320 JUÍZES PREPARAM REFUGIADOS PARA O ESTADO DE DIREITO

No Estado de Hessen, na Alemanha, há um projecto “estar apto para o Estado de Direito” que organiza cursos de ajuda para refugiados. O objectivo é a melhor integração dos refugiados num Estado de Direito.

Entre Maio e Outubo (HNA) já participara 5708 refugiados nos cursos tendo tido como professores profissionais do direito, entre eles 320 juízes e procuradores da justiça. Os cursos realizam-se em 38 localidades.

É fantástico, o trabalho voluntário na Alemanha em benefício dos refugiados. A Alemanha, ao constatar os problemas da não integração de estrangeiros, procura agora empenhar-se mais no assunto.

António Justo

A IDADE DIGITAL INICIA A ERA PÓS-FÁTICA – O SENTIMENTO É QUEM MAIS ORDENA

Coisas da Democracia: Trump ganha e Democratas queixam-se da Democracia

António Justo

O dia das eleições é aquele em que todos os cidadãos são iguais. No dia seguinte volta-se à divisão dos grupos de interesses do costume, na disputa do terreno público: os que ganharam e os que se sentem com direito a ganhar. Por vezes é custoso aceitar que em democracia quem ganha tem razão, embora nela a verdade seja sistémica, encontrando-se repartida e disseminada por diferentes grupos de interesse.

Uma sociedade de franco-atiradores abandonada a si mesma

O estado da nossa democracia é cada vez mais amedrontador, numa sociedade provocada que provoca também; as pessoas cada vez se sentem mais desamparadas e sem fala, não se sentindo em casa na própria terra. A desilusão é tanta que, como na América, as pessoas, sem alternativas válidas, já chegam a agir segundo o mote: “mal por mal Marquês de Pombal”. Nos EUA o povo elegeu Donald Trump, não por causa das suas expressões sexistas e xenófobas mas porque o sofrimento e a falta de esperança que sente é tal que os levou a elegê-lo apesar disso..

Não chega rejeitar o discurso do medo, do ódio, da intolerância e da cisão; é preciso iniciar-se uma cultura que não se fique pelo discutir das causas que deram razão a Trump mas que provoque a mudança de atitude e de agir da classe política dominante.

Elites arrogantes incapazes de notar os sinais dos tempos

Os comentadores do mundo já não entendem o que se passa; por isso preferem ficar-se pela coutada que os favorece. No discurso público é comum a arrogância dos que, na falta de argumentos, explicam os fenómenos declarando de estúpidos e populistas quem representa interesses que não os seus. Os eleitores de Trump são declarados bobos e parvos como se não soubessem o que fazem e o que querem nem tivessem direito a defender os seus interesses e a Democracia também não lhes pertencesse. Trump mobilizou os sentimentos dos que geralmente se calam porque não têm oportunidade perante os grupos de interesses da arena política; os Mídias usaram a mesma técnica de Trump ao apelarem aos sentimentos negativos das populações contra Trump em vez de analisarem o que estava por trás da sua posição em relação ao globalismo e à responsabilidade mundial a assumir pela Europa. Não souberam ver que Trump é o símbolo de uma nova época que se anuncia e como tal trará consequências positivas e negativas decisivas para a Europa e para um mundo mais complicado e difícil. Assistimos à sabotagem da opinião pública e, de repente, o povo espectador sente-se desenganado por uma realidade não propagada e como tal não esperada.

Chega-se a ter a impressão que os usuários do sistema político e económico europeu, habituados a viver reconfortados, sem grandes perturbações sob o mandato do pensar politicamente correcto da esquerda, se aproveitam de Trump para fomentar os seus preconceitos contra os americanos ou para indirectamente atacarem uma democracia não forjada à sua imagem e semelhança. O mesmo já se viu na discussão sobre o Brexit! Em vez de analisarem as causas do terremoto americano de que enfermam também, as elites europeias, optam por criticar e difamar o eleito e quem o elegeu e com a sua falta de discernimento serrotam o próprio galho em que se encontram. A própria presunção leva-os a difamar, como inimigos da democracia, outros grupos de interesse surgentes que se organizam, como eles, democraticamente. Preferem falar da maléfica atitude de demagogos do que da própria má vida e da corrupção que é o húmus da demagogia. Esquecem que quando apontam um dedo para os outros têm pelo menos três a apontar para si.

Na era digital o sentimento popular é quem mais ordena

O maculado Trump inicia a derrocada do sistema estabelecido e é um aviso à corrupção das elites dos países da União Europeia que nadam em ideologias e em dinheiro e cada vez deixam mais população a nadar no charco.

