VIAJAR POR TODA A ALEMANHA COM UM BILHETE MENSAL DE 9€ POR MÊS

A fim de aliviar os consumidores e os trabalhadores, há uma taxa fixa nacional de 9 euros para o passe mensal dos transportes públicos locais e regionais, válido em todo o país!  O bilhete custa nove euros por mês e  :Este benefício especial  tem uma duração limitada a três meses e vai de 1 de Junho até 31 de Agosto.  É válido para todos os autocarros, metros, comboios suburbanos e eléctricos regulares, bem como para comboios locais e regionais de 2ª classe.

Todos podem viajar por toda a Alemanha! O 9-Euro-Ticket é pessoal e válido apenas para a pessoa especificada que o compra.

De acordo com estimativas da Associação das Empresas Alemãs de Transportes (VDV), cerca de 30 milhões de pessoas por mês irão utilizar o 9-Euro-Ticket.

Com esta medida, o governo pretende mudar o comportamento das pessoas nos seus hábitos de mobilidade; este incentivo visa fazer com que as pessoas passem a usar menos o automóvel  e se habituem ao uso do comboio (transportes públicos ecológicos); seria um grande contributo em benefício do clima porque haveria menos emissões de CO2. Se esta iniciativa tiver os efeitos desejados, as autoridades regionais terão de expandir as infra-estruturas e fornecer veículos adicionais.

Quem mais beneficiará, para já, desta medida são os turistas!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

PARABÉNS PORTUGUESES PELO DIA DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES

DIA DE PORTUGAL

A Festa repete-se e Portugal também

…. Em “Viagens na minha Terra”, Garrett faz uma descrição modelo da situação e dos problemas do Portugal de sempre. Nos protagonistas da narrativa, Carlos, símbolo dos progressistas e Joaninha, símbolo dos tradicionalistas, temos uma boa diagnose aplicável à actualidade sobre a situação dos partidos e da cultura portuguesa num Portugal que teima ser irreconciliável.

O romantismo liberal inicial de Garrett e Herculano, tal como, depois, o de Antero de Quental procuram aportuguesar o liberalismo (masculino) e o socialismo político importado (inicialmente bravio depois oportunamente acomodado) e dar-lhe uma perspectiva lusitana (feminina). Constatam o falhanço do projecto de liberalizar e democratizar Portugal. Portugal falha pelas mesmas razões que Carlos e Joaninha falharam…

O desenrolar da democracia do 25 de Abril parece seguir os mesmos passos encontrando-se já na fase da “desistência cívica” …

… O protagonista Carlos, de “Viagens na minha Terra”, símbolo de Portugal do progresso abandona a província (Santarém) e assim enjeita Joaninha (cultura tipicamente portuguesa) incompatibilizado, ao mesmo tempo, com Frei Dinis (antigo regime) e vai à procura de novos ideais para a cidade (liberalismo) envolvendo-se nas lutas liberais (conflitos entre socialistas e conservadores). Neste novo espaço transforma-se e conhece, entre outros bens, a cor da luz dos olhos da Georgina e da Soledade (os belos corpos duma modernidade que permanece alheia). Depois de desenganos e frustrações volta a Santarém (cultura tradicional nacional) mas aí sente-se já estranho; tinha-se mudado e a mudança tinha sido tão radical que já não comportava a integração da memória no seu ser. Entretanto foi-lhe revelado que era filho do padre Dinis (um sinal talvez de que deveria reconciliar a tradição com o progresso ideológico, o pólo masculino com o pólo feminino da nação). Pelo contrário, desiludido da ideologia e da terra, que já na pode amar porque a ideologia e os bens o tinham desnaturado, volta à cidade e faz-se barão. Declara-se perdido. Joaninha enlouquece e falece…

Esta tem sido a perspectiva dum Portugal insatisfeito fatalmente irreconciliável consigo mesmo. Em Carlos podemos ver a masculinidade portuguesa infiel e homossexual que vive dos bordéis estrangeiros e em Joaninha a feminidade portuguesa fiel mas fechada em si mesma quase lésbica. Este é o problema de Portugal. A sua masculinidade e feminidade não se integram num todo. A luta do saber cínico (Carlos) contra a crença ingénua (Joaninha) conduz, segundo a experiência histórica, a uma portugalidade amorfa e indiferente. Isto conduz àquela “apagada e vil tristeza” dum Portugal não vivido mas com a ilusão de viver que lhe vem da sua divisão num Portugal de alguns tantos eremitas e poetas refugiados, de alguns barões da ceita e dum resto lamuriento…

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=1335

 

https://www.gentedeopiniao.com.br/opiniao/dia-de-portugal-dia-de-camoes-e-das-comunidades-portuguesas-no-purgatorio-com-o-covid-19-dados-sobre-a-igreja-carolica

 

https://www.triplov.com/letras/Antonio-Justo/index.htm

 

 

VIVER COM OU CONTRA A RÚSSIA DEPENDENTES DOS USA OU CONVIVER COM TODOS?

Europa por fazer entre Imperialismo americano e russo

A Ucrânia e a Rússia fazem parte da cultura europeia e da Europa. Independentemente do que tem acontecido na Ucrânia, sobretudo desde 2013 e apesar do acto brutal russo de 24 de fevereiro de 2022, nada justifica as campanhas de ódio encenadas pelos Media contra a Rússia. Por um lado, os Media não falam dos antecedentes dos acontecimentos na Ucrânia e nem sequer mencionam as promessas feitas em 1990 à Rússia e nem sequer alinhavam a forma de sujeição da Europa à “potência protectora” América. E a Europa deixa-se instrumentalizar pela ordem política global da América, que se preocupa apenas com a expansão dos próprios interesses políticos e de poder. Quando irá a UE finalmente acordar e desenvolver uma política independente centrada na liberdade, na paz e na compreensão internacional? Que fazemos para superar o ódio e a desconfiança? Esquecemos que uma boa medida de desconfiança em relação às instituições estatais e suas ajudantes é a característica necessária que impulsiona a responsabilidade necessária para o bem comum e para uma sociedade criteriosa e equilibrada!

Quem assiste à demonização de Putin e à divinização de  Zelenskyj e seguiu o desenrolar da política interna ucraniana, encontra uma semelhança crassa de modelos de propaganda usados na Europa e na Ucrânia que fazem lembrar a Série “Servidor do Povo” que fez de Zelenskyj presidente da Ucrânia (1); este candidatou-se depois à presidência, à frente do partido com o mesmo nome: “Servidor do Povo”; nessa série que vi, Zelenskyj é apresentado como presidente inigualável e salvador da Ucrânia. O efeito viral e manipulador que os estrategas de Zelenskyj conseguiram com a elaboração da série televisiva “Servidor do Povo” para ser eleito presidente da Ucrânia, conseguem-no também agora teatralmente na cena política internacional.

 “A quem interessa dividir a Europa?” (2), é a pergunta que se põe desde a guerra militar russa na Ucrânia e desde a guerra política e económica do Ocidente contra a Rússia e que levam ao empobrecimento do povo em geral…. A responsabilidade pode considerar-se dividida devido à luta entre os dois imperialismos que sacrificam a Europa, mas o fulcro da resposta será de encontrar na luta do imperialismo dos USA institucionalizado militarmente depois da segunda grande guerra com a criação da OTAN e na declarada intenção dos USA não permitirem que a Europa se irmanasse com a Rússia. Em 1949 a criação da união militar (OTAN) era óbvia, atendendo à existência simultânea do imperialismo soviético (Pacto de Varsóvia) e à incapacidade da Europa para se defender, tendo, por isso mesmo, de recorrer ao patrocínio dos EUA. O imperialismo soviético (socialismo) e o imperialismo americano (capitalismo) tinham grande parte do mundo sob a sua alçada.

Uma vez desfeita a organização imperialista do Pacto de Varsóvia seria natural, numa perspectiva europeia e de paz, que se desfizesse também o pacto da OTAN. Isso não se deu devido à estratégia americana de se afirmar como imperialismo mundial ímpar, unipolar e, nesse sentido, impedir que a Europa ocidental se unisse à Europa oriental! Numa perspectiva europeia, a Europa está a errar na medida que em vez de se tornar parte da solução tornou-se parte do problema! A argumentação de que a Europa foi ingénua em relação à Rússia é muito relativizada com a correspondente ingenuidade da Europa perante os USA, também eles com interesses próprios, em rivalidade  com os interesses europeus que implicavam maior inter-relacionamento económico, cultural e político com a Rússia e tendo em conta que o Ocidente se comportava mais contra a Rússia, o que a ajudou a tornar-se ainda mais autoritária.

