EUROPA E UCRÂNIA ENTRE O TEXTO E O CONTEXTO DE UMA HISTÓRIA MAL-CONTADA

A Paz voltará à Europa quando a Ucrânia e a Europa se tornarem independentes

Os ciclones vindos da Rússia e dos EUA começaram por varrer a Ucrânia e por colocar as populações europeias ao sabor dos ventos. Quanto aos políticos, que se encontram em lugares mais altos, esses assumiram sobretudo as funções de cata-ventos da OTAN/USA!

Com a invasão russa na Ucrânia criou-se uma cena tão trágica que fez renascer os velhos demónios da luta entre capitalismo (mundo livre) e socialismo (mundo controlado), entre Ocidente e Oriente; na sociedade assiste-se a um redemoinho que se pensava limitado aos agentes no palco, mas não, passou do palco também para a plateia: no cenário temos a guerra quente e no público temos a guerra fria! Por fim todos unidos num só campo de batalha onde todos se tornam soldados bem ordenados nas suas trincheiras: uns com armas de fogo outros com armas da opinião, tudo “fardado” ao serviço do Bloco Russo ou do Bloco OTAN e tudo isto à margem dos interesses da Ucrânia e da Europa!

Tudo olha agora só para a fogueira não se interessando por quem acarretou ou acarreta a lenha! Os europeus tornaram-se em acarretadores da lenha para a fogueira dos USA e da Rússia, através da OTAN. Os países da antiga obediência soviética só lhes é proporcionada a opção de saírem dessa subjugação para entrarem na obediência à OTAN; uma alternativa insatisfatória: sair de um poderio militar para entrarem noutro, quando o óbvio seria entrar numa Europa livre emancipada dos blocos; a verdadeira opção seria uma União Europeia, que não existe como verdadeira entidade europeia  promissora de futuro, dado ter-se tornado no braço estendido americano (OTAN): haverá outros meios de defender um mundo livre e democrático se ter de pertencer a um dos blocos. A Europa tem de acordar, não pode limitar-se ao papel de conciliadora ou de intermediária. A tragédia ucraniana, tomada a sério, levaria a Bela Adormecida Europa a acordar! A Europa tem que assumir-se a si mesma e aprender a andar pelo próprio pé! Só então será equilibrada e poderá tornar-se num luzeiro de uma política da paz para o mundo. No papel de serviçal americana na NATO e como prestável do velho socialismo não passará de uma atleta a correr entre dois mundos: o mundo turbo capitalista e o mundo do socialismo marxista. A maneira como os dois mundos abusam da Ucrânia torna-se patente no sofrimento da população ucraniana e na maneira como a OTAN/USA conseguiu manipular a opinião pública sofredora e os dirigentes políticos numa acção concertada contra uma Europa racional e independente! Em concreto, esta guerra é uma intervenção contra toda a Europa!

Mas se olhamos para a Ucrânia, a sua indecisão interna espelha a indecisão europeia na sua expressão de estar sem ser.

É irresponsável continuar a agir-se segundo a divisa emocional: o inimigo do meu amigo meu inimigo é! O complicado da questão é que ambos têm razões embora ambos se encontrem longe da razão! No fundo das suas intenções e longe do terreno, não querem fazer mal, só querem o próprio bem! Respira-se no ar um desejo de unilateralidade nas posições enquanto a UE se esconde sob o manto da irresponsabilidade tornando-se também ela cúmplice do que acontece na Ucrânia e na UE!

A Ucrânia é uma nação independente, mas com o pobre destino de se encontrar na zona ciclónica onde o Ocidente e o Oriente se digladiam. No meio de tudo isto quem perde é a Ucrânia e a Europa. Mas isto deve ser ocultado aos europeus!

De facto, em terreno ucraniano já há anos se dava uma guerra-civil: uma guerra representativa dos interesses da Rússia, por um lado, e dos EUA, por outro, e com uma Europa que não é carne nem peixe e por isso se encosta à NATO que a impede de poder crescer e aparecer de maneira pacifica e complementar numa estratégia comum de paz que poderia ir de Lisboa até aos Urais.

Na guerra civil da Ucrânia morreram 13.000 civis e 4.000 soldados sem que a consciência da EU e do povo europeu fosse acordada. De repente toda a Europa se levanta ao som das trombetas da alvorada militar.

