MANIPULAÇÃO

Quem controla a mente das pessoas tem o poder assegurado!
O neurocientista Henning Beck afirma: “Sabemos que se pode convencer as pessoas a acreditarem mesmo nas coisas mais abstrusas, se as repetirmos com frequência suficiente.” A repetição é interpretada pelo cérebro, como importante e outras informações são cada vez mais desvanecidas.
As 6 técnicas de manipulação mais comuns num relance:
Manipulação através da repetição.
Manipulação através da criação de medo.
Manipulação do pensamento.
Manipulação do comportamento através da linguagem.
Manipulação da informação.
Manipulação das necessidades.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
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TRIBUNAL BRITÂNICO DETERMINOU A EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE

Um tribunal londrino emitiu a ordem de extradição, do fundador do WikiLeaks (1) Assange para os EUA. A decisão ainda tem de ser aprovada pelo Ministro do Interior britânico.

Assange terá que enfrentar uma sentença de prisão talvez perpétua por publicar documentos secretos sobre crimes cometidos nas guerras no Iraque e no Afeganistão. Assange esteve preso durante três anos sem julgamento ou sentença.

Custa a crer que em democracia, alguém que expõe crimes de guerra e violações dos direitos humanos tem que esperar prisão por isso.

De facto, “jornalismo não é crime”! Não foi Assange que cometeu crimes, mas sim os Estados membros da NATO que estiveram envolvidos nos crimes de guerra. O Ocidente perde credibilidade quando condena medidas autoritárias em governos autocratas e em sua casa – a casa da democracia – se comporta de maneira semelhante!

Quem se mete com os poderosos apanha e o mundo aceita!!!

Membro honorário de PEN: https://antonio-justo.eu/?p=6830

Julian Assange: vítima da liberdade de expressão?: https://bomdia.eu/julian-assange-vitima-da-liberdade-de-expressao/

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

 

(1) https://de.wikinews.org/wiki/Hauptseite

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MARCHAS E MANIFESTAÇÕES DE PÁSCOA PELA PAZ

Na Alemanha é costume, na véspera da Páscoa, fazerem-se marchas de manifestações pela paz e desarmamento!

Este ano houve grandes manifestações em 120 cidades por soluções diplomáticas e contra o rearmamento.

As guerras pelo mundo parecem criar um espírito de fatalismo que não  toca com os governantes.

Há a tendência de enterrar a cabeça na areia quando há perigo, tal como faz a avestruz; não se quer saber dos porquês, talvez numa reacção de auto-protecção, devido à complexidade do mundo e aos interesses económicos das grandes potências mundiais que determinam a opinião das suas populações e aliados.

Somos todos testemunhas de uma crise do cérebro! Observa-se uma alternância de apontar o dedo. A força das armas enfraquece o carácter!

Quem não chega à conclusão que temos de construir a paz com os adversários poderá permanecer eterno soldado! Torna-se urgente dizer não à militarização e sim à cooperação.

É um escândalo que a indústria de armamento exija ser classificada como força de sustentabilidade nos orçamentos do Estado.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo.

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SÍMBOLOS E SIGNIFICADO CRISTÃO DA PÁSCOA

Páscoa vem do hebreu e remonta à festa judaica de Pessach que significa passagem (também há referências da Páscoa como o alimento que punha fim ao jejum da Quaresma).

Esta celebração constitui o centro da fé cristã e recorda a ressurreição de Jesus Cristo depois da sua paixão e morte na cruz. Morte e ressurreição pertencem juntas e são festejadas liturgicamente como um todo. Segundo a tradição Jesus morreu na sexta-feira. No evangelho descreve-se que um anjo rolou a pedra onde Jesus jazera e as três mulheres que observaram o sucedido foram informar os discípulos.

A liturgia da Semana Santa culmina na Vigília Pascal na escuridão entre sábado e domingo, com uma série de símbolos que ilustram a crença na ressurreição: Bênção do fogo e da água, vela da Páscoa (muitas vezes há também o sacramento do baptismo). Antes do rito da eucaristia prepara-se o novo fogo fora da igreja, acende-se nele a vela da Páscoa que é levada para a igreja às escuras, e as velas dos fiéis são gradualmente acesas com a vela da Páscoa, que depois é colocada no Altar; então é iluminada toda a igreja.

No domingo de Páscoa oferecem-se ovos pintados e em muitos lugares são escondidos no jardim ou em casa com o coelho de Páscoa de chocolate para as crianças procurarem.

O ovo é um símbolo de fertilidade e de nova vida e o seu uso reporta ao costume medieval em que os lavradores pagavam as suas dívidas de renda com ovos. Um dos dias de pagamento também caía na Páscoa (HNA 16.04.2022). Esta tradição evoluiu para o costume de dar e recolher ovos de Páscoa. A fogueira da Páscoa é também um sinal de vida e calor: uma maneira de apresentar o evento da Páscoa em experiências sensuais.

O coelho de Páscoa é um símbolo de fertilidade e mensageiro da Primavera. O coelho não tem pálpebras (mantem os olhos abertos, o que aponta para Jesus que “não dormiu na morte”. Mais tarde a indústria promoveu o coelho na confeitaria.

O cordeiro da Páscoa é o símbolo mais apropriado e representa a morte de Jesus na cruz. Nos tempos antigos, era costume usar o cordeiro em ritos de sacrifício. Na Primavera, os judeus abatem um cordeiro na Pessach para comemorarem o Êxodo do Egipto.

Na antiguidade cristã, a carne de cordeiro era colocada junto do altar e era comida como o primeiro alimento no dia da ressurreição. O cordeiro com uma bandeira de vitória quer simbolizar a vitória de Cristo sobre a morte, ou seja, a ressurreição.

Em muitas nações a segunda-feira de Páscoa é também um dia santo/feriado. Neste dia é recordada a história dos discípulos a caminho de Emaús (hoje Nicópolis na Palestina).

Na segunda-feira de Páscoa, Jesus apareceu a dois discípulos que partiram imediatamente de regresso a Jerusalém para contar a boa nova aos outros discípulos. No terceiro dia após a crucificação de Jesus, dois discípulos iam de Jerusalém a caminho da Galileia e numa aldeia chamada Emaús, enquanto caminhavam e falavam sobre o que tinha acontecido nos dias anteriores, Jesus juntou-se a eles  sem notarem quem ele era (Lc 24,13-35); Jesus explica-lhes o significado do seu sofrimento com base na Bíblia e come com eles; então os dois discípulos reconheceram Jesus na sua maneira de partir o pão. Jesus promete-lhes a sua presença até ao fim do mundo.

Desde o segundo século, o período pascal dura 50 dias e termina com o Pentecostes, que é a festa do Espírito Santo (o espírito divino presente no humano);  40 dias após a Páscoa, celebra-se a festa da Ascensão.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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BOAS FESTAS PASCAIS

Prezados leitores/as

Desejo-vos uma Páscoa feliz e abençoada.

Junto aqui mais umas palavras, para alguém que me queira acompanhar neste reflectir:

A Páscoa é considerada a festa da vitória da vida sobre a morte e da luz sobre as trevas.

É difícil celebrar a Páscoa sem parcialidade porque as sombras das guerras, especialmente na Europa e na África, turvam o nosso horizonte.

A história da paixão com Jesus crucificado (sofrimentos, humilhações, degradação e morte) está especialmente presente nas guerras.

Como no Calvário, parecem alinhar-se de um lado Jesus nos que sofrem e morrem e do outro os que julgam, sem lugar para qualquer dúvida.

Vivem-se momentos de pensar bifurcado só em categorias de bem-mal de ambos os lados e, em consequência deste modo de pensar, surge o automatismo do ataque-defesa e contra-ataque que nos conduz à lógica da victória através da guerra.  Esta lógica impede-nos de mover a pedra que se encontra sobre o sepulcro de Jesus (do povo sofredor) e retarda o surgir da luz da manhã, o início do novo dia,  a época pentecostal de veracidade e da paz!

Com a descoberta do túmulo vazio pelas as mulheres surge a certeza que Jesus vivia, que o crucificado já não se encontrava no reino dos mortos. Então as mulheres revelaram aos condiscípulos que a Vida se encontrava a caminho.

Alimento a esperança que a lógica da guerra se interrompa, com a nossa Páscoa e com a Páscoa ortodoxa (este ano uma semana mais tarde que a nossa) e se inicie uma época de tréguas entre os povos. Não chega olhar apenas para as circunstâncias externas, senão desesperaríamos.

Jesus, quando pressentiu que os soldados o viriam buscar para o crucificarem, chamou a si os seus amigos para conviverem os últimos momentos com ele,  não mandou vir armas!

A  atitude não-violenta de Jesus é, certamente,  uma provocação. Ela distingue-se da do mainstream que manda vir armas como meio de resolver situações. No entanto, um olhar mais profundo da cruz faz-nos notar que a cruz é o madeiro que todos trazem, os de cá e os de lá, independentemente dos Pilatos da História que nos procuram alinhar nas suas fileiras.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo

Pegadas do Tempo

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