Por outro lado, o imperialismo socialista da União Soviética e o imperialismo capitalista dos USA continuaram activos principalmente em países de África e da América latina através do apoio directo ou indirecto das correspondentes forças rivais dentro desses países: assim dá-se continuidade à guerra fria com medidas de suborno e de desestabilização de grupos rivais dentro de países insuficientemente estáveis (como aconteceu também no caso da Ucrânia); se o imperialismo socialista se afirma nos países usando uma estratégia ideológica divisionista e anti cultura, o imperialismo ocidental afirmava-se numa luta de manipulação económica de subjugação  e com o pretexto da defesa dos valores da democracia liberal.

A campanha generalizada nos meios da comunicação ocidentais contra o Patriarca Cirilo (salvaguarde-se aqui o erro a ele inerentes) é hipócrita porque tende a destruir a identidade cultural russa exigindo-se uma separação entre valores de Estado e valores religiosos numa sociedade em que escasseiam os grandes centros urbanos e simplesmente pelo facto de no ocidente só quererem valer em política os valores sob a perspectiva secular.(https://antonio-justo.eu/?p=7509).

Aquela disputa que se prolongava e prossegue na América latina e em África concretizou-se de forma mais exacerbada na Ucrânia, dado esta ser um estado considerado fronteira de interesses ideológicos, militares e económicos entre o Ocidente e o Oriente. A sociedade ucraniana, atendendo à sua composição populacional e à sua posição geográfica, que poderia ser um estado-federal-ponte privilegiado entre os dois blocos rivais, tornou-se em lugar de confronto entre os dois imperialismos, sendo ao mesmo tempo vítima e cúmplice de imperialismos antagónicos.

Se o apaziguamento (uma política de concessões recíprocas) não tem sido desejado e as duas partes não se respeitarem mutuamente, torna-se impossível a realização de negociações e na consequência dar-se-á o prolongamento indefinido da crueldade. Após a queda do presidente eleito Yanukovych, as regiões do sul e leste da Ucrânia não quiseram alinhar-se com o derrube do governo (derrube apoiado pelos USA) e acentuaram a vontade de conquistar a sua independência com o apoio da Rússia (3).  O regime de Kiev enviou os militares, e como estes não disparavam contra os seus próprios cidadãos, Kiev enviou então unidades voluntárias (4). Durante 8 anos, a Ucrânia ocidental disparou, à sombra do mundo informativo, contra os seus próprios cidadãos no Leste onde 17.000 pessoas foram mortas. Durante 8 anos, o governo de Kiev não implementou o acordo de Minsk (com a tolerância da França e da Alemanha), por interesses óbvios também nos grandes latifúndios ucranianos. Antes, a guerra civil era apoiada pela Rússia e USA e agora os ucranianos orientais estão a disparar contra a Ucrânia ocidental com o apoio directo dos russos.

Exemplo da escalação:  A Rússia intervém militarmente na Ucrânia e a OTAN apoia militarmente a Ucrânia. A EU/OTAN inicia a guerra económica contra a Rússia embora as exportações russas de carvão, petróleo e gás sejam os lubrificantes da economia europeia e deste modo o Ocidente assiste a um encarecimento de vida de que já não há memória; o Ocidente bloqueia as transações bancárias com a banca russa e a Rússia impõe o pagamento das suas matérias primas em rublos, o que originará novos fluxos de dinheiros; a Alemanha interditou a emissora russa em Berlim e a Rússia reagiu interditando a Voz da Alemanha na Rússia; o Ocidente declara políticos russos como pessoas non gratas e a Rússia reage do mesmo modo em reação aos países considerados inimigos!

Na guerra económica a Rússia usa agora os alimentos e os fertilizantes como armas de fundo. A Ucrânia e a Rússia, em conjunto, abasteciam um terço mundial com cereais (trigo, milho, cevada e soja). Agora a Rússia está a responder bloqueando a rota de exportação de cereais e fertilizantes para o norte de África e para o Próximo Oriente, bloqueando os portos no mar negro; nestes países não se farão esperar grandes fomes. Bloqueios económicos, usados como armas de guerra, são abusos ilícitos porque próprios das grandes potências e atingem os fracos e a população e não impedem as guerras.

A natureza é inteligente e por isso mostra-nos que a verdadeira evolução se realiza no viver com. A Rússia faz parte da casa comum Europa como já afirmava Gorbatchov e no princípio também era aspiração de Putin. Querer construir a casa comum sem a Rússia revela-se em miopia política e fanatismo do momento de parte a parte. Um desejo de unidade europeia é hoje também contrariado pela União Europeia que prefere a posição cómoda de se encostar à OTAN; a União Europeia prefere assim ser reduzida ao estilo e interesses anglo-saxónicos.

