Da Hipocrisia do Discurso
A pessoa tolerante reconhece, mesmo em desacordo, o direito a opiniões e comportamentos contrários.
A violência que se observa em muitos movimentos activistas revela, muitas vezes, a falta de uma atitude bondosa e de respeito, e como tal uma predisposição para a intolerância. O discurso sobre tolerância torna-se hipócrita quando é instrumentalizado para fins que por eles mesmos são intolerantes.
É importante que as minorias sejam reconhecidas, mas sem se sobreporem à maioria. O grande problema que se observa na sociedade é o facto de pessoas, políticos e grupos usarem o argumento da tolerância para levarem a sua avante sem olharem a meios. Muitas vezes trata-se de movimentos seguidores de agendas que têm por objectivo, não o desenvolvimento da sociedade, mas a luta que vai dando sustento a alguns, na tentativa de imporem um projecto social contra o outro!
A sociedade é de todos e tem lugar para todos, o que inclui evitar a exclusão social na medida do possível. A violência cada vez mais presente na sociedade e acentuada em fases de guerra não se deve só às desigualdades, mas também a traumas de abuso a nível individual e social e a transtornos mentais e até componentes genéticos.
Uma política afirmadora de conflitos e de adversidades, como se verifica nas posições categóricas das partes beligerantes a nível internacional, conduz à polarização política e social de modo a colocar a ética do governo acima da ética da responsabilidade ao fomentarem o confronto e não o entendimento nem a mediação; o mesmo se observa nas relações partidárias e nos meios de comunicação e de divertimento: tudo isto conduz a uma atitude de tolerância de actos violentos e a uma dessensibilização do humano.
Querer reduzir a violência promovendo a tolerância torna-se insuficiente e até hipócrita quando a política e os meios de comunicação educam, de facto, e sensibilizam as populações para a violência. Uma política Europeia ao serviço de elites globalistas através de lóbis Woke, pró-aborto e LGBTI, mais interessada em substituir o orgulho da generalidade pelo orgulho progressista, serra no seu próprio galho. Estes grupos, independentemente de interesses individuais por vezes justificáveis, são usados e instrumentalizados pela política e pelos meios de comunicação para a propagação de agendas destinadas a combater e desestabilizar a cultura de cunho ocidental para mais facilmente implantarem uma cultura meramente funcionalista de cunho marxista e maoista!
A relação entre violência e tolerância é de caracter íntimo e mútuo
Enquanto em política, nos meios de comunicação e na economia dominar a cultura de violência declarada usam-se dois pesos e duas medidas para a mesma virtude o que implica uma atitude de ambivalência: tolerância para com a violência física e psicológica que vem de cima e intolerância para com a violência entre os de baixo, é reduzir o discurso sobre a tolerância a mera música de acompanhamento!
Importante é alcançar-se um equilíbrio social em que todos se empenhem em promover uma cultura do respeito e do entendimento mútuo para um dia se tornar evidente uma cultura da paz!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Verdade. Infelizmente, vai-se notando.
Acredito ! Já vi , que não, nunca foi não é mentira nenhuma não ! Hoje se vê Todos os dias é verdade Quem o disse já á tanto tempo !… Hoje se vê a olhos vistos Afinal o que foi de bom em que o mundo se tornou de bom ?.. Somos deuses uns dos outros ! nos tornamos tão mauzinhos uns para os outros. não acreditamos, que todos somos filhos de um Deus Criador de todas as coisas, filhos pai mãe irmãos uns dos outros. Precisamos de amor entre todos, somos uma familia grande vamos conquistar o mundo , melhor… Tanta gente já o fêz..
Tal e qual.
Apetece-me dizer que não é inteiramente verdade. Mas quem sou eu ??? Sempre houve bem e mal e sempre houve tolerância.
O mundo não melhorou. John Henry Newman estava certo .
Mafalda Freitas Pereira , por isso elaborei um texto que coloquei em cima e expõe o meu ponto de vista. Violência e tolerância estão numa equivalência proporcional! John Newman ao dizer que o mal prega a tolerância repete a estratégia diabólica e a da fábula do lobo e do cordeiro! A Opinião da Mafalda não é menos importante do que a opinião de quem governa! De facto sempre houve bem e mal e sempre foi também feito negócio com um e com o outro. Os “filhos das trevas” são mais espertos… O que interessa porém é realmente ter-se a consciência da existência do bem e do mal.
António Cunha Duarte Justo, subscrevo o que diz no seu texto.
Dado o que se vem verificando acho até que a palavra “ética”
perdeu conteúdo.