Estratégia de Ataturk para modernizar a Mulher
O traje islâmico tem a sua origem num culto à divindade Astarte (1), deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia (Fenícia).
Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem exceção, tinham de se prostituir num determinado dia do ano, nos bosques sagrados, em redor do templo da deusa Astarte. Nessa festividade todos os homens podiam ter relações sexuais com qualquer mulher.
Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se, no dia da festa, a usar um longo véu como proteção da sua identidade.
Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económicas e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar de uma por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.
Atatürk pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte: «Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestirem como quiserem, no entanto, todas as prostitutas devem usar a burka».
No dia seguinte, não havia ninguém de burca nem niqab na Turquia. Hoje acentua-se o uso do lenço. Da prostituição institucional onde a mulher era, num dia, presa aberta para todos os homens, com Maomé o uso da BurKa ou do lenço, sinaliza que a mulher já pertence a algum homem ou é reduzida a símbolo religioso.
É interessante que a Bíblia também faz referência à imoralidade do rei Salomão que pecou contra o seu Deus ao prestar culto à deusa Astarte (1 Reis 11,5). Os egípcios, mais tarde, deram-lhe o nome de Isis, e os gregos de Afrodite e Hera.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
Pegadas do Tempo
Texto completo (2014) em http://antonio-justo.eu/?p=2826
PODER RENOVADOR DA MULHER:
Desculpe, mas onde encontrou provas desta origem?
Já não recordo a referência de onde colhi a informação. A literatura académica sobre o assunto é controversa. A literatura especializada diz basicamente isto: Astarte (Ashtart / Aštart) foi uma deusa semítica associada ao amor, fertilidade e sexualidade na Fenícia e regiões vizinhas. O uso de véus e de regras de cobertura feminina existe no Antigo Oriente Próximo muito antes do Islão, ligado a marcadores sociais (status, distinção entre mulheres livres e escravas, normas legais). Há textos e leis assírias que tratam do véu. A prática de cobrir-se no mundo islâmico resulta de múltiplas fontes: normas pré-islâmicas no Próximo Oriente, interpretações legais e religiosas islâmicas, e fortes dinâmicas culturais regionais e históricas. O véu e práticas de cobertura têm múltiplas raízes, práticas de status no Antigo Oriente, legislação e costumes locais, e depois adaptações e interpretações dentro de contextos islâmicos e regionais.