Islamismo afirma-se contra o Secularismo e contra a Diversidade
António Justo
Agora que o islão ganha foros de cidadania em toda a Europa, o presidente turco Erdogan aproveita para dar mais um passo no apagamento do maior símbolo da civilização ocidental na Turquia; para isso secunda o sonho dos islamistas declarando o antigo espaço sagrado cristão como templo islâmico. Este facto confirma a lei geral dos sempre novos poderosos que ao longo da História, para afirmarem o seu poder, apagam a memória positiva do passado.
O Papa Francisco desabafa dizendo “Penso na Santa Sofia e fico muito triste”. De facto, os seus esforços inter-religiosos pela boa convivência e pela paz não dão fruto no meio islâmico. A Unesco vai repensar o status de Patrimônio Mundial da Basílica agora convertida em Mesquita.
A igreja Santa Sofia, o maior templo da Igreja Oriental, foi inaugurada pelo imperador Justiniano no ano 537 e é o edifício mais importante do período bizantino e o ponto turístico mais belo de Istambul (Constantinopla); nela eram coroados os imperadores do império bizantino; foi tomada pelos invasores muçulmanos em 1453 e transformada em mesquita de 1453 a 1934; em 1934 foi transformada em museu por Kemal “Attaturk”, fundador da república turca, que com a sua revolução secularista queria separar a política da religião. Agora concretiza-se o objetivo do islão original (união política e religiosa) para o qual a união religiosa política constitui o melhor meio para se estabelecerem hegemonias.
O ministro de cultura da Grécia classificou a decisão de Erdogan como uma «franca provocação ao mundo civilizado». A forte reação grega é compreensível dada a agravante de os gregos e os arménios terem sido vítimas do genocídio turco com a ajuda curda e o beneplácito alemão. (Entre 1915 e1917, de acordo com diferentes estimativas, 300.000 a 1.500.000 cristãos arménios foram assassinados no Império Otomano. Na Turquia os cristãos têm sido perseguidos e são discriminados; hoje representam apenas 0,2% da população turca.
Para fundamentalistas sempre é melhor ver a igreja ser um lugar de oração do que de cultura museal!
A UE, a Rússia e os EUA consideraram a decisão “lamentável”. A Igreja Ortodoxa Russa mostra-se “horrorizada”. O Metropolita do Patriarcado de Moscovo falou na televisão estatal russa de “um golpe contra a Ortodoxia” e acrescentou: “Para todos os cristãos ortodoxos do mundo, a Hagia Sophia é um símbolo importante, tal como a de São Pedro é para os católicos em Roma”.
Embora a Turquia faça parte dos membros fundadores da Aliança das Civilizações “com o compromisso de promover o diálogo inter-religioso e a tolerância, o secularismo, a separação do Estado e da religião” ela encontra-se a caminho da plena islamização. A descristianização da Turquia é acompanhada pela sua muçulmanização.
Uma esquerda, que apoia a defesa dos interesses muçulmanos na Europa, deveria ser mais moderada, atendendo a não reconhecerem a separação entre Estado e religião, porque o fascismo religioso em momentos de crise não á melhor que o fascismo de Mussolini, ou outros como Estaline, Hitler ou Mao.
O que muitos secularistas e anticristãos filosoficamente desconhecem é que as aquisições humanistas e democratas da nossa sociedade desaparecerão da civilização ocidental com o enfraquecimento do cristianismo. Desconhecem que ao fazê-lo serram no galho em que se encontram. Imagine-se que significará nos Estados seculares se as crenças religiosas passarem a formar partidos políticos dentro de um Estado! Entretanto todas as pessoas de boa vontade deveriam fazer tudo por tudo para que as religiões se tratem como irmãs na sociedade. As elites ocidentais ao apostarem apenas na economia como meio de se afirmarem e de contentar o povo atraiçoam, a longo prazo, a estabilidade das sociedades.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
É realmente uma pena e, sinceramente, o Ocidente continua a tolerar a religião islamita com quem por cá reside, em contrapartida eles ~´os de fazem”manguito” e não respeitam o cristianismo. Porque havemos nós de mantermos tal estratégia.Não demorará muito que tenhamos por cá um califado qualquer
Abilio Tavares
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Os políticos estão mais interessados no dinheiro e no poder. A Turquia, um país com 80 milhões de habitantes pesa muito na balança da economia e leva os governos a calarem-se. Por outro lado o Islão ideoogicamente tem muito de comum com o marxismo e por isso os socialistas defendem os seus interesses n civilização ocidental. Os movimentos reivindicativos e de emancipação fazem a sua principal propaganda no mundo ocidental onde, em comparação com o resto do mundo, o mundo ocidental ainda éo mais livre e menos opressor que outros.
O regresso do império otomano. Há muito que escrevi que o Ocidente está a dormir perante a ameaça islâmica fundamentalista às suas portas. Mas brevemente teremos o grande califado com o regresso do fundamentalismo islâmico na península ibérica.
Victor Mendes
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Victor Mendes perante a apatia de todos, provavelmente é o que vai acontecer…
Maria Carolina Almeida
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é uma vergonha.mas dele tudo é de esperar.
Manuel Barreiros
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“A democracia é apenas o comboio que apanhamos até lá chegarmos”. Estas são palavras de um poema recitado pelo actual presidente, Recep Tayyip Erdogan, num discurso que proferiu em 1998, quando ainda era presidente da câmara de Istambul.
O poema religioso continua: “As mesquitas são o nosso quartel, os minaretes as nossas baionetas, as cúpulas os nossos capacetes e os fiéis os nossos soldados”.
António Cunha Duarte Justo pelo menos uma coisa é certa,não vão entrar para a UE.no entanto eu não estou tão pessimista .conheço muito bem a Turquia e a classe militar ,hoje escondida ,mas ainda fiel aos principios de Ataturk.não prevejo um futuro muito duradoira para o senhor.e isto para não dizer nada dos curdos.
Manuel Barreiros
A UE tem mandado muito dinheiro para a Turquia para que ela vá democratizando as suas estruturas. Tudo em vão. A EU é demasiadamente oportunista. A classe militar tem sido exputgada. Os interesses de estado como potência sunita em rivalidade com o Irão xiita e os irmãoas turcos no leste são valores mais altos a nível de nação e de religião. Os curdos são atraiçoados como sempre foram pelas grandes potências.
A comunidade cristã deveria agir e tomar medidas ousadas contra a seita islâmica.
O nosso Papa Francisco está a ser demasiado brando. Deveria exortar todos os cristão de todo o mundo num movimento anti-islâmico.
ESTOU INDIGNADO FACE A ESTE ATENTADO MUÇULMANO !!!…
Domingos Barradas
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Quando tolerância e indifrença se juntam, já não há nada a fazer!
Caríssimo Justo
Foi muito importante teres abordado o tema da Hagia Sophia e explicares o seu significado e a História para nos localizarmos e
percebermos a tristeza do Santo Padre que se torna também a nossa tristeza.
Eu não tinha presente que ela representava para os Ortodoxos o mesmo que a Basílica de S. Pedro para os Católicos.
O Islão está avançando!
Foi também muito oportuno lembrares que “as aquisições humanistas e democratas desaparecerão da nossa civilização ocidental
com o enfraquecimento do cristianismo”.
É preciso que alguém alerte!
Um abraço afetuoso,
Maria Manuela
Parabém Justo pelo teu belíssimo oportuno e objetivamente histórico artigo.
O teu artigo, sim, põe o dedo na ferida que parece ser cancerígena e em fase sem retorno.
Ontem quando ouvi, na nossa média, a Notícia fiquei magoado pelo facto, mas não menos por uma Média ou inculta o pouco profissional. Foi com muita tristeza que vi a notícia, nalguns meios de comunicação social, e não sei se em todos, dada com uma naturalidade e simplicidade de uma acontecimento banal, para não dizer natural.
Dizer que Santa Sofia foi uma mesquita e depois um museu e agora volta a ser mesquita é próprio de um jornalismo inculto, faccioso e distorcido.
Um monumento daquela natureza, nascido no século VI, não nasceu mesquita nem pertença do mundo muçulmano, mas foi construido como Igreja Cristã e centro do cristianismo Ortodoxo, que os invasores muçulmanos, com instintos de carnificina, após a exterminação dos cristãos, a transformaram em mesquita.
Isto nada tem a ver com a simples notícia de mesquita-museu-mesquita, como se de um natural retorno se tratasse.
Indignou-me a pobreza da notícia porque me recordei duma conversa, com alguma intensidade, com um colega nosso que a certa altura combatia os cruzados, porque retiramos os muçulmanos de seus territórios, e já nessa altura eu tive de me socorrer desta história da Igreja de Santa Sofia e a invasão muçulmana dos territórios cristãos muito antes das cruzadas, porque o rapaz estava mesmo convencido de que o território turco sempre fora Islâmico, bem como grande parte da Ibéria.
E porque é que encontramos, muitas vezes entre os cristãos, a defesa dos muçulmanos e o ataque nú e cru às cruzadas, tudo visto com olhos actuais da nossa sociedade? Porque realmente o materialismo de origem marxista, travestido em humanista, está profundamente interessado na destruição do cristianismo.
O cristianismo é a religião do Amor e tem limites à ganância humana, independentemente de ser ou não posta em pratica na sua génese.
E nem nos apercebemos das reais razões: o Islamismo é uma ideologia política em que as chefias comandam a manada, sendo que, neste momento, é o instrumento mais capaz de substituir o cristianismo.
Atualmente acredito muito mais em Putin do que nos governantes ocidentais envergonhados da sua cultura humanista de origem cristã.
A maioria é maçónica e sobre religião são todos agnósticos que é o que dá mais jeito.
Vejo com mágua o silêncio ou a intervenção medíocre do mundo cristão.
Um abraço
Agostinho Santos
UNESCO atenta!
Aurora Martins Madaleno
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Aurora, esperemos! Creio que não fará nada! Nestas coisas há muita conversa fiada!