BOM ANO 2023

Vamos todos investir no produto bruto interno da felicidade

Tantos desejos de boas festas e felicidades são o melhor indicativo da importância da felicidade de cada um. Neste sentido em 2023 vou pessoalmente fazer por ser feliz e substituir cada ideia negativa por uma ideia positiva de modo a não ficar no “ralenti” da sombra da vida (só com o motor a trabalhar) a vê-la passar de forma vertiginosa. Há coisas que não posso mudar fora mas talvez possa mudar dentro de mim procurando para isso experimentar um outro ângulo de visão.

Vou procurar sorrir mesmo quando apetece chorar; isto na esperança que o sorriso mesmo mecânico funcione como interruptor do centro emocional do cérebro activado positivamente pelos músculos faciais.

Vou tentar deixar as crises balançarem numa atitude otimista perante a vida, apesar de tudo, no sentido de um convívio de paz sem vencedores nem vencidos e sem qualquer estresse no sentido do positivo ou do negativo. Sei que caminhando com Deus vale a pena a caminhada mesmo quando ele pareça ausente.

Passo a referir o caso do “produto bruto da felicidade” como objectivo individual e nacional digno de ser atingido. No estado do Butão, no Himalaia, em vez do produto nacional interno bruto, é usada a felicidade nacional bruta como medida do sucesso do país.

No Butão o bem-estar da população, o produto bruto da felicidade é investigado e verificado por uma comissão de felicidade instituída.

A felicidade como produto interno é um objectivo pacífico que vale a pena pôr no orçamento individual e do Estado.

Desejo a todos a soberania da felicidade, aquela que nos coloca num estado de alegria comunicativa!

Um feliz 2023 à medida dos vossos sonhos e projectos com um produto bruto da felicidade muito elevado!

Um sorriso para todos!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

2022 IGREJA PERSEGUIDA

Política comprometida por Interesses económicos e Vaticano comprometido por Medo a Retaliações?

Segundo a Organização “Ajuda à Igreja que Sofre”, mais de 100 padres e monges católicos foram mortos, presos ou sequestrados em 2022.

Pelo menos doze padres e cinco freiras morreram de morte violenta.

“A Nigéria foi o país com o maior número de vítimas cristãs (3000), com quatro padres mortos” e também o México registou três padres mortos e a República Democrática do Congo dois, na parte oriental.

Uma freira nigeriana descreveu o agravamento dos ataques aos cristãos na nação mais populosa de África (Nigéria) como parte de um esforço para islamizar o país sob a hegemonia da etnia maioritariamente muçulmana Fulani.

Ela queixa-se (in Crux): “Muitos de nós também se perguntam porque é que o Vaticano e a Cantuária estão tão silenciosos sobre o que está a acontecer na Nigéria – os raptos e assassinatos de religiosos”.

Segundo numerosas estimativas nigerianas, cerca de 50% dos nigerianos são muçulmanos, entre 40% e 46% são cristãos e a parte restante professa uma religião tradicional africana. À frente do Estado está um muçulmano acusado de condescender com as perseguições.

Parece certo que mais de 3.000 cristãos morrem na Nigéria por ano. Eles são todos os anos assassinados por muçulmanos fanáticos e grupos terroristas islâmicos.

A milícia muçulmana Boko Haram tem aterrorizado o nordeste da Nigéria desde há 13 anos.

A Nigéria tinha mais de 200 milhões de pessoas em 2018. A proporção cristã (50%) da população da Nigéria está diminuindo em comparação com os muçulmanos no Norte devido à menor taxa de natalidade. No Sul são predominantemente cristãos com alguns seguidores de religiões tradicionais.

Ainda em 2022 houve um assassinato de 40 fiéis em uma igreja católica no sudoeste da Nigéria.

Na Europa há um silêncio vergonhoso quando se trata da situação de discriminação e perseguição de cristãos. A política europeia está dependente do petróleo muçulmano e por isso os seus representantes não  se atrevem a dizer algo contra o trato muçulmano dado aos cristãos. Além disso o clero, no seguimento do evangelho, deve agir de maneira a fomentar a paz e a ter uma acção moderadora entre os fiéis.  Além do mais, o pensar politicamente correcto atual aposta na desconstrução do cristianismo como elemento da civilização ocidental que valoriza a pessoa humana não só no aspecto legal e deste modo constitui um impedimento para forças do poder que o querem ver o humano reduzido a mera função na máquina estatal.

Facto é que nem a política se atreve a interferir em defesa dos cristãos devido aos negócios com os países islâmicos, nem o Vaticano ou  bispos se atrevem a levantar a voz com medo que então os cristãos que vivem em regiões de maioria muçulmana ainda sejam mais discriminados e perseguidos!

Nestes regimes acontece como na sociedade do nazismo de Hitler, onde quem erguia a voz era perseguido ou morto. Nos países islâmicos, de uma maneira geral identifica-se o cristianismo com a hegemonia política ocidental.

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

PRÉMIO “JUSTO ENTRE AS NAÇÕES” ATRIBUÍDO AO PADRE KISS (SDB) POR ISRAEL

“Justo entre as nações” é um termo utilizado no judaísmo para se referir a gentios (não-judeus) fiéis às sete leis de Noé e que, por esse motivo, mereceriam o paraíso.

A ANS – Agência Info Salesiana – deu notícia (21.12.2022) que o Estado de Israel concedeu o prémio póstumo “Justo entre as nações” ao Padre Mihály Kiss SDB. O salesiano húngaro, durante a perseguição nazista, ajudou judeus e escondeu jovens judeus na casa salesiana de Óbuda.

O prémio foi entregue pelo vice-primeiro-ministro da Hungria, e pelo embaixador de Israel em Budapeste. “O embaixador israelense Yakov Hadas-Handelsman lembrou que a medalha ‘Justo entre as Nações’ é a mais alta expressão de gratidão do povo judeu e do Estado de Israel pela humanidade e coragem dos não-judeus que arriscaram suas vidas para salvar os judeus”.

“O Pe. Mihály Kiss, Diretor Salesiano de Óbuda nos anos de 1940 a 1946, mantinha a capela, que ficava próximo a uma fornalha, sempre aberta, e muitos conseguiam escapar secretamente para dentro da capela”. Quando as tropas de Arrow Cross descobriram o facto, invadiram a obra e vitimaram no Danúbio as crianças que encontraram.

O P. Kiss e seus irmãos da comunidade também acabaram sendo levados, espancados e torturados!

O P. Kiss foi o terceiro salesiano húngaro a receber o prémio “Justo entre as nações”.

Também houve quatro portugueses declarados justos entre as nações; o mais conhecido é o cônsul Aristides de Sousa Mendes, declarado Justo em 1966.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

DECISÕES NA CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE BIODIVERSIDADE – COP15

A Conferência em Montreal de 7 a 19 de dezembro, sob a presidência chinesa, teve a participação de 200 países que chegaram a acordo na sua preocupação de travar a destruição dos ecossistemas.

Os países chegaram a compromissos, que embora juridicamente não vinculativos, apontam para atuações sérias. Assim regiões ricas como a Europa onde ao longo dos séculos foram devastados os seus grandes biótopos com a finalidade de se aumentar o nível de vida económico das populações, comprometeram-se até 2030 a apoiar anualmente países pobres, mas ricos em biodiversidade, com mais de 30 biliões de euros por ano para que criem zonas protegidas.

Além disso os países participantes comprometeram-se a ampliar as áreas protegidas do globo, que atualmente se cifram em 17% da terra e 8% dos mares, para mais de 30% do globo. Por isto, tudo leva a crer que desta vez, os países presentes na Conferência, com medidas concretas, levam mais a sério a defesa da natureza.

É muito de louvar, mas não se vê coerência no sentido de travarem também a destruição dos “ecossistemas” culturais. Enquanto nos dedicamos e bem à defesa da vida da biodiversidade, observamos um fomento da destruição da vida humana e dos seus tradicionais biossistemas culturais para mais facilmente serem criados organismos, de carácter mais anónimo, a nível supranacional e global. Dá testemunho de hipocrisia e até de má intenção uma política que pretende preservar a vida cultural dos índios no Amazonas enquanto, ao mesmo tempo, coloca à disposição e menospreza hábitos e tradições culturais na Europa!

É preciso acabar com a destruição da biodiversidade dos ecossistemas naturais e também acabar com a desconstrução das culturas e a destruição de subculturas principalmente no âmbito de hábitos e valores; para isso seria de ter-se mais cautela na aplicação de agendas que tendem a uma educação para uma monoculturalidade, em via de aplicação na cultura ocidental. Está a ser usado um peso e duas medidas.

Unum facere et aliud non omittere!

António da Cunha Duarte Justo

 

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