463 723 MEMBROS DO SPD DECIDEM SOBRE A REALIZAÇÃO DE UM GOVERNO DE COLIGAÇÃO (GroKo) CDU/CSU e SPD

As Dificuldades de Formação de Governo na Alemanha preludiam uma nova Era política na Europa

António Justo

O último inquérito coloca o AfD, com 16%, à frente do SPD (15,5%), CDU (32%), FDP (9%), Esquerda (die Linke) (11%) e os Verdes (13%).

Com este resultado, barómetro da impaciência da população, já só se pode prever a aprovação da coligação pela base do SPD. A negação da ala mais esquerda do SPD ao acordo tem prejudicado a imagem pública do partido. Dado no acordo da acção governativa o SPD ter sido sobejamente beneficiado na distribuição dos ministérios e ter conseguido muitos pontos de política de esquerda no acordo, torna-se difícil fazer compreender ao povo a divisão no SPD. Para os países do Sul a GroKo seria uma bênção: manteria a política de baixos juros do Banco Central Europeu, o que beneficia sobretudo quem não tem capital, relaxaria a política de poupança também na Alemanha e proporcionaria mais transfere de dinheiros alemães para a zona Euro.

De 20.02 até 2 de abril dá-se a recolha dos boletins de voto dos membros do partido socialista alemão para decidirem da aprovação do compromisso para o governo de coligação CDU/CSU e SPD. Os 2.300 membros do SPD que se encontram no estrangeiro podem votar através de internet. 

O jornal “Avante” do SPD imprime uma Edição especial com o acordo de coligação de 177 páginas, e que é distribuído aos membros.

Um mínimo exigido para aceitação ou recusa da votação é de 20%. Em 2013 votaram sim 75,96% e não 23,95%.

Os custos com a votação cifrar-se-ão em dois milhões de euros, tal como aconteceu em 2013.

A questão que muitos alemães se colocam é se o partido social-democrata (SPD) tem legitimação para decidir sobre o compromisso alcançado com os Cristãos Democratas (CDU) e com a União Social-Cristã (CSU) em fevereiro 2018.

Com a decisão democrática dos membros do partido, o SPD é beneficiado no discurso da opinião pública com a reapresentação pública dos seus objetivos. Por outro lado, os membros do SPD ficam muito mais bem informados, sobre a política do governo, em relação aos votantes dos outros partidos. Isto é, porém, o mérito do SPD que permite o exercício de democracia direta no seu partido.

O medo de novas eleições determinou todo o processo de conversações para uma coligação. O medo e a confusão dentro do SPD correspondem à atmosfera de uma sociedade de estômago cheio, mas com medo de ter de dar algumas das suas gorduras à EU. A organização patronal também protesta contra o compromisso.

O povo alemão, com voz, gosta de discursos bonitos, mas, orientam-se por conclusões e bons resultados.

Epidemia partidária cada vez mais geral

A democracia economicamente mais forte da Europa começa a sofrer no parlamento problemas semelhantes aos dos países do sul. O baile dos partidos e ultimamente da CDU/CSU e do SPD em torno de uma Grande Coligação (GroKo) torna-se insuportável.

Depois dos grandes estadistas alemães Adenauer, Erhard, Wehner, Straus, Brandt, Schmidt, Kohl que lutavam, primeiramente, para o bem geral da Alemanha, apesar de diferentes concepções, deparamos hoje com uma geração de políticos que parece demasiadamente preocupada com táticas de poder e com a defesa do seu rosto/posto para poderem ser reeleitos. Mais que o serviço ao país, a preocupação parece tornar-se mais, o bem do partido, eventuais eleições, pensões e dietas. Esta epidemia própria de países latinos já se encontra no seio das sociedades nórdicas!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

 

NAS PEGADAS DA POESIA: “Noite, minha Ama” + “Quem sou” –

Permitam que lhes apresente  duas poesias do meu novo livro “NAS PEGADAS DA POESIA” que em baixo exponho.

NOITE MINHA AMA

Minha noite querida,
meu escuro à luz do dia,
Nos teus braços agasalho
minhas mágoas da alegria!

Noite que em mim passas,
na procura de um sol que não passa!
Tenho medo da alvorada,
quero em mim soluçar o dia.

Tu és a noite, aquela que é só minha,
a vivência de um sonho que não passa.

Já não durmo, a noite dorme em mim!

 

QUEM SOU

Um rio, um mar
Um monte, um vale
A Freita no Arda
Ao Douro a chegar

Um casco sem velas
A quilha do convento
No capricho do vento
Só espuma a formar

Sou Arouca no porto
A nação a boiar
Nas ondas de um povo
Sem rumo levar
António Justo, in “NAS PEGADAS DA POESIA”, OxaláEditora, 2018

PORTUGAL EM RISCO DE PERDER O DIREITO A ENTRAR NOS USA POR 90 DIAS SEM VISA

Como pode ler em https://sol.sapo.pt/artigo/594824/portugal-pode-ser-eliminado-do-programa-de-isencao-de-vistos-dos-eua Portugal viola as regras do programa de isenção de vistos para entrada nos EUA (Visa Waiver Programa). O programa permite uma estadia de 90 dias sem visto e em 2016 entraram 164.662 portugueses nos EUA usando o programa e cerca de 4 mil destes portugueses (perto de 2,5%) não saíram do país no prazo de 90 dias. Segundo as normas dos USA, se mais de 2% dos entrados no país violarem as regras, o país de origem dos imigrados corre risco de ser excluído do programa.

António da Cunha Duarte Justo

AMEAÇAS TURCAS CONTRA DISSIDENTES

O presidente turco facilita o fazer justiça

pelas próprias mãos

Recep Tayyip Erdogan, editou um decreto que possibilita fazer justiça pelas próprias mãos. O regime costuma colocar os seus críticos na mesma fila de golpistas e terroristas (os supostos seguidores de Fethullah Gülen).  

A oposição receia no decreto, um certificado de liberdade para crimes motivados politicamente. Vê nele uma justiça de linchamento e, ao mesmo tempo, uma carta em branco de amnistia. O decreto não pode ser anulado pelo tribunal constitucional. O porta-voz do partido da Oposição CHP diz:” isto acontece em ditaduras que querem intimidar e aterrorizar a sociedade com uma milícia “.

O deputado turco Garo Paylan adverte a Europa para o perigo de ataques terroristas direcionados da Turquia especialmente para a Alemanha. Segundo o deputado, um comando assassino de três membros foi enviado da Turquia para a Europa. Os Media na Turquia já tinham tematizado o assassínio de dissidentes na Europa porque os países não extraditam os críticos do governo Erdogan. Os Alevitas na Alemanha têm medo porque membros das autoridades de segurança turca também podem agir por conta própria.

O ministério do interior alemão refere a existência de 400 funcionários e diplomatas turcos que encontraram protecção na Alemanha.

Erdogan fortalece o seu poder a nível interno, mas a crise da Lira já indica o seu declínio.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

MULHERES SEM ROSTO – UM PRIVILÉGIO ISLÂMICO?


Argelino paga as Multas a Mulheres que violem a Proibição do Nigab e da Burca

António Justo

A Bélgica (2010), a Holanda, a Suiça, a Áustria e a Alemanha proibiram, por lei, o trajo do nigab e da burca, nos espaços públicos.  Quem infringir a proibição das máscaras terá de pagar uma multa que vai até 150 €. Na Alemanha a infracção custa 60 euros. Também a motorista tem de ser identificável.

O milionário Rachid Nekkaz paga a multa de mulheres que violem a proibição de uso do Nigab e da Burca na Europa. O país onde assumiu o pagamento de mais multas foi a França; na Bélgica o número já chegou a 300. O muçulmano nasceu em França, estudou Filosofia e História na Sorbonne.  Criou uma Fundação com um milhão de euros para pagar multas, como diz, para “defesa da liberdade”. Nekkaz tem assim a oportunidade de se tornar pessoa pública e de usar da liberdade ocidental para promover o seu perfil, à maneira árabe, contra o ocidente. Deste modo instiga as mulheres a esconder o próprio rosto, que não lhes é dado ter, porque o rosto livre é sinal de pessoa livre e pode expressar a não subjugação.

A presença do rosto árabe nas ruas vale mais que a perda de rosto daquelas que o servem e expressam. Nekkaz, que se diz contra o Nigab e a Burca incita as mulheres a infringir uma lei que se legitima em nome do perigo terrorista e de um islão radical na linha de Maomé que tudo subjuga e instrumentaliza.

Para muitos muçulmanos a mulher deve ter a liberdade de concordar com a própria humilhação!

No Irão as mulheres que não se vistam à maneira islâmica já não têm de pagar multa, mas têm de frequentar aulas para “corrigir o seu modo de ver e o seu comportamento”. As mulheres e as meninas a partir dos 9 anos são obrigadas a trazer o lenço na cabeça e uma capa comprida que esconda os contornos do corpo. O instinto que não é dominado no âmbito masculino deve ser vingado e disciplinado no trajo feminino!

Imagine-se o bem que este senhor faria se empregasse o dinheiro das multas na promoção das mulheres na Argélia! Ele pensa candidatar-se para presidente da Argélia em abril de 2019.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,