Trump é realmente um fenómeno, até qui inédito em democracias consideradas adultas, dado ele ser expressão da nova idade digital que inicia a era pós-fática. Nesta era, como podemos verificar nos resultados das eleições e na opinião pública europeia, o sentimento é quem mais ordena! O sinal de que há uma desfasamento e até contradição entre os interesses ideológicos e económicos  estabelecidos e os do sentir do tempo popular, deduz-se também do facto das empresas das novas tecnologias terem apoiado a campanha de Clinton com 35 milhões de Dólares e a de Trump com 300 mil Dólares!… A mesma contradição parece haver numa política até aqui considerada racional afirmada contra as razões de uma política também sentimental..

A discussão pública parece querer ignorar que vivemos numa sociedade em luta e repartida entre os diferentes grupos de interesses, vivemos numa sociedade formada de grupos de interesse a viver uns dos outros e de uns contra os outros; até agora temos vivido em democracias de pensamento bem penteado mas bem divididas entre os que vivem ao sol e os que vivem na sombra: os lá de cima e os cá de baixo. No meio de tanta poeira no ar os beneficiados do sistema nem notam que a democracia já legitima as barbaridades (ordenados horrendos de banqueiros, futebolistas, benefícios vitalícios de políticos, etc., se comparados com os salários mínimos e depois vêm falar ao povo de moral, de justiça e de decência) que condena em regimes autocráticos e antidemocráticos. Desta vez o povo perdedor do sistema, ao ir às urnas, demonstrou que o que se sente também faz parte da realidade. Os sentimentos criaram um facto: Trump como presidente, um homem que pensa através do corpo e da nação e como tal não tão puro como o quereriam formatadores elitistas que só conhecem a realidade filtrada pelos interesses do seu pensamento, que não parece comportar o conhecimento da dinâmica de causas e efeitos; querem tudo menos reformar o próprio sistema; tocar nele significaria autenticidade e a própria renúncia a privilégios, que se tornaram em verdadeiros atentados à democracia e ao bem-comum (em nada inferiores aos das elites do passado e que têm a descaramento de criticar).

Actores sem remorsos produzidos por uma elite sem vergonha

Trump ergueu-se, da parte sombria, num horizonte dominado por raios e coriscos, e confessou querer defender os interesses dos USA, os interesses dos conservadores, os interesses individuais, os interesses de grupos a viver na precaridade. Usou de uma retórica agressiva e discriminadora, mostrou, sobretudo a sua face narcisista imprevisível e deste modo dividiu emocionalmente uma nação politicamente já dividida. Trump não sentia remorsos de consciência ao revelar-se como discriminador de grupos porque se sabe num regime que discrimina mas se branqueia e legitima atrás da maioria. Como pessoa entendida em questões de poder afirmou querer defender os interesses da América e nesse sentido querer domar a globalização e analisar os acordos internacionais para ver em que medida servem a América. Conseguiu juntar a si o grupo dos perdedores de uma globalização que não respeita a pessoa, a cultura nem a nação. Tocou o nervo da maioria da população insatisfeita do mundo ocidental. Tem duas coisas que o não ajudarão: o seu caracter impetuoso e o partido republicano dividido em dois. (Se não se acautela ainda o matam antes de tomar posse como presidente. Tanto é o medo de ideologias e economias que se sentem ameaçadas com o pouco que disse de relevância política).

O descontentamento brada aos céus num firmamento nublado

Os mantedores do sistema dominante encontram-se desapontados. Parecem ignorar que na luta não se limpam armas e menos ainda na era digital e que depois da luta tudo vai ao duche e se apresenta asseado. Trump usou na sua retórica os princípio que parecem orientar grande parte da política estabelecida: os fins justificam os meios; na luta vale tudo, só depois vêm os argumentos! Desta vez a maioria silenciosa teve uma efusão de alegria perturbadora das minorias detentoras do sistema. No dicionário da classe estabelecida só parece haver lugar para a linguagem erudita, sem lugar para a linguagem sentimental do calão ou da linguagem considerada populista. Trump, soube verbalizar o descontentamento de muitos que com a globalização se sentem expropriados embora na América só haja cinco milhões de desempregados, o que não é nada em comparação com o desemprego na Europa.

