Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga

 

Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga
2007-03-31

Hoje em dia romances e os filmes policiais têm alta conjuntura. A conjura, sociedades secretas e crime são os melhores condimentos para despertar a curiosidade, a melhor mistura para alienar. Se estes elementos forem confeccionados com Catolicismo, Jesus e fé então a ficção torna-se verdade cristalina para um público aborrecido da vida vivida no mundo factual banal. Um sopro de fantasia na história torna, por alguns momentos, o real suportável!

Muitos desejariam ver o Cristianismo transcrito de novo, como dá a entender o eco ao filme Código Da Vinci. Na época do sexo e da cultura tabula rasa a opinião passou a dogma, tudo em nome da nova barbaridade. Na praça da ideologia o útero da fantasia é mesmo fecundo não faltando gente a dar o peito à criança. Mas, apesar de tudo, a realidade é primeiramente palavra.

O filme pretende reduzir tudo ao comum do sangue e provocar. É óbvio que na lógica do poder adquirido a ideia da linha de sangue de Jesus, com descendentes na actualidade, viria a jeito. A universalidade do cristianismo porém baseia-se na opção. A linha de Jesus transmite-se pela água baptismal e não pelo sangue ou pelo nascimento, como conviria aos vocacionados do poder, aliadas às teorias da conjura.

O Cristianismo, apesar de também ele andar muitas vezes envolvido nas estruturas do poder, é o correctivo do poder desumano, o que sempre dispôs mal os caçadores do domínio dentro e fora dele.

Os vendilhões do templo vivem bem das simplificaçãções e das teorias dos bodes expiatórios. Na sua filosofia alguém tem de ser culpado de tudo, senão Deus, então o diabo, a USA, os comunistas, os fascistas, o governo ou a Igreja católica. O mesmo se dava no nacionalismo social contra os judeus. O povo é facilmente reduzido a Pilatos lavando as suas mãos… e, da culpa, vivem os outros! Na perspectivação da realidade, encurta-se a mesma, tal como fez a Igreja ao acentuar em Maria Madalena a prostituta e não a discípula de Jesus. A imagem de pecadora favorecia mais o negócio da estrutura do que a imagem de companheira. O ser de Madalena engloba contudo os dois pólos da realidade.

Em tempos de globalização, de enxurradas de informação como condutas de desinformação, o povo quer respostas simples que expliquem tudo. Não suporta o vazio do inexplicável nem a seriedade da realidade complexa. Os desiludidos da ciência, ao verem que esta não pode explicar tudo, refugiam-se no asilo da fantasia ou na informação casual. Esta atitude é talvez a reacção adequada às ideias fixas institucionais. Actualmente embora haja muita necessidade de transcendência os temas da política e da Igreja causam dissabor.

As pessoas querem fé mas sem igreja, política mas sem políticos. Por toda a parte aumenta a suspeita nas instituições. Neste processo de individualização as pessoas elaboram a sua religião ou política à la carte recolhendo elementos descontextualizados de cada ideologia do mercado: um pouco de cristianismo, um pouco de espiritismo, um pouco de meditação, de budismo, xamanismo, esotérica, etc. O problema disto é o consumo acrítico e descontrolado do mesmo. Religião quer-se comedida como o sal na comida.

As pessoas ocupam-se do aspecto sentimental da religião. Querem o Diabo como bode expiatório e ver-se reduzidas a pobres Adão e Eva, vítimas da conspiração da vida. Demasiado é o tempo da vida passado à procura do diabo.

A ânsia pelo sentido da vida está cada vez mais presente na sociedade, o que se revela promissor para o futuro. Com os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 o religioso passou a estar mais presente na consciência dos povos, propagando-se indiferenciadamente a suspeita a todas as religiões.

Tal como é próprio de pessoas e instituições, também a arte permanece prisioneira do preconceito fomentando-o. Parece ser a nossa condição: ataque e defesa!

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103259/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=03&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo


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Comentários:

FIDEÍSMO – – – 2007-04-06
Ex.ma senhora Ernestina Matos,

o fideísmo também pode ser uma ideologia, muitas vezes pior do que a política… Devemos crer, está bem, mas de olhos abertos… E quem observar de olhos bem abertos a maior intituição que representa Cristo na terra, encontrará nela muita, mas mesmo muita hipocrisia.
Como já o outro dizia, a religião quer-se como o sal na comida. Nem mais nem menos.

António Borges
Código Davinci e outros – – – 2007-04-03
Código Davinci
Cristo continua a ser o Senhor o Rei, Aquele que passou da morte à vida, Ressuscitoui É a Imagem de Deus, ao querem debruçar-se no Jesus humano querem retirar o seu poderio divino. Aceitá-lo como humano, casado com Madalena e Pai de Judas Iscariotas mesmo que seja um livro de ficção e passado a filme, é levae os leitores e espectadores ao enterramento total de Cristo-Filho de Deus.
E levar ao descédito do cristianismo. Muitos que acreditaram Nele e seguindo as suas pisadas foram mártires no coliseu, o sangue derramado por eles fomentou a esperança, fez brotar e crescer a Fé, vejam como eles se amavam.
Hoje tudo quer levar ao rídiculo e julgo que faltará pouco para levar os cristãos para um gueto. Não nos podemos calar. Cristo Está Vivo e somos testemunhas da Sua Morte e Ressureicção sentimos a Sua Presença no nosso coração e nas nossas vidas, Ele Continua Connosco todos os dias até aos confins e fins dos tempos.
Ernestina Matos

Ernestina Matos
HIPOCRISIA – – – 2007-03-31
Nós não precisamos de políticos, pelo menos políticos como os que temos, nós não precisamos de padres que nos queiram fazer acreditar no que eles lá no fundo não acreditam ( cada padre tem a sua dona de casa e uma porrada de sobrinhos ) nós não precisamos de um papa que se esconde por detrás da sua própria hipocrisia, nós precisamos, isso sim de homens revolucionários,ou seja homens com honra, homens nobres,homens que de cabeça ao alto, homens capazes de dizerem não a um sistema cada vez mais corrupto e podre, homens que lancem o fogo aos palácios da hipocrisia, homens como Jesus Cristo, que segundo se consta também sob desfruir os prazeres carnais. E se Maria Madelena foi sua concubina ou não, que mal há nisso?
Para o padreco matreiro que gosta de espreitar a mulher do tio António por debaixo das saias,enquanto este se encontra a ganhar o pão nosso de cada dia, esse sim, esse não consegue aceitar que Jesus também foi homem de carne e osso e que também talvez gostasse dos prazeres carnais.
O mal não está na carne, meus amigos, o mal está nas vossas almas matreiras

António Borges

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos
2007-02-28

Na França não há pena judicial para o incesto e na Alemanha espera-se a decisão do tribunal constitucional para se saber se as relações sexuais entre familiares do primeiro grau e o casamento entre irmãos serão peníveis.

É a eterna questão de Édipo que teve 4 filhos com a sua mãe. Na Alemanha avaliam-se em 10.000 pessoas fruto de relações incestuosas.

Em Leipzig dois irmãos que antes não se conheciam juntaram-se e tiveram já quatro filhos. Patrick (hoje com32 anos) que depois duma odisseia passada em lares para crianças consegue descobrir a sua mãe e conhece pela primeira vez a sua irmã Susann (hoje com 22 anos). Meio ano depois morre a mãe e o amor nascido do encontro entre os dois irmãos cimenta-se.

Juntam-se e têm filhos sendo Patrik, por isso, condenado pelo tribunal a dois anos de prisão. Uma vez cumprida a pena de novo têm uma filha agora de dois anos. De novo à pega com a justiça apelou para o tribunal constitucional, aguardando decisão deste.

O seu advogado argumenta que a lei além de constituir uma usurpação do direito fundamental de autodeterminação vai contra a liberdade de opção em questões de sexo e de organização da vida familiar. Para o defensor o incesto não está na origem de problemas na família como antigamente se cria sendo pelo contrário a consequência de problemas familiares. Argumenta também que os riscos hereditários provenientes de relações incestuosas não constituem argumento dado não haver proibição de relações sexuais a pessoas com doenças hereditárias. Patrick já se esterilizou porque quer viver com a irmã.

A tradição comum de todas as religiões considerarem o incesto como tabu corresponde a uma necessidade de protecção importante da família e da espécie.

Em tempos em que todos os tabus sexuais caem ainda faltava este da relação sexual entre pais e filhos e entre irmãos.

A proibição universal do incesto em todas as religiões é importante porque debaixo da proibição se esconde a ideia de protecção, dignidade e respeito. Protecção contra as doenças genéticas hereditárias que resultam de relações incestuosas. Protecção dos filhos e da intimidade e da paz na família. As crianças estariam indefesas perante os pais. Hoje é por demais conhecido o crime com crianças vítimas do abuso sexual de pais e as consequências psíquicas de que as vítimas sofrem.

