Europa em Marcha para a Guerra

Ursula von der Leyen manda os Europeus apertar o Cinto… e o Gatilho!

A Europa está em polvorosa! A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pegou nas suas trombetas mediáticas e anunciou ao mundo que é hora de trocar o pão pela pólvora. Num discurso épico — e sem direito a perguntas, porque quem questiona é inimigo da “verdade” e dos valores da União Europeia —, a líder germânica em Bruxelas apressa-se a apresentar o plano “Rearmar a Europa”, um ambicioso projeto que promete mobilizar 800 mil milhões de euros para a defesa do continente; pressa esta para que se criem factos que contrariem entabular conversações. Porque, afinal, nada une mais os povos do que uma boa guerra, evitando para isso conversações sérias.
A ideia é simples: enquanto os cidadãos apertam o cinto para pagar a crise energética e a inflação, os Estados-membros vão abrir os cordões à bolsa para comprar tanques, mísseis e drones. E, claro, não podia faltar um extra de 150 mil milhões de euros em financiamento para os 27 países da UE, porque nada diz melhor “solidariedade europeia” como gastar dinheiro em armas em vez de hospitais ou escolas.
Portugal, sempre na vanguarda da obediência, já contribuiu com 700 milhões de euros para a causa bélica e agora prepara-se para desembolsar mais 300 milhões. Afinal, quem precisa de investir em saúde ou transportes quando se pode ter um caça F-16 a sobrevoar o Algarve?
Enquanto isso, os media, em perfeita sintonia com os funcionários de Bruxelas, continuam a tocar a música da guerra num ritmo de verdades e mentiras. A narrativa, cuidadosamente construída desde a Conferência de Munique em 2007, ignora a Ucrânia como cavalo de Troia moderno, manipulado por oligarcas internacionais, EUA, EU, NATO e Inglaterra. As tentativas de paz de figuras como Donald Trump são descartadas como irrelevantes, porque, convenhamos, quem quer paz quando se pode ter uma boa guerra para distrair as massas e encher os bolsos dos que se alinham atrás do Reino Unido?
Von der Leyen, com a sua retórica marcial, apela aos europeus para deixarem de viver… para viverem a guerra. Mobilizem-se soldados, roubem-se citadinos e aldeões! – parece ser o lema não oficial. E, se alguém ainda duvida da seriedade do plano, basta lembrar que até os fundos de Coesão — sim, aqueles que deviam reduzir as desigualdades regionais — podem ser desviados para comprar armas. Prioridades, não é? Já se conta que dos fundos de reforma alemã foram desviadas verbas para a Ucrânia.
A respeito da Ciência da Burrice: num mundo onde “burros mandam em homens de inteligência”, como diria o poeta António Aleixo, talvez a burrice seja mesmo uma ciência. E, se for, a Europa está prestes a doutorar-se com louvor. Enquanto os cidadãos comuns se perguntam como vão pagar as contas do gás e os alimentos que compram, os líderes europeus garantem que o futuro está em… mais armas.
Resta saber se, no final desta marcha bélica, só sobrará algo mais do que dívidas e cinzas. Mas, os deuses do olimpo Bruxeliano, asseguram que teremos um continente “seguro e resiliente”…

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

45 comentários em “Europa em Marcha para a Guerra”

  1. Pedro Torres de Castro , está tudo feito ao bife! O Reino Unido que sempre foi perito em explorar os outros – lembre-se a pirataria inglesa que esperava os barcos portugueses vindos da Índia, etc. e os assaltava e depois os chefes dos piratas eram elevados à nobreza! Como Zelenskyj já tinha assinado o acordo por 100 anos e por isso foi recebido até pelo rei. Isso só acontece quando há pesca grossa! Não há obediência, o que se trata é ver quem mais se adiante em participar da presa ucraniana! Trump, esse pelo menos fala abertamente o que os outros fazem pela calada da noite. Trump disse abertamente que quer a sua parte da presa mas oferecia para isso tratado de paz! A EU não, essa quer guerra para poder ir buscar da Ucrânia a parte que pertencerá à Rússia!

  2. é isso tudo!
    Mas por este andar, se a Alemanha se começar a rearmar desatinadamente como o Merz diz : Whatever it takes“ koste, was es wolle.”” ainda vão mas é os russos,os americanos, os ingleses ocuparem as bases que deixaram há algum tempo !

  3. Compadre Toni , é verdade. Os figurinos da EU e do Reino Unido acompanhados de Merz parece a criançada no jardim infantil a correr para o arsenal das bmbas como se se tratasse de um cesto de doces. Eles querem ver se juntam o dinheiro enquanto as pessoas não acordam, porque depois de Trump entrar em conversações poderia tornar-se tarde para justificarem a tolice de tanto dinheiro que terá de ser pago pelas gerações vindouras. Os juros estão neste momento em 2,5% que ano por ano se terão de pagar o que corresponde a muitos milhões por ano mesmo que os juros desçam. Sim, na Alemanha Merz parece ser um lobyista de armas. E imagine-se o esrespeito da demcracia. Ainda não estão no governo e já tomam providências para que atempadamente seja aprovada a barbaridade

  4. Calma, calma, calma ! Ainda vai haver surpresas. A Alemanha e os Países Baixos estão contra. Parece que soo Macron a apoia mas tem os franceses contra. O caldinho nunca vai estar pronto.

  5. Macron acaba de anunciar que é contra cessar fogo. Zelensky anunciou que não iria negociar com a Rússia. Os “dirigentes” Europeus, querem-nos arrasar.

  6. Marco Almeida , sim, mas eles estão sempre a repetir a mesma ladainha! Zelensky conseguiu meter na Constituição a não negociação com a Rússia; a situação está muito ensarilhada.. A maior parte da UE com o Reino Unido e a França sempre afirmaram querer a guerra a todo o custo. O leme da EU sempre foi: a “Victória”. Estão todos afeitos ao bife! Só é de admirar que paises como Portugal que não são convidados para as cimeiras das potências que têm grandes interesses económicos e políticos sigam os interesses delas.

  7. António Cunha Duarte Justo, se tivéssemos verdadeiros políticos, Lideres, certamente a nossa situação seria diferente.
    Somos governados por vendidos ao sistema.

  8. Joana Ruas , o estranho em toda esta questão é que em tempos de iniciativa de conversações os ingleses, os franceses, os alemães e a UE se apressem em aumentar arsenal para poderem continuar com a guerra em vez de tentarem também eles em conversações trilaterais condutoras de paz! Estão apenas interessados no bife. A UE parece querer seguir o mau exemplo dos EUA em todo o passado. Antes o imperalismo económico e agora o imperialismo mental aliado ao económico!

  9. António Cunha Duarte Justo ver para crer. Além disso, sabemos que o nuclear está fora de questão. O grande interesse é pelas matérias do subsolo, imprescindíveis aos novos super computadores ? a areia da Carolina do Norte , o cobre do Chile, os minérios da Ucrânia e Sibéria…e porque não, o litio português…

  10. Maria Tomaz , tudo bem! Anda tudo de olhospostos no bife! Economia , vias comerciais e geoestratgia são os motores da guerra e dos interesses das classe governantes desde que há memória histórica. A guerra do Peloponeso é o melhor exemplo do que se está a passar agora. Neste jogo e neste momento em que haveria possibilidade de se entabolarem conversações a Uniao Europeia e o Reino Unido assumem uma atitude imperailista não só a nível económico defendendo a guerra na esperança de ficar com a presa para ela e apregoando o imperalismo mental europeu! Porque se atarefam todos em hipotecar o povo europeu em benefício de uma guerra que no dizer de ceientistas americanos não pode ser vencida. Porque razão povo europeu segue só o ditado doos belicistas? Porque não há manifestações em defesa da guerra. Ontem houve uma na Alemanha com cinco manifestntes. Vê-se que a política e os media conseguiram formatar as populações à medida dos interesses da maquinaria da guerra!

  11. 300 milhões para alimentar a guerra da Ucrânia…
    Não vejo nenhum candidato à presidência a opor-se a este desvario.
    Desta vez, penso mesmo em não votar.

  12. Pedro Torres, tenha compreensão, estão todos a ser alimentados por Bruxelas porque fazem como Judas vendendo Portugal por interesses mesquinhos e se algum houver inocente então a razão é ignorância!
    A malta tem a cabeça baralhada e por isso só podem ser soldados ou seguidores da Alemanha, Reino Unido, França e Bruxelas!

