FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA A LEMBRAR O MODELO DA VIDA

O Futuro e o Passado no Presente a acontecer

Festa da Sagrada Família é uma comemoração de caracter modelar que tem muito a dizer tanto a crentes como a não crentes..

A relação mãe-pai-filhos está sinalizada na relação Jesus-Maria-José. O ponto da Relação é fidelidade; a fidelidade do ser pai-mãe que gera o filho que se perpetualizam no amor (uma verdadeira terceira individualidade que dá sustentalidade aos dois!). Na Sagrada Família temos a dita de ver num só lugar o espelho, a dinâmica de toda a realidade, a Realidade humano-divina; isto é, de  poder ver a parte e o todo (relação trinitária), numa só imagem que expressa o abraço de toda a realidade material e espiritual.

Para lá da obediência está a correspondência equilibrada. Na sagrada família espelha-se a terra e o céu, matéria e espírito, numa realidade processo que se podia expressar na imagem de ventre que tudo gera e encerra.

A família é ao mesmo tempo a fórmula concretizada da relação expressa no mistério da santissima trindade (a verdadeira Fórmula de toda a realidade), a Relação de toda a relação. A força que tudo sustenta é o amor, a bondade, a dedicação que tudo eleva.

Em Jesus cristo, expressa-se, a nível terreno,  a concretização e perene realização da relação trinitária que supera toda a dualidade, o fenomenologicamente contraditório.

Tudo em processo, em processo há caminho há meta a atingir, há o caminhar histórico que no sentido sagrado se submete às normas próprias de cada tempo e de cada sociedade, tal como Maria e José se submeteram à ordem de recenseamento dada pelo imperador Augusto. (A nossa caminhada e de toda a criação encontra-se em processo de realização já concretizada no tempo em Jesus Cristo, o protótipo de tudo e todos).

Assim a terra e a humanidade toram-se no presépio, na gruta, onde se alberga a espiritualidade, o amor divino sempre presente como verdadeiro sustentáculo de todo o ser (recorde-se a fórmula-mistério trinitário). A matéria, aquilo que muitas vezes é superficialmente desprezada é ao mesmo tempo lugar e acontecer.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

O IMIGRANTE ASSASSINADO NOS SERVIÇOS DE ESTRANGEIROS

 
 
Coisa inaudita! Em Março, no aeroporto de Lisboa, o imigrante ucraniano Ihor Homeniuk foi assassinado por três agentes da repartição nacional do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), que se encontram actualmente em prisão domiciliária.
Só agora o governo decidiu indemnizar a família do ucraniano. Só passados nove meses é despedida Cristina Gatões Batista, directora do SEF ! Tal mora revela uma certa conivência por parte do Ministro da Administração Interna. O ministro não se demitiu nem foi exonerado.
O sistema do conluio nos nossos ministérios e a falta de responsabilidade da presidência preferem que Portugal faça internacionalmente má figura do que instituir um exemplo de intolerância da violência nas repartições do Estado português.

Num país de menor cumplicidade política, o ministro ter-se-ia demitido de imediato ou sido exonerado.

O PM diz que “mantém total confiança no ministro Eduardo Cabrita!” Esta declaração de caracter meramente político, não é suficiente;  pelo contrário, revela-se cínica se se pretender restabelecer a confiança na instiruição portuguesa e seus órgãos responsáveis.

Um assunto desta gravidade deveria pressupor o assumir de responsabilidades capazes de salvaguardar o rosto de Portugal!

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

IDEOLOGIAS

IDEOLOGIAS

Nenhuma ideologia pode salvar o mundo, porque toda a ideologia cria inimigos de classe.
Se bem observamos, ideologias tornam-se numa sebe para manter o povo controlado.

As ideologias são o ópio adequado para os cães de guarda das ovelhas.

As ideologias, por um lado, treinam a obediência e por outro tiram a humanidade.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

“PORTUGUESES”!

UM TESTEMUNHO DO ESCRITOR LOURENÇO FARIA
«Os Portugueses não convivem entre si, como uma lenda tenaz o proclama, espiam-se, controlam-se uns aos outros; não dialogam, disputam-se, e a convivência é uma osmose do mesmo ao mesmo, sem enriquecimento mútuo, que nunca um português confessará que aprendeu alguma coisa de um outro, a menos que seja pai ou mãe».
Eduardo Lourenço de Faria (Erudito literário, ensaísta e filósofo português)