MÁRTIRES IGUALADOS A ASSASSINOS – AO SERVIÇO DA CONFUSÃO DE IDEIAS E DA DEPRAVAÇÃO DE VALORES

“Museu dos Mártires”

Em Kreuzberg, Berlim, a exposição “museu dos mártires” mostra pessoas que deram a sua vida em defesa de convicções. Ao lado de Sócrates e de Martin Luther King (herói dos EUA assassinado por defender os direitos civis dos afroamericanos) encontra-se também o terrorista Mohamed Atta (que usou um avião como arma em 11.09.2001 contra o World Center matando-se e com ele mais de 3.000 pessoas); na mesma exposição também se encontra a foto de Ismael Omar Mostefai, um dos assassinos de Paris 2015, onde 90 pessoas foram assassinadas. A instalação da exposição transforma assassinos em mártires.

Deste mpdo quer-se, certamente, banalizar a ideia de herói, de bem e de mal.

 A exposixção já tinha sido posta ao público em Copenhagen.

A organizadora da exposição é a associação Nordwind, que é co-financiada com o dinheiro dos contribuintes (HNA 6.12.2017).

A instalação segue hoje para Hamburgo. Beatrix von Storch inicioou medidas jurídicas contra os organizadores.

A iniciativa encontra-se na linha de uma onda ocidental que quer baralhar ideias para criar confusão no povo e assim destruir valores.

Quer-se construir uma sociedade relativista que legitime o dogmatismo individualista e prescinda do assumir responsabilidade, pelo que se faz ou deixa de fazer. Joseph Aloisius Ratzinger dizia: “Nós estamos a caminho de uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e tem como valor máximo o ego e os desejos individuais”.

Ao prescindir-se da procura da verdade dá-se plenos poderes a forças anónimas que nos compram a troco da impressão de que somos os maiores.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo.

ASSÉDIO SEXUAL – O MOVIMENTO #ME TOO

O movimento #Me Too e o Assédio sexual em empresas no lugar de trabalho

#Me Too, são duas palavras e um endereço de internet, que se tornaram num movimento mundial, onde pessoas relatam momentos em que foram vítimas de assédio sexual. A actriz Alyssa Milano estimula outras mulheres a partilhar a sua experiência de vítimas de assédio. A iniciativa contribui, pouco a pouco, para a consciencialização e desbravação da matriz masculinizante da nossa sociedade.

Segundo o jornal “Die Zeit”, o Instituto de investigação Komma fez um estudo sobre a problemática de assédio sexual em 131 empresas alemãs. Delas 24% declararam que são do conhecimento de ter havido uma vez ou mais vezes queixas de assédio no ano. E 37% declaram não ter havido queixas.

69% das empresas consideram como assédio sexual o pendurar Calendários de pin-up (sexuais) na parede; 88% consideram o ir com clientes a um bordel como dignos de correctivo; 81% consideram o colocar a mão no joelho da mulher uma forma de assédio e 44% consideram também as anedotas de caracter sexual como assédio. (Naturalmente se esta investigação fosse feita num país do Sul os resultados seriam diferentes.)

A discussão pública sobre o sexismo e o assédio sexual é útil e oportuna, mas torna-se difícil determinar a fronteira entre um gesto simpático de um homem em relação a uma mulher e a atitude de um caçador sexista. A fronteira também varia de mulher para mulher.

Louvar uma mulher pela sua beleza, pode ter o seu quê de irritante, mas louvar uma mulher pelas suas capacidades de trabalho também pode fazer dela um objecto de propaganda para o trabalho ou para uma certa masculinidade. Por vezes quanto mais se pensa mais complicado se torna o que é simples de apreender.

Uma discussão exagerada também pode levar homens e mulheres a jogarem na defensiva; precisamos de manter uma responsabilidade livre baseada no autodomínio e no respeito, para não chegarmos à mumificação (Chador ou Hijab) de corpos e dos espíritos. O homem tem de aprender a dominar uma certa natureza de caçador, herdada do seu pai primitivo, e virar-se mais para o vegetarismo como se vai ganhando consciência em alguns segmentos da sociedade.

Não se trata de criar uma sociedade regulada pelo medo e pela tesoura na cabeça. Trata-se de evitar extremos ou agressões contra a dignidade da pessoa. Facto é que a mesma sociedade, por outro lado, não tem problemas morais, nem tão-pouco a mulher, de se colocar ao lado de um automóvel mostrando as pernas para que o carro se torne também feminino!

Por outro lado, silenciar o problema real do assédio sexual corresponderia a continuar a vitimar as mulheres e a defender o sistema machista que temos e que teima em manter as mulheres em baixo, ou na posição horizontal.

Torna-se necessário rever e alterar uma imagem de homem baseada no poder e na violência e ao mesmo tempo evitar a masculinização da mulher. Liberdade, dignidade humana e responsabilidade devem poder coexistir sem se criarem novos medos ou tabus.

O que é preciso é começar a mudar-se a matriz do poder. E também os homens têm de começar a criticar os homens quando estes se permitem abusos para com colegas femininas. O respeito é um bem necessário em toda a relação.

António da Cunha Duarte Justo

19.11.2017, Pegadas do Tempo,

 

O PROTESTANTISMO E A EMANCIPAÇÃO NA EUROPA – Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Apresentação do Livro

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É com gosto que vos apresento o livro de informação e reflexão sobre o legado protestante na cultura ocidental e a afirmação de Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política.

Se clicar nalgum dos Links indicados em baixo, poderá ver o índice e ler alguns excertos do livro, que também pode adquirir.

Desde já lhes fico muito agradecido pela atenção

António da Cunha Duarte Justo

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LUTERO GARANTE A EMANCIPAÇÃO COMO PRINCÍPIO IMPULSIONADOR DA IDADE MODERNA – Apresentação do meu livro

O Legado de Martinho Lutero nos 500 anos de reforma

 

Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Por António Justo

Celebram-se este ano os 500 anos da mitológica afixação das 95 teses de Lutero na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517. Com este acto de rebeldia, seguido por muitos teólogos da altura, inicia-se um processo de relevância axial histórica: o eixo do desenvolvimento passa a assentar sobretudo na afirmação do polo da individualidade sobre o da comunidade. A afirmação da dignidade e autoridade individual como contraposição à autoridade institucional vai tornar-se no princípio emancipador (individual e social) de toda a Idade Moderna; hoje encontra a sua expressão social num sistema plural democrático sempre em renovação.

Com a acentuação do polo da individualidade sobre o polo da comunidade (instituição – o nós), o eixo da História (económico-socio-cultural) passou dos países de maioria católica do Sul para os países maioritariamente evangélicos do Norte. Principalmente a pessoa de Lutero tornou-se o rosto do longo movimento emancipatório germinado durante a Idade Média. É o grande catalisador das ideias medievais que vão impregnar a modernidade como processo de emancipação.

O protestantismo além de içar a bandeira das forças emancipatórias e democráticas deu-lhe forma institucional e deste modo conferiu-lhe sustentabilidade…

Solicito a divulgação da publicação de minha autoria, “Lutero garante a Emancipação como Princípio impulsionador da Idade Moderna”, publicada em e-book e em papel na  Amazon .

Uma profícua leitura!

António da Cunha Duarte Justo

Nota: Uso a designação “Idade Moderna” no conceito de “Tempos Modernos”, designação usada pelas correntes historiográficas anglo-saxónicas – período ainda não acabado.

Pegadas do Tempo,

 

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NOVO PARTIDO NA ALEMANHA QUER INICIAR A REVOLUÇÃO AZUL

A Hora dos Conservadores na Europa

 

Por António Justo

Os Factos

Uma civilização à procura do sentido, um predomínio de temas de esquerda determinadores da cultura e da política, a presença social de um Islão conquistador, um globalismo avassalante, um eleitorado desconfiado de partidos e da classe política, constituem os principais ingredientes com que se tempera e determina a vontade do eleitor. A Alemanha, a Áustria e a Suiça são significativos representantes dos sintomas e dos indícios de desenvolvimento do futuro social na Europa.

 A AfD tornou-se na terceira força política no Parlamento alemão com uma quota de 12,6%, o que corresponde a 94 deputados; a CDU/CSU viu o resultado reduzido para 33%, o SPD para 20,5%, os Verdes para 8,9% e o FDP conseguiu os 10,7% e A Esquerda os 9,2%. A ascensão da AfD deve-se a muitos erros da classe política do regime vigente e por ter conseguido mover eleitores que eram abstencionistas e deslocado para si votantes da CDU (Merkel) e do SPD. Relevante é o fenómeno dos partidos mais à esquerda terem perdido substancialmente votos e os partidos populares CDU/CSU e SPD verem a popularidade a emigrar para a direita.

As lutas internas na AfD entre forças conservadoras moderadas e forças radicais levam Petry à cisão com o partido e determinam o surgir de “O Partido Azul” que quer uma política nacional liberal. A diretoria de „O Partido Azul“ „Blauen Partei“ é formada por  Michael Muster (presidente), Thomas Strobel e Hubertus von Below. Frauke Petry mantem-se ainda encoberta.

 

“O Partido Azul” – A Cor dos Conservadores!

 

Após a eleição do Parlamento alemão, em setembro, Frauke Petry anunciou a sua retirada da AfD (Alternativa para a Alemanha). 

 Frauke Petry ,  ex-presidente do partido AfD, comunicou a 13 de outubro a fundação de um novo partido com o nome de “Die Blaue Partei” (O Partido Azul”). Permanece primeiramente no Parlamento alemão como deputada, não ligada a uma fracção. O passo de Petry é compreensível dado já antes ter procurado, em vão, conduzir a AfD para um curso de “política real”. Para Petry, a AfD tinha-se deixado influenciar pela ala da direita nacionalista. Ela quer um “conservadorismo razoável”, um partido conservador liberal.

Petry, que, com os seus companheiros, fundara o partido uma semana antes das Eleições federais, quer iniciar um Fórum dos Cidadãos,”Blaue Wende” / ‘Mudança Azul (ou Rrevolução Azu)l’ no qual cada cidadão, independentemente da cor, se pode engajar com ou sem pertença ao partido “. Para Petry “Azul representa conservador, mas está também para uma política liberal na Alemanha e na Europa. Azul é a cor, que primeiramente tornou a CSU politicamente popular na Baviera. Trata-se de estabelecer isso a nível nacional”. Petry quer ganhar também conservadores decepcionados;

O seu modelo político é o CSU (União Social Cristã) da Baviera e a CDU dos anos oitenta (altura em que fazia a crítica ao espírito da geração 68); ela afirma que a „islão político” é contra os valores alemães, defende a expulsão da Alemanha de estrangeiros que cometam crimes e o fortalecimento das fronteiras alemãs.

De facto, a presença social de um Islão gueto, intransigente e hegemónico, está a determinar a atmosfera social e política na Europa. O seu caracter medieval possibilita uma conotação social crítica a um modernismo ao mesmo tempo bem-intencionado e irresponsável.

A partir de novembro, “O Partido Azul” pretende começar com eventos públicos a partir da Saxónia e depois em todo o país.

Os Polos (Esquerda-Direita) determinam o Movimento do Centro

A sociedade, tal como a pessoa ao andar, apoia-se ora na direita ora na esquerda. Assim consegue andar mais ou menos direita!

O panorama político europeu e em especial a política alemã encontram-se em convulsão depois de uma época em que a geração 68 abusou da influência da esquerda em todos os sectores da sociedade. As eleições alemãs e austríacas são os melhores indicativos da mudança dos ventos. As forças internacionalistas e de esquerda acentuaram demasiado a sua presença nos Estados europeus fortalecendo o seu polo em desfavor da ala direita social criando-se assim um desequilíbrio social e cultural na Europa. De momento assistimos a uma sociedade descontente consigo mesma e à procura de novos caminhos, mas com a pretensão de uma correcção em favor do polo da direita.

Atendendo à incontinência da política da geração 68, seguida na Europa, com o consequente enfraquecimento do polo conservador, nota-se agora uma saturação, em toda a sociedade; a ideologia de esquerda cometeu o erro de se entranhar na sociedade de forma jacobina arrogante, dogmática e polarizadora como se expressa ainda no moralismo do “pensar politicamente correcto” em voga – uma espécie de pensar de tesoura na cabeça como órgão inconsciente de autocensura. Consequentemente, o nacionalismo e o polo da direita tenderão a aumentar. O medo do islão fortificado com um certo cepticismo em relação à união europeia e ao euro ajudam a rebelião em curso.

O vácuo político actual deve-se também ao facto de os partidos conservadores, especialmente a CDU se ter desenvolvido de maneira a assumir os temas da esquerda do SPD e dos Verdes e a uma insatisfação geral da população com os partidos do regime.

O partido AfD continuará como forte força política para conservadores, patriotas, liberais do mercado e para amantes da lei e da ordem – uma constelação sem limites à direita em contraposição a uma paisagem política tolerante de partidos sem limites à esquerda.

Frauke Petry, encontra-se num horizonte ainda não definido; continua a ser uma estrela com grande carisma, mas, o problemático das estrelas é que só brilham durante a noite!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,