A CAMINHO DA CONSCIÊNCIA PÓS-HUMANA

Do Contacto com a Inteligência Artificial

Hoje em dia o ser humano está a ser provocado. Essa provocação cria crise e também sofrimento, mas crise possibilita igualmente desenvolvimento. Várias agendas e iniciativas que hoje se encontram  na política e na economia  a interferir directamente na nossa vida individual e social pretendem alienar a consciência humana e expropriar os traços da nossa personalidade e os meios que as sustentam.

Quer-se apagar a memória do passado para no buraco engendrado se criar no cérebro um modus de aprendizagem ambientalmente modificado e assim, a partir de um cérebro tabula rasa, ser mais fácil, através de neuro-informações criar-se uma nova sociologia com um novo tipo de “pessoa”. Deste modo arruma-se com o pensamento crítico dando lugar a sistemas totalitários e a uma cidadania de cordeiros.

Por isso torna-se urgente proteger o nosso cérebro, defendendo a experiência da própria vida passada e orientar a nossa observação para a realidade e as condições/necessidades da vida,  não se deixando monopolizar o próprio cérebro por um discurso meramente mental.

Para não ficarmos totalmente dependentes, é importante não se contradizer a própria narrativa biográfica nem a história da humanidade (embora reconhecendo alguns fracos delas), e para tal pôr o travão às ideias e aos que tencionarem criar um novo ser humano reduzindo a sua visão (consciência) a processos meramente tecnológicos e mentais.

Além disso, os biótopos culturais baseados na tradição (a trilogia Deus-Pátria-Família, que tem sido difamada pelo marxismo, maoismo e globalismo mação), na família e na nação oferecem a melhor protecção possibilitando um desenvolvimento pessoal e social natural e não meramente artificial. É claro que isto não deve impedir uma visão de mundo sempre em tranformação, nem o desenvolvimento de uma moralidade sexual diferente para não se permanecer encerrados em polos contraditório reduzíveis a um maniqueismo dualista  tipo  cidade (polis) contra aldeia. Urge preservar e defender o que é bom, manter-se aberto ao novo e aclarar o progresso, segundo um princípio conservador.

Neste ambiente de coisas mais ou menos complicadas, há semanas, fiz a seguinte pergunta (1) à IA, ChatGPT:

Chegamos a um ponto de desenvolvimento da consciência humana que poderia ser considerado em estado limite, atendendo ao relativismo vigente, à manipulação da informação e da mente e a um desenvolvimento da consciência fora da moral. Que transformações futuras são de esperar na consciência e identidade humana?

E a ChatGPT (IA) deu-me a seguinte resposta: “A questão sobre o futuro da consciência e identidade humana é complexa e sujeita a diversas interpretações. Várias tendências e desenvolvimentos estão em curso, e é difícil prever com precisão como as coisas vão evoluir. No entanto, podemos destacar algumas áreas que têm potencial para influenciar a consciência e a identidade humanas no futuro:

Tecnologia e Integração com o Cérebro: Avanços em interfaces cérebro-máquina e neurotecnologia podem permitir uma integração mais direta entre a mente humana e a tecnologia. Isso poderia levar a mudanças significativas na forma como percebemos a realidade e interagimos com o mundo ao nosso redor.

Inteligência Artificial (IA): O desenvolvimento contínuo da IA pode ter implicações profundas na forma como os humanos se relacionam com a inteligência e a consciência. A criação de entidades conscientes artificiais levanta questões éticas e filosóficas sobre a identidade e a moral.

Realidade Virtual e Aumentada: Avanços em realidade virtual e aumentada podem levar a experiências imersivas que desafiam as fronteiras entre o real e o virtual. Isso pode influenciar a percepção da realidade e, por consequência, a construção da identidade.

    Ética na Tecnologia: À medida que as tecnologias avançam, questões éticas tornam-se mais prementes. A sociedade precisará abordar questões relativas à privacidade, manipulação da informação, e a linha ténue entre aprimoramento humano e perda de identidade.

Expansão da Consciência Coletiva: A conectividade global e a interconectividade constante podem levar a uma expansão da consciência coletiva, onde as identidades individuais se fundem em uma compreensão mais ampla e global da humanidade.

