Europa a livrar-se de si mesma servindo-se da Arte ideológica como Serva da Política
Premissa crítica: A História ensina que as civilizações só subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica e de maneira inclusiva. A União Europeia segue no sentido contrário contrapondo o poder político-económico ao poder cultural, lutando mesmo activamente contra a própria tradição. Deste modo abre as portas ao autoritarismo de elites anónimas deixando a sociedade europeia à deriva e institucionalmente aberta para uma perspectiva de futuro sustentável do tipo islâmico ou do socialismo chinês. É natural e saudável que o povo brinque, mas essa não deveria ser a missão de quem dirige!
Na União Europeia tudo indica culturalmente que nos encontramos em pleno centro da cultura do declínio apesar do progresso técnico criado; uma leve observação do comportamento de governantes e das populações dá a impressão de todos terem entrado num estádio de puberdade já senil. As elites globais tornaram-se tão distantes do povo que não sentem qualquer obrigação para com o povo (Deus) nem para com as normas sociais ou legais (vivem noutras esferas!). Aboliram a contrapartida (o outro, Deus) reclamando o Olimpo para si e, deste modo, não sentirem responsabilidade humana, nem a consequente culpa ou remorso. Agem de tal modo que o povo passa a ser obrigado a perder a autoestima.
Nas praças públicas da sociedade encena-se cada vez mais uma arte barata que vive do voyeurismo e do exibicionismo que provocam sensibilidades e sentimentos religiosos, com atuações em torno da história bíblica, como são, entre outras, as da actriz Sara Cancerio que como freira nua, procura saciar os gostos da imaginação sexual do seu público e ao mesmo tempo provocar ondas de repulsa nos não consumidores. Não se trata já de corrigir e aperfeiçoar o passado ou costumes actuais, mas, simplesmente, de os destruir sem a responsabilidade de apresentar alternativas. Basta um oportunismo camuflado de ideias peregrinas como as do igualitarismo aliado ao liberalismo do sistema. Para se estar em dia tem de se recorrer aos ingredientes sexo e anti religião.
O Dr. Gabor Maté no seu livro “O Mito do Normal”, Kösel Verlag constata: “Quando uma célula do corpo começa a multiplicar-se à custa de todo o organismo, destruindo os tecidos circundantes e espalhando-se para outros órgãos, roubando-lhe a sua energia, incapacitando as suas defesas e, em última análise, ameaçando a sua vida, chamamos a este crescimento descontrolado cancro. Uma tal mudança maligna pode ser observada no nosso mundo atual. É controlada por um sistema que parece estar direcionado contra a vida. “
Nas velhas monarquias o poder político secular servia-se da arte religiosa para transmitir os valores que davam sustentabilidade ao poder de caracter linear ascendente e nas democracias modernas ocidentais o poder secular serve-se da arte para assegurar o seu poder momentâneo de caracter circular. Na cultura ocidental a arte assume, a passos largos, o papel da religião; nela os governantes, adoptam, nos seus ritos, o papel de acólitos, como se pode ver também no palco olímpico de Paris. E chamam a isto progresso (avanço para onde?)! Neste sentido, surgem, por todo o lado, os novos xamanes que se apropriam das palavras e ritos do passado para os devassar e assim justificar gratuitamente atitudes dos sublevados na sua missão de desconstrução da cultura ocidental, recorrendo para isso a preconceitos sobre o masculino e o feminino, numa sociedade contraditória a afirmar-se com uma matriz cada vez mais masculinizada e agressiva.
O ponto fraco da democracia reside no facto de políticos e eleitos se sentirem também chamados a seguir qualquer capricho individualista e narcisista que lhes apareça, porque em questão de valores perdeu-se o sentido histórico só valendo para eles um momento presente irresponsável que os leva a assumir o papel de tabula rasa onde se impregna o poder mediante a “crença” de que poder democrático significa seguir os caprichos e as necessidades primárias dos seus súbditos para deste modo poderem ser reeleitos e manter o poder e, sem exigências, também eles se dedicarem a fazer o que lhes dá na gana. O cinismo da questão está no facto de se querer fazer crer que quem mais ordena é o povo (quando este está condicionado a ter de seguir os actuais ou futuros líderes sociais).
As civilizações subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica: o primeiro dá consistência à polis (ao poder geográfico) cuidando do estômago (necessidades corporais e mentais imediatas) e o segundo ao da alma cultural (necessidade de sentido e missão).
O imperador Constantino (Édito de Milão de 313) teve uma ideia genial para conseguir manter o poder político e a unidade do Império Romano, recorrendo à religião cristã, conseguindo assim prolongá-lo até à queda do império romano (476), minado pelas forças bárbaras. A ideia de Constantino encontrou depois a sua realização na fundação do novo Império do Ocidente com a coroação de Carlos Magno para imperador no ano 800 quando reuniu em si o poder político e o poder religioso, condição necessária para a criação da civilização europeia (a separação institucional do poder religioso e do poder secular, salvaguarda a responsabilidade de o governante não poder agir a seu bel-prazer por haver um outro poder sublime (defesa do Bem, do Belo e do Verdadeiro) a que devia prestar contas; o grande perigo que hoje se observa na civilização ocidental é o facto de o poder político-económico não ter de prestar contas a ninguém (até a nomeação de órgãos independentes como a Justiça, é do encargo dos partidos políticos); o argumento de os governantes terem de prestar contas ao povo é precário dado a opinião do povo estar, por seu lado dependente das elites que controlam a informação.
Carlos Magno seguia a estratégia de dominar os povos vizinhos com a espada e pacificá-los assimilando-os na cultura cristã implementada através dos conventos (Deste modo possibilitou a formação de uma Europa baseada numa ideia imperial cultural prolongada através das nações!). No seguimento da mesma estratégia e a pretexto da União Europeia dá-se continuação à velha luta entre saxões e eslavos, hoje reactivada entre o Ocidente e a Rússia.
A prática hodierna do poder político-económico renunciar à religião (que lhe possibilitou a sua estruturação) e substituir o seu papel por alguns valores utilitários de caracter apenas racional, baseados numa agenda de valores securitizados na Constituição, conduz necessariamente a um poder económico-político ditatorial ou a contínuos conflitos sociais insuportáveis e destrutivos que conduzem à tribalização da sociedade. Não chegam medidas utilitárias e pragmáticas para se fomentar uma União Europeia digna da Europa, para isso precisa-se de um conceito visionário consistente e de caracter sustentável; seria necessário voltar-se ao ideário dos pioneiros da União Europeia. A ausência de uma consciência individual (destruição consequente da personalidade (alienada em valores legais) e redução da consciência individual a opinião subjectiva é favorável a um sistema político autocrático) conduz ao caos individual e social e obriga as autoridades a criarem um sistema de manipulação da linguagem pública e de controlo da informação de maneira a termos um sistema autoritário à medida do modelo chinês.
A pretexto da globalização liberal a Europa, que tinha atingido a estabilidade cultural, vê-se confrontada pelas forças político-económicas (autocratas de Bruxelas) que para apressarem a implementação do liberalismo económico global combatem equivocamente as tradições europeias e o cristianismo. (Não me refiro aqui ao cristianismo como fé, mas na concepção de cristandade).
A UE segue sem escrúpulos os interesses do poder e não se importa com o que acontece a outras pessoas e nações através das suas ações e sente-se autarquicamente confirmada pela própria ideologia nas suas ações legais; Boicotam o comércio com os hemisférios fora do seu poder, quando o comércio livre é considerado o bem-estar de todos os povos, enquanto os boicotes apenas protegem os interesses de uma empresa mundial sociopata que age sem qualquer consciência.
A crise em que se encontram as sociedades actuais e em especial a sociedade europeia é de alto risco porque expressa uma época de confrontação mental baseada na luta contra a tradição e valores da cultura ocidental. Não a querem ver sujeita ao processo de clivagem ou teste do tempo como se dava no passado. Querem implantar uma nova cultura criada artificialmente com novas éticas que facilitem o globalismo liberal materialista servindo-se para isso também das novas técnicas biológicas e digitais. Em vez de corrigirem o eurocentrismo e a hegemonia de tradições filosóficas intelectuais, no sentido de uma transculturalidade respeitadora das tradições culturais específicas querem fazer da cultura ocidental tabula rasa e para isso em todas as vertentes artísticas e ideológicas se observa a desmontagem do cristianismo.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
A Empresa C. Spire de tecnologia americana retirou a sua propaganda dos Jogos olímpicos fundamentando-a deste modo: Ficámos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimónias de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A C Spire retirará a nossa publicidade dos Jogos Olímpicos.
C Spire
@CSpire
We were shocked by the mockery of the Last Supper during the opening ceremonies of the Paris Olympics. C Spire will be pulling our advertising from the Olympics. https://x.com/CSpire/status/1817212284512481485
Depois temos gente do chegano. Queixem se ao papa que mesmo ele nao se pronunciou nem deu azo a fanatismos católicos conservadores que nao sabem interpretar o que viram.
Maria Magalhães, quando fanatismos se definem uns aos outros fica tudo explicado e igualado no relativismo das percepções. Facto é que “Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris emitiram um pedido de desculpas no último domingo (28) após cenas na cerimônia de abertura que remeteram à famosa pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.” Eles talvez estejam mais interessados nas interpretações factuais do que qualquer fiel seguidor de diferentes ideologias! A onda fanática não parece poupar ninguém seja da esquerda seja da direita; no fim o que vale é a opinião! Certamente não leu o artigo todo!
PÓLEMICA EN TORNO A LA ÚLTIMA CENA DE LEONARDO DA VINCI:
Daniel Samper publicó hace muchos años una portada en la revista Soho con una modelo con los senos desnudos y en el centro de La última cena, la pintura de Leonardo Da Vinci. Esto le valió ataques furibundos de la extrema derecha, incluso el energúmeno de Uribe lo tildó de pedófilo y Ordoñez lo llevó ante los tribunales por herejía y difamación.
Y si traigo a colación esta noticia antigua es porque mucho se ha hablado en estos dos últimos días sobre uno de los performances de los JO al que la extrema derecha cataloga como una herejía y una difamación; lo que ellos no saben es que ese performance es una parodia de una pintura del s XVI. Y así se hubiese tratado de La última cena de Leonardo Da Vinci no había lugar a la protesta.
Los que gritan “herejía” jamás han criticado el hecho que la religión judeo-cristiana, como todas las demás, tenga como pilar fundamental la estructura patriarcal; y eso quiere decir: machismo, misoginia, racismo, clasismo, homofobia, esclavitud, guerras mal llamadas “santas”, explotación de los más vulnerables, refugio de pedófilos; entre muchas otras infamias y crímenes. En otras palabras es una creencia mágico-religiosa extremadamente violenta y criminal.
Tampoco hay que olvidar que los mismos occidentales que se hacen llamar “cristianos”, al menos algunos de ellos, han hecho caricaturas de Mahoma; y eso me parece muy bien. No existe ninguna figura que no pueda ser objeto de una parodia artística.
Además no hay que olvidar que no sólo los JO son de origen helénico, es decir pagano, sino que el performance que tanto ofende a los fanáticos religiosos, realizado por los artistas Thomas Jolly y Daphné Bürki, está inspirado en la pintura el Festín de los dioses del pintor Jan Harmensz van Biljert vers 1635 (s XVII). Un poco de cultura general y más ecuanimidad no les vendría nada mal a algunos ignorantes que critican y que se dan golpes de pecho mientras que cierran los ojos cuando los curas pederastas violan miles de niños; ente otros crímenes cometidos por muchos de los curas de El Vaticano.
Berta Lucía Estrada ,quando fanatismos se definem uns aos outros com posições categóricas fica tudo explicado e igualado no relativismo das percepções. Facto é que “Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris emitiram um pedido de desculpas no último domingo (28) após cenas na cerimônia de abertura que remeteram à famosa pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.” Eles talvez estejam mais interessados nas interpretações factuais do que qualquer fiel seguidor de ideologias laicas ou religiosas! A onda fanática não parece poupar ninguém seja da esquerda seja da direita, seja de crença religiosa ou de crenaça ateia; no fim o que vale é a opinião!
O artigo transcende a polémica da “Última Ceia”.
A cultura woke na arte, não é, na minha opinião, uma cultura aberta, livre e diversificada.
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António Couvinha , é uma ideologia anti cultura tradicional com uma mensagem anti cultura ocidental. Toda a arte tem uma mensagem a transmitir!
O problema das interpretaçõe surge sempre quando opiniões se definem umas às outras com posições categóricas fica tudo explicado e igualado no relativismo das percepções. Facto é que “Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris emitiram um pedido de desculpas no último domingo (28) após cenas na cerimônia de abertura que remeteram à famosa pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.” O resto é música de acompanhamento para os ouvidos das diferentes ideologias!
António Cunha Duarte Justo, tudo dito!
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Na verdade a polémica é tão grande que a organização do JO retirou o video de abertura do seu canal do… Youtube. Entretanto, os russos, com “inveja” de não participarem lá vão emitindo os seus videos de “gozação”:
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João Gomes , houve protestos de todo o mundo também do não cristão.: https://youtu.be/CA1YJhUSuHM
https://www.facebook.com/carlito.cl.100/videos/1174849980388490/?rdid=JvYYnFPNKSlqybXw
É uma ideologia anti cultura tradicional com uma mensagem anti cultura ocidental. Toda a arte tem uma mensagem a transmitir!
Acabo de ler este teu denso texto de análise da situação europeia em que nos encontramos – a desconstrução dos valores que enformaram e tornaram grande a Europa. Daí a sua decadência e a substituição massiva crescente pela imigração islâmica. Concordo.
Abraço
Obrigado, caro amigo pelo feedback.
A conseguida abertura das olimpíadas serviram de coreografia para a comunidade queer Woken que consegue estrategicamente os melhores palcos para a espalhar a morte cerebral de uma sociedade cada vez mais acéfala!
Quanto à imigração islâmica, a longo prazo, trará consequências gravíssimas para os biótopos culturais europeus e para o cristianismo em geral mas maisperigosos ainda para a religião cristã revela-se o liberalismo globalista e relativista, de que o islão, como religião política, se saberá defender. Isto acelera-se devido à conivência dos governantes europeus com elites globais que no meu entender, se servem de movimentos como os do género, dos woken e bons transmissores da ideia socialista marxista. Ao resto cristão restará defender o humanismo nobre contra o qual se afirmará a ideologia anti humanista do transgénero e do transumano. O cristianismo tem um humanismo universal que com a sua ideia da solidariedade global o coloca em situação precária num mundo em que o militarismo e a afirmação do contra favorece a estratégia islâmica e do radicalismo de extrema esquerda e de extrema direita que criam factos e dos factos se alimenta a História.
A respeito de islamismo coloco aqui dados sobre a esperteza humana do norte de áfrica que viveram quase sempre em luta ideológica camuflada contra a Europa (De lembrar que o corso norte africano fez mais de um milhão e meio de escravos (principalmente escravas) brancos e isto em séculos pouco distantes.
Antigamente era o método do corso que levava escravos para as necessidades islâmicas da África do Norte e hoje instigados também pelas elites europeias enviam as suas incubadoras reprodutoras e islamistas, como faz actualmente o rei de Marrocos.
Os espanhóis já se queixam que o rei de Marrocos Mohamed VI, por ocasiões de festas religiosas, indulta prisioneiros que depois seguem para Espanha como refugiados! (Certamente Portugal, como, em questões de interesses nacionais, costuma a dormir e viver à sombra dos outros ainda não notou o que realmente se passa!)
Entre outras amnistias de Mohamed VI são de relevo a de 09/04/2024 onde foram concedidos 2.097 indultos a reclusos
A de 18/06/2024 foram indultados 1.200 reclusos
Já a 05/04/2020 tinha amnistiado 5.654 prisioneiros
Nas fronteiras espanholas têm notado a sua afluência. Pelos vistos dezenas de milhares de prisioneiros encontram as portas abertas para possíveis delinquentes. O rei de Marrocos mostra-se esperto porque além dearejar as suas prisões demasiado cheias vê, nos seus amnistiados, futuros missionadores da Europa.
Forte abraço do sempre amigo
Saudações. Muito Obrigado por esta serena reflexão, fundamentada na História…
E muito mais podeira dizer…Revolução Francesa, Deusa Razão, emancipação…
Grande Abraço e continue sempre a estudar e comparar pois a historia é sempre mestra de vida.
Muito agradecido, prezado amigo pelo feedback.
Desde o Marquês de Pombal entraram as ideias maçónicas a fazer parte da razão de estado e com o tempo também o socialismo marxista. Este inteligentemente serve-se da luta anti cultura judaico-cristã e do marxismo transformado em religião. Aprenderam dos árabes que a melhor maneira de vencer povos e cultura é unir religião e cultura num só pacote e servem-se para isso do marxismo materialista e do neoliberalismo como religião.
Forte abraço
Melhor contribuidor
Lamentável o que aconteceu
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Josi Araujo , os bispos franceses protestaram e houve protestos de todo o mundo também do não cristão; os representantes da organização também já lamentaram o sucedido e pediram desculpa; o problema é que o wokismo conseguiu passar a sua mensagem de desconstrucção da cultura europeia.
António Cunha Duarte Justo, bom dia. Lerei o seu texto com atenção e comentarei se for útil. Os primeiros parágrafos sugerem-me acordo geral com a ideia que expõe. Ressalvo, no entanto, numa primeira impressão, de que a contestação pela via da arte não é de hoje. Ela é “de todos os tempos” obviamente acentuando-se mais nox novos tempo, fruto da tecnologia e wokismo
libertário. Picasso, a seu modo, foi um wokista. Os Beatles, a seu modo, também o foram. E tudo em épocas em que a contestação a essa arte era realizada pelas ,”classes nobres” da sociedade. Mas voltarei ao assunto. Abraço
João Gomes , boa tarde! É verdade, por isso refiro no texto que outrora a arte era subsiada e usada pela religião para transmitir a sua mensagem e hoje é usada e financiada pela política e por grandes financiadores para transmitirem as suas ideologias. O problema é que a grande maioria dos cidadãos não se dão conta disso nem têm oportunidade disso. Abraço..
Eu não liguei a televisão para ver estes jogos. Desprezo completamente estes jogos.
Na RTP e noutros media muitos preferiram não entender a mensagem escondida por trás da arte apresentada porque esta vai no sentido da cultura Woke que apoiam. Também parodiaram o Bispo Saint Denis evangelizador da Gália no século III:
Na figura aqui não reproduzida encontra-se a paródia de S. Denis e o deus baco com cenas provocantes: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10224885793508279&set=p.10224885793508279&type=3
Lamentável a todos os títulos.
