LIBERDADE DE QUEM E PARA QUEM?

Chegamos a um estado da liberdade pública deprimente! Grande parte das pessoas tem medo de expressar a sua opinião em público!

De facto, as consequências que a liberdade de opinião pode trazer revelam-se, por vezes, como tóxicas em relação a amigos e nas relações laborais ou de adquisição de emprego.

Hoje quem não traz a tesoura da censura do pensamento na cabeça vê-se cada vez mais condenado às ostras.

E depois fala-se de tolerância!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

11 ANOS DE PONTIFICADO DE FRANCISCO

Parabéns ao Santo Padre e desejos de muita saúde para também poder coroar a caminhada que iniciou com o “Caminho Sinodal” com sucesso para o bem de toda a Igreja.

Aniversário da eleição do Cardeal Jorge Mário Bergoglio para Papa a 13.03.2013. Com o início do seu papado o eixo da história movimentou-se para Sul iniciando-se também um mundo multipolar. Inicia-se uma época que nos obriga a sermos mais regrados no ter para podermos todos ser mais!

Francisco interferiu em todas vertentes que hoje preocupam a humanidade com escritos como três encíclicas:

Luz da Fé (Lumen Fidei), de 2013 sobre a fé e que recolhe reflexões de Bento XVI

Louvado sejas (Laudato si) de 2015 sobre o cuidado da casa comum

Irmãos todos (Fratelli tutti) de 2020 sobre Fraternidade e Amizade social: propõe acções globais que superem as contradições do presente:  “De fato, quem não ama o próprio irmão a quem vê, não pode amar a Deus que não vê” (1Jo 4,20).

Escreveu também as exortações apostólicas: A alegria do Evangelho (Evangelii Gaudium)

A alegria do amor (Amores Laetitia)

Cristo vive (Christus vivit) aos jovens e a todo o povo de Deus

Querida Amazónia, exortação Pós-Sinodal dirigida ao Povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade.

As encíclicas encontram-se em várias línguas no seguinte Link: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals.html

Vale a pena ler para se entrar melhor no espírito do Papa Francisco

António CD Justo

Pegadas do Tempo

O PAPA APELA A NEGOCIAÇÕES CONTRARIANDO A VONTADE DA NATO

Da Interpretação errónea das Declarações do Papa Francisco

No início de fevereiro, numa entrevista recentemente publicada na televisão suíça, sem nomear nenhuma das duas partes em conflito, (a Rússia ou a Ucrânia), o Papa apelou para negociações e disse: “Quando virem que estão a ser derrotados, que as coisas não estão a correr bem, devem ter a coragem de negociar”. “Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem”. “As negociações nunca são uma capitulação”, disse o Papa.

Quando o entrevistador lhe perguntou se, por vezes,”não será preciso coragem para levantar a bandeira branca”, o Papa respondeu: “É uma questão de perspetiva. Mas penso que a pessoa mais forte é aquela que reconhece a situação, que pensa nas pessoas, que tem a coragem de levantar a bandeira branca, de negociar”.

O Papa não disse que a Ucrânia devia render-se, mas as declarações pelo significado e influência que têm provocaram grande polémica no meio político e nos meios de comunicação social. A expressão „ içar a bandeira branca” foi utilizado pelo entrevistador e o estranho é que políticos e jornalistas – à maneira da política pós-factual – se tenham agarrado a essa expressão sem prestarem atenção ao que o Papa realmente disse, para assim colocarem a questão em fora de jogo. As palavras do Papa estão a causar tanta indignação porque elas estão também indiretamente a apelar ao fim da propaganda de guerra por parte dos políticos e dos meios de comunicação social e, em vez disso, ousem criar um clima para negociações.