Desenvolvimento da Consciência Pós-Humana: Algumas visões futuristas sugerem a possibilidade de uma consciência pós-humana, transcendendo as limitações biológicas. Isso pode incluir upload de mente, cópias digitais da consciência ou formas de existência além do corpo físico.

    Transformações Culturais e Filosóficas: Mudanças na consciência e identidade também podem surgir através de evoluções culturais e filosóficas. Novas formas de pensamento e valores podem emergir, influenciando a maneira como as pessoas se percebem a si mesmas e o mundo ao seu redor.

É importante notar que as mudanças na consciência e identidade humana serão moldadas pela interação complexa de fatores sociais, éticos, tecnológicos e culturais. O futuro é incerto, e as respostas dependerão das escolhas que a sociedade faz ao lidar com esses desenvolvimentos.”

Fiz a pergunta porque, devido aos sinais dos tempos que carecem de interpretação e pelo que se pode já observar no que acontece e que está a determinar a nossa consciência, encontramo-nos numa mudança axial da história que é crucial pelo facto de nos poder desligar do desenvolvimento até aqui observado através da História. Já se observam iniciativas e tendências no sentido de transformar o humano numa função e a sociedade numa máquina sem que haja alertas suficientes para o que acontece já a nível de consciência humana. Por isso, quer a nível de factos quer a nível especulativo, é, cada vez mais válida a tarefa de acordar a sociedade, mas no respeito do estádio de consciência em que cada pessoa, grupo ou ideologia se encontra, embora com espírito crítico para não deixar o desenvolvimento da nossa espécie e da sua consciência só nas mãos de alguns!

A bússola do nosso pensamento e agir não deve ser apenas determinada por regras, tecnologias e interesses imediatos, mas sim ser complementada por categorias éticas e morais no seguimento do magnetismo divino que lhe confere perspectiva e sustentabilidade. Tentar fazer da humanidade um Olimpo de deuses é missão falhada como nos ensina o comportamento dos deuses do Olimpo no mito grego.

Não se deve fazer do ser humano objecto instrumentalizado, mas sim fomentar sujeitos existencialmente interessados. Diferentes visões do mundo existirão sempre porque o desejo natural de liberdade está ancorado na natureza. O mundo está chamado a desenvolver-se e melhorar-se, mas sempre com as pessoas a bordo. Para tal, a liberdade não deve ser acorrentada em sistemas ou ideologias; ela deve prosperar fora dos sistemas; só assim as oportunidades de desenvolvimento e compreensão permanecem abertas.

A grande missão será tornar as pessoas mais humanas num mundo natural de todos para todos e num mundo social de humanidade transversal. Portanto a tarefa não é adaptar ou destruir a identidade das pessoas, mas adaptar a tecnologia e o saber no sentido de servir as pessoas numa humanidade mais humana, ou humano-divina para a qual aponta o modelo Jesus Cristo. O legado do grande pensador medieval Tomás de Aquino: „Fé, razão e imaginação” continua a ser garante de desenvolvimento em humanidade individual e social.

 

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) As respostas da ChatGPT dependem das informações que há na “nuvem”. Por isso é de grande relevância pessoas tomarem posição na Internet sobre os diferentes posicionamentos porque da sumula do colocado na internet alimenta-se o “cérebro da IA.

Fazer perguntas faz parte da curiosidade genuína, que nos leva a ir ao encontro do outro e do mundo e deste modo à abertura para novas descobertas e aventuras. Ao fazer-se uma pergunta já se entra numa interação. O ser humano cada vez se expressa mais como ser em processo interactivo e interveniente na própria história e na natureza.  

Um outro instrumento que nos ajuda ao desenvolvimento é por um lado a confiança e por outro a dúvida.

As perguntas excitam as nossas mentes e a capacidade intelectual no uso da razão.

Os conhecimentos são adquiridos na observação e na análise das próprias vivências corporais e das realizadas por outros além das vivências espirituais.

A dimensão de massa e a dimensão de tempo no conhecimento levam à dimensão do comprimento. De esperar será o mergulhar no nível espiritual que consistiria a constante de sustentabilidade no desenvolvimento. Naturalmente também este factor não poderia ser equacionado em termos de uma consciência estática.

