Merkel perdeu Penas, mas conseguiu unir a EU na sua Causa pelo Asilo
António Justo
Na falta de ferramentas jurídicas e políticas que regulassem a imigração, os políticos europeus sentiam-se sobrecarregados e incapazes de enfrentar uma “indústria” que vive em torno dos imigrantes, e reunir esforços contra os traficantes de refugiados que determinam muita da imigração.
A Chanceler alemã tinha anteriormente acordado, na visita de Mácron à Alemanha, fortificar a Frontex (fronteira europeia), criar um gabinete europeu de asilo além de centros de recolha de refugiados fora da Europa e criar parcerias monetárias à semelhança da EU com a Turquia.
O esforço de Merkel em conversações bilaterais com diversos políticos da EU deu agora frutos provisórios e o seu papel de moderadora na Europa afirmou-se uma vez mais, sob a pressão do seu ministro do interior. Os seus resultados estão-se a ver na declaração comum da cimeira com a aprovação dos 28 Estados, embora a aplicação das decisões se deem numa base voluntária . O compromisso em questões de asilo (seguir uma política europeia comum) foi alcançado em grande parte devido a perspectivas de cedências da Alemanha, perante a França, nos sectores de economia e finanças na Zona Euro.
Resultados da Cimeira (28-29.06)
A chanceler Ângela Merkel congratulou-se com o compromisso sobre asilo que satisfez as pretensões da Áustria, Itália, Polónia e em parte dá satisfação ao que o Ministro interior alemão Seehofer exigia.
Os Estados europeus comprometeram-se a
– Criar centros de desembarque de migrantes fora da EU em cooperação com a agência de refugiados da ONU, ACNUR e a Organização Internacional de Migração. A Polónia ficou contente e avisou que “Não haverá transferência forçada de refugiados”.
– Aumentar verbas para países do Norte de África e Turquia; Merkel acentua: “Eu coloquei muita ênfase em dizer que queremos trabalhar em parceria com a África”.
– Criação voluntária de centros em território europeu, onde se identifiquem as pessoas salvas no Mediterrâneo com direito a pedir asilo e os imigrantes económicos que não têm esse direito.
– A agência de fronteiras Frontex será aumentada até 2020.
Andrea Nahles, líder do SPD, congratulou-se porque ” temos uma solução europeia em termos de migração”. A líder do grupo parlamentar da AfD, Alice Weidel, criticou as decisões sobre a política de asilo na cimeira da UE como “meio cozido”. “A gestão genuína das fronteiras será fornecida pela Frontex até 2020, deixando a UE aberta por mais dois anos”, disse Weidel.
Talvez este compromisso seja o mal menor! De facto, a Europa tem sido gozada também por traficantes e seus apoiantes que misturam torturados e perseguidos com outros grupos de interesse de desestabilização da EU.
Com a criação de campos fora da Europa e a criação de centros de distribuição em território europeu, sofre a humanidade e a solidariedade com os mais fracos; em compensação evita-se uma certa anarquia dentro dos Estados e os países ricos e mais abertos passam a ver limitado o procedimento constitucional dentro dos países, poupando custos exorbitantes nos processos judiciais que evitam e na dificultação de toda uma “indústria” que vive dos refugiados/imigrados.
Falta talvez um Plano Marshall da Europa para África, que com o dinheiro poupado apoiasse os países africanos, tal como fizeram, outrora, os países vencedores, em relação à Alemanha.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo,
Quanto a Portugal, se não seguirmos o caminho da bilateridade com o Reino Unido e com os USA e não intensivarmos as reações com os países lusófonos continuaremos na Europa em fora de jogo. Para isso teríamos que nos descobrir como país, comopovo, como o empreendedor Portugal! Enquanto a nossa classe política se contentar em produzir Ronaldos para tarefas internacionais fora do país e não aprendermos a ser equipa a jogar bem em casa permaneceremos de cabeça no ar a olhar para os louros que seriam então enfeite se tivéssemos cabeça para isso!
Creio, ‘a distancia de um Oceano, que Portugal tem de sair do clientismo politico de servir-se em lugar de servir o Pais. Creio que os politicos portugueses teem uma trela que acaba nas maos de forcas externas, e nao se governa minimamente, ao contrario, deixa-se governar (se e’ que se pode aplicar o termo).
