AFORISMOS DA LINGUAGEM

AFORISMOS DA LINGUAGEM

 

Que seria das línguas se não fossem os gagos! Eles dão lugar à poesia.

Lusofonia é a família onde se ouvem as gentes que ficam!

A língua portuguesa acabou com os limites de invasores e invadidos tornou-se vida à mistura em sotaques de filosofia!

Na linguagem dou corpo à minha alma e nele me espelho.

Não falo em português, o português fala em mim!

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo http://poesiajusto.blogspot.de/

 

ANIVERSÁRIO DE PORTUGAL CAMPEÃO EUROPEU 2016

Ronaldo – O Anjo da Equipa Nacional

Por António Justo

Hoje, 10 de Julho, faz um ano que a Seleção Nacional venceu o campeonato da Europa, na final contra a França (1-0).

A selecção nacional começou o Europeu 2016 fraca, mostrou-se moderada no meio do torneio e revelou-se eficiente no fim.

Apesar da coesa seleção ter Ronaldo, a imprensa internacional e as claques não acreditavam em Portugal. Como Portugal tinha perdido no Mundial 0-4 contra a Alemanha, os alemães pensavam que Portugal não chegaria às finais do Europeu.

Durante o torneio, Portugal viu-se sozinho a acreditar nele mesmo: é o caso para dizer Portugal porque, com a equipa, jogava Portugal inteiro.

O futebol português já tinha chegado muitas vezes às meias-finais e uma vez à fatídica final em que perdeu em casa.

Portugal que fazia parte do grupo F iniciou o jogo 1-1 contra a Islândia, recém-chegada ao campeonato 2016.

O 0-0 contra a Áustria e o 3-3 contra a Hungria mostrava que Portugal, tal como na política, andava atrás das suas possibilidades. Nestes jogos, tinha jogado sozinho, sempre contra a sorte. Demonstra que não chega o jogo para se chegar à victória. Sem victórias a selecção consegue o terceiro lugar de vencedor nas eliminatórias das oitavas finais. A equipa de Ronaldo esforça-se mais que o tempo lhe permitia, conseguindo, no prolongamento, o 1-0 contra a Croácia.

O jogo foi um exercício de paciência para os portugueses que desesperadamente aplaudiam. O aplauso e a esperança conseguiram as quartas de final contra a Polónia onde, além das” horas extraordinárias” teve de recorrer à disputa dos penáltis, vendo aí premiadas a vontade e o esforço. Depois do 1-1, com os penaltis, chega-se ao resultado Portugal 5-Polónia 3.

Segue-se depois o dia em que o Sol brilhou no gramado das meias-finais: dois para Portugal e zero para o País de Gales.

Portugal sentado no banco  com o seu anjo a sofrer

No Final contra a França, que jogava em casa, Ronaldo é ferido logo no início do jogo; então a equipa do treinador Fernando Santos, passa a lutar por Ronaldo e por Portugal. O mestre Eder consegue a proeza da victória metendo um golo no prolongamento: 1-0 para Portugal. Portugal, apesar de muitas voltas sentimentais, consegue com honra e com mérito ganhar o campeonato.

Lágrimas correram nas faces de Cristiano Ronaldo: umas de amargura e outras de tristeza, durante a final.

Neste longo dia, o Euro 16 tornou-se na coroação das três vezes em que Cristiano Ronaldo foi o melhor jogador do mundo.

O homem decisivo para os momentos decisivos foi ferido no 8° minuto por Dimitri Payet e chora de dores e de desespero por ter de deixar a equipa no momento em que ela mais precisava dele. Teve de deixar o seu palco, levado numa maca.

Todos fomos testemunhas das lágrimas a correrem-lhe na cara e as dores no rosto e como com Ronaldo no banco, todo o Portugal desespera.

A equipa portuguesa, consciente de que em momentos decisivos não é só boa a nível individual, mas também como equipa, pega no jogo com a cabeça e com os pés consciente que só juntos por uma causa se conseguirá vencer; então um por todos e todos por um (Ronaldo) combatem como leões numa arena de grandes.

Ronaldo, agora na Zona de treino ao lado do treinador e na linha lateral encoraja os colegas em campo. No 109° minuto Eder marca o Golo e no rosto de Ronaldo correm agora lágrimas de contentamento.

Portugal consegue a meta gloriosa.

Enquanto Portugal jubila, a equipa francesa, chorava incontidamente  com Blaise Matuidi e Antoine Griezmann.  No rosto de França via-se a dor do “Cruel e terrível” xeque-mate na própria casa.

Na Arena de Paris, Portugal deu o exemplo de Portugal unido, e de um Portugal não perdido nas divisões de interesses corporativos e de partidos (Foi um momento da união só também tido no passageiro 25 de Abril e no apoio ao povo de timor!).

Precisamos de um Portugal verdadeiramente português que se sinta ele e acredite nele; precisamos de políticos nacionais à altura dele!

Portugal tem muitíssimos “Ronaldos” e muitos “Fernando Santos” sentados no banco dos suplentes e da assistência, impedidos e sem hipótese, sofrendo, até ao desespero, com a falta de espírito de serviço e de equipa dos nossos Governos e Parlamentos.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

VOZ DOS LUGARES ALTOS

Vem amigo, vem já ver

Pedrógão a sofrer

E nas sombras do apagão

Cinzas de vidas a divagar

 

Meu povo não notas

Os montes a fumegar,

a política a arder

e o braseiro da Geringonça

de pernas a gingar

 

Um horizonte se afigura

 Sem amanhãs floridos                                    

Numa pólis de escuro vestido

Entre o fumo e as labaredas      

Do paleio a crepitar!

 

No meu luso sem tempero

A voragem da política

Apaga a modéstia

“Quem manda pode”

o resto abicha.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo
http://poesiajusto.blogspot.de/

POLÍTICA TURCA CONSEGUIU MINIMIZAR OS CRISTÃOS DE 20% PARA 0,2% EM 100 ANOS

Estado turco confisca Património cultural cristão

António Justo

O Estado turco acaba de confiscar, pelo menos, 50 conventos, igrejas e cemitérios, dos cristãos ortodoxos sírios (Armênios/sírios) transferindo a sua posse para a Repartição estatal da religião islâmica. À perseguição e discriminação dos cristãos vem juntar-se a expropriação do seu património cultural. Com esta medida o governo pode vender e transformar em mesquitas e museus o património dos cristãos.

A Turquia considera-se exemplar, na tradição do holocausto aos cristãos arménios e da política muçulmana de estabelecer uma monocultura no exterior através de guetos e de procriação e no interior através da discriminação e da negação ao direito de cristãos se organizarem-se como personalidade jurídica; isto corresponde à negação da existência pública a grupos não muçulmanos; deste modo, outros estão expostos às arbitrariedades de um estado hegemónico já com 99% de muçulmanos, quando em 1914 os cristãos constituíam, na região, ainda 20% da população. Hoje são apenas 0,2% (125.000). A diminuição deve-se ao genocídio (mais de um milhão foram mortos 1915-1917), à expulsão e à discriminação sistemática por um Estado que se quer monocultura.

Também milhares de arménios tinham já sido expropriados pelo Estado turco nos últimos 15 anos (HNA, 4.07) na região do sudeste da Anatólia. O convento Mor Gabriel na região Midyat que data do ano 397 ainda é sede do bispado. Os arménios são dos mais antigos povos cristãos a viver na região, já desde o tempo dos apóstolos.

Os arménios também são oprimidos e expulsos das suas residências pelos partidos de conflito entre o Estado turco e os curdos. Em Tur Abdin já só vivem 2.000 arménios, o resto pediu asilo na Europa.

A igreja evangélica na Alemanha já protestou contra as expropriações, considerando tal prática um “acto consciente de destruição da cultura” na região Tur Abdin..

O islamista Recep Tayyip Erdogan implementa consequentemente a monocultura islâmica na sociedade turca.  Conta com a indiferença dos países ocidentais apenas interessados no negócio e sabe que, devido à densidade cultural histórica no país, atrairá sempre o turismo internacional, podendo-se permitir não suportar senão referências ao islão e ter todas de minorias sob controlo na perspectiva islâmica. Na Turquia é possível identificar-se um cristão através de um número do Bilhete de identidade. Assim o Estado e instituições têm mais facilidade em discriminar os seus cidadãos porque só confia em muçulmanos nas altas hierarquias e instituições.

A Turquia, um exemplo de país muçulmano moderno, é um bom exemplo de como o islão mais avançado realiza o seu futuro. A cegueira da humanidade é tanta que, a poder de tanta ideologia na cabeça, já não consegue ver nem interpretar a realidade dos factos; nega-se a discutir factores culturais da própria identidade para fomentar a expansão da alheia, sem haver reciprocidade de atitudes e comportamentos. Enfim, a irresponsabilidade europeia ajuda a esperteza dos outros. É sintomático o facto de só a Igreja evangélica protestar contra a arbitrariedade turca.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

PS: Neste Link: http://www.montfort.org.br/bra/veritas/papa/papa_regensburg/

 encontra-se uma boa lição sobre a razão e religião em relação aos invasores de Constantinopla. O espírito permanece o mesmo. O que o mundo muçulmano faz hoje é mera continuação da imposição através da violência e da espada. Hoje a força do mainstream é tão forte que embota a razão das sociedades ocidentais que fomentam a instalação de cavalos de troia nas suas polis sem solicitar contrapartidas que poderiam levar o mundo islâmico a ser mais dialógico, tolerante e comprometido.