos… Mal seria se as religiões se unissem umas às outras não para a paz mas para se defenderem contra certo extremismo secular. Este parece só interessado em destruir, sem notar que se encontra a cerrar a haste da árvore em que se encontra!
Torna-se urgente uma reconciliação entre o poder religioso e o poder secular, entre direita e esquerda, dado uma sociedade precisar das duas pernas para andar e para avançar na história; temos dois hemisférios cerebrais, há que atender aos dois para podermos andar como pessoas e como sociedade.
Seria perverso pensar que destruindo as raízes cristãs da Europa, mais fácil seria estabelecer uma oligarquia económico-política num sistema de globalismo centralmente governado; parece bailar em muitas cabeças a imagem de um sistema chinês que soube unir socialismo e capitalismo nas mãos de 80 milhões de comunistas que orientam o resto da China.
Gente sem fé nem lei, movida de interesses ideológicos, apodera-se da praça pública e aproveitando-se dela para semear a discórdia e a delinquência.
Quando estará o Estado disposto a fazer alguma coisa para deixar de ser cúmplice?
António CD Justo
Notas em “Pegadas do tempo”,
- (1) https://tercalivre.com.br/os-martires-da-comuna-de-paris/
- (2) Ver vídeo documental: https://www.youtube.com/watch?v=FjdRmM5xCfA
Intolerável !!!… A França e demais países europeus são cúmplices desta, e tantas outras, perseguições e atentados contra a igreja e os cristãos.
Infelizmente nós católicos estamos a ser perseguidos em todo o mundo. Mas impressiona a perseguição na Europa sobretudo pela indiferença dos poderes políticos e comunicação social e também pela recusa dos valores cristãos que enformaram a cultura europeia e ocidental. É mais fácil reconstruir “uma qualquer coisa” depois de se neutralizar e perseguir a instituição referência – a Igreja cristã/cristianismo.
Coloco aqui o que um juiz amigo me escreveu como reacção ao artigo: “Infelizmente nós católicos estamos a ser perseguidos em todo o mundo. Mas impressiona a perseguição na Europa sobretudo pela indiferença dos poderes políticos e comunicação social e também pela recusa dos valores cristãos que enformaram a cultura europeia e ocidental. É mais fácil reconstruir “uma qualquer coisa” depois de se neutralizar e perseguir a instituição referência – a Igreja cristã/cristianismo.” Estou cem por cento com o que o amigo diz e que resume a questão! A situação de perseguição aos católicos e da indiferença dos meios de comunicação social devem-se ceertamente também ao desinteresse da maioria dos católicos que se revela em não tomar posição.
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( Será perseguição aos católicos ? ). Porque a cultura ,sendo aprendida é , necessariameente , transmitida . Cada geração humana continua , no futuro , o trabalho das gerações anteriores . O mundo dos nossos pais não é o mundo que legaremos aos nossos filhos :porque , poupado o esforço de recomeçar tudo de novo , cada geração pode ir mais longe do que aquela que a precedeu .
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É um facto estatístico e real que os católicos são o grupo religiosos mais perseguido no mundo! O Francisco, ao questionar o factocertamente não quererá justificar o que se passou na França? A nossa geração não vai mais longe ao pretender silenciar a realidade que se passa; poderá naturalmente ser encaminhada no sentido que alguns querem, tal como fizeram e fazem outras sociedades!
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