Walter D. Gameiro
in FB
É uma doença crónica de certas elites da nossa sociedade ao longo dos tempos. Ainda não chegaram ao mundo contemporâneo, perdendo-se em interesses corporativistas! Povo ainda está por nascer na cabeça de muitos que nos dirigem e de facto não se encontra presente nos nossos desígnios históricos.
Nao sei caro António Cunha Duarte Justo, pelo que vejo aqui nos USA, os interesses corporativistas sao os donos do baralho. So’ eles teem o poder financeiro de colocar os lobbies em funcionamento, e a correspondente corrupcao esta’ a vista diariamente, a comecar pela media americana e a acabar nos congressistas de ambos os partidos, onde uma maioria significativa e’ abertamente Globalista.
Ou seja, aqui nao e’ muito melhor..
Walter D. Gameiro
Walter D. Gameiro, a prática corporativista em Portugal tem impedido a formação de uma consciência cívica desenvolvida.
Ja’ sai de Portugal ha’ 25 anos. Acredito que sim, que esse seja um dos problemas principais.
Walter D. Gameiro
O corporativismo e os inícios da república são assuntos pouco analisados em Portugal porque não há interesse em saber a raiz de muitos problemas que temos hoje e que estão em relação com interesses que não se identificam com o bem-comum: interesses elitistas de caracter ideológico, económico e político.!
António Cunha Duarte Justo acredito que sim. Aqui nos EUA nao e’ diferente. Estamos cada vez mais proximos de uma Guerra Civil de novo, entre americanos. Agora mesmo, embora ja’ se saiba o que e quem causou a reaccao antidemocratica e anti-Trump primaria, insultiva em publico e afectando 90% da media que claramente obedece a uma serie de directivas colectivas, a verdade e’ que a justica esta’ contaminada politicamente, e nao sei mesmo se uma guerra civil sera’ evitavel. Acabei hoje mesmo de por na minha pagina um artigo que conclui isso mesmo, e quais as suas causas. Creio que as causas nao sao muito diferentes das que levam Portugal e outros paises Europeus pelos mesmos caminhos.Portugal, tal como EUA, salvaguardadas as devidas proporcoes, estao dominadas por um elitismo que esta’ mais centrado no nacional espertismo do que no interesse comum, mesmo que isso afecte a Nacao. Mas a forma como evoluiu e’ estranhamente “muito similar” para ser coincidencia. Aqui sera’ mais serio porque estamos armados, segundo nosso direito constitucional, e ja’ se comecam a ouvir vozes de pessoas que estao preparadas para usar armas, se necessario. Essa aceitacao do que parece inevitavel, esta’, no meu entender, a crescer. Talvez as minhas diferencas culturais com muitos americanos nao me permitam identificar o sentimento correctamente, mas isto e’ que eu sinto.
Walter D. Gameiro
Muitíssimo obrigado pela introspecção ou vista que permite também sobre a situação americana. Na EU observa-se uma luta entre ideologias e grupos pelo poder,é uma guerra fria em que grupos se assenhoreiam da verdade que vive à custa da negação da verdade dos outros. Na falta de formações culturais na disputa séria da verdade e da liberdade assistimos a lutas de grupos com ideologias leves na disputa de poder. Também em Portugal, na tradição de uma maçonaria à portuguesa, a nossa justiça dá pelo menos a grande impressão de se ter tornado presa dela (um elitismo republicanista de caracter de coutada socialista sente-se não só senhor mas também intérprete único da realidade). Um jacobinismo (camuflado de progressismo) aliado a uma mentalidade maniqueia tradicoinal encontrou nos fundadores da nossa República a expressão que tem determinado o nosso destino nacional. Por isso marcamos passo na História sem Hipótese de desenvolvimento que não seja na admiração do estranjeiro pelas nossa elites em geral e no desprezo pelo que é nacional porque cheira a povo! Quanto a Trump, desisnstabilizou um pouco a classe política e económica dominante o que provocou uma reacção epidérmica exagerada. A informação pública encontra-se muito condicionada pela rivalidade económica e ideológica. Resumindo: temos um sistema democrático em que grande parte das elites se apoderaram ou acomodaram a ele vivendo da democracia mas sendo contra a democratização da democracia.
Sem duvida. As elites tomaram de asslto, pela forca do dinheiro, toda a midia que tenha expressao em termos de mercado, atraves de seis corporacoes. Isso esta’ provado pela investigacao. Dominam as TVs, a Radio, os Jornais, Revistas e impressao de livros por meio de seis mega corporacoes, estruturadas seguindo a formula do Himmler, para que nao se saiba quem sao os donos pelos nomes. Essa verdade que eles possuem, faz-me lembrar o Ministerio da Verdade, cuja figura aparece no livro 1984 do George Orwell, e que agora, pelo menos aqui, ja’ e’ personificada pela media americana e creio que da Europa pois as corporacoes sao as mesmas. Ja’ se mente com calma Olimpica nas maiores cadeias de TV e embora possam fazer algumas retraccoes sem alarde tudo segue na mesma como antes. As audiencias caem alarmantemente, em toda esta media corporatizada, mas os anuncios de outras corporacoes, das mesmas forcas, mantem-as no ar e as impressoras a trabalhar. Nunca li na Historia tamanho totalitarismo a nivel mundial. Evidente e’, para mim, que o mesmo fenomeno foi estendido ‘a UE a qual em si mesma ja’ e’ um sistema totalitario com sede em Bruxelas, que dita as leis aos paises, onde as assembleias apenas teem como arma um carimbo de borracha com a palavra APROVADO.
Walter D. Gameiro
FB
Na Europa, emissoras de radio e TV que antes se apresentavam com seriedade, tornaram-se hoje, sem vergonha, transmissoras de ideologias. Vi em emissoras alemãs e assisteo em especial na Euro News manipulações de imagens e de notícias no sentido de endoutrinação. Repetem-se imagens, repetem-se afirmações com intenções que a generalidade do público consome sem notar o que se está a passar. Hoje falta na Europa uma força conservadora consciente sendo os Média dominados por uma pseudo intelectualidade progressiste o que não permite o desenvolvimento equilibrado de um civismo consciente. A nível conservador os políticos são preguiçosos confiando no eleitorado mais simples e a esquerda é muito activa e bastante jacobina partindo de uma atitude bastante arrogante por não encontrar quem se oponha argumentativamente e por em geral se encontrar encostada ao aparelho do Estado e aos organismos que este directa ou indirectamente controla; além do mais a esquerda encostada às instituiões conseguiu meter na cabeça de muito boa gente que quem trabalha e tem sucesso é porque é fasista. Caro Walter D Gameiro, gostaria que me informasse quem são as seis corporações dominantes.
Tem toda a razao António Cunha Duarte Justo. Repare que o sistema ideal para um sistema dominado por uma elite e’ o comunismo. Essa elite ja’ tem os politicos na mao, pois anda ha’ anos a pagar as suas campanhas, o que os permite permanecer no poder, como teem na mao o fabrico de bens incluindo os alimentares. nada melhor que vender toda a producao ao Estado, o qual distribui pelos colaborantes e os demais, sao internados em campos de concentracao. No caso presente e aqui, ja’ estao prontos embora vazios por enquanto. Esse sistema levara’ ‘a escravatura, o que se coaduna com outros indicios claros como a reducao da qualidade do ensino, a superpopulacao artificial pela introducao de imigracao selvagem, como forma de conduzir ao plano Kalergi para formas um povo sem patria, nem bandeira, nem cultura, nem tradicoes, sem nada a nao ser a dependencia do Estado.
Walter D. Gameiro
Prezado Walter D. Gameiro, tenho lido alguma coisa sobre o plano Kalergi e realmente, observando o desenvolvimento da UE chega-se a ter a impressão que tudo o que acontece está bem arquitectado por interesses bem defenidos mas à margem do povo e contra a tradição ocidental. Interesses económicos extremos parecem unir-se ao socialismo para formarem clientes e evitar pessoas e cidadãos conscientes. Creio que a China já está a fazer aquilo a onde os nossos políticos irresponsáveis querem chegar! O que mais me preocupou foi que antes de ler as ideias de Kalergi já tinha tido a impressão de se estar a seguir um tal plano! Isto chega a confundir uma pessoa mas por outro lado a alegrar-se por ver que as conclusões a que se chega andam muito perto da realidade.