Independentemente dos defeitos de Trump, ele tornou-se no contestador da corrupção do regime político que nos governa. Depois de uma campanha dolorosa fez-se sentir a voz da maioria silenciosa e daquela parte da população que também na Europa não se atreve a manifestar a opinião para não se expor e não ser tachada de populista ou para não ser prejudicada na carreira. A arrogância do pensamento das elites europeias parece não deixar espaço para poderem compreender o aviso americano ao quererem reduzi-lo a uma questão de populismo, a uma onda de emoções que passam e se expressam num homem desvairado. Esta arrogância cega de representantes do sistema não deixa sentir os novos ventos que correm e, por isso, persistem em querer manter o espírito na sua garrafa, e também o monopólio da interpretação que não ouve o clamor interno nem o medo dos pequenos cidadãos; estão mais preocupados nos deslizes de Trump do que nos motivos dos suspensos do sistema que o elegeram. Corrijam-se os erros do sistema para pessoas como Trump se tornarem supérfluas. Em Trump, um homem que vem das elites, assistimos a uma verdadeira revolução contra o rígido Estabelecimento das elites e as ideologias que representam. O desespero ganhou largas: todos falam dele mas dizem que não o conhecem. Depois das eleições Trump já disse: “Agiremos de forma justa com todos”; a justiça depende porém da mão dos mais fortes.

Porque é que a Europa tem medo de Donald Trump

A europa encontra-se preocupada com a Eleição de Trump porque este não é fruto dos quadros da política; porque terá fraquezas de caracter usando palavras sexistas, xenófobas e reage à crítica com agressividade; porque quer travar o globalismo no sentido do nacionalismo, quer permitir métodos de tortura contra terroristas e querer expulsar 11 milhões de imigrantes ilegais, e não reconhecer os problemas das mudanças do clima. O anunciado proteccionismo da economia americana é uma questionação radical ao globalismo. A sua intenção de rever no sentido dos EUA os acordos de livre comércio implica para já um não às negociações TTIP. Não quer continuar a exportar democracia. Não quer pagar os soldados americanos que defendem a Europa. Quer apoiar o presidente Sírio como o legítimo detentor do poder; é contra o aborto. A China confia na nova administração apesar de Trump ter dito que quer uma política comercial menos liberal. O melhorar as relações com Putin embaraça a política da EU que tinha adoptado alguns caminhos impróprios. Com Trump a Nato será reestruturada e a EU obrigada a organizar e assumir a defesa dos próprios interesses estratégicos o que implicará para a EU o assumir de relações amistosas com a Rússia e responsabilizar-se pela organização caríssima do aparelho militar. A maior regulamentação e intervenção nacional no processo da globalização terá consequências muito graves para a economia alemã. Numa altura em que a EU se preocupa por unir e responsabilizar mais os seus membros, o facto de Trump e com ele a América querer mais patriotismo e menos globalismo obriga a um novo baralhar das cartas da política. Com a nova América Putin ganhou e a esquerda perdeu.

Quando a América espirra a Europa adoece

Tudo isto não será tão mau como parece. Os USA têm sistemas constitucionais que se controlam mutuamente e o Congresso tem muitos representantes republicanos que não seguem a linha de Trump (partido dividido em duas facções) e o aparelho do governo tem milhares de cargos e estes têm muito a dizer. A Europa já ridicularizou Ronald Reagan, por ser um actor e ele conseguiu um acordo de desarmamento com a União Soviética, exultou Obama como um messias e na sua administração houve mais guerras no mundo do que noutras anteriores. Trump provoca uma mudança no ideário internacional mas terá de seguir a perícia e a inteligência da administração.

Ângela Merkel já puxou as orelhas a Trump dizendo que quer colaborar com quem respeite os tradicionais valores ocidentais. A europa quer ver na Nato uma comunidade de valores mas isso não é tão lineal como parece porque, em política e economia, na base dos valores estão os interesses. Na Europa há muitos Estados que têm uma relação estreita com os USA e isso implicará um contrapeso a Bruxelas: Trump está para o mundo como o Reino Unido para a EU. A Europa terá de organizar uma estratégica própria em colaboração com a Rússia e não na confrontação se não se quiser esgotar economicamente na militarização da sociedade, além do mais tem de reconhecer os erros que obrigaram o Reino Unido ao Brexit.

Moral da história: a classe política europeia deveria reconhecer a base dos seus valores na sua cultura e não ir vivendo do improviso de valores abstractos fabricados ao sabor de ideologias ou dos tempos. Quem quer a globalização deve ter os pés na terra e reconhecer os interesses da própria cultura, aquela que lhe dará sustentabilidade. O progresso e a inovação são muito necessários mas não poderá ir além do comprimento das pernas que temos.

O povo é que paga as favas: paga-as quando alimenta as classes privilegiadas demasiado gordas e paga-as quando estas se queixam de que ele é estúpido. A democracia não se adequa a ter donos, sejam eles partidos ou autocratas. Com a tecnologia digital iniciou-se a era pós-fática em que o sentimento é quem mais ordena!

Resta-nos ficar com a atitude de esperança do Vaticano em relação a Trump: a promessa de rezar por ele e a jaculatória “Que Deus o ilumine” !

António da Cunha Duarte Justo

Reflexão incómoda

XI CIMEIRA DA CPLP EM BRASÍLIA – COMUNIDADE DE POVOS E CIDADÃOS

Uma boa Ideia de António Costa que se desejaria ver Programa

Tornou-se público que no encontro da Cimeira da CPLP o chefe do governo português defende a ideia da liberalização da residência dos cidadãos dos países de língua lusófona.

A ideia de que a CPLP é “uma comunidade de povos mais que uma comunidade de países” numa altura em que se elaboram contratos CEPA com o Canadá e TTIP com os USA, seria oportuno que Portugal também fizesse valer os seus interesses estratégicos, como membro da CPLP na União Europeia. Vai sendo tempo de se colocarem os laços dos cidadãos acima dos laços comerciais. Os moinhos da política são vagarosos mas as ideias vão transformando o mundo.

A Este respeito veja-se, entre outros: “Universidade da Lusofonia para a Integração do Espaço lusófono – Antecipar o Futuro”  (LUSOFONIA A CHANCE DE FUTURO DOS PAÍSES LUSÓFONOS

Nestes e outros artigos defendi sempre a Ideia que agora o Primeiro-Ministro tão bem expressa: A comunidade lusófona é “uma comunidade de povos mais que uma comunidade de países”, uma comunidade de povos e pessoas.

António da Cunha Duarte Justo

 

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA TRANSVERTIDA EM PAI NATAL DOS NOVOS-RICOS ACOSTADOS AO ESTADO

Diabo à solta e à vontade por não se lhe verem os Cornos

O povo português é demasiado rico! Por isso, segundo o Expresso , o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, quer mais dinheiro para os deputados e para outros políticos. Pretende também a reposição de um regime de apoios financeiros a ex-deputados e a ex-governantes.

A lei das subvenções vitalícias alterada em 2005 (sob a pressão de Bruxelas) fez com que só as pessoas que até esse ano tivessem completado 12 anos de exercício de cargos políticos continuassem a ter direito a um subsídio vitalício. Ferro Rodrigues, ao dizer que “os ordenados que os deputados recebem são maiores que os de muitos portugueses mas inferiores aos de deputados de outros países da Europa com praticamente o mesmo nível de desenvolvimento”, e que “os políticos não podem ser colocados perante a ideia de que é mau haver subvenções vitalícias, é mau sair para uma empresa privada, e é tudo mau”, esquece-se de qualquer ética e de comparar o ordenado mínimo, o ordenado normal de um trabalhador e a produtividade económica desses países.

O governo geringonça revela-se cada vez mais em pai natal dos seus confrades: pai natal dos funcionários do Estado reduzindo-lhes o horário de trabalho semanal para 35 horas; pai natal dos administradores com salários milionários, pai natal de políticos com subvenções vitalícias, tudo isto num país em que o ministro das Finanças consegue apresentar o relatório de um Orçamento 2017 a ser discutido mas sem números. Temos uma Geringonça que, ao contrário do Zé do Telhado, rouba aos pobres para dar aos seus.

Como pode a nossa firma portuguesa (governo e parlamento) aumentar os vencimentos aos seus protegidos encontrando-se o país empenhadíssimo devido à incompetência destes e com tanta gente com ordenados que não dão para viver com dignidade humana e obriga muita outra que a emigrar? Servem-se do dinheiro não produzido mas emprestado pelo estrangeiro e depois andam sempre de calças na mão na altura de fazerem os orçamentos sob os olhares de Bruxelas! Porque não lhes interessa pôr a economia do país em ordem? Assim têm maior chances de serem eleitos porque um povo descontente não olha para a realidade deixando-se levar pela conversa dos oportunistas de ocasião.

A comparação dos ordenados com colegas de outros parlamentos revela-se numa enganosa tautologia. Tem-se a impressão que o diabo anda à solta porque em democracia deixou de ter cornos! A democracia cada vez se torna mais presa de chifrudos anónimos à frente de interesses corporativistas a actuar nas costas da população. Os ventos que correm só favorecem o oportunismo instalado. Não é fácil assumir o papel de crítico numa sociedade que se deseja unida e numa população que não sabe o que é ser povo nem o que quer ! A situação é desesperada porque em Portugal as revoluções são abafadas pelo povo através do seu aplauso a quem as faz e abusa delas!

O problema da ineficiência dos governos e dos parlamentos portugueses é crónico. O vírus vem já dos pais e avós da República. Enquanto o povo não sanear o Estado e a República, Portugal terá de andar de mão estendida. As revoluções portuguesas, a não ser a que se ganhou na Batalha de Aljubarrota, foram todas elas feitas por clientelas e feitas para alimentar clientelas e nunca para o povo. As nossas elites fazem boa figura às correspondentes clientelas cá dentro, mas lá fora são consideradas medíocres por não saberem resolver os problemas de casa e se comportarem como magnates narcisistas como se fossem de países ricos.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

SALÁRIOS MILIONÁRIOS DESTROEM A DEMOCRACIA E A CREDIBILIDADE DOS POLÍTICOS + Outros textos

Dos Refugiados nas Zonas de Conforto do Pensamento, da Economia e da Política

António Justo

A perda de confiança na democracia manda cumprimentos! Parlamento ao serviço da plutocracia?

O administrador da CGD, António Domingues, ganha cerca de 600.000 euros anuais. A nova lei passou a não obrigar os administradores da Caixa a manterem o estatuto de gestores públicos, isentando-os assim da obrigação de mostrarem a sua declaração de rendimentos e, com a nova legislação, os seus ordenados não ficam limitados ao ordenado dos 6.500 euros do primeiro-ministro.

Porque é que os partidos e o Parlamento não impedem a injustiça social, a conduta corrupta e o comportamento desmedido dos administradores públicos? Porque é que o governo Geringonça – governo da esquerda e esquerda radical – permitem salários milionários no banco do Estado CGD? Não será porque representantes dos partidos fazem parte de conselhos ou de administrações de empresas?

Salários milionários desacreditam a democracia e revelam o cinismo também de uma esquerda que cinicamente se arvora em defensora dos pequenos.

A democracia está à disposição de alguns sendo sistematicamente desmontada no sentido de uma plutocracia.

Ainda vamos tendo possibilidade de vozear. A sorte da liberdade vem do facto de se poder lutar por ela. Se não queres ter medo não te agarres ao que tens. Doutro modo os gorilas ainda te levam a ti também!

A perda de confiança na democracia e na política é consequência lógica do seu actuar e beneficia os radicais! Ai dos vencidos!

Ai de quem não vive nas zonas do conforto do pensamento, da economia e da política! Será que só resta ao resto da população gritar a Deus?

Os ordenados exagerados adquiridos à custa do povo e de quem ganha menos são roubos ao bem-comum e à comunidade. Gregorio de Nyssa († 394) dizia: “Que diferença é essa a de obter bens estranhos por roubo ou pela coerção, que é a dos juros?”  

António da Cunha Duarte Justo

 

BANCO ALEMÃO

A família Al-Thani do Qatar é dona de 10% das acções do Banco alemão.

 

DECLARAÇÃO CONTRA A DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DO CORÃO

O parlamento do Estado da Renânia do norte Vestefália na Alemanha pronunciou-se maioritariamente contra a iniciativa muçulmana “Lê”, que distribui gratuitamente livros do Corão. O Parlamento é do parecer que a acção é uma “campanha inimiga da Constituição, recruta pessoas jovens para uma mundivisão antidemocrática e além disso torna-as propensas à violência”.

 

BILHETE DE COMBOIO GRATUITO DURANTE UM MÊS PARA JOVENS VIAJAREM NA EUROPA?

Corre a ideia de a União Europeia dar um presente para o/a jovem que faz 18 anos. A EU pagaria a cada cidadão um bilhete de InterRail no seu 18° aniversário. Tal medida possibilitaria o encontro de jovens, a amizade e a experiência da europa na sua diversidade.

Circula uma petição a solicitar à União Europeia que disponha para todas as pessoas jovens na EU adquirirem um passe InterRail gratuito durante um mês.

O abaixo-assinado é dirigido ao Conselho Europeu, Comissão Europeia, Parlamento Europeu.

 

APOIO A GAZA – ALABI PRESO POR DESVIO DE 6 MILHOES €

O palestiniano Mohamed Haabi que estava à frente de projectos da organização de ajuda humanitária World Vision terá desviado fundos de ajuda para a organização terrorista Hamas que governa em Gaza. Inicialmente Alabi queria ajudar crianças

Desde 2010 terá desviado 6,5 milhões de euros do orçamento da organização não-governamental para compra de armas e construção do túnel.

Segundo imprensa alemã, o ministro do desenvolvimento alemão já cancelou pagamentos para projectos da World-Vision em Gaza.

António da Cunha Duarte Justo