  13. 800 mil milhões?? Que valores são esses??
    Por acaso vc mora aqui para saber o que pensamos?? Cuide do seu país, do nosso cuidamos nós. Se vcs querem virar puxadinho dos USA o problema de vcs, nós não queremos.

  14. Lu Cesare Braga , aconselho-a a ler o texto antes de fazer avaliações e em vez de manifestar uma opinião transmitida acriticamente pela TV ou outro meio do sistema, quando estes deveriam ser passados pelo crivo de uma opinião própria e como tal fundamentada!

  15. Textos muito bem escritos, mas em completa dissonância com o que oiço diariamente nos media. É uma visão contra a corrente e eu fico com uma grande vontade de poder desenvolver uma conversa sobre esta problemática com o meu amigo. Não é um tema onde me sinta á vontade e a minha opinião é, reconheço, muito construída pelo que oiço diariamente nos media. Quem sabe, um dia, quando voltar de férias, possamos conversar sobre isto. Grande abraço.

  16. Caro amigo, se ler os textos completos e comentários aqui, especialmente nos comentários dou respostas mais directas. Quanto a ter a pretensão de convencer ninguém – importante é que cada pessoa pense por ela própria sabendo que nesse caso é atacada – e para mais partindo do princípio de que a informação europeia é manipulada tal como acontece na Rússia, embora nós tenhamos possibilidade de procurar informações também com outras perspectivas. A EU quer fazer de nós soldados e intromete-se apressadamente com programas de guerra para que os países paguem os interesses do Reino Unido, Alemanha e França. A melhor posição será a de que se está a ser aldrabado por todos os lados. Então talvez surja espaço para a dúvida e esta é o melhor portão de entrada para a própria ipseidade. Como aconselhei num post que coloquei no FB para amigos: importante é não criar situações de discurso antagónicos entre amigos que não estejam habituados ao discurso intelectual porque levam as coisas a nível pessoal ficando então tudo estragado. No conjunto dos textos que escrevo dou pistas de pensamento que levem as pessoas a pensar por elas. Ainda hoje coloquei um post no FB em que há pistas para se elaborar um pensamento próprio. A mim o que me importa é tentar vislumbrar as intenções do que nos é colocado na mangedora diaria do telejornal, que traz coisas muito alimentícias mas tudo o que se refere a política geopolítica ou da Ucrânia, geralmente são ervas daninhas. Forte abraço.

  17. A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova afirmou que o cessar-fogo temporário na Ucrânia é “absolutamente inaceitável” porque só agravaria a situação. Disse: “São necessários acordos firmes sobre uma solução definitiva”. Isso corresponderia a “Garantir uma pausa para o regime agonizante de Kiev e para as forças armadas ucranianas e evitar que a frente entre em colapso”.
    Texto claro para os guerreiros de Londres, Paris, Berlim e Bruxelas! Eles só apostam na guerra e querem convencer os súbditos a essa ideia para depois poderem sobrecarregar os cidadãos com impostos e carestia de vida!

  18. António Cunha Duarte Justo só há uma resposta : com a Politica refém do Kapital e sem ideologias nem lideranças… A Democracia acabou.

  19. Maria Tomaz , naturalmente a nível de interesses de elites e e dos media do sistema já há muito que a Democracia definha, mas as pessoas mais humanas e interessadas no bem-comum e no próximo ainda acreditam nela, também porque não sabem o que se passa em cima. Sou optimista e penso que se está a dar uma mudança do pensar globalista que organiza tudo de cima para baixo para um pensar de raízes biotópicas possibilitador de uma organização de perspectiva mais regionalista e humana; tendo muito embora em conta a geopolítica de caracter multipolar; mas há males quevêm por bem. Tenho esperança que em Bruxelas se opere uma metanoia! Nos últimos anos tenho tido a impressão que a EU passou do imperialismo capitalista para o imperialismo mental-doutrinal. No globalismo tinha-se unido a ideologia ao capital e não ajudou. Talvez surja um dia o momento em que as pessoas venham a ter o seu lugar honrado na história. Para isso trabalhamos aqui.

