HOJE É O DIA INTERNACIONAL CONTRA A CORRUPÇÃO
Corrupção é um atentado contra os direitos dos cidadãos
Neste dia, políticos falam de corrupção e de anti-medidas para inglês ver!!
Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia, chegou a afirmar que “a corrupção e o compadrio” tiveram um papel significativa na bancarrota do país.
A estratégia anticorrupção apregoada por António Costa faz lembrar o gato em torno do leite quente! Não é com mais 100 candidatos a inspectores ou com um concurso novo para mais 70 vagas de inspetores que se trata com seriedade um vício que é sistémico, a nível de estruturas partidárias e de Estado.
Ouvem-se promessas de medidas a tomar, de mais controlo, de mais burocracia quando o mais urgente a mudar é a química do sistema, a atitude pessoal, a mentalidade política, o coração da república. A anticorrupção deveria ser tratada como razão de Estado e incluída também nos programas dos partidos. Para isso a corrupção teria de ser tratada como atentado contra os direitos dos cidadãos.
A raiz do problema está nas instituições políticas e públicas e na promiscuidade económico-política bem como na cumplicidade entre os vários poderes e no clientelismo que leva até a manipular concursos públicos; para estas não se criam medias que as toquem.
A corrupção no país tem nomes, mas o povo não pode confrontar-se com isso. As verbas da EU têm ajudado a classe política a viver à grande e à francesa e a manter o povo modestamente acomodado!
A má gestão não é por falta de competências! Pessoas competentes e com valor perdem-se nas universidades ou emigram perante um sistema de corporações instaladas; a hipótese é, ou meter-se nelas ou reduzir-se a pessoa meramente privada!
António CD Justo
Pegadas do Tempo
O MEU DIA DOS DIAS DA MÃE
MARIA MÃE
Maria que o mar conténs
E o mistério das mães ocultas
És o seio da vida
De ti o amor brota
Em abraço de onda azul e branca!
Tu és a força encoberta
Que às gotas dás abrigo!
Em ti a vida se junta e ondeia!
Ondas de mulher onde tudo rima
A ligar o mundo na palavra mãe!
Mãe, em ti habita o sonho
De um 8 de dezembro imaculado
Tu és o berço da infância
Tua presença é sempre Natal
Maria de todos e de ninguém!
Aquela corrente de amor
Onde o coração palpita
E o mar se acalma!
António CD Justo
Também em Pegadas do Tempo, http://poesiajusto.blogspot.com/
FANFARRA DAS FORÇAS ARMADAS PARA MERKEL
O DIA 8 DE DEZEMBRO FOI CELEBRADO DURANTE MUITOS SÉCULOS COMO O DIA DA MÃE
A celebração da festa universal já havia sido decretada em 1476 pelo Papa Sisto IV.
Em 25 de março de 1646, o rei D. João IV para agradecer a Independência de Portugal em relação à Espanha, declarou Nossa Senhora da Conceição, como padroeira e rainha de Portugal. Desde este dia, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, privilégio que estaria disponível apenas para a Imaculada Conceição.
Atualmente o dia da mãe em Portugal e nos PALOP é comemorado no primeiro domingo do mês de maio.
Maria “semper virgine”, começou a ser mais abordada sobre o aspecto racional desde o Iluminismo do século XVIII/19; ao ser abordada não só como acto de fé mas como acto racional de crença tornou-se numa irritação.
Como dogma católico só foi determinado no dia 8 de dezembro de 1854.
A gravidez espiritual de Maria através do Espírito Santo independentemente, da fé tem um significado teológico! Cristo tanto é verdadeiro Deus como é verdadeiro homem.
O milagre biológico (católicos e muçulmanos) e o significado simbólico complementam-se. Os textos bíblicos são para serem entendidos como palavra de Deus e como tal numa perspectiva de fé. Nascidos da vontade de Deus que não da carne (poder humano): “nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:13).
Compreender tal declaração de fé biologicamente pode tornar-se num grande mal-entendido. Fé e razão não devem ser misturadas ou mesmo confundidas uma com a outra. A razão circunscreve-se numa lógica só causal.
O Papa Leão o Grande (c. 400-461) ajuda a abordar o tema sob a perspectiva da fé ao dizer “Quem renasce em Cristo… é transformado pelo novo nascimento num novo homem, uma vez que o caminho da velha descendência lhe é cortado. Ele já não é considerado apenas como a descendência do pai em carne e osso, mas sim como a descendência do próprio Salvador, que se tornou assim o Filho do homem, para que nos tornássemos filhos de Deus”. (1)
Deus tornou-se homem, como já salientado pelo Concílio de Nicéia em 325, e não adoptou simplesmente uma criança humana como seu Filho. A confissão da virgindade de Maria na concepção exclui assim qualquer acto de procriação puramente humano. O teólogo Karl Rahner diz que a virrgindade “ocupa um lugar relativamente secundário na hierarquia das verdades”. Na encarnação do seu Filho, Deus estabelece um novo começo radical que os seres humanos não podem fazer para si próprios. A confissão da maternidade virgem exprime este mistério de forma muito enfática.
Parabéns a todas as mães
António CD Justo
Pegadas do Tempo
(1) https://bistummainz.de/pfarrei/ockstadt/lebensthemen/fragen-an-den-glauben-00001/was-meint-eigentlich-jungfrauengeburt/