As palavras do Santo Padre são pervertidas e usadas por políticos e publicistas como petróleo ao serviço da estratégia de indignação medial europeia. Sabiamente, o Papa recusou-se desde o início da guerra a jogar apenas a cartada dos países da NATO porque conhecia também as cartas da Rússia e o que há dezenas de anos ia acontecendo na Ucrânia. O desalento dos membros da NATO dá-se porque conhecem a eficácia das suas palavras; por isso reagem horrorizados, tendo para tal colocado na boca do Papa intenções que ele não tinha (que a Ucrânia içasse a bandeira branca).

Encontramo-nos numa guerra em curso com a diplomacia desligada e toda uma propaganda activa no sentido de a fazer escalar e motivar para isso o povo que então seria comprometido no grande erro da história europeia.

Em vez das palavras do sumo pontífice terem provocado na política e na opinião pública publicada, uma discussão argumentativa e factual sobre causas e consequências, tudo reage em conjunto como se fossem beligerantes, limitando abusivamente o tema ao aspecto emocional para assim prosseguirem a sua propaganda mediática. Neste sentido será de observar também a videoconferência dos generais alemães: Os russos publicaram a verdade, os alemães confirmaram e ninguém se pergunta sobre a verdade que os generais alemães expressaram. O interessante da tragicomédia é que os media passaram a atacar a Rússia por ter publicado a verdade. Mas a miopia ocidental é tanta que tudo se deixa levar na enxurrada dos sentimentos provocados em vez de se ocupar com uma estratégia de defesa dos interesses futuros da Europa e do bem-estar entre os seus habitantes.

Neste estilo de informação constata-se uma falta completa de respeito, também pelas populações sujeitas à evidente manipulação. Os mesmos que acusam o Patriarca ortodoxo de Moscovo Cirilo de apoiar a política do sistema russo interferem agora na opinião pública ocidental criticando o facto do Papa Francisco não apoiar a política dos EUA/NATO/EU. Torna-se lamentável que numa sociedade europeia pretensamente mais adiantada que outras os políticos façam uso do pensamento a preto e branco: nós somos os divinos, e os russos são os diabólicos, como se se tratasse de uma batalha entre o bem e o mal e não uma diabólica luta de interesses por influência económica e poder político dos dois lados. Assim torna-se tudo numa farsa e num jogo hipócrita ao pensar-se que se apoia a Ucrânia se formos a favor da Rússia ou se formos a favor da NATO/USA/UE.

Recentemente, o Papa apelou à oração pelo povo da Ucrânia e da Terra Santa e acrescentou: “Acabem com as hostilidades que estão a causar um sofrimento incomensurável à população civil.”

A entrevista será transmitida a 20 de março. Os membros da NATO teriam desejado que o Pontífice reforçasse a sua vontade de guerra para assim se tornar cúmplice e fortalecedor da propaganda noticiosa em via. As autoridades de Kiev reagiram como do costume, dado o seu credo partir do pressuposto que se encontraram do lado do bem e terem de “matar o dragão”!  A posição do Papa Francisco até daria uma possibilidade de negociações e uma saída do conflito de cabeça levantada e incluir a oportunidade de mediação através das comunidades religiosas. (De facto, o que importa é: “Negociar para proteger a vida do próprio povo e evitar uma perda ainda maior de soberania“. Seria mau e lamentável se representantes das comunidades religiosas se deixassem envolver nesta guerra demasiado complexa como participantes do conflito, como fez o Patriarcado de Moscovo e um bispo ou outro evangélico e indiretamente algum católico. Mesmo assim, o contexto é diferente e torna-se lamentável que purpurados ocidentais se deixem instrumentalizar como apoiantes de uma guerra que surgiu de várias partes envolvidas na Ucrânia e do nevoeiro da informação…

Ao contrário de políticos europeus (EU) que estão a sustentar uma guerra por procuração, o Papa está a defender os genuínos interesses da Europa e do seu povo nesta guerra geopolítica que está a ter lugar na Europa e só vem beneficiar os EUA e também prejudicar futuramente a Europa toda.

