1° DE MAIO DIA DO TRABALHADOR

Trabalho é também uma forma de valorização e de emancipação social.
A luta dos trabalhadores conseguiu restituir-lhes mais dignidade e estatuto na sua maneira de estar em sociedade.
Também o trabalho formal foi o que, socialmente, proporcionou às mulheres independência económica a nível familiar e social, de maneira a equilibrar a distância social entre homem e mulher! Essa distância era marcante pelo facto de a sociedade fazer discriminação entre as diferentes formas de trabalho!
Na jerarquia social, a forma de trabalho ainda se revela como configuração determinante de diferenciação social: Citação de https://antonio-justo.eu/?p=7395
No futuro, a luta sindical deveria preocupar-se também com a devida remuneração e dignificação do trabalho maternal. As mães deveriam ter direito a um salário digno pelo trabalho que prestam à sociedade nos primeiros três anos de cuidados com o bebé. Os anos de dedicação deveriam ser considerados como anos de contribuições para a reforma!

António CD Justo

REVANCHISMO DA HISTÓRIA EM PLENA ACÇÃO CONTRA O OCIDENTE

O Presidente Rebelo de Sousa juntou-lhe o seu Pó de Mostarda

Segundo noticiou a Reuters, Rebelo de Sousa declarou a correspondentes estrangeiros, nas vésperas da comemoração do 50° aniversário do 25 de Abril, que Portugal era responsável pelos crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial, e sugeriu que havia necessidade de reparações. Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado e que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que “temos que pagar os custos”. “Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, disse irresponsável e levianamente o Presidente. Reparar o quê, devolver o quê e a quem? Não será que Rebelo de Sousa não se terá deixado levar pelos gases da ideologia que se juntaram no tecto das comemorações do 25 de Abril? Que finalidade há em andar a querer desenterrar os mortos? O Presidente da República, com a sua conversa inoportuna meteu o pé na poça!

Como pode um país assumir reparações em relação ao colonialismo do passado se nem sequer os políticos de hoje são responsabilizados perante o país a nível de legislação por possíveis medidas e actos que, por vezes, praticam em desfavor do país e contra o seu povo ou por ações nefastas noutros países através das suas empresas e intervenções?

Numa altura em que precisaríamos de medidas que fomentassem a harmonia entre povos levantam-se os espíritos malignos do revanchismo sendo todos eles, sintomaticamente, contra a civilização ocidental. A era colonial não precisa de ser arvorada em fonte de orgulho excessivo e menos ainda ser motivo para revanchismo.

Por outro lado, conversa fiada para se julgar no pelotão moral da frente poderia tornar-se num eufemismo de sentimentos de caracter saudosista quando não imperialista, além de fomentadora de reivindicações disparatadas por parte de manipuladores da História!

Há falta de realismo e de lógica no assunto das reparações pela escravatura. É preciso reconhecer os erros do passado e o abominável mal feito, mas não reactivá-lo de modo a provocar um incêndio internacional de que nenhuma nação ou povo estaria isento. Isto só serviria os activistas de ideologias empenhadas na desmontagem da sociedade europeia.

O mesmo olhar crítico expresso em relação ao passado seria necessário para acautelar o actuar dos governantes de hoje para precaverem as consequências das suas medidas em relação ao futuro. É legítimo assumir responsabilidade moral para que os actuais e futuros governos ajam de forma responsável e humana. Cada pessoa, cada povo tem os seus pais e a sua história que os forma. Responsabilidade é de assumir agora pelo presente e por um futuro mais justo e equilibrado.

Os Romanos também levaram o ouro e a prata do território onde hoje é Portugal. Deixaram-nos a riqueza da sua língua latina, o seu Direito, estradas, a sua civilização e o cristianismo! Independentemente de relações mais ou menos justas há sempre um dar e receber!

O facto de algum familiar de Rebelo de Sousa ter estado envolvido em responsabilidades coloniais não justificam as palavras do Presidente no estrangeiro. Esta matéria ganha relevância e deveria preocupar-nos em relação ao atuar económico-político-militar de hoje em relação aos vindouros! O mesmo se diga em relação à “soberana” Dívida Nacional que hipoteca as próximas gerações não lhes permitindo agir livremente devido ao débito que os políticos de hoje irresponsavelmente postergam nelas.

Num contexto de revanchismo contra a Europa surgem perguntas ao senhor presidente: 

Queremos começar agora a exigir da França pelos roubos e crimes cometidos contra as populações portuguesas durante as invasões francesas?

Vamos exigir da Espanha a restituição de Olivença?

Quem fala do milhão de escravas e escravos europeus feita pelo corso muçulmano norte-africano na Europa?

Vai-se pedir indemnização ao 25 de Abril por portugueses mortos devido ao abandono dos portugueses deixados ao Deus dará em África? E a questão esquecida dos retornados e dos soldados mortos em serviço do país?

Será que queremos ter direito a reaver Cabo Verde e São Tomé e Príncipe povoados pelos portugueses?

Que reparações terão de fazer os países colonizados pelos espólios deixados pelos colonos bem como pelos serviços prestados a essas culturas?

Deve o dinheiro dos impostos do cidadão de hoje ser utilizado por erros de políticos de outrora? Será que as retribuições terão de ser pagas pelas classes políticas dirigentes de outrora e seus continuadores no presente?

Será que Portugal quer introduzir o princípio da justiça na História tendo para isso ter de ser posto a leilão? Não seria a aplicação de tal princípio a causa de novas guerras? Que interesses legitimam políticos a declarar uma culpa colectiva a um povo?

Ao serviço de quem se encontram os revanchistas e desconstrutores do passado europeu?

Não seria de falar, em termos actuais do que fazem em menor escala empresas multinacionais em África e em Portugal enriquecendo accionistas à custa dos nativos com ordenados de miséria?

Que reparação será exigida a políticos e capitalistas por usufruírem ou que usufruem dos serviços de trabalhadores com salários indignos que os impossibilitam de viver uma vida culturalmente digna e humana?

O colonialismo nórdico teve outras dimensões de caracter estrutural e tem interesses actuais de outra natureza e categoria nas regiões das antigas colónias não comparáveis com o dos portugueses pelo que não poderão ser tomados como exemplo nas suas iniciativas de reparações. Quanto à devolução de espólio trazido a museus dos países colonizados seria uma atitude de boa vontade a realizar desde que haja condições adequadas e de intercâmbio para o fazer.

Erros passado não se podem “pagar”, o máximo é sofrê-los e reconhecer os motivos que se encontram por trás deles.  A culpa só se poderia herdar no sentido de Adão!

Não se trata aqui de criticar uma visão fundamentalista com outra visão fundamentalista, mas sim de refletirmos sobre um assunto que poderia ser oportuno e assim impedirmos de se substituir o velho colonialismo por um imperialismo moralista.

Não podemos mudar o passado, o que podemos e devemos é ajudar a história no sentido de uma boa mudança de direção.

Encarar e reconhecer o passado com responsabilidade será a melhor maneira de preparar um presente e um futuro responsável; neste sentido poderá a História ser mestra da vida!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

ALEMANHA CRIOU CARTÃO DE PAGAMENTO PARA REQUERENTES DE ASILO

No futuro, os requerentes de asilo deverão receber parte do subsídio de subsistência do Estado como crédito no cartão. (o cartão de pagamento será utilizado para carregar parte dos benefícios estatais dos requerentes de asilo no cartão como crédito. O crédito deverá então poder ser utilizado, por exemplo, para pagar compras no supermercado). O objetivo é evitar que os migrantes transfiram dinheiro para contrabandistas ou familiares no estrangeiro. Destina-se a substituir o anterior pagamento em dinheiro de benefícios ao abrigo da Lei de Benefícios para Requerentes de Asilo. O valor das prestações situa-se atualmente entre 368 e 460 euros mensalmente para adultos. Dependendo da idade, as crianças recebem entre 278 e 364 euros.
Desde 1 de janeiro de 2024 aplicam-se as seguintes taxas de exigência: Nível de necessidade 1 (pessoas solteiras ou pais solteiros) 256 euros (necessidades necessárias) + 204 euros (necessidades pessoais) = 460 euros no total. Além disso, os refugiados recebem a chamada mesada em dinheiro que se cifra em 146 euros por mês (1).
António CD Justo
Pegadas do Tempo

LEI DA AUTODETERMINAÇÃO – MAIS UM PASSO  NA DECOMPOSIÇÃO DA PERSONALIDE HUMANA E UM ACTO DE SABOTAGEM CULTURAL

O Parlamento alemão aprovou a lei de Autodeterminação que possibilita anualmente uma Escolha de Sexo

Ideólogos e poderes não declarados pretendem uma mudança de paradigma da sociedade e para tal fazem uso de agendas, de activistas, da política, do direito e de novas tecnologias para estabelecerem uma nova realidade social – a sociedade plural.

Como uma sociedade plural traz consigo conflitos sociais, para se evitarem reivindicações sociais está em via uma política de informação (formatação social) no sentido de ser modelada uma nova consciência social de modo a ser anonimizada mediante um procedimento de despersonalização.

Por estas e por outras verifica-se que o Estado, em cumprimento de agendas superiores, está empenhado até na própria deslegitimação que leva a uma autodestruição legitimadora da formação de supraestruturas globais. A velha geração dos governantes está, à margem das populações, a ser transformada paulatinamente numa nova geração de meros administradores e aplicadores de agendas e de diretrizes superiores.

Mais uma medida no sentido de nos tirarem a identidade para ficarmos à disposição dos donos disto tudo. Querem levar-nos à apatia, do já não sou eu e deste modo criar pessoas disponíveis de obediência cega e algum menos adaptado pode recorrer ao suicídio.

A 12 de abril de 2024, o Bundestag aprovou a Lei de Autodeterminação; independentemente do sexo os pais poderão escolher o género da criança até aos cinco anos; depois dos cinco anos começa-se a perguntar à criança se está de acordo; os jovens podem mudar de sexo a partir dos 14 anos, sem nenhuma exigência, uma vez por ano. Podem fazê-lo mesmo contra a vontade dos pais, porque em caso de litígio o tribunal de família concederá a autorização e se se “chamar alguém pelo nome que os pais lhe deram pode custar-lhe então uma multa até 10 mil euros”.

A organização CitizenGO chama a atenção para a aberração de tal lei. “Vivemos num país onde você pode escolher o seu sexo, mas não o seu sistema de aquecimento”.

Atribuem autonomia ao cidadão até ao ridículo e por outro lado aumentam a sua dependência do Poder e de corporações a ele ligadas. Assim o paragrafo 9 não permite a aplicação de tal lei para assuntos de serviço militar.

A lei entra em vigor em 1 de novembro de 2024 se os chefes de governo dos estados federados alemães não obstarem. O Tribunal Constitucional ainda pode derrubar a Lei de Autodeterminação desde que um partido apele contra a lei. O resultado da votação no parlamento foi escasso tendo votado a favor da lei quase 51% dos deputados.

A irresponsabilidade e falta de critério de muitos que nos dirigem é tal que criam um mundo que nos transforma em meros possuídos: a pretexto de uma extrema liberdade individual cria-se um sistema político-social controlador da própria consciência humana no sentido de um determinismo orquestrado. O sexo já não conta sendo degradado para experiências médicas que se vão afirmando de experiência em experiência.

Faz parte de agendas globais quebrar a orientação do indivíduo e da população. O que é dado como certo é questionado. As ideologias que prevalecem colocam em perigo não só os jovens e os adultos desprotegidos como abrem também a porta à arbitrariedade.

Tal lei também permite a possibilidade de múltiplas personalidades porque um homem que escolhe ser mulher na Alemanha continua a ser um homem na Turquia ou noutros países.

Esta das pessoas poderem mudar de sexo todos os anos vai dar oportunidade a homens e a mulheres que poderão mudar de sexo também para escolher a prisão de mulheres ou de homens conforme o instinto ordene.

Segundo o sindicato da polícia alemã, criminosos poderão aproveitar-se desta lei para se esconderem. Os criminosos poderão esquivar-se de um mandado de prisão ou limpar a ficha criminal mudando de nome. Isto vem de encontro aos interesses de responsáveis do partido, do governo, Os Verdes, interessados na degradação não só da pessoa, mas também nacional.

Outra possível consequência na qual a coligação do governo aparentemente não pensou: pode ser que tenham também inadvertidamente legalizado a mutilação genital de raparigas com a Lei de Autodeterminação.

Os governos da União Europeia encontram-se em processo de despedida da realidade.

António CD Justo

Pegadas do Tempo