O chefe do exército ucraniano disse que as crianças ucranianas precisam de atenção especial porque os seus pais estão na linha da frente de batalha e “podem estar entre os quase 9.000 heróis mortos”. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários acrescentou que, desde então, foram mortos 5.587 civis (incluindo 362 crianças) e outros 7.890 feridos. Dados respeitantes ao período de 24 de fevereiro até 21 de agosto 2022.
O governo ucraniano, nas suas informações fala de mais de 40.000 soldados russos mortos.
Já na guerra civil ucraniana iniciada a 14 de abril de 2014 até 15 de setembro de 2016, de acordo com a ONU, 9.640 pessoas tinham sido mortas e 22.431 feridas. Pouco depois do derrube do Presidente Viktor Yanukovych, (2014) amigo da Rússia, pelo movimento Maidan pró-UE, partes das regiões de Donetsk e Luhansk, tradicionalmente próximas da Rússia, separaram-se de Kiev.
De acordo com o governo ucraniano, 14.000 pessoas tinham sido mortas na guerra civil até 13 de maio de 2021. Outros falam de 13.000 civis e de 4.000 soldados mortos.
A causa da guerra civil ucraniana e da invasão russa de 24 de fevereiro 2022 está sobretudo na quebra da neutralidade ucraniana levada a cabo pelo movimento Maidan pró União Europeia e pró OTAN e concretizada na deposição do presidente ucraniano que depois se exilou na Rússia. Os militares ucranianos queriam pôr fim à revolta dos separatistas pró-russos de forma rápida e decisiva. Mas estes receberam apoio da Rússia. A planeada operação “antiterrorista” transformou-se numa guerra civil que durou mais de sete anos, com mais de 13.000 baixas, como informou a ARD alemã.
Dado a revolta do movimento Maidan preparado pelos USA/OTAN e ao movimento separatista apoiado pela Rússia, a Ucrânia foi consequentemente transformada num campo de batalha entre a Rússia e os EUA/OTAN.
Quanto aos dados sobre os mortos inicialmente referidos, outras fontes referem muito maior número.
Nesta guerra fratricida todos os Estados envolvidos se mostraram irresponsáveis: os políticos fracassaram e o povo terá de pagar amargamente as favas. Especialmente Selensky e os governos dos EUA/OTAN continuam a empurrar, para as garras do urso, o povo ucraniano sem que este tenha oportunidade de vencer. É triste observar-se que apenas interesses económicos e geoestratégicos aliados a fanatismos prolongam uma guerra em que não há preocupação por resolver o conflito através de conversações e acordos porque parecem interessados em que a Ucrânia desapareça do mapa. Quem morre são os outros!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo