PROPOSTA DE AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NA ALEMANHA

No final de junho de 2020, a Comissão de Salário Mínimo (patronato e sindicatos) tinha fixado o aumento do salário legal mínimo para os anos 2021 e 2022. O salário mínimo deverá aumentar em quatro etapas dos atuais 9,35 euros para 10,45 euros até 2022. O atual salário mínimo estatutário em 2020 é de 9,35 euros.

Como informa a imprensa alemã, o Ministro do Trabalho (SPD) tem como objetivo político aumentar o salário mínimo de 9,35 euros para 12€. Um objetivo que certamente não será de concretização imediata!

Um em cada quatro empregados na Alemanha ganha atualmente menos de 12 euros ilíquidos por hora.

O salário mínimo traz consigo um nível mínimo de proteção para os empregados.

 Em abril 2020, na Alemanha havia 9,99 milhões de empregados que ganhavam menos de 12 euros por hora.

Na Alemanha Oriental, cerca de 36,7% dos empregados ganham menos de 12 euros. Na Alemanha ocidental, 24,7% dos empregados pertencem a esta categoria.

A média dos ordenados horários ilíquidos para toda a Alemanha é de 19,37 euros (1).

Com a proposta do aumento do salário mínimo para 12% o SPD (membro da Coligação CDU/CSU e SPD) procura melhorar o seu perfil de advogado dos trabalhadores para as próximas eleições.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo https://antonio-justo.eu/?p=6012

  • (1) Para se fazer uma ideia dos ordenados, registo aqui o exemplo de duas profissões: um empregado de mesa ganha, para além do salário de cerca de 9,50 euros por hora, recebe uma gorjeta de cerca de dez a 25 euros por turno.

O salário de um Carteiro (embora oscilem de Estado para Estado federado: cerca de 2.200 bruto por mês, (660 euros (-23%) abaixo do salário médio mensal na Alemanha). Como carteiro ganha entre um mínimo de 11,50 euros brutos por hora e um máximo de 14 euros brutos por hora. (https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&biw=1920&bih=1058&ei=rlQbX66PCNHTsAf7lqGwBA&q=Was+verdient+eine+person+in+cafe+Deutschen+Post%3F&oq=Was+verdient+eine+person+in+cafe+Deutschen+Post%3F&gs_lcp=CgZwc3ktYWIQDDoECAAQRzoGCAAQBxAeOgUIABDNAlConxJYycYUYPTqFGgAcAJ4AIABpgGIAfIKkgEEMTkuMZgBAKABAaoBB2d3cy13aXrAAQE&sclient=psy-ab&ved=0ahUKEwiunvjG7ObqAhXRKewKHXtLCEYQ4dUDCAs )

CIMEIRA DA UNIÃO EUROPEIA EM APUROS

Poupadores contra Gastadores?

Em nome da verdade o problema é o dinheiro. As hostes formaram-se em torno dos países que mais têm de pagar para o fundo de reconstrução (pandemia) e dos que mais receberão apoio especial do fundo , previsto num total de 700 mil milhões de euros para empréstimos e subvenções.


Para mais complicar a complicada União europeia, criou-se na cimeira um novo centro de poder formado em torno dos “países poupadores”: Países Baixos, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Áustria que questionam as subvenções e travam os planos da Alemanha e da Franca exigindo também mais controlo.


Os países que teriam de alimentar o fundo de subvenções são a Finlândia com 7,7 mil milhões de euros, Dinamarca com 12,2 mil milhões, Áustria com 14 mil milhões, Suécia com 16,6 mil milhões, Países Baixos com 31 mil milhões, França com 52,3 mil milhões e a Alemanha com 133,3 mil milhões de euros.


Os principais países recebedores seriam (de acordo com a mesma tabela da EU ): a Espanha esperaria 82,2 mil milhões, Itália 56,7 mil milhões, Polónia 36, Grécia 33,4, Hungria 7,3 mil milhões. As noitadas da Cimeira prolongam-se e agora que Bruxelas também quer interferir nas questões internas de Direito de Estado, as coisas parecem complicar-se ainda mais.

António da Cunha Duarte Justo

PORTUGAL NACIONALIZOU A COMPANHIA AÉREA TAP

O governo aparece como o salvador da TAP, assumindo a maioria das acções .
Foi alcançado um acordo com o grupo privado Atlantic Gateway e segundo ele o Estado assume 22,5% das acções em troca de um pagamento de 55 milhões de euros. A quota do Estado na TAP aumenta assim para 72,5%.
E depois queixam-se que não há dinheiro para investimentos produtivos no país!
Quem mais ganhará com isto serão certamente os partidos que poderão meter os seus boys nos conselhos de administração. As dívidas pagá-las-ão os contribuintes e as próximas gerações!

António Justo

GOVERNO BRITÂNICO EXCLUI PORTUGAL DOS “CORREDORES DE VIAGEM INTERNACIONAIS”

Turismo é uma indústria subserviente

Ao exigir quarentena para quem vem de Portugal, o Governo británico fere profundamente os interesses económicos de Portugal.

É uma medida triste e não muito amigável da parte britânica para com o seu velho aliado.

Isso não justifica, porém, a demasiada ideologia na reacção do senhor ministro Augusto Santos Silva; a sua argumentação mais parece um desabafo de alguém ofendido e assim distrair alguns portugueses menos atentos do que realmente se passa!

Ao governo português não restaria mais que seguir o exemplo da Turquia em relação à Alemanha no referente a turismo. Alguns dos seus ministros dirigiram-se à Alemanha para defenderem os seus interesses nos turistas alemães perante o governo e a sociedade. Queixinhas e acusações não ajudam ninguém.

Tudo acontece na malha dos interesses económicos! O Governo, sentindo as costas quentes por parte da União Europeia, só faz mal em não usar dos meios diplomáticos para conseguir benefícios para Portugal! Uma coisa é certa: uma vez que o Reino Unido saiu da EU, já os membros da EU, passam também eles a fazer parte dos seus rivais!

O Algarve e a Madeira têm sido abandonados ao turismo pela política, muito embora o turismo seja uma indústria subserviente. Por isso, é de exigir para essas regiões que se relance uma economia baseada em investimentos. Não chegam as laranjas algarvias nem as bananas madeirenses; sem indústria transformadora e sem pescas estas regiões não vão longe!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo,

COMÉRCIO DE ESCRAVOS NA LÍBIA

Migrantes africanos são vendidos na Líbia a 340 €

Na Líbia há mercados de escravos. Além de relatórios sobre o assunto, um filme documenta a venda de “Rapazes grandes e fortes para trabalho agrícola” por 400 Dólares, num leilão. Muitos emigrantes põem-se a caminho do Mediterrâneo na esperanca de chegarem à Europa. Os traficantes exploram-nos e também os põem à venda.
O comércio de escravos tem uma grande tradição nos países árabes. Só no tempo de Gaddafi foi interrompido o comércio de escravos na Líbia. “Até ao século XIX, centenas de milhares (talvez até milhões) de europeus (e também africanos) foram vendidos como escravos na Líbia, Tunísia e Argélia”.
Com a eliminação de Kaddafi (2011) o comércio de escravos voltou à Líbia.
A falta de perspectivas, de segurança e de estabilidade em África fomentam a emigração. Na Europa são, por um lado bem-vindos e por outro lado não os querem. Neste filme (1) encontra-se documentado tal comércio.

Felizmente, atualmente, o artº 24º n.1 da Constituição Portuguesa já estipula: “A vida humana é inviolável.” Um problema futuro contra a dignidade humana serão os novos ventos da ideologia pragmática e utilitarista em via e que tratará velhos e doentes graves com as mesmas categorias morais que tratava os antigos escravos!

Na Nigéria uma menina custa 750€ e um menino 1.245€

https://www.gentedeopiniao.com.br/opiniao/artigo/trafico-de-pessoas-escravidao-moderna

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

(1) https://www.youtube.com/watch?v=2S2qtGisT34&feature=youtu.be