DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

Hoje tudo se encontra em competição, todos são condicionados a viverem sob stress; mães, pais, filhos e educadores são os primeiros a senti-lo. Se antes a sociedade vivia mais ao ritmo da natureza hoje passou a viver ao ritmo da opinião publicada que privilegia uma maneira de estar exteriorizada e mais virtual! As necessidades específicas mais elementares e genuínas e as relações humanas familiares são indelevelmente neutralizadas para melhor ser conseguido o esvaziamento da personalidade e das instituições base. Pretendem-se modelos e estilos de vida, meramente funcionais, à margem humana. A sociedade quer-nos ver a viver de exterioridades.

Politicamente exposta às contrariedades dos ventos do Zeitgeist, a família passa a ser cada vez mais estressada.  O movimento 68, a pretexto de liberdades, instrumentalizou a família considerando-a como modelo a ser ultrapassado e “privatizado”! Neste conceito a mulher continua a ser utilizada e explorada na família e em sociedade.

A primeira a ser explorada na família é a mulher; uma sociedade e economia globalistas de matriz masculina em vez de valorizar a feminilidade procura pô-la ao serviço da sua masculinidade, ao âmbito meramente funcional.

Por isso exige-se tudo das mulheres e das mães! Devem estar sempre prontas e à disposição de tudo e de todos e, além do mais, é-lhes exigido fazerem uma carreira perfeita: funcionalidade pura ao serviço da família e ao serviço da economia!

No passado, as pessoas seguiam a ordem da natureza, hoje seguem a lógica dos meios de comunicação de massas. Corta-se o âmbito privado (familiar) para se passar a viver no âmbito público, à custa do tempo passado juntos; da “geração televisiva” que assistia ao mundo sentada, passou-se à geração smartphone que corre por todo o lado e em todo o lado tem de estar presente sob a supervisão do google.

 A família perde muito do seu espaço privado transpondo-o para as empresas globais!  Estas exigem um contínuo estar atento à custa da atenção indisponibilizada aos circunstantes sentados à mesma mesa; estar atento e chamar a atenção coloca as pessoas e as famílias modernas sob considerável pressão dificultando assim a criação de relações directas, de belas experiências humanas, de celebrações partilhadas, de ritos e de momentos vividos em conjunto; assim se evita aquilo que tornaria as nossas vidas mais autênticas e mais ricas.

Na esfera doméstica e na criação dos filhos, a mulher vê a sua condição, muitas vezes, a ser tornada invisível, não obtendo qualquer reconhecimento pelo trabalho familiar, que de facto permanece mais sobre os seus ombros. Por mais que as mulheres trabalhem não recebem qualquer recompensa! Em vez disso a sociedade cria imagens ideais e papéis que as obriga a terem de andarem sempre a correr e a estarem atentas ao que se espera delas! Uma sociedade que explora a Mãe/mulher não liberta o Homem nem serve a família!

Tudo o que se fizer em benefício da mulher e da mãe (pela feminilidade) reverte em benefício de todos, da família, do homem e da sociedade!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

“FADO JAZZ” EM KASSEL

O quarteto de Júlio Resende, pioneiro do género Fado-Jazz, encontra-se em digressão (tournée) na Alemanha! Presentemente atua em Kassel, participando na notável ocorrência “Primavera jazz”!

O excelente pianista e compositor Resende funde o fado com o jazz. Fazem parte do grupo o Guitarrista Bruno Chaveiro à Guitarra, André Roshina no Contrabaixo e Alexandro Fazão na Bateria.  A sintonia entre eles dá muita energia e uma base rítmica sólida ao fado na sua expressão de solidão, dor do mundo e melancolia, tudo numa harmonia que expressa um grito uníssono por liberdade num mundo amargo-doce!

O grupo tem um formato exemplar próprio e mostra como a tradição cultural pode ser interpretada de forma moderna e integrada no jazz europeu, também ele uma forma de exprimir liberdade.

Resende consegue uma estética inovadora no mundo da música Fado e Jazz!

Portugal tem grandes potencialidades no campo da arte.

Amanhã (11.05) o grupo atua às 20 horas no Tineke Postma – Theaterstübchen; seria bom se também portugueses estivessem presentes, eu vou tentar ir!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

O DIA DA LIBERTÇÃO 8 DE MAIO 1945!?!

Paz revelou-se em Sol de pouca dura

A 8 de Maio, foi assinado o documento de capitulação da Alemanha. Com a capitulação da Alemanha, terminou o regime nacional-socialista de violência.

A guerra provocou um total de 65 milhões de mortos, dos quais 27 milhões de russos e cerca de 6 milhões de judeus.

De 1943 a 1945, devido à falta de soldados, eram recrutados jovens de quinze anos. A libertação salvou os perseguidos e tornou possível a paz, a segurança e a prosperidade. Esta libertação deu-se à custa de muito sofrimento. Nunca mais a guerra, era a convicção de então!

Fatidicamente encontramo-nos de novo em guerra e a Alemanha que tinha perdido a guerra declarou agora enviar armas pesadas para a Ucrânia, o que significa entrar de novo na guerra. Isto significará uma guerra entre a NATO e a Rússia.

Temos um campo de batalha diabólico: Belzebu e Lúcifer em plena acção!

Manifesta-se assim a violência da democracia contra a violência da autocracia.

As populações são usadas apenas como parte da decoração do palco militar e a democracia como cenário. O mal vence e os políticos de um lado e do outro da cortina parece agir ao serviço da guerra e não da paz!

Deixemo-nos surpreender sobre o que dirá Putin amanhã, 9.05, dia em que a Rússia comemora a victória sobre o regime de Hitler!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

OS OLIGARCAS DA UCRÂNIA

O Arquivo Taz apresentou os sete super-ricos da Ucrânia de 2021 publicados na Fobes (1); estes têm/tiveram grande influência nos acontecimentos da Ucrânia.

A partir de 2021, Rinat Akhmetov é o cidadão mais rico da Ucrânia, com uma fortuna de cerca 7,6 mil milhões de US-Dólares.

Viktor Pinchuk rem 2,25 mil milhões: o magnata do aço de 61 anos manteve-se durante muito tempo cem ligação com políticos pró-russos.

Petro Poroshenko, o rei do chocolate comanda uma fortuna no valor de 1,45 mil milhões e foi também presidente da Ucrânia até 2019 (Pro USA). Desde o início da guerra, Poroshenko tem-se mostrado em uniforme militar e garantiu a Selenskyj o seu firme apoio.

Ihor Kolomojskyj tem 1,45 mil milhões e financia um batalhão de voluntários.

O oligarca Ihor Kolomojskyj transformou o actor Selenskyj numa figura de identificação ucraniana com a série televisiva “Servo do Povo”. Selenskyj ganhou então (2019) as eleições presidenciais com a lista do mesmo nome.

Kolomojskyj , para além do banco (ver nota), criou um conglomerado com participações em companhias aéreas, engenharia mecânica, indústria alimentar, química, petrolífera e siderúrgica e o sector dos media, incluindo o canal de televisão 1+1, através de cujos programas Volodymyr Selenskyj ganhou grande popularidade como comediante. Kolomojskyj apoiou a candidatura de Selenskyj em 2019 e é considerado o seu apoiante. Kolomojskyj, que é repetidamente acusado de métodos de negócios escuros, foi também governador da região de Dnipropetrovsk (agora Dnipro) de 2014 a 2015 e tem financiado o batalhão de voluntários “Dnipro”, desde a sua fundação. Segundo o comandante, Kolomojskyj deve ficar na sua cidade natal de Dnipro, onde também se distingue há muito tempo na sua comunidade de origem judaica.  De acordo com os media ucranianos e americanos, devido a várias investigações judiciais na Ucrânia, Suíça e EUA, Ihor Kolomoisky vive agora com um passaporte israelita em Israel, que não extradita os seus cidadãos (2).

Um dia os povos ucranianos e europeus acordarão e perceberão quem foi e o que é realmente Selensky e a quem é que ele realmente serve. Então o povo poderá derrubar Selensky mas já é demasiado tarde porque entretanto a NATO já se enontra directamente envolvida! Pelos vistos encontra-se ao serviço não do povo mas de uma nova Ordem Mundial!  Hitler sacrificou o povo judeu à sua visão ária e Selenskyj sacrifica o povo ucraniano a uma nova ordem mundial.

O grande equívoco que a guerra da informação conseguiu é fazer-nos crer que na Ucrânia se trata de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia quando, de facto  a guerra é entre a NATO/USA e a Rússia, tendo por trás a alta finança internacional!.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1)  https://de.statista.com/statistik/daten/studie/590931/umfrage/ranking-der-reichsten-ukrainer/ ; https://taz.de/Das-sind-die-Superreichen-der-Ukraine/!5840207/   

(2) https://www.sueddeutsche.de/politik/ukraine-wahl-ergebnis-wolodymyr-selensky-1.4416812   

SERÁ A ALEMANHA EUROPEIA OU AMERICANA?

Disponibilizo aqui a tradução de alemão para português  do meu texto publicado no jornal alemão HNA!

Tornou-se também a União (CDU/CSU) num defensor bélico na Alemanha? (a oposição parlamentar CDU/CSU em Berlin, tornou-se agora apoiante da política governamental de entrega de armas pesadas à Ucrânia!) No ar (social) nota-se um odor a vontade de guerra e um cheiro a quartel. Para limpar o ar, o chanceler deveria declarar o seu apoio à paz e estar preparado para negociar em vez de fornecer armas.

A Alemanha dá a impressão de ter um pensar e agir não europeu, mas americano!

Nesta guerra, a Europa é que está em jogo e está a ser abusada para os interesses dos EUA.

As entregas de armas apenas servem os objectivos dos EUA, que estão interessados em prolongar a guerra com a ajuda do presidente ucraniano.

Não é segredo que os EUA há muito que estão interessados em desligar a Europa da Rússia. Este é o seu objectivo a fim de fazer valer interesses estratégicos e de poder económico. Também a culpabilidade da Rússia não pode ser negada, mas culpar apenas a invasão russa pelo que está a acontecer na Ucrânia é, na minha opinião, seguir os acontecimentos exclusivamente sob a perspectiva dos interesses dos EUA/NATO, sem ter em conta as movimentações dos EUA e o papel dos oligarcas na Ucrânia até à invasão russa.

Na imprensa (mais popular), no máximo, a perspectiva alemã é mencionada de um lado e a francesa do outro (no meio de tudo isto falta a perspectiva europeia e a defesa dos seus interesses).

O que mais me entristece é o facto de a Alemanha, que desempenha um papel tão importante na Europa, correr o risco de abandonar os seus próprios valores, tornando-se um mero fantoche dos EUA, a ponto de negligenciar os interesses da sua própria economia para ir ao encontro dos interesses dos grandes magnatas do dinheiro, cuja vítima o povo ucraniano se tornou; a Ucrânia serve há muito tempo de cavalo de Tróia de potências que abusam dela)!

De um ponto de vista lúcido europeu, estar a empurrar o urso russo para a China, em vez de se dedicar à missão de estabelecer negociações e compromissos realistas, é um grande erro que mostra falta de visão. Porque deveríamos renunciar a uma política de independência europeia, o que pressuporia uma aproximação, a longo prazo, da Europa com a Rússia?

O texto encontra-se em alemão no meu blog alemão sob o título: SERÁ ALEMANHA EUROPEIA OU AMERICANA? https://antoniojusto.wordpress.com/

Se a Alemanha se permitir ser arrastada pelos EUA, toda a Europa só seguirá a filosofia anglo-saxónica!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo