Ontem, 1 de dezembro de 2024, António Costa passou a ser o presidente do Conselho Europeu. A ida a Kiev, no mesmo dia da tomada de posse, revela um beija-mão a Ursula von der Leyen e um ajoelhar-se perante os interesses alemães em Bruxelas.
Certamente, Costa conseguiu o posto advogando publicamente em tempo propício os interesses de países como Alemanha e França que querem que os países pequenos abdiquem da sua soberania e com isto do seu direito a veto para fortalecerem o aparelho de Bruxelas e o eixo Alemanha-França já sem o incómodo de ter de prestar atenção aos legítimos interesses das nações
Será de esperar que os países membros com menos peso na Europa, com o tempo, levem António Costa a representar também os interesses dos países com menos relevo.
Doutro modo desiludirá também os portugueses e então a União Europeia continuará – ignorando a Europa – a ser uma mera acólita dos EUA e a apoiar a sua política resumida na “Doutrina de Rumsfeld- Cebowski”.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo