NA SOMBRA DO OLIMPO DE BRUXELAS

Oh, que sorte a nossa, servos do temor,

Malignos vários, num só coro a cantar:

O clima, o vírus, Putin, Trump, o horror,

Um espetáculo pronto a nos assombrar!

 

Governantes, maestros do medo astuto,

Trombetas do alarme, sinfonias de pavor,

Criam fantasmas, depois vendem o escudo,

E nós, bobos da corte, pagamos com fervor!

 

“Combateremos o mal que nós mesmos tecemos!”

Segredam em Bruxelas, ao contar nosso ouro roubado.

Ah, que engenho, que arte! Quase não percebemos

Que o medo é deles, mas o tributo é do nosso lado.

 

Amigos cidadãos, cá estamos, a dançar,

Nesta valsa de sustos, tão bem orquestrada.

Malignos ao serviço do poder, a rodar,

E nós, de cabeças vazias, a aplaudir a jogada!

 

Governantes artesãos do medo: criam monstros, vendem espadas e cobram-nos por ambos. O verdadeiro mal? Acreditar que precisamos deles para nos salvar.

António CD Justo

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

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