A derrota   político-económica da União soviética, em termos de guerra fria não justifica a atitude dos EUA, da EU nem da Nato contra a Rússia e contra a inicial boa vontade de Putin. É de constatar que, perante a afirmação do imperialismo ocidental às portas da Rússia, o nacionalismo exacerbado de Putin tenha fomentado nele a velha nostalgia imperial. O comportamento do Ocidente revela querer uma guerra total. Em nome da defesa dos valores ocidentais a Nato assume a estratégia das guerras da religião, próprias da guerra dos 30 anos (1618-1648) entre católicos e protestantes, servindo-se também ela agora, em termos de ideologias, contra a posição do Patriarca Cirilo I (5). Procura-se mover na política e na opinião pública tudo o que possa favorecer uma guerra total .

Os dois blocos em conflito perderam a razão e os políticos desqualificaram-se na qualidade de servidores do bem do povo. Legitimar a guerra ou medidas bélicas com a razão de defesa de valores europeus ou de próprios interesses a defender num país terceiro é tão válido como o argumento da Rússia de lutar contra o nazismo na Ucrânia.

A Europa, se acordar do grande sonambulismo em que entrou depois da segunda guerra mundial, terá de arredar caminho na descoberta dela própria e como tal viver com a Rússia sem viver contra os USA. Um dia, o desenvolvimento histórico levará, um dia, as potências de cunho cristão a unirem-se para melhor subsistirem no concerto de um mundo multipolar (6)!

Num conflito em que nos encontramos todos implicados (Rússia, EUA, EU, Ucrânia e OTAN) não é suficiente limitar-se a andar à caça de um culpado e, ao mesmo tempo, pretender-se ignorar os erros de todos no passado e o facto de nos encontrarmos enredados neles. Também sinal de esperteza, mas não de inteligência, é reduzir todas as falhas de um lado a um só acontecimento (24 de fevereiro) para que ele seja retratado como o único culpado e assim esconder os próprios malefícios…. Encontramo-nos numa situação em que todas as partes se comportam mal pelo que seria irracional que uma das partes determinasse, só ela e por ela sobre a rectidão e verdade da sua posição. Precisam-se conversações embora as partes nao estejam interessadas nelas porque o seu objectivo é só vencer o adversário e ostentar razão para isso.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

  • (1) Título original: Sluha narodu, ucraniano Слуга народу, russo Слуга народа Sluga naroda) é uma série de comédia política produzida na Ucrânia pelo estúdio Qwartal 95 de Volodymyr Selenskyj sobre uma história fictícia da eleição do Presidente da Ucrânia. Vi a longa série e constatei que os promotores de Zelenskyj conseguiram manipular o povo divinizando Zemenskyj de tal modo que o povo tinha de o eleger; os mesmos métodos de encenação usam os Media ocidentais para demonizar o macabro Putin! O resultado é o mesmo. Por aqui se pode concluir como é fácil trabalhar o povo de maneira a ele pensar como elites querem que pense! Por aqui se vê como é fácil o controlo do povo seja ele de que sistema for!
  • (2) Perguntas: https://antonio-justo.eu/?p=7543; https://antonio-justo.eu/?p=7472
  • (3) “As regiões leste e sul, as mais povoadas do país, possuíam muitos habitantes russos que se opuseram às manifestações a favor da União Europeia. Dentre essas regiões, a Crimeia foi a que vivenciou os maiores níveis de tensão política. O parlamento da Crimeia foi tomado por um comando pró-Rússia, o qual aprovou a autonomia da península e posterior anexação à Rússia. No dia 16 de março de 2014, apesar de forte oposição da Organização das Nações Unidas (ONU), foi votado um referendo popular na Crimeia que decidiu sua separação da Ucrânia e anexação à Rússia, opção que venceu com mais de 95% dos votos. A população ucraniana é muito heterogénea embora de cultura comum!
  • (4) Batalhão Azov: https://antonio-justo.eu/?p=7488
  • (5) Nacionalizações da Ortodoxia: https://antonio-justo.eu/?p=7509
  • (6) Para aqueles que pensam que o meu artigo pode ser considerado pró-russo chamo a atenção que o escrevo sob uma perspectiva europeia que a nossa imprensa não contempla e para mitigar a atmosfera de guerra de informação sobretudo anti russa, uma imprensa que carece da apresentação de outras perspectivas que enriqueceriam a controvérsia.

QUE SIGNIFICA PENTECOSTES?

