ESCOLA PÚBLICA

Hoje é o dia do inventor da escola pública e gratuita! Ele foi perseguido…, abriu escolas em toda a Europa para crianças pobres e abandonas.
Não, ele não viveu no século XX, mas no século XVI/XVII.
Não, ele não era comunista, mas padre. São José de Calasanz, nasceu em 1557 na Espanha.
Foi o fundador da primeira escola pública cristã e da Ordem Religiosa das Escolas Pias mais conhecida por Escolápios (por se dedicar à educação da juventude). Em 1948, o papa Pio XII declarou José de Calasanz patrono das escolas cristãs. Várias ordens religiosas seguem a sua espiritualidade e carisma. As suas ideias educativas centravam-se no respeito pela personalidade da cada criança vendo nelas a imagem de Cristo.
Em 1717, na Prússia, que surgiu a educação estatal pública, instituída como escola obrigatória para crianças entre 5 e 12 anos, pelo rei Frederico Guilherme.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

POVO EUROPEU INDUZIDO EM ERRO PELOS MEDIA NA SUA NARRATIVA SOBRE AS ELEIÇÕES NOS EUA

 

Com grande surpresa dos cidadãos europeus os americanos deram uma vitória clara aos Republicanos tendo estes conseguido um avanço de 4,5 milhões de votantes em relação aos democratas (socialistas).

Os meios de comunicação europeus ao tomarem partido pelos democratas, favorecendo nas avaliações o partido de Kamala Harris e demonizando Donald Trump fixando-se no que este tem de bizarro, falharam o ideal da informação isenta que deveria centrar-se nas políticas subjacentes ao programa republicano e democrata!

Atendendo ao resultado das eleições, Media e institutos de sondagens revelaram estar muito distantes da realidade político-social americana; o que se torna muito grave é o facto de as agências de informação europeias terem induzido os espectadores e os leitores em erro sabendo, de antemão que, à posteriori, não serão chamados à responsabilidade pelos cidadãos, apesar do seu timbre mais propagandista que informativo. Apesar de melhor conhecimento, persistiram em confundir os interesses do povo americano com supostos interesses partidários da União Europeia, o que implicou uma política de desinformação, de desrespeito e abuso das populações europeias em geral. Na Alemanha Harris chegou a ser apresentada nas pesquisas como liderando.

Mais uma vez se verificou que a vontade informativa de cunho socialista domina Bruxelas e seus multiplicadores nos estados parceiros europeus. Perante o resultado das eleições tudo mostra que a opinião pública foi deformada e que de uma maneira geral o jornalismo é cego e partidário quando se trata de informações relativas a conservadores e progressistas; tem a justifica-los o relativismo gnóstico que vive da confusão da falsidade com a verdade e se concretiza numa política de informação pós-fáctica.

O resultado mostra que a maioria do povo americano não é socialista embora os meios de comunicação social tenham uma atitude benévola em relação à esquerda: temos assim o fáctico a ser substituído pela sua interpretação que é apresentada ao público como factual. As agências de informação dão forma ao espaço público, mas o inato desejo de se ser o líder do pensamento ou da informação nem sempre é o melhor conselheiro.

Contra todas as espectativas do jornalismo europeu, os republicanos passaram a ter a maioria nas diferentes instituições do poder político: Senado, Câmara dos Representantes e Presidência.

Uma Licão: o espectador e o ouvinte têm de se questionar sobre quem os informa, que motivo e posição representa e que intenções políticas ou sociais tem com a informação transmitida. Embora as forças de esquerda dominem a informação, o povo americano mostrou-se superior a elas demostrando que estavam erradas nas suas avaliações e prognoses.

Republicanos, de cunho capitalista, defendem a independência dos cidadãos perante o Estado enquanto o socialismo favorece soluções institucionais que conduzem ao controlo do estado sobre os cidadãos quartejando-lhes a liberdade. Naturalmente, a liberdade favorece os mais fortes o que pressupõe e justifica a intervenção mediadora do Estado com medidas reguladoras e protetoras dos mais precários.

Agora que caminhamos para um mundo multipolar os EUA perderão a sua hegemonia global e naturalmente continuarão a pressionar a União Europeia para esta se militarizar mais e assim os americanos poderem disponibilizar de meios para intensificarem a sua presença militar no índico-pacífico.

Com o governo de Trump, os EUA continuarão mais interessados no espaço índico-pacífico, o que obrigará a Europa a ter de se entender com o seu parceiro geográfico natural que é a Rússia. Apesar de erros e confusões será de esperar que políticos não deixem envolver a Europa em futuras guerras a realizarem-se no espaço asiático.

O púbico europeu foi embrulhado com a narrativa Corona e depois enganado com a narrativa da Invasão da Ucrânia pondo o conflito a começar com a guerra a 22 de fevereiro 2022 quando a guerra tinha começado, depois de preparada, em 2014 e por último unilateralmente envolvido pelos media na política partidária americana. Deste modo os meios de comunicação relevantes na sociedade desacreditam-se perante o cidadão que tem também outras fontes de informação.

É chegada a hora de pedirmos mais responsabilidade aos nossos governantes e ao nosso jornalismo. Só assim poderemos ter esperança num povo mais crítico e consciente. Doutro modo chegaremos a um ponto em que o povo já não se interessará por liberdade nem democracia, mas apenas por segurança.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

25 DE NOVEMBRO – A PEQUENA CORREÇÃO AO 25 DE ABRIL

A narrativa do 25 de Abril tem sido, intencionalmente, uma história não só mal contada, mas sobretudo adulterada e por isso também não tem havido interesse em tematizar os motivos que provocaram o 25 de novembro. É óbvio que uma tal discussão poderia levar o povo a pôr-se questões que comprometeriam muitos dos actores do poder e poderia conduzir ao descompromisso de muitos dos propagandistas partidários.

A sociedade portuguesa com o 25 de abril passou a ser controlada pela esquerda, vivendo no equívoco de que o pensar transmitido pelos órgãos de informação corresponde à normalidade do pensar e não a uma realidade manipulada transmitida. Passou-se a valorizar o progressismo marxista e a desdenhar de valores conservadores e assim a viver numa sociedade com dois pesos e duas medidas com peso dominante à esquerda.

Apesar de ter grandes intelectuais, a sociedade portuguesa não teve a oportunidade de assistir a um discurso controverso e equilibrado de valores de esquerda e de valores da direita conservadora, ficando assim condicionada ao pensar esquerdista. Na ribalta televisiva têm figurado sobretudo os acólitos de um Abril do sol vermelho e protagonistas das coordenadas de um Estado cativo. Como resultado temos uma mentalidade popular que não anda longe do pensamento único.

Atualmente assiste-se a contrarreações políticas o que é muito natural e saudável numa sociedade que foi sistematicamente desinformada e na consequência deturpada.

O 25 de Novembro veio corrigir um pouco a direção da história portuguesa, mas as instituições políticas e a generalidade dos órgãos estatais continuaram a manter o objetivo mencionado no prólogo da Constituição Portuguesa, cuja finalidade é fazer de Portugal uma sociedade totalitária socialista.

O seguidismo que justamente se condena no regime de Salazar continua a ser o mesmo no novo regime político; só mudou de cor! É o vírus do “Maria vai com as outras” e que os poderosos da globalização hoje mais que nunca propagam sistematicamente de cima para baixo.

A propósito da História mal contada:

https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/04/revolu%C3%A7%C3%A3o-do-25-de-abril-uma-hist%C3%B3ria-mal-contada.html

Documentação: https://www.facebook.com/cristina.miranda.505/videos/1760237748120274

Cotextualização: https://www.youtube.com/watch?v=UxmQdJj71WE

Torna-se fatídico o destino das populações ao serem induzidas e condicionadas a seguir o pensar ditado pelos sedutores do poder.

A política vive da tensão natural entre esquerda e direita (algo progressista e algo conservadora) para a cristalização do bem de ambos os lados. Só uma tensão possibilitadora de uma relação benévola entre os dois polos pode dar resposta ao desafio da mudança de maneira a servir convenientemente o bem-comum.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

A MENSAGEM

MENSAGEM

 

No princípio, era o verbo, a palavra sagrada (1),

Uma voz no vazio, onde o tempo era nada.

Deus, em sua essência, começou a falar,

Num tempo sem tempo, de tudo por criar.

 

A palavra divina, num eco a vibrar,

Começou a moldar o que viria a se formar.

O ser e a existência, sem qualquer divisão,

Eram um só, no abraço da criação.

 

E então, no espaço e no tempo a correr,

A palavra de Deus começou a conceber.

Na natureza, no homem, em línguas e tons,

Ressoava o eco divino, em distintos sons.

 

O som da linguagem, no início do devir,

Num devir só completo, quando ao som voltar,

À palavra que o gerou, no princípio do ser,

Ecoando no universo, sem nunca se perder.

 

E depois na alma humana, uma busca começa

Para unir o criador e a criação, numa aliança

Em Jesus Cristo, o verbo encarnado,

A Palavra se faz carne, o divino é revelado.

 

A linguagem humana, com sua dualidade,

Procura entender o mistério da verdade. (trindade)

Na contradição, na tentativa de entender,

O eco do divino, busca compreender.

 

Mas o destino fatal, a humanidade não vê,

Que o eco da palavra se expressa em cada ser.

Cada som é distinto, em cada coração,

Na ciência, na fé, na política, na razão.

 

O erro está em pensar que o eco é o verbo,

Quando na verdade é apenas um reflexo,

Da frequência divina que nos faz vibrar,

Uma realidade maior, difícil de alcançar.

 

Encanta-me o eco, ao amanhecer brilhante,

E ao anoitecer, num tom mais distante.

Para mim, a chave, a fórmula universal,

Está em Cristo, o verbo, na união total.

 

Em Cristo, o ser e a existência se fundem,

O espírito e a matéria, num amor profundo.

O eco que une, o amor que dá forma,

Superando a dualidade, transformando a norma.

 

Se isto não percebermos, continuaremos a viver,

Nas sombras dos estroços (Babel), sem entender.