O Vaticano está muito bem informado do que se passa realmente no mundo e apenas algumas semanas após o início da invasão russa, o Papa disse numa entrevista a um jornal diário italiano que os “latidos à porta da Rússia ” da NATO podem ter contribuído para a guerra.

O Papa certamente sabe que os EUA estão interessados em que esta guerra entre os EUA e a Rússia seja deixada só aos europeus numa estratégia impossível.

O Vaticano não persegue interesses políticos de poder e num momento de conflito internacional pior que o conflito de Cuba pretende evitar a escalada para uma guerra terceira mundial, a ser preparada às escondidas. Que católicos tomem posição num sentido ou noutro faz parte da liberdade da consciência católica.

Os políticos europeus, que se envolveram, no sentido dos EUA e do Reino Unido, como impulsionadores da guerra, não querem agora perder a sua própria face e, por isso, insistem em intensificar a guerra na esperança de que isso estabeleça a UE como uma terceira potência mundial na geopolítica. Por outro lado, com a guerra, evita-se o surgir de atenção para a revolução ideológica em curso sob a forma de uma mudança total nas relações internacionais, na consciência das pessoas;  na consequência prepara-se a imposição do mundo virtual, a  abolição de dinheiro não virtual  e uma liderança digital que desmantelará o sistema atual no sentido de um capitalismo oligárquico combinado com um marxismo oligárquico a nível mundial (Segundo o modelo chinês). Neste sentido seguiriam a mundivisão asiática e islâmica que consideram os súbditos ou cidadãos não como pessoas livres, mas como elementos funcionais dentro de um sistema meramente mecanicista e prático vendo o seu “sacerdócio” reduzido em função do braço administrativo.

O Papa tem de permanecer neutro (por saber que a verdade não está nem num polo nem no outro) e para isso tem de manter uma posição aberta às razões dos dois lados pois o seu compromisso é de ordem superior: o empenho pela paz alcançado através de leis e conversações e a justiça. Em política não há o lado bom nem o lado mau porque a sua lógica é a defesa de interesses.

Os mortos ucranianos e russos merecem mais respeito para se evitar a morte dos próximos vivos. A tática de o Ocidente identificar a Rússia com a União Soviética é manipulativa e falsa: é como comparar a Alemanha atual com o regime nazista.

Para os EUA é igual o que acontece aqui na Europa em termos de futuro e por isso acham bem que os Franceses enviem soldados para a Ucrânia, coisa que eles não fariam. Atendendo a um futuro americano sob a perspetiva de Trump, os Europeus ainda se apressam mais por assumirem o papel militarista dos EUA. A Europa embora defendendo os interesses do parceiro EUA não se encontra em bons lençóis porque sabe que a África, a Ásia, o mundo muçulmano e em grande parte a américa do sul se encontram ao lado da Rússia.

Os agressores foram engordados na Ucrânia ainda antes de 2014 e deles fazem parte os EUA, a Rússia e os oligarcas da Ucrânia; a longo prazo foi preparado o povo ucraniano para aceitar a sua guerra civil como podemos ver na interessante série televisiva ucraniana de ação propagandista de oligarcas no sentido de levarem ao poder Zelensky.

A abordagem da responsabilidade da guerra na Ucrânia terá de ser colocada no contexto  dos interesses geoestratégicos Nato/Rússia e de parte da população ucraniana que apoiava a Rússia e a outra parte que apoiava a NATO e a EU. Naturalmente todos os actores envolvidos no conflito querem lavar as mãos dele por razões de poder e para não terem se assumir as elevadas reparações que no fim da guerra seriam repartidas.

Em abono da verdade, jornais alemães citam, Sahra Wagenknecht, copresidente do partido BSW que afirmou: “O apelo do Papa para que se iniciem finalmente negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia é corajoso e sensato”. Francisco leva a sério a mensagem de paz do cristianismo e criticá-lo é uma falta de respeito. “Há muito tempo que a guerra na Ucrânia já não se trata de ganhar, mas apenas de morrer”, disse a presidente do partido.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

MAIOR PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONOU UM PORTUGAL MAIS EQUILIBRADO

Montenegro condicionado a fazer Coligação com o Chega por Lealdade ao Conservadorismo e para reconhecer a Vontade soberana dos Votantes

As eleições realizadas no domingo (10/3/24) marcam um acerto à direita de Portugal, com a vitória da Aliança Democrática (AD), coligação entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS). AD 79 deputados (29,5%), PS 77 (28,7%), Chega 48 (18,1%), IL 8 (5,1%), BE 5 (4,5%), CDU 4 (3,3%), L 4 (3,3%), PAN 1 (1,9%) e ADN 0 deputados. Os quatro deputados da emigração ainda não contabilizados não influenciarão os resultados partidários.

A consciência popular também ganhou passando a percentagem de isenção nas eleições de 48,5% em 2022 para 33,8% em 2024. A legitimação do poder tornou-se maior!

Embora Montenegro tenha negado a coligação com o Chega, em termos de poder e atendendo à votação de grande parte do povo nele, Montenegro teria de rever a sua posição, doutro modo iniciará um governo muito instável e um período ingovernável que faria lembrar o tempo da “geringonça”. Doutro modo só favoreceria a esquerda mais radical ou provocaria novas eleições em que seria castigado. O Chega ao participar no Governo moderar-se-á automaticamente, como se tem a experiência da esquerda (Verdes) na Alemanha; e quer se queira ou não as políticas nacionais são em grande parte determinadas por Bruxelas.

A Aliança Democrática (AD) venceu com o principal candidato Luís Montenegro. Mas o grande vencedor foi o partido CHEGA afirmando-se como terceira força política e o grande perdedor foi o PS, partido no poder, que ficou em segundo lugar.

Uma coisa é votar por convicção ou votar por opção estratégica. O governo PS não permitia convicção e por isso restou a opção de votar noutros; na base desta opção não foi o mero descontentamento que esteve na base dos resultados das eleições; o que motivou o povo a acorrer em maior percentagem às eleições foi sobretudo a necessidade nacional de um país mais equilibrado para não continuar a mancar só para a esquerda. Trata-se agora de defender a liberdade de todos os portugueses e não da verdade acantonada numa só via política.

Depois de tantos anos de ensino populista feito pelo Bloco de Esquerda e tolerado pela imprensa, seria hipocrisia admirarem-se do populismo do Chega! O povo revela-se como mais inteligente perante os populistas de cima como dos populistas de baixo!

Agora que o PS deixou “a casa desarrumada” é hora de a AD a arrumar. Isso, em termos políticos poderia tornar-se num golpe contra si mesma se não tiver em conta o estilo de política partidária do PS: o dilema será implementar a ideologia como fazia o socialismo ou implementar o bem de todos em Portugal com uma política económico-social-cultural equilibrada. A AD tem personalidades, entre elas Paulo Núncio e Isabel Neto que prometem boas perspectivas para o centro direita e para Portugal.

O pior que a casta política poderia fazer seria entrar numa discussão antidemocrática destrutiva-partidária e a AD e o Presidente da República se deixassem levar numa polémica de fazer coligação ou não com o Chega. Depois de tantos anos de solidariedade esperta entre partidos da esquerda, fossem eles extremistas ou não, tornar-se-ia hipócrita uma discussão de não aceitação de uma coligação da AD com o CHEGA e possivelmente IL. Tal como no passado a esquerda foi solidária entre si em defesa do poder e do progressismo socialista, a direita  tem a oportunidade de se unir para pouco a pouco ir criando uma mentalidade popular mais equilibrada e deste modo estabilizar uma plataforma social de abertura ao conservadorismo humanista em Portugal. Só uma sociedade equilibrada entre conservadorismo e progressismo poderá funcionar bem!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES – VALE A PENA LUTAR

Luta por uma Matriz mental e social integradora da Masculinidade e da Feminilidade

A nossa sociedade é dirigida por uma matriz (baseada no patriarcado) que não age nem cede nada de graça nem com amabilidade – a sua causa é a competição, o lucro e não a simpatia – e por isso, enquanto não se criar uma matriz político-social justa a luta torna-se num imperativo, valendo a pena lutar por boas causas.

As mulheres lutam pela igualdade de género na vida social e têm alcançado, a nível de funções, alguns postos relevantes, mas tudo isso à custa de grande luta e empenho, dado a sociedade estatal se orientar pela funcionalidade das pessoas e não pela sua dignidade e relacionamento. Já conquistaram muito, especialmente ao nível das leis, mas a sociedade em geral e as instituições encontram-se atrasadas não só em relação às leis, mas sobretudo em relação a uma ética de humanidade não praticada.

Continua também a haver abusos e violências, como mutilação genital, definição da feminilidade em serviço de funções sociais, etc.

A agressão vem de uma masculinidade exagerada versus feminilidade. O caminho certo seria o reconhecimento da complementaridade equitativa nos princípios da feminilidade e da masculinidade sendo para isso necessária uma transformação dos princípios orientadores da nossa sociedade; para se ter uma equidade social justa seria necessário valorizar a feminilidade e a masculinidade em termos de igualdade e de funções sociais de maneira a poder alcançar-se-ia um equilíbrio adequado na sociedade; condição para isso seria trabalhar-se no sentido de um equilíbrio de funções mas sobretudo na criação e institucionalização de nova matriz social.

A luta contra a matriz social masculina é inteiramente justificada porque não existe uma matriz de pensamento intelectual e social onde a masculinidade e a feminilidade se integrem e atuem de forma inclusiva e integral! O modelo (matriz integradora da feminilidade e da masculinidade não condicionada apenas ao aspecto da funcionalidade) poderia dar-se à imagem dos hemisférios cerebrais (no seu agir complementar integrado o lado esquerdo acentua o pensamento lógico e o direito o criativo e emocional) sem que para isso se destruam os alicerces da natureza, resolveria pela raiz os maiores problemas da sociedade no sentido das bem-aventuranças.

Na Alemanha há uma diferença salarial de 18% em muitas áreas, em desvantagem para as mulheres.

Na consequência, o Estado não trata a feminilidade na sociedade da mesma forma que trata a masculinidade de caracter meramente funcional produtivo e técnico. O Estado e com ele os regimes políticos procuram impor à sociedade a matriz masculina porque a sua orgânica é toda ela baseada na masculinidade exacerbada. Áreas onde é necessária mais humanidade, como cuidados, são mal remuneradas e, portanto, muitas vezes deixadas para mulheres estrangeiras ou pessoas de condição social estanque.

A matriz actual prejudica o homem e a mulher porque ao não contemplar a feminilidade e a masculinidade como factor dos dois e da sociedade impede o desenvolvimento humano integral e fomenta uma sociedade de concorrência injusta.

Urge a criação de uma matriz social que possibilite o viver amorosamente uns com os outros. Uma matriz social equilibrada de feminilidade e masculinidade, com o amor e a empatia como meta, teria então espaço para pessoas que esperam e acreditam. Nada surge do nada e se continuarmos a contar apenas com a matriz masculina continuaremos a precisar de lutas mais sustentáveis.

Falta vontade para uma solução socialmente existencial continuando a seguir os ditames extremos da natureza, que tem como ditame recompensar os mais fortes e assim perpetuar a luta. Esta lógica aplicada na política e na sociedade vai contra a razão e contra a criação de uma cultura de paz.

Trata-se de passar da estrutura social de caracter mecanicista para uma estrutura orgânica humana.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo