ALTAR ABENÇOADO DEPOIS DO SEXO

O exemplo de como a sociedade está cada vez mais rude, dividida e atrevida pode ser visto no tipo de provocações que por todo o lado surgem. As igrejas têm sido espaços onde os provocadores encontram gosto especial.
Os media alemães relataram o caso de uma parelha que fez sexo numa igreja católica em Schechen, no distrito de Rosenheim, em 2023 e documentou o acto num vídeo.
O sacerdote, antes das cerimónias de Natal, abençoou o altar com incenso e água benta.
A Europa está a tornar-se cada vez mais uma sociedade polarizada como nos EUA…
António CD Justo
Pegadas do Tempo

ELITE MUNDIAL REUNE-SE EM DAVOS EM TEMPOS DE CRISE

O Fórum Económico Mundial, formado pelos apoiantes da globalização e do liberalismo económico, desde há mais de 50 anos que se reúne, para segundo o próprio FEM, criar um mundo melhor!

Em Davos, encontra-se reunida desde 15 de janeiro a elite político-económica mundial (governantes, políticos, organizações da ONU, “Máquinas do Pensamento”, chefes de grandes corporações, etc.).

Também participam 800 chefes de empresas das maiores corporações; entre eles encontra-se o fundador da Microsoft Bill Gates, e o criador de ChatGTP (AI) Sam Altman.

Enquanto a luta cultural se espalha a nível interno dos estados da Europa, as guerras culturais geopolíticas lembram as lavas de um vulcão, especialmente na Ucrânia e em Gaza.

Os principais responsáveis pela crise estão ali representados.

O presidente ucraniano Zelensky, também participa e certamente tentará influenciar o primeiro-ministro chinês Li Qiang, no sentido de rever as posições em relação a Putin. Zelensky declarou no Fórum, que quer que a guerra seja decidida no campo de batalha.

Com isto pretende fazer do conflito uma guerra europeia; e a Rússia justifica a guerra com o argumento de querer impedir que a Ucrânia entre na NATO.

Atualmente, cerca de um quinto do país está em mãos russas; e a situação cada vez se complica mais atendendo não só aos interesses geopolíticos, mas também aos interesses económicos internacionais nas riquezas da Ucrânia.

A Alemanha dá às empresas alemãs que investem na Ucrânia uma garantia de investimento (semelhante a um seguro).

A lista de convidados também inclui pessoas que podem influenciar a guerra de Gaza: Primeiros-Ministros do Qatar, Iraque, Jordânia e Líbano; o presidente israelense também está presente e o ministro das Relações Exteriores iraniano também.

Na Rede da Elite de Davos, são incentivados contactos pessoais à margem do público.

Os media afectos ao nosso sistema político referem que esta “elite global” é considerada como a inimiga número um, pois segundo eles (os teóricos da conspiração) em Davos, seriam forjados Acordos secretos.

António CD Justo
Pegadas do Tempo

NOVO ENFOQUE NO MOLDAR DA MORALIDADE

Velho Adão ao encontro do Novo Adão

O Papa Francisco ao viabilizar a bênção a pessoas em situações irregulares dá início a uma teologia moral mais virada para a misericórdia e para a graça do que para o pecado. A bênção de homossexuais e a reintegração de divorciados na Igreja é o sinal de uma mudança de perspetiva moral com ênfase na compaixão, acolhimento e encontro, em vez da ênfase de tipo exclusivo na condenação e na culpa.

O Santo Padre, ao assinar o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé,  Fiducia supplicans (1), veio provocar mais ondas num oceano já muito agitado no Caminho Sinodal da Igreja! Isto levou o Papa, no passado 13.01, a esclarecer que na Igreja Católica se abençoam pessoas e não o pecado (2), quando falava a 800 padres da diocese de Roma.

