INVEJA E EMULAÇÃO

Quem estiver interessado nas correntes filosóficas do período helenístico, especialmente na retórica das emoções bem como em questões de ética, rectórica (estruturação do discurso), etc.  torna-se recomendável a leitura do livro digital INVEJA E EMULAÇÃO  “INVEJA E EMULAÇÃO, em Homero, Píndaro, Aristófanes, Virgílio, Marcial, Plínio e Plutarco” editado por BELMIRO FERNANDES PEREIRA e JORGE DESERTO. Neste livro encontram-se os seguintes

Estudos tratados:

“Emulação e Inveja nos Poemas Homéricos”, por  MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA

“Inveja e Emulação em Píndaro” por MARTA VÁRZEA

“Inveja e Emulação em Aristófanes”, por JORGE DESERTO

“Auto-Elogio e Inveja na Obra Moral de Plutarco”, por Manuel Ramos

“Inveja e Emulação em Plínio-o-Moço” de VIRGÍNIA SOARES PEREIRA

“Inveja e Emulação em… Marcial: A vida e os seus costumes temperados com sal Romano” de JOÃO MANUEL NUNES TORRÃO E JOANA MESTRE COSTA.

“A Inveja de Drances e a Engrenagem Narrativa da Eneida” de BELMIRO FERNANDES PEREIRA

“Para Platão, como para estóicos e epicuristas, a felicidade deriva unicamente dos bens internos, donde se segue que, se estes são ilimitados, e se a sua aquisição depende apenas de cada um, não há qualquer vantagem na rivalidade. Já na ética aristotélica a felicidade procede tanto de bens externos (riqueza, saúde, estatuto social) como de bens internos (virtudes morais e intelectuais) …”

in

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8323.pdf

 

RESULTADO DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS PARA O CONGRESSO DOS EUA – EMPRESAS ALEMÃS APOIARAM AS ELEIÇÕES COM 3 MIL MILHÕES DE EUROS

A Europa verá o protecionismo nacional de Trump reforçado pelos Democratas

António Justo

A meio do mandato de Trump, nas eleições intercalares (06.11.2018) o Partido Democrata conquistou a maioria dos lugares na Câmara dos Representantes, e por seu lado, o Partido Republicano conseguiu aumentar a sua maioria no Senado (+ dois assentos).

Dos 435 lugares na Câmara dos Representantes, os Democratas conseguiram 222 lugares (+27) – 51,2% – e os Republicanos 196 (-27) – 47,1% -;  Falta ainda apurar 26 lugares (1).

Nas eleições para o Senado constituído por 100 lugares, os Republicanos, mantêm a maioria com 51 (+2) lugares enquanto os Democratas ficaram com 46 (-2) lugares; falta apurar 3 lugares.

Trump não saiu mal das eleições; saiu deles apenas com um olho azul! Assim evitou o pior que lhe podia acontecer. Tornou impossível a destituição de presidente e consegue levar à frente grande parte da sua política porque o Senado é o órgão mais importante.

Apesar da victória dos Democratas na Câmara dos Representantes, Trump pode continuar a influenciar determinantemente a América porque os democratas não estão muito habituados à disciplina partidária e, de momento, por todo o lado se nota uma onda nacionalista, a que os Democratas não ficarão indiferentes, se quiserem concorrer de olhos nos olhos nas próximas eleições. Na América os deputados têm de demonstrar trabalho feito perante o seu eleitorado regional para terem hipótese de serem eleitos e, se não apoiarem medidas protecionistas, isso poderia favorecer ainda mais o concorrente no meio do próprio eleitorado… Desta vez, Robert Francis „Beto“O’Rourke, que reunia a esperança dos Democratas, perdeu contra o seu rival o senador republicano Ted Cruz, nas eleições para o Senado. Tudo isto torna mais inseguras a possibilidade de destronar Trump e obriga os europeus a terem de se congregar mais em torno da Alemanha e da França em Bruxelas.Tempos ásperos e polémicos aguardam a sociedade americana e a europeia! Fake News e meios de comunicação social estabelecidos tende a assemelhar-se no estilo!

A derrota de Trump na Câmara dos Representantes fortalecerá a luta entre os dois partidos e criar-se-ão mais encenações, dado Trump passar a ter de negociar algumas leis com os Democratas, para poderem passar na Câmara dos Representantes (A Câmara. A sua maioria no Senado não o obriga a corrigir substancialmente o seu curso, até porque as propostas de leis da Câmara dos Representantes precisam da maioria do Senado. Uma possível proposta da Câmara dos Representantes para depor o presidente precisaria de dois terços dos representantes no Senado. Com efeito, o Senado é a Câmara que confirma as nomeações feitas por Trump, sejam elas de Juízes federais, ministros ou Embaixadores. Os democratas tentarão tornar a vida difícil ao presidente com iniciativas de inquéritos contra ele e o seu governo. Os próximos dois anos serão certamente agitados porque Republicanos e Democratas usá-los-ão como campanha eleitoral.

Em 2014 a participação dos eleitores nas eleições legislativas, que se realizam de dois em dois anos, foi de 36%; desta vez foram 48%.

Empresas alemãs retirar-se-ão ainda mais do negócio com o Irão e outras europeias seguir-lhe-ão o exemplo.

