EDUCAÇÃO: UM DIREITO FAMILIAR

 

A União Europeia é a favor do direito das famílias a escolherem a educação dos seus filhos de acordo com as suas convicções religiosas, filosóficas e educativas, como referiu a portavoz de Educação da Comissão Europeia, Sonya Gospodinova, a  5 de fevereiro. Costata também que a educação é da competência exclusiva de cada Estado.

Segundo a Comissão, o artigo 14(3) da Carta Europeia dos Direitos Fundamentais certifica aos pais o direito que lhes assegura a educação das crianças.

Enfim, um direito natural e que culturalmente deveria ser considerado como adquirido!

António da Cunha duarte Justo

Pegadas do Tempo

CONHECIMENTO E SABEDORIA


A Diferença

Procuro iniciar uma resposta a uma pergunta que alguém fazia no FB: a diferença entre conhecimento e sabedoria.

No meu entender, conhecimento é o resultado de dados e informações (é um saber de caracter mais descritivo sobre as coisas ou os objectos do conhecimento). A informação dá forma e contexto ao dado que se expressa depois em conhecimento.

O conhecimento torna-se sabedoria quando passa pelo próprio crivo da ética e dos valores culturais e deste modo deixa de ser linear para se tornar complexo e deste modo não se fixa na forma (in-formação) permanecendo processo; é um saber intuitivo conectado com tudo que ultrapassa até o próprio conhecer; implica análise e entendimento e aferimento ao espaço-tempo concreto sem o encurralar na circunstância (um saber que não limita).

Assim, a sabedoria é a luz que ilumina o conhecimento que pode ser mais ou menos abrangente (considero que meu pai era um sábio embora não tivesse grande currículo escolar!). Envolve o intelecto e o coração. Implica autoconhecimento num processo de interacção entre o sujeito e o todo. A autorreflexão de cada um de nós, a natureza e Deus são um poço sem fundo donde se pode extrair mais sabedoria no filão da intuição.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

TRIAGEM

Triagem é uma palavra difícil que esconde desumanidades que actualmente acontecem em Hospitais. Há pessoas obrigadas a morrer por não serem consideradas casos prioritários.
Estamos a chegar a uma medicina de catástrofes. Pacientes que pretendem ser atendidos num hospital têm que passar por uma triagem, isto é, por alguém que faz a seleção e, em última instância delibera sobre o caso classificando-o como passível de atendimento mais ou menos prioritário.
Que fazer para não chegarmos a casos discriminatórios?!
Do exército alemão já se encontra pessoal da medicina (No Hospital da Luz) para tentar descongestionar as urgências portuguesas.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

JÁ VAI SENDO TEMPO DE MUDAR-SE PARA MUDAR PORTUGAL

Politicamente a Corrupção não existe porque não se fala dela

O problema mais grave é o facto de todos estarmos comprometidos com os parlamentares que elegemos e com os Governos que temos tido. Falta um compromisso de Povo e de Estado. Na controvérsia política o sistema consegue desviar a atenção dos portugueses para canto e grande parte do cidadão é levado a olhar só para os males do vizinho: uma boa maneira de fugir com o rabo à seringa!

Os responsáveis do atual sistema, em que a corrupção se tornou aceite, movem as forças da nação para o ceguinho que tem apenas um deputado no parlamento como se esse fosse o problema de Portugal!

Não se quer reconhecer que o rei vai nu!

O sistema corporativista português de grupos de interesse e de grandes famílias de amiguinhos chegou a um ponto em que não é possível servir-se Portugal nem os portugueses; trata-se sobretudo de administrar a miséria e servir clientelas ideológicas e grupos económicos que criem chances para as mesmas clientelas. Os interesses do povo não contam.

Ao contrário do que se deu na Alemanha onde depois da guerra as classes sociais se tornaram razoavelmente permeáveis, em Portugal continuou-se na velha tradição da sociedade medieval: os grupos de interesse, as famílias fortes permanecem cerrados em si mesmos, não abrindo entrada para uma nova geração de pessoas competentes.

Mais que apelarmos a votos seria óbvio que se apelasse a uma mudança de consciência e de atitude política. Se isso acontecesse, os sedentos do poder logo se orientariam por essa nova consciência.

Os que seriam capazes de mudar o sistema estatal não estão interessados nisso porque desta forma se aproveitam mais dele. A classe política em Portugal geriu mal e o país deveria chamá-la à responsabilidade e levá-la a cumprir a sua pena para que o país não continue a ser penalizado! Mas tudo é adiado numa Justiça cega para os grandes.

A classe política perdeu grande parte do crédito porque abusou do poder que o povo lhe deu para se servir a si própria.

O Problema não é Ventura, um partido com um deputado, mas o medo dele que não deixa ouvir aquilo em que ele terá razão. Este medo é parte do problema porque impede autorreflexão e dá, indirectamente, razão aos que administraram mal o país, numa de “continue-se assim”!

Porque haver tanto medo de uma extrema direita irrelevante e elevada a notícia pelos que se deveriam penitenciar?! O povo português é moderado! O povo pode, ocasionalmente, votar não por convicção, mas por estratégia para que deste modo se erga no Parlamento não só as vozes dos que nos conduziram à situação em que nos encontramos.

Em política não haverá um bom caminho; há muitos caminhos possíveis e estes são sempre determinados por quem tem mais poder!

Penso que a pandemia, por mais complexa que ela seja, é mais um bom pretexto para que o medo nos continue a disciplinar e a dominar e deste modo a ajudar a manter o status quo!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo