A ovelha tem um forte sentido de pertença! É um animal frugal e muito rico pela carne, pelo leite e pela lã (Na Alemanha em 2010 havia 22.300 explorações com 2,1 milhões de ovelhas).
A sua utilidade fez dela uma grande acompanhante da humanidade e isto já desde há 11.000 anos, altura em que era domesticada na região do Iraque.
Com o andar do tempo tornou-se também num objecto de culto e num animal de sacrifício (ainda hoje no islão).
Na Páscoa o cordeiro, desempenha um grande papel como símbolo, (cordeiro de Deus) e em lugares cristãos, na páscoa, à mesa, é usado um bolo em forma de cordeiro com uma bandeira.
A ovelha ou cordeiro encontra-se referida na Bíblia em 196 lugares, 159 no Antigo Testamento e 37 vezes no Novo Testamento. Abraão imolou ao seu Deus, um cordeiro, em vez do seu próprio filho (documenta-se com isto o passo dado no desenvolvimento da consciência da pessoa humana!).
Também na fuga do Egipto, do povo de Israel, os israelitas colocaram sangue de cordeiros nos umbrais das portas para que o anjo da morte poupasse as suas casas (origem da festa judaica Pessach).
O cordeiro indefeso tornou-se na imagem de Jesus; ele é o cordeiro de Deus que é abatido e supera a morte; nele o mundo deixa de ser culpabilizado.
A imagem do cordeiro com a bandeira da vitória simboliza a ressurreição de Cristo.
Jesus não é só apresentado na tradição religiosa como o cordeiro de sacrifício mas também o é como o bom pastor que apascenta as suas ovelhas atribuladas e dá a sua vida por elas.
Ficando ainda na simbologia, há que acautelar as ovelhas dos lobos e que reconhecer quando os lobos se vestem de cordeiros.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo