Oh, que sorte a nossa, servos do temor,
Malignos vários, num só coro a cantar:
O clima, o vírus, Putin, Trump, o horror,
Um espetáculo pronto a nos assombrar!
Governantes, maestros do medo astuto,
Trombetas do alarme, sinfonias de pavor,
Criam fantasmas, depois vendem o escudo,
E nós, bobos da corte, pagamos com fervor!
“Combateremos o mal que nós mesmos tecemos!”
Segredam em Bruxelas, ao contar nosso ouro roubado.
Ah, que engenho, que arte! Quase não percebemos
Que o medo é deles, mas o tributo é do nosso lado.
Amigos cidadãos, cá estamos, a dançar,
Nesta valsa de sustos, tão bem orquestrada.
Malignos ao serviço do poder, a rodar,
E nós, de cabeças vazias, a aplaudir a jogada!
Governantes artesãos do medo: criam monstros, vendem espadas e cobram-nos por ambos. O verdadeiro mal? Acreditar que precisamos deles para nos salvar.
António CD Justo
E então?.. O que fazer? O que é que EU posso fazer? Sinto-me completamente impotente. Não sei fazer nada. Só se for rezar( mas por muito que acredite em Deus, penso que rezar só…Não chegará)
Autor
António Cunha Duarte Justo
Mila Cerca , é compreensível que se sinta assim, especialmente perante situações tão complexas e distantes do nosso controlo direto (Às vezes é melhor assistir-se ao fogo de longe!). A sensação de impotência é algo que muitos de nós sentimos quando confrontados com conflitos e decisões políticas que parecem estar fora das nossas mãos. Importante é não nos deixarmos levar pelos poderosos porque o poder destes é geralmente para se questionar! No entanto, há sempre algo que podemos fazer, mesmo que pareça pequeno.
É sempre importante informar-se e partilhar-se informações credíveis sobre o que está a acontecer. A consciencialização é um primeiro passo importante. Acho im portante uma pessoa cada qual a seu modo trabalhar para a paz, para a ajuda humanitária e fomentar o diálogo, mesmo que não se possa resolver o conflito diretamente mas importante é a boa vontade e a boa intenção de apoiar e servir quem sofre.
Sim, rezar traz conforto e pode ser uma forma de ajudar e manter a esperança e a força interior; o encontro com Deus ajuda a encontrar sentido especialmente em tempos difíceis.
Não subestime o poder da sua voz. Ao expressarmos as nossas preocupações como eu faço com os meus escritos e como a Mila fez agora, já é um ato de coragem e pode inspirar outros a refletir e agir. O mundo para se mudar só faz uso dos nossos pequenos passos e gestos que vamos fazendo juntos e cada um no seu meio. Importante é também que não deixemos entrar a enxurrada do mundo pelas portas da nossa casa adentro . O mundo que nos rege é duro e injusto e por vezes quanto mais pensamos mais sofremos, mas em vez de engolirmos a própria tristeza e impotência será melhor vê-lo como ele é não lhe dando importância pessoal e saber-se do lado de Deus que é povo e não os senhores do Olimpo!A Mila é uma mulher empática e forte e embora o sofrimento que surge de fora seja muito grande a sua fé nunca a deixará sozinha.
Muito se diz rezo, parece não ser tudo é verdade ! O verdadeiro mal ? Acreditar que precisamos deles com armas para nos salvar. e nós de cabeça vazias, a aplaudir a jogada, Gostei de ler . Obrigado Amigo por me ajudar a clarificar o que eu não sei em verdade ! Um bem haja Seja Deus o nosso caminho .
Conceição Azevedo, obrigado pelas suas palavras sinceras e reflexivas. Realmente, há muita coisa que nos é dita, e nem sempre é fácil discernir o que é verdadeiro ou o que realmente importa. Concordo consigo quando fala sobre o perigo de acreditarmos que precisamos de armas ou de soluções violentas para nos “salvar”. Muitas vezes, é a nossa própria passividade ou falta de questionamento que permite que certos ciclos se perpetuem.
Fico feliz por ter encontrado alguma clareza nas minhas palavras, mas a verdade é que essa reflexão já estava dentro de si, doutro modo não haveria ressonância interior. A sua capacidade de questionar e de não aceitar as coisas à primeira vista é algo forte e necessário, especialmente nos tempos que vivemos.
Que possamos continuar a buscar a verdade, a paz e a justiça, não apenas através de acções externas, mas também através da consciência e da intenção que colocamos no mundo de maneira a vê-lo com boa vontade mas sem nos identificarmos com ele. Deus e a humanidade partilhada, guiar-nos-á no caminho certo.
Um bem-haja para si também, e obrigado por partilhar os seus pensamentos. São conversas como estas que nos ajudam a crescer e a ver além do que nos é apresentado. Quanto ao que escrevo, por vezes é preciso lê-lo com uma certa distância porque há questões fora do nosso dia a dia que nos podem trazer sofrimento; sim porque geralmente trato de temas demasiadamente específicos que podem ajudar uns e para outros poderia trazer sofrimento.
E fácil ser enganado e o que se lê e so propaganda da media nunca achei que a Ucrânia devia de integrar na Nato ate penso que a Nato devia de deixar de existir não a vi a fazer paz ou ajudar ninguém quando Timor pediu ajuda lhes viraram as costas oque custa a Nato simplesmente os Estados Unidos que deixem de dar ordens na casa dos outros so digo um dia serão sos a paz tao espera para o nosso mundo chega de guerras obrigado mais um pouco apreendi hoje obrigado Pedro feliz noite .
FB
Mconceicao Costa Severino I , foi a questão das conversações com a intenção da Ucrânia entrar na NATO que estragaram tudo. Aí a Rússia reagiu porque já há bastante tempo a NATO lhe estava a entrar em casa e os EUA criavam, nos países de influência russa, grupos dentro das populações (como fizeram no Maidan na Ucrânia) que ladravam demasiado alto cobiçando o que lhes não pertencia. A NATO é uma organização militar que foi criada para enfrentar a União Soviética em caso de ataque. Uma vez acabada a União Soviética a NATO continuou a existir e até a avançar para países de influência russa e isso foi o que provocou a guerra. A Rússia inicialmente queria parceria com a EU mas os EUA não queriam e fizeram tudo por tudo para que tal não acontecesse.