Empresas alemãs apoiaram em dinheiro a campanha eleitorais americanas (cerca de 60% em favor dos Republicanos e 40% em favor dos Democratas

 

O Dinheiro rege o Planeta

O resultado das eleições também dependem do dinheiro que podem gastar e das ofertas que recebem. Também empregados de 19 empresas alemãs nos EUA apoiam os partidos candidatos às eleições com doações. Nos USA não são permitidas doações directas das empresas para a política dos USA. Então a grandes empresas organizam Comitês de Ação Política (Pacs) encarregados de recolher fundos. Assim, as doações vêm da equipe e não diretamente do tesouro da empresa.  Muitas vezes também se trata de uma aposta no futuro. Assim, 19 empresas alemãs, nos USA doaram, para estas eleições, quase três mil milhões de euros, através dos seus comitês; 59% foram para o partido dos Republicanos.

Como se vê, o dinheiro também governa o planeta!!! E quem governará o povo!

 

António da Cunha Duarte Justo

“Pegadas do Tempo”

(1) O Senado e a Câmara dos Representantes formam o Congresso (o Parlamento) dos EUA.
O Senado é formado por dois representantes de cada Estado dos Estados Unidos. Tem 100 lugares e destes foram agora eleitos 35.
A Câmara dos Representantes), com 435 lugares agora eleitos, é formada pelos representantes de cada Estado e o número de representantes de cada Estado depende do seu tamanho.

 

DIREITO A FÉRIAS ANUAIS PAGAS FOI REFORÇADO PELO TRIBUNAL EUROPEU

Também Herdeiros têm Direito ao pagamento de férias não tidas pelo defunto

 

O direito a férias pagas não expira mesmo que não tenha sido requerido pelo empregado. O mesmo se diga para o pagamento de férias não usufruídas.

Também no caso de morte do trabalhador, os herdeiros têm direito ao dinheiro de férias do falecido.

De acordo com a decisão do tribunal, também os herdeiros podem exigir do antigo empregador uma indemnização pelas férias não tiradas por uma pessoa falecida.

O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) argumenta (Processos C-569/16 e C-570/16) que o trabalhador se encontra em posição mais fraca e por isso o empregador tem que cuidar de uma instrução adequada aos seus funcionários e capacitá-los a tirar férias. Só neste caso expiram as reivindicações do trabalhador.

Na consequência, os patrões terão de combinar com o empregado, no princípio do ano, e fixar as férias no calendário. Não importa se é um emprego é público ou privado.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

LIBERALIZAÇÃO DO DIREITO DE MATAR

Bolsonaro quer liberalizar o porte de armas pela população, no Brasil.

A sociedade em vez de  se tornar mais segura torna-se mais assassina em situações de litígio, como revlam estatísticas de homicídios nos USA onde o porte de armas está bastante generalizado.  Os bispos católicos e outros moviementos insurgem-se contra tal pretensão. Os únicos que ganham com tal medida  são os comerciantes de armas.

A liberalização do direito de matar é uma medida falsa, uma maneira de enganar o desamparo e a impotência do cidadão. De facto, problemas que não passariam de uma bulha momentânea num momento de raiva, no caso do porte de arma podem tornar-se num pesopara toda a vida.

A sociedade é cada vez mais permissiva e tolerante em caso de morte ou assassínios  porque parte do princípio: quem liberaliza a morte do bebé através do aborto não é consequente se não dá a liberdade de também usar armas para auto-defesa, etc.

O respeito pela vida é um garante de humanidade e de sociabilidade.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

MUDANÇA: MÉXICO PARA A ESQUERDA E BRASIL PARA A DIREITA

Na ressaca da Crise a Insatisfação elege a Oposição

 

Tal como no Brasil, também no México houve uma grande mudança, só que nos sentido partidário contrário.

Enquanto, no Brasil (28.10), Bolsonaro derrotou o governo de esquerda com 55,13%; no México, nas votações de 1 de julho, López Obrador derrotou a direita com 53,3% dos votos.

Os dois líderes adquiriram resultados semelhantes. Os dois catalisaram o mal-estar gerado pelos abusos da governação. Andrés Manuel López Obrador (AMLO) declarou oposição ao neoliberalismo e Bolsonaro declara guerra à corrupção.

 

Um fenómeno interessante que se pode verificar nos meios de comunicação social europeus é a diferente reacção em relação às eleições do direitista Bolsonaro e do esquerdista López Obrador!

 

Naturalmente, o que é bom para um país não significa que possa ser solução para o outro.

 

O México tem 129 milhões de habitantes, dos quais 53,4 milhões são pobres. Em 1917 registaram-se no México 29.168 homicídios. À conta dos grupos traficantes de drogas foram 25 mil assassinatos.

Enquanto os países continuarem a privilegiar as finanças à custa da desestima do trabalho e do trabalhador; enquanto o subemprego bem como a imigração continuarem a funcionar como reserva barata à disposição da exploração e do grande capital; enquanto grande parte do povo continuar a funcionar como serviçal de uma democracia que se diz social; enquanto a corrupção e ordenados monstruosos de alguns poucos for adquirido à custa da miséria do ordenado de muitos; enquanto os governos menos poderosos se contentam em agir como subempreiteiros servindo os grandes à custa do povo e da nação, tudo pouco mais é que uma dança cínica e macabra em dia de enganos.

Isto é o que acontece de maneira velada em Portugal e em especial na américa latina.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo