PARTIDO ISLÂMICO A ENTRAR NO PARLAMENTO EUROPEU PELA PORTA TRASEIRA

Partido turco-islâmico a ser preparado para as Eleições europeias de 9 de junho

Conscientes do que é poder, os turcos na Alemanha têm planos já avançados na fundação do partido turco “Dava”, uma ramificação do partido AKP de Erdogan (chefe de estado da Turquia). “Dava” quer participar nas próximas eleições da UE, em 9 de junho.

Com a participação nas eleições europeias dá-se um novo passo na islamização e promoção do curso islamista de Erdogan ampliando a sua influência na política europeia. Um passo que leva a Democracia na União Europeia a um beco sem saída que sem querer a Turquia na União Europeia a recebe pela porta traseira. O partido posiciona-se especificamente como um partido migrante sem apresentar qualquer medida concreta nesse sentido.

Erdogan tem muitos seguidores na Europa, como demonstraram as últimas eleições turcas de maio de 2023; dos 1,5 milhões de eleitores turcos na Alemanha 732.000 participaram nas eleições e 67,4% (500.000) votaram no autocrata Erdogan (1). Em França, Erdogan recebeu 66,57 por cento dos votos, na Áustria 73,88% e nos Países Baixos 70,45%. Os resultados mostram que muçulmanos embora vivendo em democracias favorecem governação autocrática.

Isto significa mais um fardo para a sociedade aberta. Segundo o senso de 2011 havia na Alemanha 530.596 turcos com nacionalidade dupla. A nova dupla cidadania permite a Erdogan ter mais influência na política alemã. O que é surpreendente é que os governos alemães ajudaram a criar guetos islâmicos (Ditib, etc) e agora vem o povo queixar-se e protestar contra Erdogan (Como de costume fora de lugar e a urinar no rio!…).

A propaganda de Erdogan a favor da organização terrorista Hamas terá um bom trampolim com base na Alemanha. A fundação do partido turco, Dava, virá justificar o demagogo ditador Erdogan que tornou socialmente aceitável a ação terrorista dos “assassinos do Hamas” dizendo que o Hamas é uma “organização de libertação”. O presidente turco, há alguns anos, durante a sua campanha eleitoral na Alemanha, disse aos “seus compatriotas” que “a assimilação é um crime”. Os alemães queriam trabalhadores que enriquecessem a sua economia e descuidaram o facto de com os trabalhadores vir o islão.

“Dava” é a abreviatura de Aliança Democrática para a Diversidade e o Despertar e lembra “Da’wa” (significa „convite” ao Islão) que promove o proselitismo islâmico. Assim entrará na instituição europeia o radicalismo pela porta traseira. Dava é uma associação extremista que destruirá a política partidária alemã e acentuará a crise da cultura europeia. A médio prazo, terá chances de crescer e se tornar um partido do governo.

Partidos que fomentam o Gehto na sociedade são naturais em democracia e um direito de cidadãos livres, mas são desestabilizadores da mesma, o que pode vir a questionar o estatuto de dupla nacionalidade.

Partidos, para obterem mais eleitores a longo prazo, fazem propaganda com a oferta da dupla cidadania a estrangeiros; esta forma de se conseguir membros e lealdade partidária torna-se problemática muito embora a nível individual signifique a aquisição de mais direitos e obrigações. O abuso do uso da dupla nacionalidade a nível político vem prejudicar a legítima exigência de outros estrangeiros que por razões pessoais estariam interessados nela.

O abuso político da dupla nacionalidade fortalece o espectro político de uma esquerda não interessada na defesa de interesses genuínos das populações Dado não haver a barreira de 5% para o parlamento da UE, o surgimento de partidos nacionalistas (p.E. Dava) terá como consequência que a UE um dia virá a introduzir a barreira dos 5%, o que corresponderá a desfavorecer a diversidade de partidos pequenos a nível nacional e um desvio da democracia para as grandes organizações.

O islão encontra-se em marcha na Europa impondo-se a nível social e de maneira mais eficiente pela via do poder através de corporações e instituições (Seria miopia criticar a inteligência islâmico-turca quando tudo o que acontece se dá por obra e graça dos nossos políticos, mas o povo está condicionado a continuar alienado a bater no Zequinha (imigrantes!).  Primeiro afirmaram-se através da filiação em partidos do país para onde imigraram e agora saindo deles para formarem os seus e deste modo se estabelecerem mais facilmente nas instituições dos Estados. Primeiro através da filiação em partidos e agora saindo deles para formarem os seus e deste modo se estabelecerem mais facilmente nas instituições dos Estados. Imitam a estratégia do movimento de 68 (afecto ao socialismo) que hoje, uma vez instalado na política e nas organizações de Estado, consegue inteligentemente impor com facilidade a sua ideologia política.  A esquerda tem feito bem os seus trabalhos de casa só com defeito: à custa dos contribuintes e da desvantagem das populações e de seus biótopos culturais e em benefício dos demais! Um meio termo não parece ser de interesse quer para os partidos da direita como dos da esquerda.

No que respeita ao islamismo a política do arco do poder encontra-se num beco sem saída, porque, por um lado, por interesses partidários e, por outro, para não proporcionar atitudes anti-islâmicas na população não permitem um discurso livre na sociedade e deste modo limitam o processo de pensamento necessário impedindo um discurso racional sobre os fundamentos e os objetivos da comunidade islâmica organizada.

Nesta perspetiva revela-se errado a simplificação do caminho da dupla cidadania promovido pelo governo alemão para uma ideologia que se afirma no gueto.

Fomentam o” casamento” com duas identidades opostas (sistemas de valores diferentes) e depois querem que as pessoas só se deitem na cama com uma. A liberdade na democracia tem prioridade, e tem de ser reconhecida também aos adversários da democracia de que também eles fazem parte. O que está em via é a luta pelo poder e quem sofre são as pessoas independentemente da pare em que se encontrem.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) https://www.tagesschau.de/faktenfinder/kontext/wahl-tuerkei-deutschland-100.html

Na Alemanha ocorrem entre 10.000 e 20.000 naturalizações por ano.

Outra estatística do Gabinete Federal de Estatística mostra que a naturalização de cidadãos turcos na Alemanha foi de 14.230 em 2022. Isto coloca a Turquia em segundo lugar em 2022. A Síria ficou no topo com 48.320 naturalizações e a Roménia ficou em terceiro lugar nestas estatísticas com 6.965 naturalizações. Em quarto lugar ficou o Iraque com 6.810 e em quinto lugar ficou a Ucrânia com 5.560 naturalizações. https://migrando.de/blog/einbuergerung/doppelte-staatsbuergerschaft-tuerkei/

 

https://www.bpb.de/themen/migration-integration/laenderprofile/deutschland/254191/doppelte-staatsangehoerigkeit-in-deutschland-zahlen-und-fakten/

 

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

11 comentários em “PARTIDO ISLÂMICO A ENTRAR NO PARLAMENTO EUROPEU PELA PORTA TRASEIRA”

  1. Imparável. Com o passar do tempo as fronteiras vão-se esbatendo. Perda de identidade dos países.
    Raças, culturas, religiões, política…

  2. Mafalda Freitas Pereira , sim, é a realidade em marcha! Em vez de fronteiras limites seria bom a possibilitação de certa osmose possibilitadora de interculturalidade sem por trás haver a intenção do domínio e do poder! Em vez de se defenderem identidades humanas e abertas há uma luta contra a identidade porque se quer fazer das pessoas terreno maninho. Por isso a maior luta cultural que no momento se encontra a travar na sociedade é contra o cristianismo (e a esquerda activa utiliza todos os meios para o difamar com histórias passadas com a intenção de com elas justificarem a agressão muçulmana contra o diferente, e de difamarem tudo o que é conservador. É que a pessoa no Cristianismo não se deiixa reduzir a uma simples gota do oceano e isso incomoda os grandes cruzeiros que navegam na sociedade! Para se desresponsabilizarem tornaram-se anónimos e e querem um formato de pessoa que seja anónimo também, sem eira nem beira, apenas com a mente transformada em antena! As pessoas cada vez se encontram mais no meio de lobos, por isso devem defender-se e defender a própria definição (identidade) no meio de outras identidades também legítimas. O socialismo materialista faz propaganda contra a possibilidade de se definir (contra a identidade) numa filosofia de transformar toda a pessoa em proletário carente.

