PORTUGAL COM O PERCURSO PEDESTRE CIRCULAR MAIS LONGO DO MUNDO

Património natural e cultural nos Trilhos do Turismo numa Extensão de 3.000 Km

Portugueses e turistas estrangeiros têm a oportunidade de fazerem um percurso pedestre que possibilita dar a volta a todo o Portugal num trajecto circular!  Dentro de três anos a trajectória terá uma extensão de 3.000 km e terá o título de “maior percurso pedestre circular do mundo”! O percurso passará sempre por terrenos públicos, exclusivamente pedestres (incluindo ciclistas) e sem alcatrão.

Portugal é riquíssimo em paisagens e tradições e tem locais encantadores e com requintes culturais menos conhecidos. Certamente será uma referência turística de alto nível.

O primeiro trilho vai ser inaugurado em fins de julho e até ao fim de 2024 serão inauguradas outras 15 rotas parciais. O percurso passa por 90 a 100 concelhos.

Pode contribuir para o desenvolvimento local possibilitando no seu percurso a exploração das maiores vertentes (desporto, pesca, investigação histórica, festivais)

Também será disponibilizado um passaporte digital e físico, que poderá ser carimbado ao longo dos diversos percursos (1).

Diferentes trilhos são ligados uns aos outros e dado o percurso ser circular poderá ser iniciado ou continuado em diferentes percursos. Os trilhos tornam-se numa grande oportunidade para grupos de jovens, tribos, etc. de Portugal e do Estrangeiro que gostam da natureza e da cultura e além disso dar expressão e expansão à sua criatividade.

Melhores Trilhos e Percursos Pedestres em Portugal: mapa e trilhas GPS: https://www.vagamundos.pt/os-melhores-trilhos-e-percursos-pedestres-em-portugal/

Outros links encontram-se em nota (1)

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) https://www.nit.pt/fora-de-casa/na-cidade/ricardo-quer-criar-o-maior-percurso-pedestre-circular-do-mundo-em-portugal

https://palmilharportugal.pt/

https://www.instagram.com/palmilharportugal/reel/CuPpgRrMTTm/

Albergaria: https://www.cm-albergaria.pt/albergaria/uploads/writer_file/document/404/trilho_dos_tres_rios.pdf

A Rota dos moinhos: https://www.cm-albergaria.pt/visitar/rota-dos-moinhos-de-albergaria-a-velha

Possível estadia em: https://quinta-vacations.com/pt/

A MULHER DA UNÇÃO

 

Maria de Betânia mostra o Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina

A pintura “A mulher da unção”  (Maria de Betânia) de Carola justo, motivou-me a fazer a seguinte poesia tendente a mostrar a posição de uma mulher consciente de si e da realidade social que a envolve:

MARIA DE BETÂNIA: O Equilíbrio entre as Energias masculina e feminina

 

Maria de Betânia, mulher original,

Que ungiu Jesus em festa fraternal

Feminidade soberana, manifestação

De espírito inconforme e criativo  em ação.

 

Na sociedade patriarcal, ousou

Aproveitar o espaço que Jesus criou.

Em si mesma encontrou, a liberdade

Sem sótãos nem caves, de pura ipseidade.

 

Maria vive sem pressões, onde a paz reside,

Já fora das correntes que a alma divide.

Hoje sem espaço, vivemos em gavetas fechados,

De joelhos e em serviço de relatos publicados.

 

Na polis masculina, de espírito agressivo

De valores competitivos, só vale o lucrativo.

Falta a feminidade, acolhedora e afável

Que urge ser integrada, de forma gratificável

 

Mais Marias de Betânia, precisamos ver,

Que não seguem a corrente, que sabem viver

Do encontro consigo mesmas, com estilo pessoal,

Masculino e feminino, em equilíbrio natural.

 

Integração das forças, em cada ser,

Um caminho de paz, precisamos ver.

Maria de Betânia, exemplo brilhante,

De um equilíbrio verdadeiro e constante (1).

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) João 12:1–19: Maria de Betânia, a irmã de Marta e Lázaro, ungiu Jesus com o melhor bálsamo que havia. Com o gesto da unção (acto soberano) preanuncia a iminente morte de Jesus e o Seu sepultamento.

A MULHER DA UNÇÃO

Pintura de Carola Justo

https://carola-justo.de/ ou

https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=Carola+Justo#ip=1

 

RELAÇÃO ENTRE VIOLÊNCIA E TOLERÂNCIA

Da Hipocrisia do Discurso

A pessoa tolerante reconhece, mesmo em desacordo, o direito a opiniões e comportamentos contrários.

A violência que se observa em muitos movimentos activistas revela, muitas vezes, a falta de uma atitude bondosa e de respeito, e como tal uma predisposição para a intolerância. O discurso sobre tolerância torna-se hipócrita quando é instrumentalizado para fins que por eles mesmos são intolerantes.

É importante que as minorias sejam reconhecidas, mas sem se sobreporem à maioria. O grande problema que se observa na sociedade é o facto de pessoas, políticos e grupos usarem o argumento da tolerância para levarem a sua avante sem olharem a meios. Muitas vezes trata-se de movimentos seguidores de agendas que têm por objectivo, não o desenvolvimento da sociedade, mas a luta que vai dando sustento a alguns, na tentativa de imporem um projecto social contra o outro!

A sociedade é de todos e tem lugar para todos, o que inclui evitar a exclusão social na medida do possível. A violência cada vez mais presente na sociedade e acentuada em fases de guerra não se deve só às desigualdades, mas também a traumas de abuso a nível individual e social e a transtornos mentais e até componentes genéticos.

Uma política afirmadora de conflitos e de adversidades, como se verifica nas posições categóricas das partes beligerantes a nível internacional, conduz à polarização política e social de modo a colocar a ética do governo acima da ética da responsabilidade ao fomentarem o confronto e não o entendimento nem a mediação; o mesmo se observa nas relações partidárias e nos meios de comunicação e de divertimento: tudo isto  conduz a uma atitude de tolerância de actos violentos e a uma dessensibilização do humano.

Querer reduzir a violência promovendo a tolerância torna-se insuficiente e até hipócrita quando a política e os meios de comunicação educam, de facto, e sensibilizam as populações para a violência. Uma política Europeia ao serviço de elites globalistas através de lóbis Woke, pró-aborto e LGBTI, mais interessada em substituir o orgulho da generalidade pelo orgulho progressista, serra no seu próprio galho. Estes grupos, independentemente de interesses individuais por vezes justificáveis, são usados e instrumentalizados pela política e pelos meios de comunicação para a propagação de agendas destinadas a combater e desestabilizar a cultura de cunho ocidental para mais facilmente implantarem uma cultura meramente funcionalista de cunho marxista e maoista!

A relação entre violência e tolerância é de caracter íntimo e mútuo

Enquanto em política, nos meios de comunicação e na economia dominar a cultura de violência declarada usam-se dois pesos e duas medidas para a mesma virtude o que implica uma atitude de ambivalência: tolerância para com a violência física e psicológica que vem de cima e intolerância para com a violência entre os de baixo, é reduzir o discurso sobre a tolerância a mera música de acompanhamento!

Importante é alcançar-se um equilíbrio social em que todos se empenhem em promover uma cultura do respeito e do entendimento mútuo para um dia se tornar evidente uma cultura da paz!

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

SOLDADOS DA GUERRA

SOLDADOS DA GUERRA QUE DO POVO NÃO!

 

De órgão em riste, marchando adiante,

Dão a vida na guerra, num passo errante,

Em nome de pátrias que foram roubadas,

Por forças cruéis, a serem desonradas.

 

Soldados na fronte, a honra a salvar,

De oligarcas e regentes, prontos a guerrear.

Tudo que resta são frios números,

Sem vítimas, nem povo, apenas sombras.

 

Mortos contados como criaturas,

Na história, números, sem ternuras.

Permitem aos poderosos surgir,

Em cerimónias, sombrias, a fingir,

Lavando as mãos, como Pilatos fez,

Fomentam novas vítimas, na guerra de vez.

 

Deixaram de ser gente, ao virarem soldados,

Não defendem a pátria, mas planos malvados.

Num mundo rasgado pela violência,

Brilha a dureza, trazendo a doença.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

 PS: A Alemanha despende 2% do PIB nacional para o orçamento militar, isto é, no mínimo 90 mil milhões de euros por ano e o mesmo fazem outros países! Isto poderia ser legítimo se destinassem também  2% do PIB para promover activamente  a paz!

O RASCUNHO:

 

SOLDADOS DA GUERRA

 

De órgão em riste, eles marcham,

Dão a vida pela guerra alheia,

Em nome de pátrias desonradas,

Usurpadas por poderes fortes.

 

Soldados na fronte, a salvar

A honra de governantes e oligarcas.

Quando o que resta da guerra são sonhos perdidos

Sem vítimas, nem povo, apenas números.

 

Soldados mortos são contados como criaturas,

Mas na história, meros números se tornam.

Permitem aos usufruidores do poder

Aparecer em cerimónias e cemitérios,

Com rostos sombrios, afirmando-se

E lavando as mãos, como Pilatos,

Das novas vítimas da guerra,

Captando o povo para novas guerras.

 

Deixaram de ser pessoas,

Para passarem a soldados,

Não para defender a pátria ameaçada,

Mas para proteger ataques preparados externamente.

 

Num mundo dilacerado pela guerra,

Irradia a dureza que nos adoece.

(Rascunho)

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Em Camões dá-se a conexão de pátria, laços culturais e identidade nacional, aquilo que reforça o sentimento do nós, num ambiente de paz e de elevação!!

Ao honrarmos (a 10 de Junho) a memória de Luís de Camões, símbolo da unidade e da vontade lusa apontamos para a importância da herança cultural portuguesa.

Camões encarnava o espírito da Europa e especialmente o génio português em que o Reino ainda tinha projectos próprios e nutria um sentido da História em que agia como actor e não apenas como sujeito passivo.

Com Camões sentimo-nos mais unidos em torno da história, cultura e valores compartilhados.

Para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, esta comemoração reforça os laços culturais e a identidade nacional, para os emigrantes que, tal como os companheiros de Vasco da Gama e de Camões, saíram da pátria para realizarem parte dos seus ideais e dos seus sonhos dando um pouco de Portugal ao mundo!

Este ano celebramos o 500° aniversário de Camões. A obra que o tornou imortal foi “Os Lusíadas”! Em “Os Lusíadas”, Camões combina história, mitologia e um profundo sentido patriótico para contar a história da expansão marítima portuguesa. Neles narra as aventuras de Vasco da Gama e a descoberta do caminho marítimo para a Índia, além de exaltar a glória e o espírito aventureiro dos portugueses.

Em recordação deixo aqui dois sonetos da sua lírica como refeição leve.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

MUDAM-SE OS TEMPOS…

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

 

 

AMOR É FOGO…

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor

Soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580)