NOVAS ELEIÇÕES EM PORTUGAL A 10 DE MARÇO 2014

Uma Oportunidade para Portugal passar da Cepa torta?

No meu entender esta foi uma boa decisão do Presidente para não deixar margens para mais manobras partidárias.

Costa permanecerá como chefe de governo interino até ser substituído após as eleições. O Parlamento permanece operacional apenas até ao decreto formal do presidente de dissolução, que acontecerá depois de aprovar o orçamento de Estado e alguma outra lei importante.

Segundo informou a imprensa, Costa apresentou a sua demissão ao Presidente depois de a polícia ter revistado a sua residência e a de outros políticos e empresários do governo.

O Presidente Rebelo de Sousa ordenou novas eleições para 10 de março. Só seria de esperar que esta não fosse mais uma estratégia de forças detentoras do Estado para tentarem fugir ao julgamento do cidadão; esta suposição é legítima num país onde a esquerda (PS) tem ocupado todos os lugares relevantes do Estado com a comparticipação de partidos da oposição, pertencentes ao arco do poder também eles mais ou menos comprometidos ou coniventes com a corrupção  por interesses pessoais.

Passo a citar um documento que me chegou às mãos sem que reconhecesse a fonte, mas pela evidência e sobriedade da apresentação oferece dados que obrigariam a repensarmos em termos de Estado: “António Costa demite-se do Governo e deixa: – A maior carga fiscal de sempre: 36,4% do PIB – A maior dívida pública de sempre: 276 mil milhões de euros – O maior número de portugueses sem médico de família de sempre: 1,7 milhões de portugueses – 42,5% dos portugueses em risco de pobreza antes de transferências sociais – O menor número de processos findos nos tribunais portugueses desde 1985: 524 mil (com exceção de 2020, ano de maior impacto da pandemia) – O ano de menor acesso dos cidadãos à justiça desde 1979: 484 mil processos entrados nos tribunais portugueses – O pior mês da história do Serviço Nacional de Saúde, nas palavras do próprio Governo – 583 mil utentes em lista de espera para consultas – 235 mil inscritos em lista de espera para cirurgias – 32% dos utentes a serem atendidos para lá do tempo recomendado´ – Médicos e enfermeiros em guerra – Professores e auxiliares em guerra – Forças Armadas em processo de falência e com níveis operacionais em risco – Crise total na habitação, impossibilidade de os portugueses conseguirem casa para morar´ – A própria Economia a começar a definhar, o último trimestre já foi de contração. Esta é uma fotografia real, com dados oficiais, de alguns dos mais importantes indicadores da sociedade que somos. É neste quadro que António Costa se demite.”

Agora os portugueses têm a oportunidade de durante os próximos quatro meses repensarem a maneira de estar do Estado português e em especial sobre a promiscuidade político-económica de muitos dos seus governantes e outras forças em que se apoiam.

A promiscuidade e o compadrio institucional é tanto – também na imprensa e TV – que já brada aos céus, mas seria necessária uma força sobre-humana do povo para poder remover do Estado e do país a gangrena que o tolhe.

Um regime político que transforma o seu povo em rebanho prescinde até de pastores porque a sua elite pode viver melhor na anonimidade, bastando-lhe, para isso, alimentar bem os seus cães de guarda.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

5 comentários em “NOVAS ELEIÇÕES EM PORTUGAL A 10 DE MARÇO 2014”

  1. Portugal desde a sua fundação,nunca saiu da cepa torta.A política actual está cheia de betinhos(Schikimikis)que diáriamente passeiam pelos corredores da Assembleia da República. Todo os países da União Europeia sofrem este problema,não existem estadistas.Bom fim de semana,e tudo de bom.Mau tempo no Gerês.

  2. Esta é a realidade deste país, então, abandonamos as pescas a agricultura, deslocalizamos a indústria metalomecânica pesada, construção naval, a textil e a do calçado, o que podemos esperar. Ainda a algum tempo, alguém afirmava que eram necessárias cinco Auto-Europas, mas podemos esperar sentados.

  3. Antonio Luzeiro , sim, tivemos de renunciar a pequenas e médias empresas para darmos oportunidade às grandes empresas das potências da EU que receberam subsídios para dominarem e nós passarmos em troca a ter o direito algumas compensações da EU que transformaram os nossos governantes em adequados administradores.

  4. No avião, nesta viagem li o teu e-mail com todas estas notícias importantes, com pormenores ainda desconhecidos para mim e agora reli no WhatsApp e apercebi-me ainda mais das estatísticas que tão mal deixam o governo findo de António Costa.
    Portugal ficou muito prejudicado. O Presidente da República tentou aguentar o governo, mas, ele chegou a um ponto tão fragilizado que Costa teve de se demitir!
    Vão haver eleições antecipadas e a data de 10 de março a mim não me agrada pq nesse dia já não estou em Portugal! Comprei o voo para o Brasil para ser no dia 28 de fevereiro. Não posso votar!

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