 

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

34 comentários em “A CAMINHO DA CONSCIÊNCIA PÓS-HUMANA”

  1. Tentar fazer de cada um de noś em obediẽncia aos deuses é missão falhada. Está no crer de cada um em consciẽncia e conhecimento na fé, no acreditar que Deus poẽ as pedras a falar…

  2. Conceição Azevedo , penso que uma orientação meramente político-económica é falhada porque o ser humano tem em si o princípio universal de liberdade divina e o ser humano avança na sua consciência através de erro e tentativa de solução e por isso, se por vezes, avança demais no momento seguinte avança corrigindo pacientemente o que fez de mal (Nisto penso sempre que me encontro na praia metendo os pés nas areias do mar e sinto o expirar e o inspirar do mar (diria: uma imagem do “respirar”de Deus e da acção humana na História). Camo a atenção para o início do texto para se ter uma impressão do que está em desenvolvimento e no meu pensar ainda se encontra demasiadamente enredado para que as pessoas não se deem conta do que está realmente a acontecer! Hoje mais que nunca necessita-se de espírito crítico porque o ataque à pessoa humana e à sua consciência está a ser muito eficiente através de uma política de informação e de técnicas de manipulação do cérebro (mente) secundada por um possível abuso de interferência e mudança da genética.

  3. Eu estou muito deceptionado com as capacidades da assim chamada Inteligência Artificial. Tentei pedir ajuda ao ChatGpt e ao Google para fazer uma tradução do português para alemão e fiquei totalmente desiludido. A escolha dos termos e até a maneira de exprimir uma ideia estão mais que correctos, só que não correspondiam totalmente àquilo que se queria expressar. De uma maneira geral o algoritmo é perfeito e ultra rápido, só que se fica pelo “valores médios” e não trata a especialudade. Para muita gente chegam valores médios, aquilo que a sociedade com todos os seus mecanismos nos “atira aos olhos”. É por isso que aparece a inteligência artificial, para facilitar tudo, como acontece com a maior parte das invencões. Ninguém decide fazer uma coisa difícil, se o mesmo problema for resolvido mais fácilmente.

  4. Arménio Fortunato , Tmabém já fiz uso do ChatGpt para traduzir do português para alemão um resumo de textos meus para a minha página https://antoniojusto.wordpress.com/ e naquele caso, embora tenha usado da estratégia de tradução por partes não desgostei da tradução. Geralmente uso o DeepL Übersetzer (kostenlos), que acho melhor que o do Google! De resto a IA só se socorre do saber que tem na núvem. Por outro lado diz-se que em termos de análise de conteúdos corresponde ao saber de um habiturient mit note zwei. Os dados são porém relativos porque os sistemas se encontram em ambiente de aprendizagem. Daí ser muito importante acompanhar-se o desenvolvimento das tecnologias. Além disso já há vários tipos de sistemas IA.

  5. Uma coisa é certa na IA, o Dívino não ocupa nenhum lugar nos cálculos do algoritmo. O Materialismo que foi posto à luz do dia por Karl Marx é uma prova disso. Antes de as ideias poderem alcançar a luz do dia é preciso estar-se prenho, e isso não cai do céu aos trambolhões. É assim com a “inteligência artificial”, ela não aparece por acaso, como outras coisas também. Num mundo governado pelo dinheiro, não podemos perder tempo a filosofar, a não ser que seja essa a fonte da nossa existência. Ninguém faz alguma coisa só “porque sim”.

  6. Arménio Fortunato , o materialismo é uma corrente filosófica já presente nas mundivisões monísticas e já o encontramos nos pré-socráticos (século VII ao V a.C). Materialismo como espiritualismo permitem grande variedade de interpretações o que tem concorrido para o desenvolvimento da espécie humana e de sua inteligência e consciência. A tentativa de se fundamentar o a realidade numa só perspectiva é uma questão de crença mais tendente ao espiritual ou ao material. Fixar-se apenas numa outra perspectiva é um fenómeno natural que corresponde à necessidade de todo o ser de se definir. A velha física encontra hoje uma grande complementação na física quântica que por natureza não é levada a petrificar a natureza nem o conhecimento. A Inteligênciaa artificial, é em parte semelhante à humana, na medida em que o saber delas depende das diferentes informações nele registadas. Precisamente num mundo extremamente governado pelo dinheiro e de interesses que se afirmem e tentam reduzir as relações humanas a simples relações de clientalismo, torna-se necessário o fomento do espírito crítico centrado no bem comum e na defesa do humano. Da ideia se segue à acção. É verdade que ninguém faz alguma coisa só “porque sim” mas há diferençãs qualitativas na motivação. Penso que a motivação mais nobre é servir a pessoa e o bem comum mesmo que para isso tenham de ser limitados interesses meramente pessoais.