Mafalda Freitas Pereira , exactamente! A encenação Woke foi bem preparada e cheia de simbologia e poesia e conseguiu fazer passar a sua mensagem destrutiva em nome da liberdade da arte ; o problema foi realmente terem refinadamente ridicularizado o sacramento da eucaristia de que é símbolo a última ceia de Jesus com os apóstolos e ao mesmo tempo colocarem Dionísio/Baco, o deus do vinho… como alusão ao vinho da missa! Esta moda do grupo woke e activistas do género tem sido repetida por todo o mundo de influência cristã com cenas de sexo no altar, com cenas de mulheres nuas em igrejas em vez de Jesus na cruz, com danças de nuas com hóstias, etc. Tudo isto faz parte de agendas destinadas a atacar a cultura ocidental e suas bases para pouco a pouco brutalizar os sentimentos das pessoas para mais tarde melhor conseguirem um outro tipo de cidadão e de sociedade. Os cristãos têm-se mantido muito retidos contentando-se apenas com campanhas de oração como reparação e pedindo ao Senhor que essas pessoas respeitem o humano. O problema é que os cristãos por doutrina e filosofia (teologia) própria não se podem vingar como fazem os muçulmanos quando são caricaturados. Dado os governantes apoiarem tais grupos talvez um dia surjam grupos radicais no cristianismo que, contra os ideais cristãos, se tornem violentos para serem tomados em conta pelo poder. Oxalá a política deixe de ser oportunista para que a sociedade não chegue a maior tribalização de costumes barbáricos.
António Cunha Duarte Justo, pediu desculpas por se ter enganado de chamar Coreia do norte à Coreia do Sul.
Pesquise
Albino Antonio Santos Nunes , isso dizem os que querem desviar a bola para canto e apoiar o movimento Woke! Da Coreia do Sul houve patrocinadores das olimpíadas que retiraram o seu apoio devido aos abusos cometidos pelo movimento Woke!
António Cunha Duarte Justo as desculpas não se pedem, evitam-se, é um conceito básico e inevitável quando se tratam de cerimónias desta natureza, grandiosidade e responsabilidade.
Se fosse uma peça de teatro de um grupo amador, sem qualquer experiência, sem acompanhamento, nem supervisão, nem orçamento, nem visibilidade e responsabilidade pública, teria toda a razão: os miúdos pediram desculpa, foi sem intenção e nem se aperceberam o que estavam a fazer, mas não é de todo o caso…
Jorge Sousa , tem toda a razão: procuraram ridicularizar o sacramento católico da da Eucaristia simbolizado na última ceia misturando a cena também com a actuação do deus do vinho Bcaco/Dionísio parodiando a transsubstanciação eucarística (naturalmente a maior parte dos espectadores não estão dentro da mitologia cristã nem grega e não podem compreender o que aquele grupo Woke encenou verdadeiramente. Há muita gente que simpatiza com o grupo Woke e outros do género que actuam no sentido de ridicularizarem e decomporem a cultura ocidental e para esses vale uma tolerância fingida que esquece que os limites da minha liberdade são a liberdade dos outros e é próprio de pessoas sem respeito desrespeitarem os outros para deste modo se exibirem de modo gratuoito. Drag queens, uma modelo transgénero e uma cantora nua vestida como o deus grego do vinho Dionísio reencenam a “Última Ceia” de Leonardo Da Vinci; isto foi comunicado pela imprensa séria que não procura subterfúgios para desculpar os cúmplices da opinião destrutiva.
Ou seja: ninguém de hoje esteve na Última Ceia. Nem o primeiro artista que a pintou. Mas quando alguém, na sua liberdade artística, interpreta os relatos de maneira diferente, aqui d‘el Rei, que falta de respeito! Pessoal: tenham calma! Todos somos igualmente diferentes e diferentemente iguais. E a crença ou não, é um ato de pura liberdade!
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Manuel Campos , a expressão da liberdade como autodeterminação, independência, e autonomia não é ética se afirmada à custa da liberdade dos outros. A liberdade é de todos, mas o seu limite é a liberdade dos outros e entre humanos deveria valer o respeito mútuo. O argumento da tolerância é aqui descabido dado no caso vir servir a ideologia woke que não foi ofendida, pelo contrário, afirmou-se ridicularizando outros, ali não estava em questão a liberdade de escolha, mas a intenção de provocar e ridicularizar. Como pode um grupo prisioneiro de uma mundivisão querer ridicularizar a mundivisão do outro, quando se trata de meras mundivisõespor trás das quais se encontram pessoas…. Trata-se tudo de pessoas com telhados de vidro caindo no ridículo de se maltratarem uns aos outros. Concluindo, já o filósofo inglês Herbert Spencer reconhecia: “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”, ou seja, a pessoa tem liberdade de fazer o que quiser da própria vida e até opinar na vida do outro indivíduo, desde que tenha o respeito. Embora nos encontremos numa época militarista nada deveria impedir que pelo menos nós do povo simples não nos ponhamos da parte dos militaristas mas tentemos todos procurar criar as condiões necessárias para se ir iniciando uma cultura da paz!
O que o cristianismo nos ensinou foi que as festas pagãs eram cheias de deboche e coisas estranhas e quando vemos deboche e coisas estranhas no que claramente se enquadra no que nos disseram que eram as festas pagãs, certos cristãos dizem que aquilo afinal é a… Última Ceia..
A seguir vão dizer que foram os cristãos e não os gregos pagãos da Grécia antiga que inventaram os Jogos Olímpicos.
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Permita-me uma complementação: O católico Pierre Frédy (Barão de Coubertin) restabeleceu as antigas Olimpíadas helénicas sendo o fundador dos novos Jogos Olímpicos em 1896 e assumiu a presidência do Comité Olímpico Internacional (COI), que ocupou até 1924. Os jogos olímpicos da antiguidade eram disputados em honra dos deuses do Olimpo, mas o catolicismo não obstou a essas reminiscências e não hesitou em recriá-los contando até com a bênção do Papa São Pio X. “O lema dos Jogos – ‘Citius, altius, fortius!’, ou seja ‘mais rápido, mais alto, mais forte!’ – foi sugerido a Coubertin pelo seu amigo o Padre Henri Didon, frade dominicano” (ver https://observador.pt/opiniao/citius-altius-fortius/). De facto, nada do que é humano é estranho, ou alheio, à religião católica, o que se torna mais estranho é o facto de ela incomodar tanta gente!
A última ceia não foi a inspiração, mas sim o quadro A Festa dos Deuses, que retrata os deuses do Olimpo, já que se trata dos jogos olímpicos.
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Carla Cardoso , a imprensa séria e entre elas a Funk alemã noticiou laconicamente: “Drag queens, uma modelo transgénero e uma cantora nua vestida como o deus grego do vinho Dionísio reencenam a “Última Ceia” de Leonardo Da Vinci – uma cena na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de que os católicos e outros grupos cristãos se queixaram. Agora os organizadores olímpicos pediram desculpa. Nunca foi intenção denegrir um grupo religioso, disse uma porta-voz do Paris 2024. A cerimónia de abertura deveria ter celebrado a tolerância. Lamentam muito se alguém se sentiu ofendido.” Os adeptos da comunidade woke procuram com interpretações fora do contexto dar explicações que os desculpem. Naturalmente que hove media do mainstream que preferiram não entender a mensagem escondida por trás da arte apresentada porque esta vai no sentido da cultura Woke que advogam. Também parodiaram a decapitação do Bispo Saint Denis evangelizador da Gália no século III. A mistura da Última Ceia com a actuaço do deus do vinho Baco/Dionísio, e a simbologia que está por trás das cenas não é vista à primeira vista por pessoas distantes das interpretações mitológicas e da relação estabelecida entre a Eucaristia simbolizada na última ceia e no emprego do vinho, no caso representado por Baco. A festa da abertura olímpica teria sido totalmente brilhante se o movimento Woke não tivesse recorrido à afirmação da própria mundivisão através da ridicularização da outra mundivisão e esquecendo que a iniciação das novas realizações olímpicas no século XIX foram obra de católicos.
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António Cunha Duarte Justo, li o seu texto: formidável
António Cunha Duarte Justo, acha estranho a “fé” católica incomodar? Talvez não incomodasse se ao longo das centenas de anos não tivesse destruído documentos, matado milhares de seres humanos, e sei lá o que mais. Talvez não incomodasse se ficasse quieta dentro do seus templos, sem interferir, ou querer interferir, na vida das pessoas que não querem ter nada a ver com essa seita.
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Avelino Ferro , a fé católica incomoda porque defende a a dignidade humana como algo inalienável e que torna a pessoa soberana mesmo em relação à própria instituição e a todas as organizações. Isso incomoda aos arautos da nova ordem mundial a estabelecer. O problema da Igreja Católica é ficar-se dentro dos templos ao contrário do que faz o islão, sendo por isso mais respeitado por crentes ateus e crentes religiosos. Naturalmente se olharmos para o actuar de muitos poderosos cristãos também encontramos neles barbaridades como se encontram nos não não cristãos: a diferença é que agiram contra a ética e a filosofia cristã que os condena também a eles. Mas se entrassemos numa argumentação precária de comparações não se encontram paralelos na história no que toca ao actuar de ateus marxistas, leninistas, etc. ou mesmo do defensor do nacionalsocialismo Hitler. Argumentos de comparação, ou acusações a barbaridades passadas não passam de desculpa para encobrir as barbaridades do presente. A história precisa de todos porque nela tudo é complementar. Actualmente domina mais o socialismo e o espírito massónico que unicos ao turbocapitalismo determinam a mentalidade ocidental actual que embarca no globalismo liberal. Enquantos as seitas próprias e a dos considerados adversários se negarem umas às outras sem aceitarem os aspectos positivos e negativos de umas e outras teremos a afirmação de fanatismos religiosos e ateus que continuam na história a propagar uma cultura de guerra e não de paz. Enquanto os defeitos dos outros forem considerados condecorações para a prória ideologia ficaremos todos cada vez mais na mesma!
Obrigado pela sua mensagem
Acredite que li o seu texto e fiquei feliz com a clareza com que expõe a direção política e social que a Europa está lentamente mas definitivamente a tomar. Muito esclarecedor
Obrigado
Muito obrigado! De momento assiste-se à luta do poder pelo poder e não pelo povo! A camada inferior (os governantes) dos pretendentes a detentores do poder global mantêm-se também eles inseguros devido à confusão dos senhores a seguir! Enfim temos todos de nos defendermos socialmente de poderes doentios e de uma imprensa que provoca cada vez mais doentes como referem grandes cientistas.
António Cunha Duarte Justo, acha estranho a “fé” católica incomodar? Talvez não incomodasse se ao longo das centenas de anos não tivesse destruído documentos, matado milhares de seres humanos, e sei lá o que mais. Talvez não incomodasse se ficasse quieta dentro do seus templos, sem interferir, ou querer interferir, na vida das pessoas que não querem ter nada a ver com essa seita
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Avelino Ferro , a fé católica incomoda porque defende a a dignidade humana como algo inalienável e que torna a pessoa soberana mesmo em relação à própria instituição e a todas as organizações. Isso incomoda aos arautos da nova ordem mundial a estabelecer. O problema da Igreja Católica é ficar-se dentro dos templos ao contrário do que faz o islão, sendo por isso mais respeitado por crentes ateus e crentes religiosos. Naturalmente se olharmos para o actuar de muitos poderosos cristãos também encontramos neles barbaridades como se encontram nos não não cristãos: a diferença é que agiram contra a ética e a filosofia cristã que os condena também a eles. Mas se entrassemos numa argumentação precária de comparações não se encontram paralelos na história no que toca ao actuar de ateus marxistas, leninistas, etc. ou mesmo do defensor do nacionalsocialismo Hitler. Argumentos de comparação, ou acusações a barbaridades passadas não passam de desculpa para encobrir as barbaridades do presente. A história precisa de todos porque nela tudo é complementar. Actualmente domina mais o socialismo e o espírito massónico que unicos ao turbocapitalismo determinam a mentalidade ocidental actual que embarca no globalismo liberal. Enquantos as seitas próprias e a dos considerados adversários se negarem umas às outras sem aceitarem os aspectos positivos e negativos de umas e outras teremos a afirmação de fanatismos religiosos e ateus que continuam na história a propagar uma cultura de guerra e não de paz. Enquanto os defeitos dos outros forem considerados condecorações para a prória ideologia ficaremos todos cada vez mais na mesma!
António Cunha Duarte Justo, se for ler as palavras do coreógrafo que idealizou a apresentação verá que ele refere taxativamente que a inspiração foi a obra que mencionei. Nem tudo gira à volta da igreja católica.
E a tradução do que a porta voz diz não é “pedimos desculpa”. Ela diz “claramente nunca houve a intenção de desrespeitar nenhum grupo religioso. (A cerimónia) tentou celebrar a tolerância das comunidades. Acreditamos que esta ambição foi conseguida. Lamentamos se alguém sentiu ofendido.” Lamentamos é diferente de pedir desculpa. Não há aqui qualquer assunção de culpa visto não ter sido cometido nenhum erro. Houve sim interpretações precipitadas e erradas.
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Carla Cardoso , esqueceu-se de citar “A cerimónia de abertura deveria ter celebrado a tolerância”. Depois das reacções é natural que a comunidade LGBTQ+ agora procure justificar-se dizendo o dito por não dito. Houve atletas que como o que apresento a seguir que responderam à altura, tal como empresas que retiraram a sua propaganda dos jogos olímpicos com a argumentação da atitude tomada pelos encenadores que abusaram de um espectáculo grandioso para propagar as suas ideologias. Mas o importante é o que escrevi no texto e não a imagem que coloquei para atrair quem não está habituado a textos longos.
Foto de um vitorioso olímpico com uma cruz numa orelha disponível em https://www.facebook.com/antonio.justo.180/
Tudo é o resultado de que, actualmente, são as minorias que têm o poder, quando numa Democracia é a opinião da maioria que prevalece. Mas, hipocrisia pollítica a isso se subjuga.
A política vê-se servida por minorias atrevidas que catalzam o discurso de maneira a não ser necessário que os eleitos se tornem responsáveis. O discurso racional deu lugar à conversa fiada sobre o pós-fático e neste ambiente tudo ralha e ninguém tem razão. Da ambiguidade e ambivalência sabe quem manda que se vive bem!
Pois, como disse e repito, a Democria está a agaonizar, mas o povo (a maioria) tem a culpa, de certo modo, porque se deixa subjugar a este tipo de discurso, em vez de o combater.
Author Dulce Rodrigues , ao povo não é dado reagir com normalidade porque ele segue a regra e o poder estabelecido quer impor a excepção como regra e a regra como excepção embora uns e outros merecessem todo o respeito. O povo e até quem pensa tem medo de se expressar livremente. Os media do mainstream e até muitas das redes sociais encontram-se nas mãos de controladores invisíveis que se arvoraram em soberanos da opinião e crivam tudo a pente fino estando a gerar-se um clima de denúncia e de desrespeito das opiniões que não caibam dentro do politicamente correcto; segundo o que observo na Alemanha encontramo-nos hoje no que respeita ao controlo das opiniões ao mesmo nível que a antiga alemanha democrática. A Dulce, como autora e figura pública, ainda será mais controlada porque muitos que têm poder não suportam que pessoas relevantes se expressem criticamente em relação a medidas nocivas. Thilo Sarrazin, que pertencia à classe alta da sociedade alemã ousou escrever um livro bastante objectivo com o título “Deutschland schafft sich ab” e foi bloqueado por muitos dos que têm nome na política com o simples aparente argumento de que está a poluir o seu próprio ninho. O poder hoje não suporta que lhe apontem para os erros que faz nem está interessado que o povo raciocine por ele mesmo.
Há exatos 230 anos, em 28 de julho de 1794, o líder revolucionário francês Maximilien Robespierre foi guilhotinado na Praça da Concórdia, em Paris. Era uma segunda-feira. Uma multidão se reuniu para assistir à morte do ditador que por um ano e meio aterrorizara a França à frente do Comitê de Salvação Pública. Um dia antes, ele fora julgado e condenado pelo mesmo tribunal revolucionário que enviara milhares de pessoas à morte sob o seu comando. Robespierre nada disse antes de ser executado; estava impedido de falar por ter desferido um tiro contra o próprio maxilar, numa suposta tentativa de suicídio. Testemunhas relataram que Robespierre apenas soltou um urro de dor antes de ser levado à guilhotina para ter o mesmo destino de suas vítimas. A morte de Robespierre, no entanto, não significou o fim da Revolução. Nos anos seguintes, a França passaria por muitas agruras, as quais culminariam com a ascensão de um militar corso que se juntara aos jacobinos, Napoleão Bonaparte, um legítimo revolucionário que espalharia o terror e a morte por toda a Europa. A Revolução Francesa, apresentada geralmente como um triunfo da liberdade, na verdade marca o início da tragédia de nosso tempo. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, espetáculo de blasfêmia e escarnecimento, foi apenas uma ilustração do espírito revolucionário que domina aquele país há mais de dois séculos.
Poucos sabem, mas a paródia da Santa Ceia com as drag queens no lugar dos apóstolos e uma gordinha feiosa no lugar de Jesus Cristo — sem esquecermos uma pobre criança no lugar ocupado por Judas Iscariotes, detalhe a sugerir que o traidor de Cristo era inocente — tem um precedente histórico. Em 10 de novembro de 1793, durante o Reinado do Terror jacobino, realizou-se em Paris o Festival da Razão, coordenado pelos seguidores do revolucionário ateísta Jacques-René Hébert. A Catedral de Notre-Dame foi transformada em um Templo da Razão, assim como outras igrejas da cidade. Todas as imagens e símbolos cristãos foram removidos da catedral; o altar foi coberto por um monte de terra. Realizou-se uma procissão carnavalesca pelas ruas de Paris, que culminou com uma festa pagã em Notre-Dame. Uma atriz de duvidosa reputação representou a Deusa Razão na cerimônia profana. Certamente, a moça era mais bonita que a gordinha das Olimpíadas, mas o desrespeito e a blasfêmia eram rigorosamente iguais.
Enquanto os revolucionários ateus celebravam a Deusa Razão no lugar de Cristo, os jacobinos liderados por Robespierre promoviam massacres de milhares de padres, freiras e fiéis cristãos. O maior desses massacres foi a Guerra da Vendeia, em que foram mortos cerca de 200 mil cristãos, no primeiro genocídio moderno. Ontem como hoje, o maior inimigo da Revolução era o Corpo Místico de Cristo, a Igreja Católica. Em 17 de julho de 1794, poucos dias antes da queda de Robespierre, 16 irmãs carmelitas do mosteiro de Compiègne foram guilhotinadas sob a acusação de “fanatismo religioso”, ou seja, por se recusarem a adorar o Estado acima de Deus. As carmelitas de Compiègne hoje são santas da Igreja.
A escolha da Santa Ceia como paródia na abertura das Olimpíadas não se deu por acaso. Na noite anterior à crucificação, Jesus reúne seus doze discípulos sabendo que seria traído e abandonado por eles. Ele escolhe justamente esse momento para instituir a Eucaristia, de modo a provar que o perdão de Deus é infinito — e está vinculado ao arrependimento sincero. Ao exaltar a feiura e a bizarrice na paródia da Santa Ceia, os inimigos de Cristo estão se orgulhando do pecado e da separação de Deus (e não foi exatamente essa a expressão que o Mané Macrão utilizou, ao dizer que a cerimônia é “motivo de orgulho”?).
Como eu sempre digo a meus sete leitores: a esquerda jamais perdoa. Para a mentalidade revolucionária, o perdão é inconcebível. Ao escolherem como objeto de escárnio a Santa Ceia, a mais poderosa celebração do perdão em toda a história, os filhos da Revolução Francesa repetem o ritual de 1793 deixam claro que todos nós, filhos adotivos de Deus, não merecemos clemência.
Talvez por isso as luzes tenham se apagado durante um tempo em Paris. É a escuridão do Getsêmani, onde só permanece aceso o Sagrado Coração.
— Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM.
Olá caro Condiscipulo
bom amigo e Teólogo António Justo
Apreciei o teu esforço para nos convenceres
que a Europa está decadente, por andar absorta em trivialidades e
que tal foi devido a “contrapor o poder político/ económico, ao poder
cultural… É uma premissa para a tua argumentação que, actualmente, não podemos ter por demonstrada ! Os tempos são outros … já lá vai o tempo , na Europa desenvolvida, ligada à Igreja , à religião , à cultura ( tradição) , à História !
Agora a riqueza e o desenvolvimento dos Países da Europa e da União Europeia e do Ocidente em geral, conjuga-se na ECONOMIA e na POLITICA! Na economia liberal, capitalista e na política, baseada nos valores da democracia !
Percebo tua referência a “trivialidades” , onde enquadras as manifs LGBT, com o sexo, questões do género, do igualitarismo etc e… realmente enquadras bem. MAS a transferência dessas matérias a que eu chamaria “ frivolidades” para os ESTADOS não é legitima, pois que o valor da DEMOCRACIA da Igualdade não é nem se subsume no igualitarismo, nem o valor da Liberdade comporta a ofensa aos direitos dos outros, nem o respeito pelos Direitos Humanos e pelo direito à diferença tolera ofensas à Família ou à Religião !
É o que se me oferece, numa primeira leitura !
Um abraço do
JCM
Boa noite meu caro amigo e condiscípulo JCM,
Boa noite aos amigos que têm paciência de nos ouvirem, paciência especialmente para comigo demasiado complexo e exaustivo!
Agradeço o teu enriquecedor feedback e as observações detalhadas sobre a minha tese, que naturalmente, como sempre têm pés e cabeça. Dado este ser um assunto que me preocupa e até me faz sofrer (na qualidade de cristão e de Europeu (1), gostaria de aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção especial não só para o que apresentei na tese em contexto da decadência da cultura europeia no sentido de uma proletarização cultural, mas também para o texto completo. Procuro aqui clarificar alguns pontos como resposta no sentido de uma discussão enriquecedora que as objecções proporcionam.
Primeiramente, concordo que a Europa moderna difere significativamente da Europa de tempos passados, quando havia uma ligação mais estreita entre o poder político-económico e o poder ideológico-religioso. No entanto, a premissa central da minha argumentação é que essa dissociação pode ter consequências profundas e, possivelmente, negativas para a coesão social e a estabilidade das instituições europeias.
A história demonstra que muitas civilizações mantiveram a estabilidade e a coesão social através de uma interação complementar entre diferentes formas de poder. A Grécia Antiga, por exemplo, integrou a filosofia e a política de maneira que fortaleceu a sua sociedade. O mesmo pode ser dito sobre o Império Romano, onde a religião e a política estavam profundamente entrelaçadas e que tardiamente o imperador Constantino, para tentar remediar a decadência de um império que possuía ainda grande poder militar mas culturalmente se encontrava em declínio (politeísmo relativista) à semelhança do que acontece hoje com a União Europeia; Constantino serviu-se da grande ideia iniciada com o Edito de milão que mais tarde se completou no reconhecimento do Cristianismo como religião suporte do Estado. Esta ideia foi, como referi no artigo implantada por Carlos Magno, o verdadeiro iniciador da Europa como projecto de civilização.
Embora a Europa actual se baseie predominantemente na economia liberal e na política democrática, argumentar que o poder cultural, ou a tradição, não tem mais um papel significativo, diria determinante, pode ser precipitado e continuar a abrir as portas na nossa cultura a um socialismo materialista e a um turbo-capitalismo liberalista que se serve do relativismo absoluto que prostituiu a procura da Verdade e dá aso à destruição dos biótopos culturais e em especial legitima a luta contra a cultura de origem judaico-cristã.
A cultura, a tradição e os valores comuns são elementos que contribuem para a identidade e coesão de uma sociedade. Ignorar ou minimizar a importância desses factores está a levar a um vazio ideológico que está a ser explorado por forças autoritárias e ideológicas cada vez mais visíveis, talvez não tanto em Portugal mas em especial em países relevantes como observo na Alemanha e na França e especialmente no discurso público em toda a Europa em que os governantes acolitados pelos Media subjugam a consciência do povo com uma discussão pública implementadora da ditadura das minorias sobre as maiorias e o formar-se de oligarquias globais.
A Tua observação sobre a diferença entre igualdade e igualitarismo é válida. No entanto, a minha preocupação é que a promoção de certas agendas sociais e culturais (vindas da EU e até mais de cima, esteja a ser feita de maneira que antagoniza tradições profundamente enraizadas, criando divisões em vez de promover a inclusão e a coesão; a reacção das apelidadas de extrema direita, o tal populismo (já a própria palavra despreza os interesses que venham de baixo, do Povo) que o arco do poder tanto combate, não atendendo que nesses movimentos de extrema direita e de extrema esquerda se esconde a preocupação da defesa legítima da cultura e a crítica a erros de medidas governativas a ser caricatada por uma elite também extremista ao serviço de um globalismo autossuficiente e déspota .
Com a palavra trivialização procuro advertir para o desenvolvimento de uma sociedade de grupos antidemocráticos como os extremistas muçulmanos e a agressão aceite pelos poderes públicos contra o Cristianismo pode até levar a criar grupos radicais no cristianismo ao ver que a resposta apenas com orações não chega (quer dizer, os cristãos têm de se inserir na política e nos partidos, para impedir os atentados de um estado em que o republicanismo maçónico se torna cada vez mais agressivo contra os valores cristãos em nome dos seus “valores racionais” consignados em cartas legais); a forma como dentro da civilização ocidental se trivializam os valores cristãos e a tradição só revelam a existência de forças autoritárias e absolutistas que querem a todo o custo mudar radical e rapidamente a nossa cultura sem darem tempo ao tempo como era natural nas culturas em que o tempo vinha a determinar e diferenciar o que tinha sido abuso e o que era digno de conservar (vimos isso até no trabalho positivo dos hereges e nas escolas teológicas que iam reagindo às doutrinas e ao encontro das tradições com o espírito do tempo . Não sugiro que os movimentos sociais se tornem triviais nem tribais, mas que a forma como são tratados e integrados nas políticas públicas deve ser cuidadosa para evitar polarizações.
O desenvolvimento económico e a política democrática são, sem dúvida, pilares fundamentais das sociedades europeias modernas. No entanto, é importantíssimo lembrar que a economia e a política não existem no vácuo. Elas são influenciadas pela cultura, pelos valores e pelas tradições da sociedade. A separação completa entre esses elementos pode criar uma desconexão que torna as políticas menos eficazes e menos representativas dos anseios da população interessadas no fomento de uma cultura de paz e de maneira sustentável e em defender os valores fundamentais da cultura europeia actualmente descaradamente atacados e, o que é grave ainda acolitados por cristãos bem pensantes.
Se observamos, aceitamos e até justificamos a maneira de ovelha como reage grande parte do povo e até dos cristãos e de muitos carneiros do globalismo materialista instalados nos poleiros da administração e da política num neoliberalismo destruidor das bases a nível pessoa e de biótopos culturais, torna-se óbvio que há tudo menos responsabilidade para com a pessoa humana, para com a famílias e para com as pátrias (usei de propósito a palavra pátria porque é usada pelo carreirismo – para não dizer carneirismo – porque os servidores do socialismo internacionalista materialista enxovalharam Deus-Pátria-Família tal como Fado-Futebol-Fátima (e até muito do povo cristão se deixou levar na fita) para assim poderem em nome da modernidade e do progresso implantar o seu sistema feito só de esperanças e de derrogação de tudo o que é sagrado ao comum do cidadão, que se chega a sentir abandonado por uma plêiade de funcionários da política e dos estados.
A crescente centralização do poder na União Europeia e a manifesta desconexão com as tradições locais e culturais revela-se como uma forma de autoritarismo, onde as decisões são tomadas por elites distantes e não eleitas (vejam-se os oligarcas a funcionar em Bruxelas, representantes de governos a operar a partir da ONU e instituições bancárias globais, não eleitas democraticamente a determinarem com agendas não discutidas nas democracias, etc., isto pressupõe ser abordado de maneira não radical mas apenas de maneira a consciencializarmo-nos de muita hipocrisia que acontece em nome da democracia; naturalmente falo aqui de maneira ideal que nunca será conseguida mas para que vale a pena alertar a assim se ir dando passos no sentido de uma democracia real). A crescente centralização pode alienar os cidadãos e abrir espaço para soluções autoritárias, como observado em outras partes do mundo.
Por fim, a intenção da minha argumentação é contribuir para um debate sobre como os nossos governos e a União Europeia podem melhor integrar os diversos elementos que compõem a sua sociedade para garantir uma coesão social sustentável e evitar tendências autoritárias (e ao mesmo tempo para os leitores e espectadores estarem atentos às mensagens malignas transmitidas imperceptivelmente por media e por atitudes de políticos com objectivos diversos ao bem-estar do povo. Estou aberto a discutir mais detalhadamente estes pontos e ouvir outras perspetivas, pois acredito que só através do diálogo construtivo podemos encontrar soluções que beneficiem a todos. O que escrevo, independentemente dos seus aspectos positivos e negativos, é feito apenas num sentido de serviço, como se fosse um trabalho de monge que está consciente dos limites do próprio pensamento mas que também sabe que as opiniões não são mais que o resultado da informação recebida e reunida num saber sempre limitado mas julgado certo porque condicionado à informação contida e ao caracter e interesses de cada pessoa que lhe dá expressão.
Desculpa a minha maneira demasiada directa mas reafirmo a minha tese que repito em termos de discussão: A História ensina que as civilizações só subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica e de maneira inclusiva. A União Europeia segue no sentido contrário contrapondo o poder político-económico ao poder cultural, lutando mesmo activamente contra a própria tradição. Deste modo abre as portas ao autoritarismo de elites anónimas deixando a sociedade europeia à deriva e institucionalmente aberta para uma perspectiva de futuro sustentável do tipo islâmico ou do socialismo chinês. É natural e saudável que o povo brinque, mas essa não deveria ser a missão de quem dirige! Na União Europeia tudo indica culturalmente que nos encontramos em pleno centro da cultura do declínio apesar do progresso técnico criado; uma leve observação do comportamento de governantes e das populações dá a impressão de todos terem entrado num estádio de puberdade já senil…”
Desculpem a extensão da minha resposta, mas falando é que a gente se entende embora vivendo num mundo não interessado em entender-se!
Um forte abraço deste teu amigo e grato companheiro
Saudações para os amigos que ainda acreditam que discussões contribuem para o desenvolvimento de uma humanidade inclusiva mas digna.
António da Cunha Duarte Justo
(1) Já agora apresento um exemplo como o anticristianismo está enraizado nos nossos Media e o povo engole tudo sem tugir nem mugir! Muitas notícias têm objectivos específicos e até maléficos e são acompanhadas com imagens que falam ao inconsciente para que este crie conexões de mensagens danosas destinadas a criarem convicções de maneira imprescindível. A ciência neurolinguística avançou muito e hoje faz-se muito uso dela nos media para mover as pessoas para atitudes impregnantes e convictas. As elites e os oligarcas fazem uso delas porque a sua intenção é criar uma nova maneira de pensar adequada à nova ordem cultural e mundial a criar por forças arrogantes que pretendem a deconstrução da pessoa soberana e sobretudo dos valores e das atitudes cristãs.
Hoje em dia, ao ouvirmos uma notícia ou seguirmos uma reportagem somos obrigados a estar mais atentos que nunca e perguntar-nos o porquê da notícia, o fim em vista com ela e em que medida serve uma cultura da paz e do bem-estar popular. Doutro modo somos levados na onda do Mainstream. Veja-se a maneira refinada de propaganda anticristã neste caso da SIC, mas cuja doutrina é seguida por governantes e os Media do mainstream:
https://www.youtube.com/watch?v=d49PvFn3EDw
Afinal parece que o quadro a que a representação se refere é “o Banquete dos Deuses” de Jan van Bijlert.
Cumprimentos