Porém na Palavra, no Verbo encarnado, está a solução,

Para unir o que é criado (o Eco) ao que é Criação (Palavra).

 

Esta é a ideia, da outra civilização,

Onde a palavra e o eco, em perfeita união,

Nos guiam, nos iluminam, nos fazem ver,

Que em Cristo, a verdade nos faz renascer.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) Ideias minhas que levaram à formulação poética:

MENSAGEM acessível a uns e outros para uma Outra Ideia de Civilização

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus.”

Deus começou por falar fora do tempo; um “tempo” divino em que a Palavra era um processo em potencial, capaz de ganhar forma, mas ainda não formatada; um estado em que ser e existência não se diferenciavam no devir latente. O ser e a existência coexistiam, indissociáveis, no kairós do tempo sem tempo. Para que o ser se tornasse existência, era necessário moldá-lo no espaço e no tempo. Foi nesse surgimento que a Palavra encontrou o seu eco em espaço e tempo.

A palavra de Deus começou a ressoar na natureza, na voz do homem e dos povos, nas várias línguas e biótopos da natureza e da cultura. Foi então que o eco de Deus se tornou existência, e a existência tornou-se o Eco de Deus.

O som da linguagem está na origem de todo o devir. No entanto, o devir só se completa quando o som retorna à Palavra que o gerou. Em todo o humano e em todo o universo, ouve-se e sente-se o eco da Palavra divina original, em constante expansão. Diante de tão grandioso Eco, a alma humana procurou resolver o hiato entre a palavra e o eco, entre o Criador e a criação, encontrando-o no modelo e padrão da realidade humana e cósmica: Jesus Cristo (a Palavra encarnada e a carne tornada Palavra).

A linguagem humana, como elemento de ligação e diferenciação, contém em si a energia primordial do caos, que, através da afirmação da contradição, tenta dar forma à Palavra, recorrendo à analogia numa tentativa de compreender o enigmático.

O destino fatídico da humanidade parece ainda não ter percebido que o eco da Palavra se manifesta de maneiras diferentes, assumindo, em cada ser, lugar e tempo, um som distinto. Esse som (eco divino) expressa-se na frequência do coração, do intelecto, da ciência, da religião, da política e de cada indivíduo, como uma ressonância única de um mesmo som. O trágico da questão é que cada eco se confunde, tomando-se por Palavra, em vez de reconhecer que é apenas uma ressonância da frequência de uma realidade que nos ultrapassa.

Encanta-me sentir a ressonância de um som brilhante ao amanhecer e sombrio ao anoitecer! Para mim, tanto a nível pessoal quanto alegoricamente para toda a humanidade, acredito que a fórmula de toda a realidade, tanto no nível da Palavra (o espírito) quanto no nível do Eco (a criação), é Jesus Cristo.

Em Jesus Cristo, o ser e a existência, o espírito e a matéria, se reúnem. O eco que lhe dá forma é o amor, aquele paráclito que possibilita unir o conteúdo à forma, o criado ao não-criado, superando assim a dualidade que a condição humana e nossa linguagem expressam. De outro modo, continuaremos todos a viver sob a sombra dos escombros da Torre de Babel.

 

António da Cunha Duarte Justo

DESPEDAÇADOS

Também a Arte se torna Vítima da Política

No “berliner tagesspiegel” de 1/08/2024 li que o escritor ucraniano Andrei Kurkov considera que os laços culturais entre a Ucrânia e a Rússia estão cortados. “Este laço está completamente destruído, tanto dentro da Ucrânia como, claro, especialmente para os escritores na Rússia”. A literatura ucraniana em língua russa também já não existe. “Os escritores que continuam a escrever em russo na Ucrânia são ignorados ou atacados verbalmente…”

Também em países da União Europeia, como a Alemanha, artistas, escritores e cultura russa passaram a ser discriminados, a não ser que sejam declaradamente contra Putin!

O que o escritor Andrei Kurkov diz deixa antever, nas entrelinhas, a situação.

Quer-se a arte e a cultura ao serviço do sistema para termos cidadãos convencidos e não se encontrarem sós. Este é, porém, um vírus sem identidade nem passaporte que se pode encontrar em estados democráticos e não democráticos. Tudo deve ser feito em benefício do próprio regime até porque a verdade não tem pernas longas e só parece querer chegar até à própria fronteira. Hoje encontra-se muita gente cega que para não ver nem perceber o que se passa prefere falar da estupidez de tempos passados lavando assim a de hoje com a de ontem.

Muitas pessoas serias já não confiam nas suas percepções porque o mundo se tornou tão estranho.

Porém, quanto mais se examina, mais se vê e menos dependente se fica; a informação que nos é oficialmente apresentada não passa muitas vezes de uma realidade pós-factual, já remastigada.

Parte-se do pressuposto que os pensamentos sujos protetores de negócios sujos não fazem mal e que o discurso feiticeiro ajuda!

Há que ter cautela ao nadar-se no rio de muita informação, pretensamente factual, porque há demasiadas bactérias no fluxo de informação.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo