BALADA DE BELÉM
“Batem leve, levemente”,
Pra em Belém, se unir a gente.
Será paz que ali floresce?
Será vida que amanhece?
No presépio, tão singelo,
Entre palha e céu tão belo,
Nasce um canto, doce e puro,
Unindo o mundo no futuro.
Vêm de perto, vêm de longe
Zagais, sábios e animais
De mãos dadas, a noite ao dia,
Tecem a paz, em doce harmonia.
Lá no berço, tão modesto,
Faz-se o todo em gesto honesto.
O divino e o humano unidos,
Céu e Terra sintonizados.
Mas, de perto, a guerra grita,
Na maldade que anda aflita!…
Será o sonho uma ilusão?
Ou a paz virá na canção?
Batem leve, tão levemente,
Que o amor nos renove a mente.
No presépio, o mundo é lar,
Onde a vida aprende a amar.
António CD Justo
Pegadas do Tempo
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