  3. António Cunha Duarte Justo, por cá às vezes noto no discurso político vontade de possibilitar integração e acolhimento procurando até ultrapassar humanamente algumas barreiras e admitindo existir riqueza no intercâmbio cultural.
    Há, todavia, opiniões mais vindas da extrema direita que só querem distância. Por isso e para não falar das perseguições ao Cristianismo, e outras questões que interferem com os nossos hábitos, muita água vai correr debaixo da ponte até que haja entendimento entre as diferentes partes, se é que isso um dia vai ser possível.
    Daí que em todo este processo acho que a sociedade em geral só poderá esperar mais perdas do que ganhos.
    Entretanto, na medida das nossas possibilidades não nos deixemos manietar.

  4. Mafalda Freitas Pereira , sim, é verdade, mas o prolema do discurso político é ser construído e avançar numa lógica dialética de afirmações, contradições e contraposições. Uns fazem algo e exageram cometendo erros e outros exageram e cometem erros no querer corrigir! A política vive de uns e de outros vivendo do desacordo que no fim de contas, a caminho de lesma serve o bem comum!! Em questões de poder quem melhor conseguir espalhar a sua ideia mais apoio recebe.
    Quem está à frente tem necessariamente de provocar o pó de abrir caminho para que o povo possa passar mais ou menos descontraidamente. Falar do pó que produz a esquerda ou a direita, a extrema direita e a extrema esquerda seria assunto que valeria a pena mas que pressuporia o uso de máscaras contra a poeira.

  5. A propósito e por causa da lógica dialética do discurso político, dos exageros, erros, acordos e desacordos referidos no seu comentário, não é de estranhar que o cidadão comum ande confuso, preocupado e desmotivado.
    O problema é transversal
    Esquerda, direita, extremas e centro e vem de há muito tempo.
    “Que país é este onde depois de lhe tirarem tudo o povo continua a ajoelhar-se quando passa a procissão?”
    Miguel Torga
    Tanto trabalho para psiquiatras e psicólogos, não apenas neste país.
    Há que pôr a máscara e evitar a poeira.

  6. Manuela Silva , a sociedade ocidental é uma sociedade aberta e democrática, por isso a deversidade continuará. O problema com que se depara a sociedade pós-guerra é o do encontro da sociedade europeia aberta com a sociedade islâmica fechada. O islão é uma sociedade fechada e como tal fomentadora do gueto islâmico. Um dos exemplos é a perda da integridade territorial da Sérvia devido à separação do Kosovo fruto da minoria islâmica vinda há séculos para a Sérvia .

  7. Manuel Adaes é verdade, mas a sua opinião não teve grande publicidade porque não interessava ao regime.Thilo Sarrazin tinha razão no que escreveu em “” Deutschland schafft sich ab” que constituía uma boa base argumentativa para uma discussão pública séria mas foi irradiado porque não convinha que das elites alemãs partissem tons críticos relativamente a uma política de imigração indiferenciada e irresponsável. Quando as elites conseguiram, através da imprensa calar uma pessoa séria do seu meio quanto mais fácil lhe é hoje tomar iniciativas de maneira a que o povo em geral pense como eles querem: é o que se deu com com o Corona-vírus, com a guerra na Ucrânia, etc. e anteriormente com o Iraque, Afeganistão, Kosovo …

  8. Fica muito preocupante, a coexistência dessas tão opostas culturas.
    Questiono-me porque razão a Europa se submete assim à soberania islâmica. Como em nome do multiculturalismo, se esquece a sã convivência e a segurança…

  9. Manuela Silva , a ligação tradicional da Alemanha à Turquia e a pressão dos EUA (interesses da NATO) para que recebesse turcos como imigrantes, aliadas a interesses económicos pois os imigrantes além de servirem o mercado de trabalho alemão com as remessas dos imigrantes turcos para a Turquia possibilitavam-se maiores transações na exportação da Alemanha para a Turquia. Aos interesses de um capitalismo cada vez mais forte juntavam-se os interesses de um socialismo anticultural interessado em enfraquecer a cultura ocidental e sua tradição. No meu entender a globalização veio favorecer o multiculturalismo contra o interculturalismo. Agendas vindas de entidades superiores devem direccionar as políticas nacionais mas estas só podem ser direccionadas a partir de fora na medida em que sejam enfraquecidas dentro delas. Os governantes correm o perigo de com o tempo serem transformados em meros administradores!

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