DAS ANDANÇAS DA JUSTIÇA NA QUINTA LUSITANA

A Justiça é cega e usa a bengala da política que não é dela!

Na “Quinta Lusitana” é costume fazerem-se processos judiciais que perdem validade de prazo e outros que não acabam! A Justiça parece ser boa a nível de teoria e bastante eficiente para a “arraia miúda”!

Finalmente, o banqueiro João Rendeiro foi condenado a dez anos de prisão, mas ainda não foi preso; ele não é mais que um exemplo típico de processos que se arrastam há muitos ano nas caves da Justiça. (Segundo o BPP, João Rendeiro desviou 11,6 milhões e estava disposto a pagar meio milhão para não ir preso (1)!  No âmbito de envolvimento político leia-se: “Justiça portuguesa a ser mais lenha na fogueira da democracia!” (2)

Num regime político, de jogo da cabra cega entre os poderes do Estado, torna-se compreensível que Rendeiro e outros vejam seus crimes preteridos!

O efeito mais grave para a sociedade é o descrédito e a dúvida que se vai alargando quanto à atitude dos órgãos da democracia! Apesar do enleio policio-económico-financeiro, a sociedade vai vivendo da dúvida e com a dúvida: In dúbio pro reo!

João Rendeiro e outros do género é sempre um grande risco porque muitos interligados na sua rede poderiam ficar com o rabo entalado!

Por um lado, haveria muita gente importante a ter de ser chamada a contas e, por outo lado, o povo sofreria por não ter um Portugal tão bonzinho e soalheiro como pinta! Em Portugal é difícil assumir-se responsabilidade política e os moinhos da justiça são tão lentos que dão oportunidade a quem pode. Também, tais assuntos, além de um certo alarido primário, não assumem gravidade perante a Justiça; esta no seu ajuizar conta também com a mentalidade e opinião dos portugueses expressa na opinião pública. O busílis está apenas no pormenor e este é difícil de ser notado (2)!

Não há solução para as maleitas dos diferentes governos porque os “administradores da Quinta Lusitana”, se não têm o rabo preso, têm sido coniventes com o sistema, a nível de Estado, de Parlamento, de partidos e de governação.

Se não houver uma conversão dentro e fora dos diferentes partidos portugueses e não se arrume com as “ratazanas” que vivem nas caves da República, não haverá solução e Portugal continuará dependurado à linha condutora de um país que desde há séculos se vai arrastando de crise em crise! Talvez um meio oportuno, para um recomeço de Portugal sério e a sério, fosse uma amnistia geral de tudo e de todos para poder recomeçar e tornar-se num país solidário, próspero, livre e avançado.

Doutro modo, o amor dos portugueses por Portugal cega-lhes os olhos levando-os a não notar que se encontram numa Quinta. Uma quinta de donos e caseiros que ainda não têm a consciência de democracia e de responsabilidade pessoal e social.

Vai-se vivendo; quem pode, cantando e rindo! O que ainda nos vai valendo e dando esperança, para apagar as mágoas causadas por mordomos da política, é a competência e eficiência mostrada na área do futebol. Quando aprenderá a política o exemplo da eficiência conseguida no futebol?

 “Com papas e bolos se enganam os tolos”, diziam os antigos e o mesmo terão de continuar a dizer os contemporâneos!

António CD Justo
Pegadas do Tempo

 

PERSEGUIÇÃO AOS CATÓLICOS NO PAÍS DA LIBERTÉ-ÉGALITÉ-FRATERNITÉ

Nos media não se falou disto: dois pesos e duas medidas

Um caso típico! A 29 de Maio, uma procissão organizada por paróquias parisienses e associações diocesanas para comemorar os mártires da Comuna de Paris (1) foi selvaticamente atacada por Antifas e outros militantes de extrema-esquerda.

“Dos terraços dos cafés, estes indivíduos ameaçaram os paroquianos com a morte. Depois, foram atiradas garrafas, caixotes do lixo e vedações de arame aos fiéis, alguns dos quais foram espancados. Se os fiéis não se tivessem refugiado na igreja de Nossa Senhora da Cruz enquanto esperavam pela chegada da polícia – dramaticamente ausente – poderia ter acabado muito mal… A procissão era composta por famílias, que vinham com carrinhos de bebé, idosos, jovens batedores e acólitos, como observou Le Figaro. “O objectivo era puramente religioso, não havia exigências políticas na nossa abordagem”, disse D. Jachiet, bispo auxiliar de Paris. É, portanto, o ódio à religião cristã e nada mais que está na origem deste ataque extremamente violento”. Ver vídeo documental em nota (2).

A comunicação social, como se tratava de perseguição aos Católicos, não se importa e cala. Certamente se fosse feito o mesmo a outras religiões, franceses seriam apelidados de racistas e os meios de comunicação social teriam falado disso durantes dias. Torna-se desastroso assistir a uma política muda e a uns media comprometidos que não parecem interessados em fazer algo  para resolver a situação mundial contra os cristãos, que são o grupo atual mais perseguido no mundo! Porquê esta diferença de tratamento? O que pretende fomentar o “pensar politicamente correcto”, com isso?

Muitos já se estão a dar conta da união entre a extrema-esquerda e o islão atendendo a ser uma religião política que integra meios semelhantes aos seus.

O cristianismo não deve, porém, cair nessa armadilha de misturar religião com política activa. Por outro lado é fatal assistir-se, de meros braços erguidos ao céu, à decadência ocidental . Não chega implorar a misericórdia e a piedade de Deus para todos… Mal seria se as religiões se unissem umas às outras não para a paz mas para se defenderem contra certo extremismo secular. Este parece só interessado em destruir, sem notar que se encontra a cerrar a haste da árvore em que se encontra!

Torna-se urgente uma reconciliação entre o poder religioso e o poder secular, entre direita e esquerda, dado uma sociedade precisar das duas pernas para andar e para avançar na história; temos dois hemisférios cerebrais, há que atender aos dois para podermos andar como pessoas e como sociedade.

Seria perverso pensar que destruindo as raízes cristãs da Europa, mais fácil seria estabelecer uma oligarquia económico-política num sistema de globalismo centralmente governado; parece bailar em muitas cabeças a imagem de um sistema chinês que soube unir socialismo e capitalismo nas mãos de 80 milhões de comunistas que orientam o resto da China.

Gente sem fé nem lei, movida de interesses ideológicos, apodera-se da praça pública e aproveitando-se dela para semear a discórdia e a delinquência.

Quando estará o Estado disposto a fazer alguma coisa para deixar de ser cúmplice?

António CD Justo

Notas em “Pegadas do tempo”,

 

BILIONÁRIOS DOS USA SUBORNAM AS LEIS E POLíTICOS PORTUGUESES TAMBÉM

Bilionários a pagar 3,4%  de impostos em média

Bilionários nos EUA pagam, por vezes, taxas de impostos mais baixas do que os trabalhadores. Este é o resultado da investigação da plataforma de investigação “ProPublica”.

Entre outras coisas, “ProPublica” compilou o imposto de renda federal dos 25 americanos mais ricos para os anos de 2014 a 2018 e chegou à conclusão que a taxa de imposto pago por eles era, de facto,  apenas de 3,4% em média.

Pelo contrário, o agregado familiar americano médio paga uma média de 14%.

O presidente dos EUA reagiu a esta investigação de forma que, no futuro, a taxa máxima de imposto deverá aumentar de 37 para 39,6% (HNA 10.06.2021).

Como se constata os riquíssimos arranjam possibilidades de diminuírem os impostos a pagar.

Vê-se que o Estado é incapaz de estabelecer medidas de solidariedade social apropriadas.

Os mais fortes arranjam sempre meios para escapar das leis.

Em Portugal a Comissão de Transparência admite que deputados possam desempenhar cargos em diversas entidades desde que não recebam qualquer remuneração. “Mas nova lei de 2019 diz o contrário”…. Agora, a interpretação de um artigo da lei do Estatuto Remuneratório dos Titulares de Cargos Políticos está dependente da leitura que se faça de uma vírgula: Público 12 de Junho de 2021.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

ISRAEL PROÍBE O COMÉRCIO DE PELES

Há uma teoria de que o coronavírus vem da indústria das peles

Há uma teoria de que o coronavírus vem da indústria das peles
 
A tortura cruel dos animais, mundialmente ainda não ilegalizada, brada aos céus!
Israel é o primeiro país a proibir a venda de peles na indústria da moda. A indústria das peles causa a morte de 40 milhões de animais em todo o mundo para o comércio de peles. A crueldade e o sofrimento dos animais andam associadas à moda.
O virologista Christian Drosten considera plausível que Sars-CoV-2 tenha encontrado o seu caminho para os humanos através da indústria das peles. É certo que em 2002 e 2003 o cachorro-guaxinim, tanuki e outros animais peludos chineses foram hospedeiros transitórios do vírus.
As piores condições de alojamento e matança encontram-se na China, onde mesmo animais vadios, tais como, cães e gatos, são presos e mortos.
Segundo o Prof. Drosten, quando as peles são removidas, os animais quase nunca são anestesiados, de modo que a esfola tem lugar de maneira muito dolorosa e são libertados aerossóis, que têm um efeito infeccioso nos seres humanos.
Enquanto a dor da natureza não soar no nosso espírito como um marulho de mar que de longe pede auxílio, os humanos continuarão a ser desnaturados!

 

António CD Justo

Pegadas do Tempo

DIA DE PORTUGAL – Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas

Reaprender a ser português

De celebração em celebração vamos empacotando os símbolos vivos da nação, na banalidade da rotina factual comemorativa, como se tratasse de sardinhas embrulhadas em folhas de jornal. Festa de desobriga com golfadas de incenso para o corpo de uma nação quase sempre moribunda.

A 10 de Junho de 1580 morre Luís de Camões, o Homem que cantou o alvorecer e expandir de Portugal. Camões conseguiu, na sua incomparável epopeia “Os Lusíadas”, imortalizar o espírito português. “Os Lusíadas” tornaram-se o livro da identidade portuguesa. Identidade esta, com o tempo desbotada pelo sol desgastante da ideologia e pelas ondas enleantes das revoluções. Camões é o símbolo de um Portugal caminhante que tem de descobrir mundo para se ir realizando através da história.

Os descendentes dos Homens-bons afirmam que, à morte de Camões, Portugal também morreu. Seguramente, uma afirmação certa no que respeita à classe política dos governantes de Portugal. Esta já não entende Camões nem entende a alma portuguesa, hoje residindo no borralho das cinzas do povo. Um governo “fraco torna fraca a forte gente…” escrevia aquele visionário que ao morrer terá dito Morro com a Pátria”! Este vaticínio

Não, Portugal não morreu. Só morrerá quando deixar de possuir aquilo que o criou, ergueu e tornou específico: a fé e a coragem. A grandeza de Portugal foi construída à sombra do cristianismo. O povo assumiu a missão cristã tornando-a sua. Pátria e fé eram uma coisa só, era então Portugal. O povo sabia conjugar o “heroico” com o “imortal”. Assim, os portugueses descobrem o mundo como missionários da pátria. Com o andar dos tempos perdeu-se o povo e com ele a pátria também. Agora, dela pouco mais resta do que massas à deriva e um Estado de abutres que voam sobre elas.

A obra à nossa frente não será menos arrojada e grandiosa do que a dos descobrimentos. Já não chega uma restauração, é necessária uma nova descoberta. Hoje, os Homens Bons” terão de se lançar à missão de, primeiro, descobrir o povo e a pátria, na redescoberta do cristianismo e da energia lusitana que nos deram rosto! Isto se não pretendermos continuar a ser um país a viver, geralmente, de mão estendida e na dependência das maresias de fora!

Para ressurgir terá de descobrir “mares nunca antes navegados”. Terá de ultrapassar a “Taprobana” do materialismo institucional estatal e religioso. Terá de, como os nossos “egrégios avós”, possuir a coragem de se lançar no fluxo da vida, arriscar e ousar “pecar corajosamente” para abandonar as certezas dos “Velhos do Restelo” que, agarrados às velhas ideologias materialistas, fizeram o 25 de Abril, embrulhando, com elas, um povo inteiro. Filhos da escrava, da russa Agar, da gálica Libertas, continuam a enxovalhar, inconscientes, a grei.

Portugal, desembrulhado, voltará a descobrir-se povo e então redescobrirá a missão que o levará à vitória sobre o nevoeiro estranho que embacia o cérebro das nossas elites e tolhe a vida moura do país.

Então, alijará as formas mecanicistas do seu pensar para poder proporcionar o salto quântico da nova física, a nova consciência. Uma nova mundivisão, surgida já não de revoluções de interesses oportunos e subjugadores, mas dum impulso genuíno de verdade, dum desejo de liberdade criadora e universal.

Não teremos a ajuda dum infante D. Henrique que concatenou então saber e engenho e energia universal. Seremos ajudados por um processo paulatino desformatizador das formas do medo, do ganho, da avidez e do poder. O sofrimento e o desespero duma natureza cada vez mais atrofiada despertar-nos-á para uma nova criatividade, um novo pensar. Então sonho e realidade serão as formas do mesmo pensar. Então seremos tão livres que não saberemos onde a liberdade começa nem acaba. Então navegaremos à tona do mar como se esta fosse o seu fundo! Descobriremos no céu do horizonte novos mundos com caminhos diferentes. Nesse mundo da nova consciência a dignidade já não é apenas humana, passa a ser natural!

No novo mar português, o Povo já não descobre; ele pode criar porque a nova cultura já não é poder nem ter, mas sim relação.

Até lá vamos rasgando a cobertura das ideologias do céu português. Das aberturas surgirão novas auroras e do céu baixarão as cores do arco-íris. Então todas as relações e ligações serão libertadoras e benditas porque, entre uns e outros, deixará de haver muros, para nos delimitar chegarão apenas as cores do arco-íris.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

Publicado a 10.06.2009, in Moçambique para todos: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/