O Pentecostes é a festa do Espírito Santo, e é considerado o aniversário da igreja em que é celebrado o envio do Espírito Santo, anunciado por Jesus Cristo, e recorda a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos em Jerusalém; transformou-os de tal modo que, de repente, falavam em várias línguas e assim levaram a Palavra de Deus a todos os povos. O povo ouviu os apóstolos falar na sua própria língua e todos compreenderam a mensagem. O milagre da linguagem indica que a mensagem é relevante para o mundo inteiro. É a festa do conhecimento e da clareza espiritual.

No cristianismo, Deus aparece em três formas: Pai, Filho e Espírito Santo. A trindade é a fórmula de toda a realidade vivenciada como relação. Deus revela-se ad intra na trindade  (Deus uno e trino) e dá-se a conhecer ad extra através da sua criação (1).

Símbolos de Pentecostes, são pombas, rosas e fogo, vento (João 3:8) água corrente, água de nascente (Jo 7:37f; Apocalipse 22:17). A pomba é símbolo de gentileza, simplicidade e inocência.

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade e dá testemunho do Pai celestial e de Jesus Cristo. Segundo a espiritualidade cristã, Ele é amor, é a fonte do testemunho pessoal, de revelação e assiste as pessoas nas decisões, protegendo-as do perigo físico e espiritual. O “Espírito Santo” dá sabedoria, fé e amor entre Deus e o homem; ele é o gene divino que tudo vivifica.

Reflexão pentecostal: https://copaaec.blogs.sapo.pt/reflexao-pentecostal-120056

Pentecostes ou o princípio da democracia espiritual: https://bomdia.eu/pentecostes-ou-o-principio-da-democracia-espiritual/

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

(1) Deus comunica-se e a fórmula trinitária com a criação do filho revela já em si a essência pessoal da comunicação  interna na trindade: esta comunicação divina expressa-se na relação pessoal, sendo essa comunicação tão pura que se manifestada num outro eu e não num tu (separado), sendo assim um expressar-se na ipseidade  comunicativa . Os padres da Igreja falam também da comunicação divina ad extra que se dá no acto da criação que leva tudo a participar da sua comunicação.

A PRINCESA PORTUGUESA QUE FEZ FRENTE A HÍTLER

Um Exemplo de Equilíbrio das Energias Masculinidade e Feminilidade

Dona Maria Adelaide de Bragança é uma desconhecida heroína portuguesa.

Trabalhou como Enfermeira e assistente social na Áustria.

Foi durante muito tempo a mais idosa princesa de Portugal. Tia de SAR Dom Duarte Pio, atual Duque de Bragança, era a última neta do rei D. Miguel. Nasceu em 1912.

Durante a Segunda Guerra Mundial foi condenada à morte duas vezes.

A primeira condenação deveu-se por chefiar uma rede que tinha por missão fazer fugir pessoas procuradas, perseguidas ou condenadas pelos Nazis: paraquedistas aliados, espiões, judeus e outros.

A Infanta fazia parte do movimento de resistência nazi, e foi apanhada pelas SS e condenada à morte pela Gestapo.

Salazar ao saber da notícia interveio imediatamente, afirmando que ela era cidadã portuguesa e após muita luta diplomática, conseguiu salvá-la. Foi então deportada para a Suíça, onde vivia o seu irmão Dom Duarte Nuno, Duque de Bragança.

A segunda condenação será ainda mais “heroica”. Novamente agente da resistência, tem por nome de código “Mafalda”, fazia a ligação entre os Ingleses e o Conde Claus von Stauffenberg, líder do atentado falhado contra Hitler, a chamada operação Valquíria. É apanhada, condenada à morte pela segunda vez, mas desta feita é salva pelos soviéticos, após a vitória destes em Viena

Em 1949, Dona Maria Adelaide estabeleceu-se em Portugal (1). Trabalhou como assistente social no bairro pobre do Monte da Caparica dedicando-se sobretudo à protecção de órfãos e recém-nascidos pobres.

Faleceu em 2012

Desta heroína não se fala talvez por desinteressar à República!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

(1) A Infanta Maria Adelaide começou a trabalhar como assistente social em algumas iniciativas, pois a área da Trafaria no Monte da Caparica era muito pobre. Ela desenvolveu uma intensa carreira, especialmente na área da recolha de recém-nascidos pobres ou órfãos e depois levou-os para a Fundação D. Nunes Alvares Pereira, da qual foi presidente.(1) https://de.wikibrief.org/wiki/Infanta_Maria_Adelaide_of_Portugal

 

https://pt.wikipedia.org/…/Maria_Adelaide_de_Bragan%C3%A7a