FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS A ABUSAR DO NATAL E DA INTELIGÊNCIA DE PORTUGUESES!!!

Arrogância e Desrespeito militar sem Limites

Um mundo agressivo, complexo e artificial, sente-se incomodado com a mensagem natalícia e escolhe precisamente esta época para se afirmar como algo contra a vida numa de querer fazer vingar o seu espírito nos céus de Portugal.

Caças F-16 da Força Aérea vão sobrevoar o país a desejar um feliz Natal e a treinar a capacidade militar entre as 12h00 e as 14h15 do dia 24.12.2024.

Segundo a Lusa e o Correio da Manhã a iniciativa visa “desejar a todos um Feliz Natal” e “treinar a manutenção de capacidades dos militares para atuarem a qualquer momento e em qualquer circunstância, reforçando o compromisso de salvaguarda da integridade do território nacional, através do cumprimento das missões de vigilância, policiamento e defesa aérea”.

A iniciativa mais parece vir de algum reduto do Gonçalvismo (Vasco Gonçalves) ainda presente nas Forças armadas.

A atmosfera de paz e as músicas natalícias incomodam muita gente que se aproveita da época natalícia para mostrar os seus músculos na presença militar que se quer altaneira e soberana! Em que mundo vivem? Ou será que querem fazer dos portugueses uns parolos que nada entendem de gestos simbólicos?

António da Cunha Duarte Justo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

2 comentários em “FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS A ABUSAR DO NATAL E DA INTELIGÊNCIA DE PORTUGUESES!!!”

  1. Meu caro António Justo
    1. Fui Tenente miliciano pára-quedista e passei 2 anos na “chamada” guerra colonial em ANGOLA !
    2. Acompanhei as ações das Forças Armadas a seguir ao GOLPE DE ESTADO MILITAR do 25 de Abril.
    3. Estive em 1971 no mesmo Quartel em Ninda , com o ideólogo do golpe, capitão MELO ANTUNES, durante 2 meses ( com ele almoçando, jantando e bebendo uns copos com o ideólogo do golpe ) !
    4. Acompanhei de perto a reivindicação corporativa dos capitães , antes do golpe!
    5. Ora,
    6. PERMITO-ME -me ,pois, discordar do teor geral do teu artigo , porquanto é NATURAL que o que melhor restou das nossas FORÇAS ARMADAS, os pilotos da FAP , com verbas diminutas para o treino, aproveitem a época natalícia para acompanhar a alegria dos pobres Portugueses e, simultaneamente, fazer o treino obrigatório ! O BOM SENSO FOI TOTAL E NAO SE PODE CONFUNDIR o treino com a guerra ! Ou concordarás com a invasão “ pacífica” da Europa pela RÚSSIA ?! “Si vis pacem, para bellum” , meu caro Justo! Alguns ( maioria) capitães comunistas , traidores, manipulados, cobardes e egoistas, só se interessaram com o fim da guerra no ULTRAMAR e com os seus aumentos salariais …Os partidos democráticos, a seguir ao 25 de Abril, tiveram que fazer opções e uma delas não foi a DEFESA , nem as FORÇAS ARMADAS, nem os quartéis … até deitaram foguetes ao fim do serviço militar obrigatório, reivindicado pelas JOTAS, não se importaram com o encerramento das fábricas de armamento, nem mesmo mesmo com a quase extinção das Forças Armadas ! Estas tiveram o que mereceram e os Partidos bateram palmas por preservarem o novo regime de tentativas de novos golpes militares ( até porque muitos políticos foram refractários ou isentos de irem para o Ultramar pelos papás burgueses ou do anterior regime ) ! A Pátria (ou a Nação ) em Portugal e pela Europa fora , ninguém falou nela e os povinhos começam a ver agora no logro em que caíram e estão desprotegidos ! Oh Justo : Não te preocupas com esta Europa pôdre e com a identidade perdida !? Com um abraço e votos de BOM ANO NOVO, PRÓSPERO E SEGURO !
    JCM

  2. Caro amigo JCM,
    Agradeço a tua mensagem, que, como sempre, reflete o teu espírito patriótico e a tua experiência rica no seio das Forças Armadas e não só. É precisamente pela seriedade e relevância desse teu passado que valorizo a tua perspetiva, mesmo quando discordamos. No entanto, permite-me clarificar e expandir o alcance do que escrevi para evitar possíveis mal-entendidos. (Antes de mais registo um ponto em que comungo plenamente contigo quando dizes:” ! Alguns ( maioria) capitães comunistas , traidores, manipulados, cobardes e egoístas, só se interessaram com o fim da guerra no ULTRAMAR e com os seus aumentos salariais…” Sou do parecer que este comportamento se tornou fatal também para os povos das antigas províncias que se viram obrigadas a seguir um desenvolvimento político estranho que não seria o seu!)
    O foco do meu texto não era desmerecer os pilotos da Força Aérea nem criticar a sua capacidade ou a necessidade de treino militar. Reconheço que as Forças Armadas desempenham um papel importante na defesa nacional, e sei que os recursos destinados ao setor são frequentemente escassos, exigindo criatividade no aproveitamento de oportunidades para treino, principalmente num país pobre e geograficamente tão distante dos interesses anglo-americanos e também devido à sua latinidade.
    A minha crítica, no entanto, incide sobre a escolha de uma época tão simbólica como o Natal para realizar uma demonstração que, embora prática e necessária, se reveste de um simbolismo que pode ser interpretado como agressivo e inoportuno por uma parte da sociedade. Para muitos, o Natal é um momento de paz, introspeção e celebração de valores que contrastam com a exibição de poder militar, mesmo que essa exibição não seja de forma alguma beligerante. Neste contexto, a conjugação do treino militar com a mensagem natalícia levanta questões sobre os sinais que pretendemos transmitir à nossa comunidade (por isso falei do aspecto simbólico).
    Sobre os demais temas que levantas, como o papel das Forças Armadas após o 25 de Abril e os desafios enfrentados pela Europa atual, concordo que há muitas reflexões importantes a fazer. Não obstante, creio que essas questões, por mais pertinentes que sejam, extravasam o âmbito do texto que escrevi, focado especificamente na interação entre a mensagem natalícia e a utilização de meios militares. Sei que a minha perspectiva da esperança de prioridade por início de uma cultura da paz vem perturbar a harmonia da marcha militar transmitida por quase todos os meios da comunicação social europeus, mas quando observo tanta irracionalidade da parte de nossos governantes (refiro-me aqui à Alemanha que sigo de perto) fico sem complexos embora saiba que me encontre, por vezes, a urinar fora do penico!
    A tua referência à frase de Cícero „Si vis pacem, para bellum” é compreensível, mas não creio que o simples ato de questionar o uso de caças F-16 da Força Aérea durante o Natal contradiga essa máxima (preocupa-me só o espírito que pode estar por trás dessa máxima. Antes, trata-se de um convite ao diálogo sobre os valores que promovemos enquanto Nação e sobre a forma como escolhemos expressá-los em momentos tão significativos como a época natalícia em que se procura inverter os valores da mensagem natalícia de paz pondo-os em termos de igualdade com os valores militares de uma pretensa paz de defesa.
    Em suma, o meu texto não pretendeu atacar as Forças Armadas nem os seus profissionais, mas sim refletir sobre a adequação do gesto em questão à luz do espírito natalício. Reforço o respeito que nutro pelo teu serviço e pelo das Forças Armadas em geral, bem como pela tua visão crítica, que muito enriquece este debate. O último texto que enviei também não será do consenso de muitos mas temos que ter em conta que a controvérsia é aquele fogo que aquece as mentes e instiga à criatividade; também por isso me sinto agradecido. O texto a que me refiro é : O JOGO DA GUERRA NÃO ACABA PORQUE É O SUSTENTO DE ELITES OLIGARCAS ATRAVÉS DOS SÉCULOS!
    Quanto à preocupação com o que se passa na União Europeia relativamente à desmontagem das suas raizes judaico-cristãs penso ser de relevância extrema. O que se passa numa Alemanha e numa França tem implicações determinantes para toda a Europa; já o mesmo não é de considerar na perspectiva Portugal -Europa.
    Com um abraço fraterno e os meus votos de um Ano Novo com saúde e prosperidade,
    António da Cunha Duarte Justo

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