A tomada de posição de Francisco é realmente inovadora na teologia moral, como se pode verificar no que se preanunciava já nas suas encíclicas (3). Ele quer uma teologia que parta de Jesus Cristo, o Novo Adão, uma teologia da graça, da caridade e da reunião e não tanto uma teologia do velho Adão, uma teologia moral que assenta mais na condenação e na separação. A nova abordagem pastoral iniciada pelo Santo Padre não implica uma mudança nos ensinamentos fundamentais da Igreja Católica sobre a moralidade, mas sim uma ênfase diferente na aplicação desses princípios à vida cotidiana e às situações específicas. O Papa procura abordar as pessoas com compreensão e cuidado pastoral, numa atitude de encontro pessoal, reconhecendo a complexidade das situações individuais. O facto de sermos seres condicionados, não 100% livres, condiciona também as avaliações morais e de valores. Em questões de moral, no âmbito católico, “a consciência é o primeiro de todos os vigários de Cristo” (4); esta assenta na dignidade individual humana resumida na pessoa de Jesus Cristo e proclamada na mensagem cristã e implica uma inter-relação íntima entre o fiel e a instituição desde que realizada no espírito de comunhão com o Espírito Santo.  A Igreja na qualidade de comunidade religiosa afeta a pessoa inteira com corpo, psique, alma e espírito; por isso, e devido à sua missão, será de sua natureza ir ao encontro da pessoa e embarcar com ela a partir do lugar onde esta se encontra. A pessoa é um todo complexo e a Igreja, que quer o bem da pessoa toda e real, sente-se obrigada a fomentar nela o bem do espírito, da alma, da psique e do corpo. Com isto a Igreja não subestima a sua missão de apelar à responsabilidade com que o homem deve usar a sua liberdade no sentido do bem corporal e espiritual.

Encontramo-nos numa encruzilhada histórica que está a iniciar um novo tempo axial a nível de doutrinas e de geopolítica, tendo como consequência  as dores de parto sentidas nas populações; é um tempo em que a pessoa e a sociedade se sentem a dar à luz uma nova maneira de ser e de estar no mundo e, por vezes,  sem saber a razão do acontecer nem donde ele vem. No canal das dores vislumbra-se nova luz já não fruto apenas da perceção luz e treva, mas de uma nova Realidade de amor que idealmente quere ultrapassar a dicotomia luz-treva!

A pessoa é um nó de relações, também contextuadas no tempo, à procura do brilho do amor que lhe dá consistência, ânsia essa que a palavra portuguesa Saudade tão bem expressa!

O ser humano, à imagem do Amor que criou o mundo, é feito de Céu e Terra, fruto do amor para amar e ser amado no seguimento do amor como princípio, meio e fim (como exemplarmente revela a analogia do mistério da Trindade); sendo a pessoa feita de Céu e Terra não se pode separar dela a parte que é terra. Daí a necessidade de integrar na visão humana a “Felix Culpa” (como refere Sto. Agostinho, o pecado de Adão e Eva possibilitou o anseio à perfeição que culmina na vinda do segundo Adão); no âmbito das possibilidades, o erro de Adão inerente ao ser humano e à instituição, que se repete nas biografias humanas e nas instituições pode também ele tornar-se em mal menor como fator de desenvolvimento; de facto também ele  possibilitou tornar visível na História Humana as pegadas da memória cristã (a Igreja) e desenvolve na pessoa humana o desejo de se aperfeiçoar e crescer. A nível sociológico e histórico se não tivesse havido o momento da culpa assumida exponencialmente a nível histórico no imperador Constantino e no movimento das cruzadas, hoje o Cristianismo estaria apenas presente em grupos de vida sem ter tido a possibilidade de humanizar institucionalmente a civilização ocidental. A História é a sombra que nos ajuda a descobrir donde vem a luz! O protótipo Jesus Cristo reuniu nele a divindade e a humanidade, o espírito e a matéria de maneira a espiritualizar também a matéria!

A Graça acontece a nível de relacionamento, de relacionamento pessoal e uma bênção não se fixa na forma do relacionamento porque esta é transcendida na ligação pessoal intrínseca que possibilita a relação de amor pessoal e o vínculo entre dois, o amor em comunidade que no cristianismo assume caracter divino (que pode ser limitado por aspetos  circunstanciais individuais e até levar ao anulamento do casamento); também por isso na realização do sacramento matrimonial, o celebrante do casamento não é o sacerdote, mas os noivos; o  sacerdote confirma o vínculo como testemunha, em nome da Igreja, a união daquele Matrimónio; o amor é constitutivo e constituinte se responde à sua essência de ser relação sem ter de ser identificado apenas com uma forma de relacionamento.

Em Jesus Cristo incorpora-se espírito e matéria, a feminilidade e a masculinidade em harmonia e não na divisão; a feminilidade e a masculinidade que flui em cada homem e em cada mulher e deve permear toda a sociedade no espírito de bonomia e graça. A “bênção pastoral” de pessoas a viver em situações irregulares é testemunho de um amor, não apenas carnal; ela aponta para a relação humana integral de que faz parte essencial  a dimensão espiritual.

Para nos entendermos não chega fixar-nos numa forma de linguagem puramente racionalista e masculina. A linguagem poética é a forma mais adequada para se falar do amor e para se falar de Deus e da vida; ela tem um caracter mais criativo, mais feminino! O símbolo e o mito apontam para uma realidade superior à expressa na linguagem e no texto. Uma sociedade demasiadamente colada ao texto materializa a História e a Realidade petrificando as interpretações em factos.

Jesus Cristo não se reduz à doutrina nem ao texto, ele é pessoa, o evento humano-divino, o acontecer do “tempo Cairos” (o presente eterno) a resgatar o tempo Cronos (do calendário) na pessoa e na sociedade; o JC é o modelo perfeito da realidade humano-divina a acontecer na imagem de Deus que é o ser humano. Jesus Cristo é a relação pura e trinitária a espelhar-se no tempo narrativo, histórico e através da Igreja petrina em comunhão com o Espírito Santo confere-lhe visibilidade e sustentabilidade histórica.

O reino de Deus, o Evangelho é a plataforma horizonte da História. Deus não é apenas um demiurgo, uma ideia, o Deus cristão é relação pessoal, ele é trindade, encarnação e Ressurreição, ele é Céu e Terra em Jesus Cristo que se expressa na teologia da compaixão. A igreja expressa e guarda de maneira especial a feminilidade da alma das pessoas que vai ganhando voz no tempo.

A acentuação pastoral no amor (sinal de uma realidade espiritual) torna-se numa chamada otimista a não nos fixarmos moral e mentalmente apenas no modelo luz e treva que pela criação nos é dado viver e, ao mesmo tempo,  adverte-nos a temperar a maneira de ver maniqueísta: um modo de vida mental-político-religioso-social  demasiadamente centrado na dualidade (oposição luz-treva, verdade-mentira)  que estamos chamados a ir superando, muito embora sabendo-nos numa situação existencial de carência. 

Pelo menos no âmbito privado é chegada a hora de se tornar presente o Tempo Natal, o tempo da graça, o tempo Cairós que presencialisa o tempo mítico, o tempo redondo, para lá do frio e do calor, do inverno e do verão. Na luz do presépio se juntam e iluminam todos os mitos ligados aos solstícios, e na gruta noturna se junta todo o saber humano-divino, o amor que ultrapassa o saber dos solstícios e toda a sabedoria, superando ou temperando a oposição da luz à treva.   Em Jesus Cristo se reúne o céu e a terra e deste modo se ultrapassa a visão maniqueísta do mundo. O Amor transcende o próprio sol e é o outro lado da luz e das trevas: a tentativa é um exercício difícil e sempre inacabado porque na vida tudo se mantem em processo. No fim o que importa na caminhada  é a boa intenção, esperança e espírito de benevolência perante a vida que em termos cristãos se resumiria em tentar seguir as pegadas de Jesus Cristo.

O novo Adão inaugura uma nova geração com a cultura do amor a mitigar tanto a arrogância do saber como a fixação brutal instintiva.

A Conferencia Episcopal Portuguesa “reconhece o acolhimento de todos na Igreja e manifesta a plena comunhão dos bispos portugueses com o Santo Padre”.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

(1) A SEXUALIDADE JÁ NÃO É TEMA TABU NA IGREJA: https://www.gentedeopiniao.com.br/opiniao/a-sexualidade-ja-nao-e-tema-tabu-na-igreja

(2) A função principal do Papa é liderar a Igreja Católica, promover a fé, orientar os católicos e lidar com questões religiosas e éticas. É conhecido por suas posições progressistas em algumas questões sociais e a sua abordagem é mais inclusiva na pastoral em comparação com alguns de seus antecessores. É importante notar que a teologia pastoral está em constante desenvolvimento ao longo do tempo, e diferentes papas podem enfatizar diferentes aspetos, dependendo das necessidades e desafios específicos enfrentados pela Igreja e pelo mundo na época no seguimento dos sinais dos tempos. Portanto, embora a abordagem pastoral do Papa Francisco possa ser considerada uma mudança de ênfase, ela está enraizada em princípios teológicos mais amplos de misericórdia, graça e cuidado pastoral.

(3) A encíclica Laudato Si (Louvado seja) : https://antonio-justo.eu/?p=3191 ; Na Cúria: menos poder e mais serviço: https://antonio-justo.eu/?p=7236 ; Família e sexualidade: https://www.pressreader.com/angola/jornal-cultura/20141124/281719792892079 ; https://jornalpovodeportugal.eu/2018/02/13/polemicados-recasados-por-antonio-justo/

(4) “A consciência é o primeiro de todos os vigários de Cristo”: https://jornalpovodeportugal.eu/2018/02/13/polemicados-recasados-por-antonio-justo/

ALEMANHA TEM UM NOVO PARTIDO (BSW) QUE QUER SER O “PARTIDO DO POVO”

Alemanha mais pluripartidária e com ela a Europa

O Cenário político está a mudar-se e a mudar a Europa também na paisagem partidária. Dissidentes do partido “A Esquerda” formaram um novo partido em torno de Sahra Wagenknecht e também dissidentes da CDU (União Democrática Cristã) preparam a formação de um novo partido: o partido de Hans-Georg Maaßen como alternativa à AfD (Alternativa para a Alemanha, partido político populista de direita na Alemanha).

A ex-política de esquerda Sahra Wagenknecht fundou o novo partido BSW (Aliança Sahra Wagenknecht) em 8 de janeiro de 2024. Isso aconteceu depois de um grupo de deputados (10) ter deixado o Partido de Esquerda com ela e assim o Partido de Esquerda perdeu repentinamente os direitos de fração de esquerda no parlamento e os apoios financeiros a que tinha direito como Grupo parlamentar (De 38 deputados passou a ter só 27). O partido de Wagenknecht integra nele princípios da esquerda e da direita.

Parece incrível que um partido seja criado em torno de uma pessoa, o que também mostra uma espécie de sinal dos tempos em que se pode observar a fragmentação do cenário político europeu.

Sahra Wagenknecht lidera o novo partido numa dupla liderança com Amira Mohamed Ali. Os principais candidatos do BSW às eleições europeias de 9 de junho são Fabio De Masi (ex-político de esquerda) e Thomas Geisel (ex-político do SPD).

Wagenknecht, de 54 anos, vê no partido “o potencial para mudar fundamentalmente o espectro dos partidos alemães e, acima de tudo, para mudar fundamentalmente a política no nosso país”.

O objetivo é “empregos bem remunerados e segurança social, investimentos em um “sistema de preços justos”, na educação e infraestruturas.

O partido é contra o fornecimento de armas à Ucrânia e apela a negociações de paz imediatas, é contra movimentos extremistas do género, contra o excesso de migração (migrantes como concorrentes por benefícios sociais, empregos e habitação) e contra os carros a combustão.

Como partido com a bandeira da razão e com uma voz crítica anti-establishment, posicionar-se-á certamente melhor no panorama partidário do que o FDP e o Partido de Esquerda; como partido empático e que percebe o estado de espírito do povo terá boas chances em eleições futuras.

Medidas do governo não aferidas com a realidade criaram um aziúme e insatisfação no povo contra o governo. O novo partido BSW conseguirá para si um pedaço do bolo da AfD.  Por outro lado, cria um pouco de paz nos partidos do arco do poder que se viam ameaçados pela ascensão acentuada da AfD que era na Alemanha a única oposição ao governo e nas sondagens atuais contava com 34%.

Neste contexto também a estratégia de difamação orquestrada pelos partidos do arco do poder contra o novo concorrente, beneficiará o novo partido BSW.

O cenário político está a mudar na Europa! O tempo dos grandes partidos não se manterá na era da informação. Só uma boa governação poderia evitar críticos chamem-se eles AfD ou Chega!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

A CRISE ASSEMELHA-SE ÀS DORES DE PARTO DO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO

A crise está para a mudança como a mudança brusca para a crise. A ordem mundial supervisionada pelos EUA tornou-se questionável ao desviarem-se dos valores humanos iniciais que levaram aos Descobrimentos, restringindo-se aos valores exteriores de poder económico-militar.

A crise que poderia servir como oportunidade para uma reavaliação séria da própria política (e estilo de vida) e funcionar como um catalisador de mudança para melhor, em vez de buscar soluções inovadoras, recorre à velha estratégia de afirmação pelo poder (militar e económico).   A crise exige também adaptação para enfrentar os novos desafios. Mas estes só serão consciencializados se se tiverem em conta a identificação dos problemas básicos ou sistémicos.  Sem isto não surge a necessidade de mudança positiva, nem de reformas.

Daí a necessidade de uma mentalidade conservadora mais aberta à flexibilidade empenhada apenas numa adaptação contínua para superar obstáculos na defesa da pessoa humana, o verdadeiro factor de resiliência e de uma mentalidade progressista mais aberta ao humano e suas necessidades espirituais.

A crise proporciona oportunidades estimulando a criatividade e o espírito de investigação, mas a consequente reavaliação das prioridades e valores individuais e coletivos será superficial sem uma abordagem séria dos próprios objetivos e missões.

De momento assiste-se a   mudanças estruturais significativas em sistemas políticos, económicos e sociais e no comportamento humano a que falta uma ética sustentável. As pessoas adoptam novos hábitos sem se darem conta do que eles significam a nível de desenvolvimento social e humano. Mudança e progresso não significam necessariamente desenvolvimento positivo! Observam-se mudanças fundamentais ao longo da história.

O paradigma medieval que colocava a espiritualidade no centro do pensamento foi substituído pelo paradigma moderno que coloca a razão no centro do pensamento. Atualmente parece desenvolver-se uma ordem social que tem como centro do pensamento a funcionalidade material da sociedade e do sistema marginalizando o humano e a tradição.

O erro do modernismo é ter procedido apenas a uma substituição: trocado a crença em Deus pela crença na razão! É reducionista do Homem e da humanidade, refugiando-se na linguagem ao querer fazer dela a criação do mundo! Em vez da inclusão e da complementaridade serve-se da divisão para se autoafirmar, adoptando a estratégia de um contra desintegrador. Um autopsiador consegue decompor muito bem um cadáver nas suas diferentes partes, mas não tem a veleidade de lhe querer dar a vida!

A pessoa humana também não pode ser apenas considerada em função do sistema democrático, também ele em fase de desconstrução.

Numa sociedade em que se fala tanto de inclusão parece faltar a vontade de se proceder à inclusão da razão e do coração, da pessoa e da comunidade com todas as suas qualidades e necessidades materiais e espirituais.

No meio de tudo isto será importante estar-se atento ao saber de experiência feito.

António CD Justo

Pegadas do Tempo