O ser humano é tanto mais livre quanto mais conseguir não ser vítima ou objecto dos seus instintos e necessidades exageradas. Confunde-se liberdade com libertinagem à margem da responsabilidade social e natural. Dá-se uma desnaturalização do órgão que em vez de passar a existir em função dum organismo ou de um todo, em função duma necessidade telelógica, passa a existir em função de si mesmo como acontece com o tumor canceroso.
Não será que nos encontramos a caminho do embrutecimento? Os nossos avós ainda sabiam que “valores eram verdades morais mergulhadas no sagrado”. Uma sociedade desorientada não quer saber de medidas de orientação para o comportamento e menos ainda de normas. Estas cheiram a responsabilidade ou a bafio religioso.
António Justo

Publicado em Comunidade:

http://web.archive.org/web/20080430103235/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=02&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo

INÍCIO DA DEMOCRACIA EM PORUGAL: 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

Faz hoje 45 anos que foi posto fim à ditadura comunista em Portugal que se encontrava ao serviço da União Soviética e iniciada a 25 de Abril de 1974. Assim se inicia a democracia parlamentar pluripartidária em Portugal. As forças democráticas em torno do Coronel Jaime Neves puseram fim ao período instável que se vivia então.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

RAÍZES

 
Encontramo-nos numa época em que a tendência é desenraizar as pessoas, desarreigar as famílias e alhear a pessoa da sua ligação à terra (fazer com que ela deixe de andar com os pés na terra!).
 
Deste modo, tornar-se-á mais fácil controlarar os cidadãos à distância, através de ideias e de regulamentações!
As pessoas passarão a ser mais dependentes e mais passíveis de doenças psicológicas.
As ideologias fomentadoras de fanatismo colocam a ideia sobre a pessoa, ontem como hoje e, assim, a pessoa passa a ser subjugada à ideia tornando-se seu mero objecto, a ponto de ser aniquilada (exemplos: comunismo, nazismo, islamismo, etc.).
 
Já o Diplomata e Psicoterapeuta Conde de Karlfried Dürckheim advertia:
“Tal como a copa de uma árvore desenvolve a sua vida apenas na medida do seu enraizamento, também o desenvolvimento do espírito depende da lealdade às suas raízes”.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

O TRUMPISMO É UM SOPRO DO TEMPO ONDE TODOS NÓS TEMOS ASSOPRADO

A Tragédia da Divisão da Sociedade
 
Trumpismo é uma corrente política em direcção à Europa para que governos e oposição têm contribuído: uns esticando à direita e outros esticando à esquerda!
Todos pensavam que passava mas parece ser apenas a crista da onda.

Estamos a passar da époa do consenso democrático partidário para a época da democracia das massas! Estas mostram-se alérgicas às maneiras da corte.


Uma população cada vez mais desconfiada de tudo e de todos, chega a pôr  tudo à deriva. Por isso quem não é cortês tem o apoio das bases mesmo que questione instituições necessárias numa democracia. Urge mudar de rumo, todos precisamos de mudança.

Neste tempo da informação democratizada reina a opinião mesmo contra os próprios interesses como se nota no fanatismo muçulmano. Em tempos de luta entre culturas tudo se relativiza.

A corrupção da esquerda no Brasil, a corrupção dos Democratas nos USA, o sorgir de novos egocrtas (narcisismo cultivado), uma Justiça em Portugal aplicada só aos pequenos, provoca o surgir de novos vícios.


O Trumpismo polariza e deste modo os polos tornam-se mais evidentes. Os extremos tocam-se: ambos querem provocar o caos das instituições para poderem ter eles a chance.


Facto é que a corrupção e os interesses partidários têm-se vindo a afirmar nos aparelhos do Estado, encontrando legitimação no interior da democracia. A confiança nas instituições democráticas encontra-se enfraquecida dado a corrupção e favoritismos surgirem já do interior da democracia. O nacionalismo demagógico e o internacionalismo ideológico complementam-se. E depois admiramo-nos do surgir de fenómenos pessoalmente estranhos como Trump!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

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Paulo de Morais

José Sócrates foi dos que mais danos causaram ao país. A sua governação fica marcada por casos de evidente corrupção e pela promiscuidade entre interesses privados e gestão pública. Foi nos seus mandatos que se contratou a maioria das parcerias público-privadas. Neste modelo de negócio, o Governo garantiu aos seus concessionários rentabilidades milionárias a troco de risco… zero! O Estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos. Com as PPP, Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2037. Ainda nacionalizou o Banco Português de Negócios, assumindo todos os prejuízos e deixando o património valiosíssimo aos seus antigos donos.
Sócrates foi primeiro-ministro há já mais de dez anos e os casos de corrupção em que esteve envolvido ainda não começaram sequer a ser julgados. Ainda nem sequer se sabe se vai haver julgamento! Que Justiça é esta que nunca chega?