  20. António Cunha Duarte Justo bom, com certeza sei mais do que a mídia brasileira, porque moro em Londres. Aqui temos pensamentos próprios, estudamos política e economia desde que entramos na escola. Países de posições políticas diferentes estão sentados um ao lado do outro porque sabemos que juntos somos mais fortes. Não nos deixamos levar por pirraças, temos um objetivo em comum. Já vc parece ficar no copia e cola, já que vi essa postada em diversos lugares. Se vcs querem virar vassalos dos USA, nós não queremos. Seu fundamento parece vir das catacumbas, nunca vi um povo querendo virar puxadinho de outro país.
    FB

  21. Lu Cesare Braga , agradeço o seu comentário e a perspectiva que traz, especialmente considerando sua experiência vivendo em Londres. É sempre enriquecedor ouvir opiniões de pessoas que têm contato com diferentes culturas e sistemas políticos. No entanto, parece haver alguns mal-entendidos no que diz respeito ao conteúdo e à intenção da minha postagem.
    Em primeiro lugar, o objetivo da minha postagem não era promover a submissão a qualquer país, mas sim refletir sobre as dinâmicas geopolíticas e as relações internacionais que afetam todos os países, incluindo o Brasil. Acredito que é importante discutir essas questões de forma crítica e construtiva, sem cair em extremismos ou generalizações.
    Quanto à sua observação sobre “copia e cola”, gostaria de esclarecer que a postagem foi compartilhada em diferentes contextos justamente para estimular o debate e a reflexão. A ideia não é repetir informações sem análise, mas sim trazer à tona questões relevantes que merecem ser discutidas por diferentes públicos.
    Concordo plenamente que a união e a cooperação entre países são fundamentais para enfrentar os desafios globais. No entanto, também acredito que cada nação deve buscar seu próprio caminho, baseado em seus valores e interesses, sem perder de vista o respeito mútuo e a busca por soluções comuns.
    Os funcionários da EU que estiveram reunidos com Keir Starmer aí em Londres, e estão feitos ao bife da presa ucraniana com Zelensky, certamente impressionaram-na muito !
    Agradeço novamente por sua contribuição e espero que possamos continuar esse diálogo de forma respeitosa e produtiva.

  22. António Cunha Duarte Justo não, não me deixo impressionar pela política. Analiso os fatos que procuro nas fontes, não nas redes sociais. Acordos são feitos para serem cumpridos e quando um lado os rompem, disso não sai nada bom. O nosso pensamento, de países que passaram por duas Guerras Mundiais, diferem muito do pensamento de vcs que, graças a Deus, foram poupados disso. Então não aceitamos que um país livre seja invadido, não vamos mais aceitar co dependência dos USA, já que quem está sentado na principal cadeira do país, parece incapaz de cumprir acordos históricos como o Memorando de Budapeste.

  23. Lu Cesare Braga , compreendo a sua perspectiva, mas discordo da generalização. A análise de fatos deve ser imparcial, e acordos devem, de fato, ser respeitados. No entanto, cada contexto histórico é único, e comparações simplistas ignoram nuances importantes. A busca por paz e justiça deve ser universal, sem desconsiderar as complexidades de cada situação.

  24. De acordo. Mas não se pode aceitar de ânimo leve que um qualquer país como a Rússia incomode quem quer viver em paz e liberdade. Um abraço.

  25. Abilio Tavares , isso seria muito importante e ao mesmo tempo ser-se informado do que se passou e passa na Ucrânia para se conseguir discernimento e cabeça fria no meio da tragicomédia a que assistimos. Por um lado o povo ucraniano a morrer e por outro lado os funcionários de Bruxelas a impôr a guerra obstando-se a qualquer tentativa de conversações com a Rússia (porque eles mesmos -EU/USA/Reino Unido-, numa história ainda por contar já começada antes de 2007 fomentaram a guerra civil e não aceitaram a proposta de paz protelando os acordos de Minsk(2021). Isso conduziu à invasão russa mas de que é tabu falar nos nossos media, porque querem convencer o povo de uma guerra que não é sua. A cadeia de contradições não tem fim! Para convencerem o povo da necessidade da guerra e de abrirem as bolsas para ela socorrem-se de narrativas contraditórias. Os mesmos (UE) que dizem que a Rússia se encontra falida por outro lado afirmam que Putin quer invadir a Europa. Cordial abraço

  26. A intriga que nos é posta anda à volta das terras raras e dos minerais raros que foram vendidos aos ingleses, aos americanos .Daí a acusação do Trump ao Zelenski porque tinha ali chegado sem as cartas!E estamos com esta intriga a partir da operação militar especial da Rússia, à beira da terceira guerra mundial!É muito triste e preocupante.

  27. Joana Ruas, sim, isso são os aspectos colaterais em que os media se fixam agora embora já já andavam na Ucrânia o filho de Biden, alemães, ingleses interessados na economia e em geoestratégia que levou à intervenção directa russa infringindo direito internacional. Importante seria se ao mesmo os media dessem a público o fio de toda a meada e informasse do que se passou e passa na Ucrânia para se conseguir discernimento e cabeça fria no meio da tragicomédia a que assistimos. Por um lado o povo ucraniano a morrer e por outro lado os funcionários de Bruxelas a impôr a guerra obstando-se a qualquer tentativa de conversações com a Rússia (porque eles mesmos -EU/USA/Reino Unido-, numa história ainda por contar já começada antes de 2007 fomentaram a guerra civil e não aceitaram a proposta de paz protelando os acordos de Minsk(2021 porque estavam fitos ao negócio). Isso conduziu à invasão russa mas de que é tabu falar nos nossos media, porque querem convencer o povo de uma guerra que não é sua. A cadeia de contradições não tem fim! Para convencerem o povo da necessidade da guerra e de abrirem as bolsas para ela socorrem-se de narrativas contraditórias. Os mesmos (UE) que dizem que a Rússia se encontra falida por outro lado afirmam que Putin quer invadir a Europa.

  28. Os Deuses do “olimpo bruxeliano” comandados por essa Ursa, digo, Ursula, deveriam tomar a frente de batalha e deixar as vítimas, livres de suas ações bárbaras…
    Inacreditavel!

  29. Já pensaram na razão porque na Europa só se fala mal de Trump e se considera Putin um demónio? Os media e os políticos da EU para conseguirem tal orquestraram a narrativa do conflito geopolítico apenas a partir de 2022.
    Coloco aqui o que Putin disse no canal 4 da televisão croata. Vladimir Putin foi autorizado a falar e dirigiu-se aos europeus:
    “A Rússia nunca foi e nunca será sua inimiga! Não queremos matérias-primas e riquezas europeias, temos nossas próprias matérias-primas e riquezas, não precisamos absolutamente de suas matérias-primas. A Rússia é o país mais rico do mundo em termos de matérias-primas. Não queremos suas terras ou seu território. Veja como a Rússia é ampla no mapa. A Rússia tem o dobro do tamanho de toda a Europa em um só lugar. Para que precisaríamos de suas terras, o que fazemos com elas? Por que você acha que a Rússia é inimiga da Europa? Que dano a Rússia fez a você? Vendemos gás e matérias-primas a preços mais baixos do que os preços pelos quais seus “amigos” estão vendendo atualmente? SIM A Rússia sacrificou 20 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial para se livrar dos nazistas? SIM A Rússia foi o primeiro país a ajudar a Europa durante a pandemia de Covid? SIM Ajudamos a Europa quando houve incêndios e desastres naturais? SIM O que a Rússia fez a você que você tanto odeia? A Rússia não é sua inimiga; seus verdadeiros inimigos são seus líderes, aqueles que o lideram!”

  30. António Cunha Duarte Justo, porque para si a guerra é entre ele , o ditador vitalício do Kremlin , e os outros . Bela visão. Pena ser do mais tacanho que existe.

  31. Luis Miguel Ferreira , o senhor não reconhece a profundidade e as nuances históricas, políticas e sociais envolvidas na guerra na Ucrânia. Conflitos geopolíticos como este raramente podem ser reduzidos a uma narrativa binária ou a uma luta entre “bons e maus”, como fez a media da EU só apresentando a sua interpretação dos factos.
    Os media não apresentaram uma análise objectiva dos factos renunciando para isso ao contexto histórico: A relação entre Rússia e Ucrânia ao longo dos séculos,povo russo na Ucrânia, incluindo a formação da identidade ucraniana, o período soviético e a independência da Ucrânia em 1991; ecubriu em grande parte a revolução do Euromaidan em 2014, destituição do presidente democraticamente eleito, a anexação da Crimeia pela Rússia, o conflito no Donbas e o papel decisivo de actores externos, como a União Europeia, a OTAN e os Estados Unidos; a expansão da OTAN para o leste,apesar de compromissos assumidos pelo ocidente de o não fazer; as divisões políticas e culturais dentro da Ucrânia, bem como a diversidade de opiniões entre a população ucraniana sobre o conflito que levou à guerra civil onde morreram 14.000 civis e 4.000 soldados. Parece que o senhor só conhece a versão transmitida pelos nossos media de que a culpa é da Rússia por invadira Ucrânia em 2022 e calar as barbaridades anteriores.
    Ao reduzir o conflito a uma simples oposição entre Putin e “os outros”, o seu comentário ignora essas camadas de complexidade e a multidimensionalidade, que seria essencial para um debate informado e construtivo.
    A guerra na Ucrânia é um tema profundamente sensível e carregado de implicações humanas, históricas e geopolíticas que merecem ser tratadas com cuidado e profundidade, coisa que os media da EU não fizeram por razões óbvias. Estavam interessados em formatar o povo a nível de afectividade e por isso a insuflar nele uma atitude que levasse a justificar a guerra e não conversações sensatas. A falta de razão serve-se da emoção e do ataque pessdoal.

  32. Antonio da Cunha Duarte Justo., quem realmente é o agressor? Quem iniciou esta guerra? A Rússia é o país mais imperialista no Mundo. E sugiro á NATO que instale mísseis nucleares na Polónia. Putin. assim teria uma certeza: se desencadear uma nova guerra, será a guerra total.

  33. Miguel Magalhaes , agradeço o seu comentário e a oportunidade de aprofundar este debate tão importante. A questão que levanta sobre quem é o agressor e quem iniciou a guerra é central para entender o conflito, mas também é uma questão complexa que não pode ser reduzida a uma simples atribuição de culpa unilateral.
    Concordo que a Rússia, ao invadir a Ucrânia em 2022, cometeu um ato flagrante de violação do direito internacional e da soberania de um Estado independente. Esse ato é, sem dúvida, condenável e trouxe consequências devastadoras para a população ucraniana e para o povo europeu ao colocar sanções. No entanto, a minha posição no artigo vai além de identificar um único culpado, pois acredito que conflitos desta magnitude raramente surgem de uma única ação ou de um único ator.
    A expansão da NATO desde o fim da Guerra Fria, especialmente após 2007, e a sua aproximação às fronteiras russas, foi interpretada pela Rússia como uma ameaça à sua segurança e esfera de influência. Isso não justifica a invasão, mas ajuda a entender o contexto em que ela ocorreu. A guerra na Ucrânia, como muitos conflitos modernos, é também uma guerra por procuração, onde interesses geopolíticos maiores estão em jogo, e onde tanto a Rússia quanto o Ocidente têm responsabilidades.
    Quanto à sua sugestão de instalar mísseis nucleares na Polónia, entendo que a intenção é dissuadir futuras agressões, mas acredito que a escalada militar e nuclear só aumentaria os riscos de um conflito ainda mais catastrófico e na Alemanha já se encontram as bases americanas. A história mostra que a diplomacia e a busca de soluções políticas, por mais difíceis que sejam, são preferíveis à ameaça de destruição mútua.
    A Rússia, como potência global, tem um histórico de ações imperialistas, mas o mesmo pode ser dito de outras potências, incluindo os EUA e membros da NATO, em diferentes contextos históricos. O que precisamos é de uma reflexão crítica sobre como evitar que esses ciclos de violência e expansão geopolítica se repitam.
    Em suma, acredito que todos os envolvidos têm uma parcela de responsabilidade no conflito, e a solução passa por reconhecer essas complexidades e trabalhar para uma paz duradoura, em vez de alimentar mais divisões e hostilidades.

  34. António Cunha Duarte Justo, o Sr. fala em coisas que já não existem. Diplomacia, conferências para a paz duradoura, etc. Não nego. que EUA já iniciou acções semelhantes no Médio Oriente. Isso só comprova que as grandes potências fazem (e farão) o que lhes der na realidade Gana (no caso vertente, com o beneplácito do Séc Geral da ONU, que se bandeou com a Rússia e os “BRIquetes”), Perante esta situação a Europa só vai contar consigo própria. Terá que se rearmar, e á cautela instalar mísseis nucleares na Polónia…Para dissuadir Putin de enveredar por novas conquistas

  35. Miguel Magalhaes , sim, o que diz está alinhado com a doutrina da NATO, e é inegável que a Europa negligenciou a sua defesa durante demasiado tempo. No entanto, o que faço é apenas observar os factos e procurar enquadrá-los numa perspetiva geopolítica, algo para o qual a Europa não estava preparada e, pior ainda, esqueceu-se de si mesma.
    Confiar plenamente nos tecnocratas de Bruxelas ainda me parece prematuro, pois continuam presos à lógica globalista instaurada após a queda da União Soviética. O momento atual deveria ser encarado como uma oportunidade para a Europa se repensar, aprender com os sinais dos tempos e redefinir o seu papel no mundo. O desafio está em perceber se haverá vontade política para tal.

  36. António Cunha Duarte Justo a Europa para ter algum papel no Mundo (para açterar o seu rumo) terá de criar uma Força Militar de Intervvenção Conjunta. Se não o fizer o seu fraco papel mundial, tornar-se-á nulo.

  37. Miguel Magalhaes penso porém que a força militar necessária não deveria ser construída com o motivo de destruir a rússia ou de a tornar impotente a nível de armamaento nuclear como pretende um representante da Ucrânia agora presente nas conversações da Arábia Saudita. Creio que uma certa falta de armamento europeu de que se fala com o argumento de uma suposta Rússia agressora tem pernas curtas! A sua perspectiva é interessante e corresponde a uma visão geopolítica baseada no “si vis pacem, para bellum” A ideia de que a Europa precisa de uma Força Militar de Intervenção Conjunta para manter relevância no cenário global tem fundamento, mas também os seus quês. É verdade que o mundo está cada vez mais multipolar, com potências como China, Rússia e os EUA disputando influência e será importante que a Europa tenha capacidade de ação e de mediação.
    Creio que a Europa ainda não está madura para isso porque pensamento a nível estratégico só parece ter a Alemanha, a França e o Reino Unido e estes não tratam com respeito os países parceiros porque organizam tudo no seu sentido e próprio interesse. Alem disso na Europa há países propósito mais intervencionistas como a França e ultimamente a Alemanha enquanto um país como a Áustria é mais pacifista. O desvio de muito capital para a indústria de guerra favorece as potências europeias e por outro lado significa um progressivo empobrecimento europeu da classe média e baixa.
    É verdade que uma Europa, sem uma capacidade militar própria, pode tornar-se irrelevante no cenário internacional. No entanto, o caminho para isso é complexo e depende de uma união política e económica muito difícil de alcançar quando nos países mais ricos por vezes se pensa numa estratégia de duas velocidades para a Europa. Penso que no sentido europeu da palavra e não apenas da EU – que se encontra demasiadamente dominada pelo pensamento anglo-saxónico e pouco latino – o mais importante seria iniciarem-se conversações com a rússia porque a longo prazo só uma tal orientação oferecerá perspectiva!
    Boa noite, António Justo

  38. As “tentativas de paz” de Trump não são descartadas como irrelevantes, são descatytadas como falsas. A única “paz” em que Trump está interessado é uma ordem mundial em que a Rússia fica com a Ucrãnia, os EUA ficam com a Gronelândia e a UE deixa de existir.
    Não temos, felizmente, de escolher entre a paz e o pão. Podemos ver-nos perante a proverbial escolha – ou canhões ou manteiga – mas, com um PIB 12 vezes superior ao da Rússia, antes de não termos manteiga para barrar o pão eles não terão pão para barrar. FB

  39. José Luiz Sarmento Ferreira, ao menos podia dar-se ao trabalho de comentar este post em vez de despejar textos pré-feitos que nada têm a ver com a presidente da Comissão Europeia…!!! FB

  40. Rui Dias José , uma presidente da Comissão Europeia apenas delegada, não eleita democraticamente, à frente de um batalhão de funcionários a trabalhar para agendas e não para o povo. Não se trata aqui de deitar abaixo mas de nos fazermos ouvir para que os interesses da Europa e dos europeus sejam tomados a sério e não os das lóbis.

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