MULHERES SEM ROSTO – UM PRIVILÉGIO ISLÂMICO?


Argelino paga as Multas a Mulheres que violem a Proibição do Nigab e da Burca

António Justo

A Bélgica (2010), a Holanda, a Suiça, a Áustria e a Alemanha proibiram, por lei, o trajo do nigab e da burca, nos espaços públicos.  Quem infringir a proibição das máscaras terá de pagar uma multa que vai até 150 €. Na Alemanha a infracção custa 60 euros. Também a motorista tem de ser identificável.

O milionário Rachid Nekkaz paga a multa de mulheres que violem a proibição de uso do Nigab e da Burca na Europa. O país onde assumiu o pagamento de mais multas foi a França; na Bélgica o número já chegou a 300. O muçulmano nasceu em França, estudou Filosofia e História na Sorbonne.  Criou uma Fundação com um milhão de euros para pagar multas, como diz, para “defesa da liberdade”. Nekkaz tem assim a oportunidade de se tornar pessoa pública e de usar da liberdade ocidental para promover o seu perfil, à maneira árabe, contra o ocidente. Deste modo instiga as mulheres a esconder o próprio rosto, que não lhes é dado ter, porque o rosto livre é sinal de pessoa livre e pode expressar a não subjugação.

A presença do rosto árabe nas ruas vale mais que a perda de rosto daquelas que o servem e expressam. Nekkaz, que se diz contra o Nigab e a Burca incita as mulheres a infringir uma lei que se legitima em nome do perigo terrorista e de um islão radical na linha de Maomé que tudo subjuga e instrumentaliza.

Para muitos muçulmanos a mulher deve ter a liberdade de concordar com a própria humilhação!

No Irão as mulheres que não se vistam à maneira islâmica já não têm de pagar multa, mas têm de frequentar aulas para “corrigir o seu modo de ver e o seu comportamento”. As mulheres e as meninas a partir dos 9 anos são obrigadas a trazer o lenço na cabeça e uma capa comprida que esconda os contornos do corpo. O instinto que não é dominado no âmbito masculino deve ser vingado e disciplinado no trajo feminino!

Imagine-se o bem que este senhor faria se empregasse o dinheiro das multas na promoção das mulheres na Argélia! Ele pensa candidatar-se para presidente da Argélia em abril de 2019.

António da Cunha Duarte Justo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

7 comentários em “MULHERES SEM ROSTO – UM PRIVILÉGIO ISLÂMICO?”

  1. Em Portugal muitas mulheres usavam lenços a cobrir o cabelo. A minha avô também usava. Era católica.
    Jorge Almeida
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  2. Ainda hoje há muitas mulheres que usam o lenço tal como muitos homens usam o chapéu em muitas culturas e também em regiões muçulmanas.
    Cada um deve vestir ou não o que lhe apetecer! O caso do Nigab e da Burca não é tão inocente como quer fazer ver porque corresponde à obediência a uma ética de exploração e subjugação da mulher pelo homem além de um testemunho público do islão radical que muçulmanos mais liberais condenam!

  3. Um bem-haja pela decisão, Anna Muzichuk ! Se elas não se descaracterizam quando vêm aos nossos países, por que hão-de as ocidentais fazê-lo? Atitude respeitosa pela condição de mulher ocidental. E, um dia, havemos de proceder da mesma forma, no wue respeita à construção de mesquitas!
    Manuel Francisco
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  4. Anna Muzychuk perdeu dois titulos, mas gangou muito mais. Ganhou a sua dignidade e lutou por aquilo em que acredita. Nenhuma mulher deveria visitar paises em que é tratada como um ser inferior. Parabéns!
    Patrícia Alves
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  5. Uma situação muito triste. Lamento que a Associação Mundial de Xadrez, ou o organismo que regulamenta este campeonato, não intervenha, impondo regras universais, comuns a todas as culturas.
    António José Rodrigues Rebelo
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