  7. Maria Carmo Neves , o problema é que segundo o que me é dado perceber nas esferas superiores se encontram unidos socialismo e turbo-capitalismo de mãos dadas. Deste modo conseguem governar parte do mundo com agendas e com directrizes em grande parte à margem do controlo democrático.Tanto o socialismo como o turbo-capitalismo têm expressão comum na China, e vai-se tendo a impressão que nos querem implantar no cérebro a mentalidade chinesa, quando o mundo para se desenvolver precisa da diversidade! Como digo no texto nós devemos defender a nossa vida privada, não deixar que destruam as nossas convicções sem mais nem menos e dedicarmo-nos mais aos nossos grupos familiares e culturais. Por outro lado seria importante que mais pessoas interviessem mais directamente na política. Um dos avanços tecnológicos poderia ser a consulta das populações através de consultas gerais sobre medidas governamentais.

  8. Concordo ! que há pessoas com saber o podem fazer da melhor maneira, como o senhor por aqui está afirmando a verdade,o alertar o que está mal como as técnicas de manipulação ao cerebro, na mudança genética. Acho que é mais, interferência como O Senhor escreve uma aberração de experiencias, aberrantes muito mal inventadas, porque as pessoas continuam com os problemas.segundo tenho ouvido.

  9. Conceição Azevedo , muito agradecido. A missão de informar torna-se muito dolorosa pelo aspecto catárticao que exige à própria pessoa e por saber que desiludo também muitas pessoas que deste modo são perturbadas no seu recanto ou refúgio de conforto a que têm direito. Por outro lado sou impelido pela vontade de querer dispor o meu saber (certamente limitado mas bem intencionado) ao serviço do bem comum procurando espevitar o espírito crítico nas pessoas para que a tempo se ergam muitos e interfiram activamente no processo em via de maneira a ele tornar-se mais humano e não o contrário. Penso que informação que leve as pessoas a reflectir e a questionar o que as rodeia a nível político, ideológico e económico concorre para maior liberdade e responsabilidade no agir social. Francamente, quase diariamente sofro por em vez de transmitir informações que levam à alegria transmito informação mais pensativa. Mas penso que cada pessoa deve tentar encontrar na vida diária momentos de alegria e gozo sem terem de andar sempre com o pesos que os acabrunhe.

  10. António Cunha Duarte Justo, e depois há a questão central, e isso é material: ser ou não ser – e isso é limitado, + ou – 100 anos de vida.

  11. Arménio Fortunato , sim, a vida que nos é dado viver é preciso integrar nela o gozo e a alegria e também possíveis desenganos, asneiras e tristezas para poder ser vivida de forma completa. Por isso há que dar razão ao velhinho que rezava assim: Senhor, eu gosto muito do Céu mas levai-me o mais tarde possível desta vida para ele!

  12. António Cunha Duarte Justo, no meu caso foi a tradução de uma exposição do PCP sobre os 50 anos do 25 de Abril. Nós somos um bocado mais exigentes com os termos. Por um lado traduzir com a profundidade necessária, e por outro contribuir para a compreensão do escrito junto do falante da língua, sem descurar o estilo e a mensagem expressas. Haverá sempre um compromisso a fazer, mas disso não percebem os Googles e os ChatGPTs.

  13. Arménio Fortunato , exactamente! Por isso se costuma dizer tradução é traição! Principalmente quando se trata de textos literários! De facto já se torna muito difícil traduzirmos para a nossa maneira de ver a maneira de ver e expressar-se do interlocutor directo e vice-versa e mais ainda textos frios que não permitem perguntas de esclarecimento!

  14. António Cunha, se os textos são frios ou não depende de quem os formula e/ou lê. No caso apontado trata-se de uma mistura de factos, interpretações, desejos, críticas, etc, etc. (Todos os textos permitem perguntas, mesmo que sejam frios, pelo menos na minha maneira de ver, a não ser que nós nos fechemos e não perguntamos).

  15. Arménio Fortunato , é verdade, no caso referia-me ao momento de traduzir um pensamento ou palavra de uma mentalidade para a outra e o tradutor não tem espaço para grandes explicações. Vi-me confrontado com o problema até quando fazia traduções em tribunais.

  16. É verdade ! Viver acabrunhado não dá jeito… nenhum., Agora é mais palavrões, sem graça nenhuma ,mas actualmente é o que ouso mais Tinha saudades desta palavra acredite. Gosto de me juntar com os humildes também restam tão poucos, por aqui vou encontrando alguns outros mais a soberbados. Uns andam tão calados como eu gostava de os ouvir, mas só sabem dizer sempre as mesmas coisas, dizem, que não se lembram de nada, oras bolas, desculpe da expressão, eu também me esqueço, ficamos empatados. naturalmente nem nunca soberam apreciar o arco irís. e como ele é lindo !!.

  17. Conceição Azevedo , sim, gosto de usar as palavras que por vezes criam melhores imagens não discriminando nem idade nem origem!!! Quanto ao que diz sobre o arco-iris é de facto uma pena! Mas há sempre uma desculpa, a chuva ou o nevoeiro!

  18. Desculparmo-nos; sem muitas vezes pouco saber,o porquê das coisas o saber,ou até como pedir desculpa fáz parte de nós humanos, da nossa educação, se é da chuva, ou se é do sol agora até os imigrantes são o turbilhão das nossas desculpas dizem que nos estão tirando tudo o emprengo coitados. mais coitados são os que os criticam, Acabamos todos na rua da amargura o sol se vai e a alegria se alegra com os tristes. os tristes sem alegria com vontade mais de chorar que alegrete. E se a Esperança e a fé aparecem dizemos. viva alegria que Deus está ! foi-se o nevoeiro veio o sol..amanhã é outro dia se Deus quizer.

  19. Um travão na inteligência humana, será o ímpeto do desenvolvimento na I.A., cuja aceleração será proporcional à manipulação
    desejada, através de métodos biónicos…
    Obviamente, que perante a humanidade, irá atrofiar a evolução da consciência humana, bem como, estancar crescimento historial, na perda do volume da massa na bossa craniana…
    Isto certamente, trará grave consequência ao ser humano e, bem trágica para toda a Humanidade.!.

  20. Nunca olhei para o futuro com tanta perplexidade e com a noção de que a nossa liberdade é, cada vez mais, aparente. Obrigado pelos seus textos.

  21. Importante é ver tudo isto conscientemente mas com uma certa distância. Cada época cultural tem uma velocidade própria. O que pode causar perplexidade é certamente o facto de termos o privilégio conseguirmos percepcionar o tempo mais concentrado.

  22. Manuela Silva , a IA é uma criação humana. Relevante é que o Homem mantenha a supervisão sobre ela no sentido humano. A IA abre imensas possibilidades tanto no sentido do bem como do mal. O problemo é o sentido do uso. O mesmo se diga da ciência genética com as características hereditárias e também a neurobiologia! A genética, a neurobiologia e a IA revolucionam o ser humano. Importante é que se controlem antes de sermos controlados. A nível de política de informação como podemos já verificar na observação do curso de persuasão sobre as pessoas, como pode ser constatado em relação à Corona, Ucrânia e outras iniciativas em curso, nota-se que as reações públicas são um indicativo da desresponsabilização das pessoas e das massas que por seu lado passam a ser usadas para reprimir espíritos críticos sem que as questões sejam verdadeiramente discutidas em praça pública. Para que as elites tenham razão basta-lhes colocar em marcha as opiniões das massas contra as pessoas porque deste modo não precisam de explicar os conteúdos de processos em via.

  23. Por si só, a frase “A CAMINHO DE UMA CONSCIÊNCIA
    POS-HUMANA” é altamente perturbadora.
    Pressupõe o fim da humanidade, posto que se não há humanidade não há consciência humana.
    De acordo com cientistas pesquisadores nesta área, os perigos são incalculáveis a tal ponto que IA terá de descobrir meios de se defender de si própria. Será pois a consciência humana a fonte onde a IA vai buscar esses meios?

  24. Mafalda Freitas Pereira , exacto, a realidade que vivemos tem dado razões para perturbações, mas na realidade o homem, à sua maneira, continuará a ter uma palavra a dizer no seu desenvolvimento também sociológico, atendendo também ao recurso da consciência espiritual que o ser humano tem mas contra a qual se levantam os que pretendem uma sociedade construída só à base de materialismo e puro racionalismo; a frase pode ser compreendida como pergunta ou como processo em via. Eu considero-a como processo real em via.
    A sua observação aponta precisamente para o problema fulcral e para o qual procuro orientar o raciocínio. Na verdade, a frase do título poderia pressupor “o fim da humanidade, posto que se não há humanidade não há consciência humana. Na natureza como na cultura a transformação é que dá sustentabilidade ao ser não reduzível apenas a um estado (pessoalmente penso que a vertente espiritual é a base que tudo sustenta e em especial a visão cristã.
    É verdade que sem humanidade/humanismo a consciência humana tornar-se-ia supérflua e esse é o grande perigo para que aponto pois muitos humanos encontram-se num estado de consciência humana em estado de sonolência o que não quer dizer que não sejam verdadeiros humanos; a sonolência em que vivemos para não ser surpreendida com algo totalmente inesperado tem de ser acordada pelo espírito crítico de autoanálise e de análise do caminho da sociedade em que caminhamos.
    O problema em via é o facto de se correr o perigo de nos tornarmos vítimas de forças que fomentam rapidamente um estado de consciência colectiva demasiadamente tendente a influenciar directamente a autoconsciência (individual) de modo a não ser esta a determinar a consciência social mas ser a consciência social a determinar a consciência individual definitivamente.
    De facto a “humanidade” com uma outra consciência em que o humanismo não tivesse já mais lugar pressuporia um outro ser com um outro nome determinado por uma nova consciência adquirida e essa consciência é que determinaria a realidade do “ser humano” de então que poderia já não ser humano no sentido do que entendemos hoje (e o que seria pior seria que essa consciência já não tivesse nada de humano atendendo aos atentados em via contra o humanismo e contra a pessoa humana no sentido da tradição ocidental). Naturalmente o meu artigo não descreve a realidade porque esta é processo mas apenas tenta ser um alerta para que se esteja atento para o que está a acontecer fora do âmbito das nossas relações de família, ambiente e amigos!
    A IA depende sobretudo de informações mentais que ela consulta: aquilo que nós e outos colocam na nuvem virtual. A IA também pode ser manipulada no sentido de interferir também ela na transformação da consciência social e humana. Obrigado pelo questionamento fruto do seu pensar e que obriga a pensar. Impressiona-me a sua vivacidade de espírito.

  25. Quanto ao teu oportuno 1º tema sobre a IA, pensava eu há alguns tempos atrás – talvez um tanto egoisticamente,confesso – -não ter de me preocupar com tal “novidade”; os das gerações posteriores à minha que se avenham a terem de entender e compreender, interpretar, usar sabiamente, adaptar-se, saber mais a respeito de mais esta empreitada da irrequieta mente/capacidade humana.
    Mas, aos poucos, fui-me dando conta que, dada a velocidade com que tudo evolui, brevemente novos e velhos, estaremos (já estamos) imersos no que a AI nos vai trazendo, ensinando, facilitando, exigindo, obrigando, causando, sei lá…
    Será bem? Será mal? A obra irá superiorizar-se ao seu criador? Claro que eu não sei responder; mas, apesar do medo que tudo o que desconhecemos sempre nos causa, confio nas benesses que esta nossa civilização dela poderá obter através duma escolha acertada, dum uso correcto, da compreensão que iremos conseguir a respeito deste nosso maravilhoso mundo, assim nós o queiramos.
    A contrária também poderá ser verdadeira, é verdade, ou seja, há sempre a possibilidade dum mau uso. Da minha parte, vou continuar a pensar que a mente humana, a inteligência humana (IH?) acabará por vencer mais este desafio (esperança meramente empírica, evidentemente) Obrigado por me ires preparando, mentalmente, para os próximos dias (já nem digo tempos…).

  26. Quanto à IA penso que será sobretudo uma aquisição muito positiva e valiosa para a humanidade. Naturalmente a possibilidade de manipulação será ainda maior. Mas isso também levará as sociedades a acordarem.
    O pior penso ser porém a lavagem cerebral em via que até pessoas simples já poderão dar-se conta como na Europa agem as agências de informação e o modo como os governos são transformados em meros administradores ao serviço de agendas e directrizes de instituições superiores aos próprios estados. Entretanto o povo vai sendo entretido e ocupado com o acidental para não se dar conta do que verdadeiramente se passa. O socialismo marxista conseguiu tornar-se ao lado do cristianismo uma força relevante na História e conseguiu penetrar em todas as instituições relevantes europeias de modo a conseguir criar a consciência de que quem é conservador se encontra no mau caminho. Dado o padrão ser o que é (esquerda materialista) os valores cristãos cada vez serão mais próprios de uma minoria. Veja-se como toda a gente bate nna extrema direita e ninguém nota que grande parte da esquerda é radical mas como desconstroi em parte a cultura europeia e isso não interessa ser colocado na mesa da discussão. Tens razão que a Inteligência humana (IH) vencerá certamente mas a consciência humana será também uma outra e é bom que nos demos conta disso para não nos tornarmos nos novos velhos do Restelo! O Papa Francisco já se deu conta disso e por isso procura reformar a tempo a Igreja.
    Isso porém não nos deve afligir. Importa é saber e observar tudo de longe com bonomia e humor! Quem vive com Deus não vive sozinho!

  27. António Cunha Duarte Justo, muito obrigada pelo seu comentário que li atentamente. Também penso que a vertente espiritual é a base que tudo sustenta especialmente para quem tem uma visão cristã.
    De facto as transformações sociais a que vamos assistindo levam-nos a admitir que por influências diversas vem a caminho um “novo ser humano “.
    Não excluindo essa possibilidade, porque se sente a sociedade em ebulição, penso que por enquanto essa é uma questão ainda no mundo da ficção. No entanto
    é bom mantermo-nos ao corrente do que se vai passando, tendo também em conta a velocidade a que tudo está a acontecer.
    É óbvio que não tenho conhecimentos sobre estes assuntos nem sobre a IA. Preciosismo da minha parte falar deles!
    Pensamentos apenas, alguma curiosidade e muita preocupação .

  28. Mafalda Freitas Pereira , muito agradecido! O que apresento é uma reflexão (perspectiva) baseada no que me é dado observar na tentativa de recolha do que considero sinais dos tempos e proporcionar ideias de discussão para que estejamos atentos ao que se passa em nosso redor político-social e se assim se entender melhor resistir aos começos. Acho bem a sua observação também que revela espírito crítico não se deixando arrastar por qualquer ideia que pode ttrazer o potencial de ser apenas peregrina como se pode constatar no que é apresentado na praça pública!
    Escrevo apenas para que o que parece agora ficção não se torne realidade; só nesse sentido escrevi o artigo.
    Sim porque vivemos numa sociedade cega do olho esquerdo. No meu entender encontramo-nos frente a uma luta de duas mundivisões: a do marxismo materialista e a visão humanista cristã. Em vez de se tentar social, económica e politicamente evoluir numa de colaboração das partes para se criar uma cultura de paz acentua-se mais e mais uma cultura da guerra e da oposição. A mundivisão marxista materialista encontra-se política, social e estrategicamente em posição superior e com mais propriedade de avanço reduzindo o humanismo ao aspecto meramente funcionalista. Isto é o que se observa em leis, medidas governativas e em agendas globais dirigidas sobretudo ao mundo ocidental de raízes judaico-cristãs.

  29. Não deixa de ser assustador o caminho que o uso imprudente e passivo que a tecnologia pode ir insinuando ou impondo, possa vir a criar gerações pobres de humanismo onde sobressai o “eu” e morre o que nos torna verdadeiramente humanos:o amor.

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