NA SOMBRA DO OLIMPO DE BRUXELAS

Oh, que sorte a nossa, servos do temor,

Malignos vários, num só coro a cantar:

O clima, o vírus, Putin, Trump, o horror,

Um espetáculo pronto a nos assombrar!

 

Governantes, maestros do medo astuto,

Trombetas do alarme, sinfonias de pavor,

Criam fantasmas, depois vendem o escudo,

E nós, bobos da corte, pagamos com fervor!

 

“Combateremos o mal que nós mesmos tecemos!”

Segredam em Bruxelas, ao contar nosso ouro roubado.

Ah, que engenho, que arte! Quase não percebemos

Que o medo é deles, mas o tributo é do nosso lado.

 

Amigos cidadãos, cá estamos, a dançar,

Nesta valsa de sustos, tão bem orquestrada.

Malignos ao serviço do poder, a rodar,

E nós, de cabeças vazias, a aplaudir a jogada!

 

Governantes artesãos do medo: criam monstros, vendem espadas e cobram-nos por ambos. O verdadeiro mal? Acreditar que precisamos deles para nos salvar.

António CD Justo

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

6 comentários em “NA SOMBRA DO OLIMPO DE BRUXELAS”

  1. E então?.. O que fazer? O que é que EU posso fazer? Sinto-me completamente impotente. Não sei fazer nada. Só se for rezar( mas por muito que acredite em Deus, penso que rezar só…Não chegará)

  2. Autor
    António Cunha Duarte Justo
    Mila Cerca , é compreensível que se sinta assim, especialmente perante situações tão complexas e distantes do nosso controlo direto (Às vezes é melhor assistir-se ao fogo de longe!). A sensação de impotência é algo que muitos de nós sentimos quando confrontados com conflitos e decisões políticas que parecem estar fora das nossas mãos. Importante é não nos deixarmos levar pelos poderosos porque o poder destes é geralmente para se questionar! No entanto, há sempre algo que podemos fazer, mesmo que pareça pequeno.
    É sempre importante informar-se e partilhar-se informações credíveis sobre o que está a acontecer. A consciencialização é um primeiro passo importante. Acho im portante uma pessoa cada qual a seu modo trabalhar para a paz, para a ajuda humanitária e fomentar o diálogo, mesmo que não se possa resolver o conflito diretamente mas importante é a boa vontade e a boa intenção de apoiar e servir quem sofre.
    Sim, rezar traz conforto e pode ser uma forma de ajudar e manter a esperança e a força interior; o encontro com Deus ajuda a encontrar sentido especialmente em tempos difíceis.
    Não subestime o poder da sua voz. Ao expressarmos as nossas preocupações como eu faço com os meus escritos e como a Mila fez agora, já é um ato de coragem e pode inspirar outros a refletir e agir. O mundo para se mudar só faz uso dos nossos pequenos passos e gestos que vamos fazendo juntos e cada um no seu meio. Importante é também que não deixemos entrar a enxurrada do mundo pelas portas da nossa casa adentro . O mundo que nos rege é duro e injusto e por vezes quanto mais pensamos mais sofremos, mas em vez de engolirmos a própria tristeza e impotência será melhor vê-lo como ele é não lhe dando importância pessoal e saber-se do lado de Deus que é povo e não os senhores do Olimpo!A Mila é uma mulher empática e forte e embora o sofrimento que surge de fora seja muito grande a sua fé nunca a deixará sozinha.

  3. Muito se diz rezo, parece não ser tudo é verdade ! O verdadeiro mal ? Acreditar que precisamos deles com armas para nos salvar. e nós de cabeça vazias, a aplaudir a jogada, Gostei de ler . Obrigado Amigo por me ajudar a clarificar o que eu não sei em verdade ! Um bem haja Seja Deus o nosso caminho .

  4. Conceição Azevedo, obrigado pelas suas palavras sinceras e reflexivas. Realmente, há muita coisa que nos é dita, e nem sempre é fácil discernir o que é verdadeiro ou o que realmente importa. Concordo consigo quando fala sobre o perigo de acreditarmos que precisamos de armas ou de soluções violentas para nos “salvar”. Muitas vezes, é a nossa própria passividade ou falta de questionamento que permite que certos ciclos se perpetuem.
    Fico feliz por ter encontrado alguma clareza nas minhas palavras, mas a verdade é que essa reflexão já estava dentro de si, doutro modo não haveria ressonância interior. A sua capacidade de questionar e de não aceitar as coisas à primeira vista é algo forte e necessário, especialmente nos tempos que vivemos.
    Que possamos continuar a buscar a verdade, a paz e a justiça, não apenas através de acções externas, mas também através da consciência e da intenção que colocamos no mundo de maneira a vê-lo com boa vontade mas sem nos identificarmos com ele. Deus e a humanidade partilhada, guiar-nos-á no caminho certo.
    Um bem-haja para si também, e obrigado por partilhar os seus pensamentos. São conversas como estas que nos ajudam a crescer e a ver além do que nos é apresentado. Quanto ao que escrevo, por vezes é preciso lê-lo com uma certa distância porque há questões fora do nosso dia a dia que nos podem trazer sofrimento; sim porque geralmente trato de temas demasiadamente específicos que podem ajudar uns e para outros poderia trazer sofrimento.

  5. E fácil ser enganado e o que se lê e so propaganda da media nunca achei que a Ucrânia devia de integrar na Nato ate penso que a Nato devia de deixar de existir não a vi a fazer paz ou ajudar ninguém quando Timor pediu ajuda lhes viraram as costas oque custa a Nato simplesmente os Estados Unidos que deixem de dar ordens na casa dos outros so digo um dia serão sos a paz tao espera para o nosso mundo chega de guerras obrigado mais um pouco apreendi hoje obrigado Pedro feliz noite .
    FB

  6. Mconceicao Costa Severino I , foi a questão das conversações com a intenção da Ucrânia entrar na NATO que estragaram tudo. Aí a Rússia reagiu porque já há bastante tempo a NATO lhe estava a entrar em casa e os EUA criavam, nos países de influência russa, grupos dentro das populações (como fizeram no Maidan na Ucrânia) que ladravam demasiado alto cobiçando o que lhes não pertencia. A NATO é uma organização militar que foi criada para enfrentar a União Soviética em caso de ataque. Uma vez acabada a União Soviética a NATO continuou a existir e até a avançar para países de influência russa e isso foi o que provocou a guerra. A Rússia inicialmente queria parceria com a EU mas os EUA não queriam e fizeram tudo por tudo para que tal não acontecesse.

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