Europa em Marcha para a Guerra

Ursula von der Leyen manda os Europeus apertar o Cinto… e o Gatilho!

A Europa está em polvorosa! A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pegou nas suas trombetas mediáticas e anunciou ao mundo que é hora de trocar o pão pela pólvora. Num discurso épico — e sem direito a perguntas, porque quem questiona é inimigo da “verdade” e dos valores da União Europeia —, a líder germânica em Bruxelas apressa-se a apresentar o plano “Rearmar a Europa”, um ambicioso projeto que promete mobilizar 800 mil milhões de euros para a defesa do continente; pressa esta para que se criem factos que contrariem entabular conversações. Porque, afinal, nada une mais os povos do que uma boa guerra, evitando para isso conversações sérias.
A ideia é simples: enquanto os cidadãos apertam o cinto para pagar a crise energética e a inflação, os Estados-membros vão abrir os cordões à bolsa para comprar tanques, mísseis e drones. E, claro, não podia faltar um extra de 150 mil milhões de euros em financiamento para os 27 países da UE, porque nada diz melhor “solidariedade europeia” como gastar dinheiro em armas em vez de hospitais ou escolas.
Portugal, sempre na vanguarda da obediência, já contribuiu com 700 milhões de euros para a causa bélica e agora prepara-se para desembolsar mais 300 milhões. Afinal, quem precisa de investir em saúde ou transportes quando se pode ter um caça F-16 a sobrevoar o Algarve?
Enquanto isso, os media, em perfeita sintonia com os funcionários de Bruxelas, continuam a tocar a música da guerra num ritmo de verdades e mentiras. A narrativa, cuidadosamente construída desde a Conferência de Munique em 2007, ignora a Ucrânia como cavalo de Troia moderno, manipulado por oligarcas internacionais, EUA, EU, NATO e Inglaterra. As tentativas de paz de figuras como Donald Trump são descartadas como irrelevantes, porque, convenhamos, quem quer paz quando se pode ter uma boa guerra para distrair as massas e encher os bolsos dos que se alinham atrás do Reino Unido?
Von der Leyen, com a sua retórica marcial, apela aos europeus para deixarem de viver… para viverem a guerra. Mobilizem-se soldados, roubem-se citadinos e aldeões! – parece ser o lema não oficial. E, se alguém ainda duvida da seriedade do plano, basta lembrar que até os fundos de Coesão — sim, aqueles que deviam reduzir as desigualdades regionais — podem ser desviados para comprar armas. Prioridades, não é? Já se conta que dos fundos de reforma alemã foram desviadas verbas para a Ucrânia.
A respeito da Ciência da Burrice: num mundo onde “burros mandam em homens de inteligência”, como diria o poeta António Aleixo, talvez a burrice seja mesmo uma ciência. E, se for, a Europa está prestes a doutorar-se com louvor. Enquanto os cidadãos comuns se perguntam como vão pagar as contas do gás e os alimentos que compram, os líderes europeus garantem que o futuro está em… mais armas.
Resta saber se, no final desta marcha bélica, só sobrará algo mais do que dívidas e cinzas. Mas, os deuses do olimpo Bruxeliano, asseguram que teremos um continente “seguro e resiliente”…

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

8 comentários em “Europa em Marcha para a Guerra”

  1. Pedro Torres de Castro , está tudo feito ao bife! O Reino Unido que sempre foi perito em explorar os outros – lembre-se a pirataria inglesa que esperava os barcos portugueses vindos da Índia, etc. e os assaltava e depois os chefes dos piratas eram elevados à nobreza! Como Zelenskyj já tinha assinado o acordo por 100 anos e por isso foi recebido até pelo rei. Isso só acontece quando há pesca grossa! Não há obediência, o que se trata é ver quem mais se adiante em participar da presa ucraniana! Trump, esse pelo menos fala abertamente o que os outros fazem pela calada da noite. Trump disse abertamente que quer a sua parte da presa mas oferecia para isso tratado de paz! A EU não, essa quer guerra para poder ir buscar da Ucrânia a parte que pertencerá à Rússia!

  2. é isso tudo!
    Mas por este andar, se a Alemanha se começar a rearmar desatinadamente como o Merz diz : Whatever it takes“ koste, was es wolle.”” ainda vão mas é os russos,os americanos, os ingleses ocuparem as bases que deixaram há algum tempo !

  3. Compadre Toni , é verdade. Os figurinos da EU e do Reino Unido acompanhados de Merz parece a criançada no jardim infantil a correr para o arsenal das bmbas como se se tratasse de um cesto de doces. Eles querem ver se juntam o dinheiro enquanto as pessoas não acordam, porque depois de Trump entrar em conversações poderia tornar-se tarde para justificarem a tolice de tanto dinheiro que terá de ser pago pelas gerações vindouras. Os juros estão neste momento em 2,5% que ano por ano se terão de pagar o que corresponde a muitos milhões por ano mesmo que os juros desçam. Sim, na Alemanha Merz parece ser um lobyista de armas. E imagine-se o esrespeito da demcracia. Ainda não estão no governo e já tomam providências para que atempadamente seja aprovada a barbaridade

  4. Calma, calma, calma ! Ainda vai haver surpresas. A Alemanha e os Países Baixos estão contra. Parece que soo Macron a apoia mas tem os franceses contra. O caldinho nunca vai estar pronto.

  5. Macron acaba de anunciar que é contra cessar fogo. Zelensky anunciou que não iria negociar com a Rússia. Os “dirigentes” Europeus, querem-nos arrasar.

  6. Marco Almeida , sim, mas eles estão sempre a repetir a mesma ladainha! Zelensky conseguiu meter na Constituição a não negociação com a Rússia; a situação está muito ensarilhada.. A maior parte da UE com o Reino Unido e a França sempre afirmaram querer a guerra a todo o custo. O leme da EU sempre foi: a “Victória”. Estão todos afeitos ao bife! Só é de admirar que paises como Portugal que não são convidados para as cimeiras das potências que têm grandes interesses económicos e políticos sigam os interesses delas.

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