Cada lado pensa ser o bom, lutando um contra o outro, sem pensar que  o bom se torna mau e no fim só se safam os maus à custa do sofrimento do povo e de uma Europa adiada. Para já, notam-se como primeiros vencedores da guerra, os grandes especuladores das energias no mercado; por anda o povo?! Esse anda, por aí desgarrado, à procura de um regaço seja na Ucrânia, na Europa ou na Rússia!

É um dado adquirido que a guerra surge da mentira e, quando se entra em guerra, a verdade é a primeira a morrer e, com a morte dela, aumenta a vontade de difamar porque não chega a guerra em campo de batalha, é preciso alarga-la às populações para que estas se disponibilizem a pagar a factura dela.

Isto não é mero espetáculo trágico, porque estamos todos envolvidos nesta guerra e mesmo aqueles que pensam não serem acossados pelos bélicos ventos, por terem os pés bem assentes na terra, terão dificuldade de ver para além do nevoeiro emocional, que faz lembrar o da pandemia Covid-19, onde, olhe-se para onde se olhar, em vez de rostos humanos, só se veem máscaras e no que toca ao imbróglio da Ucrânia, olhe-se para onde se olhar, em vez de cabeças só se avistam barretes e chapéus!

Nesta estratégia toda a informação é dada no sentido de não se compreender o que verdadeiramente se passou e se passa! Ao poder importa-lhe, com os seus acólitos da imprensa, espalhar o medo e a confusão entre o povo para não serem chamados à responsabilidade.

Toda a gente fala sem ouvir o que a Rússia quer, o que quer a Ucrânia, o que quer a Europa e o que querem os USA; uns e outros também não querem saber do que se tem feito de mal (por fazer ou por deixar de fazer) à Europa, à Ucrânia,  à Rússia, à EU e à própria NATO!  Deste modo tudo tem andado a seguir os guerreiros de um lado ou do outro, quando estes só estão interessados em ganhar sem olharem a perdas. Deste modo torna-se fácil não procurar soluções nem compromissos; cada um fixo na sua estratégia não está interessado em apresentar propostas de soluções. Se a Europa tivesse assumido a responsabilidade de ser ela mesma, certamente hoje teríamos uma Rússia e uma Europa diferentes, senão amigas pelo menos empenhadas uma com a outra. O mesmo erro que cometeu a Alemanha aquando da Reunificação alemã. Esta, em vez de aproveitar-se da oportunidade para começar a andar com os próprios pés e com a Europa, preferiu encostar-se à avalanche anglo-saxónica e deste modo atraiçoar a vocação genuína europeia; o mesmo tem estado a acontecer na Ucrânia (transformada num cavalo troiano da Rússia e da OTAN/USA! Nós abdicamos de sermos europeus e a Ucrânia foi vitimada pela falta desta consciência. Tudo leva a crer que uma Europa arrastada pelos USA e orientada pela Alemanha (ver: Viragem na Ordem Europeia  https://antonio-justo.eu/?p=7138 ) persistirá na sua decadência e autodestruição

Nota-se que, apesar do texto e do contexto de uma história mal contada, o que vai contar, como aconteceu depois da queda do real socialismo, são os factos, dados à luz prematuramente, que determinarão outros textos sem que tenha havido personalidades com capacidade para elaborarem uma Europa humana e com consciência histórica para além de interesses económicos e de estratégias geopolíticas. Não, a Europa já perdeu a cabeça!  Apesar da sábia advertência de Henry Kissinger sobre a Ucrânia (uma Ucrânia neutra e independente), os USA e a OTAN nunca estiveram interessados numa solução pacífica na Ucrânia porque a Ucrânia instável, nos seus intentos, funciona como barreira permanente entre a Rússia e a Europa Ocidental e assegura, ao mesmo tempo, o controlo dos EUA sobre a Europa! 

É muito questionável o facto de, quando a Guerra Fria terminou e o Pacto de Varsóvia se dissolveu, a OTAN ter continuado. A Europa só pode acordar e vir a si própria quando a OTAN se dissolver; isto acabaria com o alinhamento da Europa no confronto entre Oriente e Ocidente e permitiria a elaboração de uma política própria e uma nova relação humana entre a Europa e a Rússia.  Um relatório da RAND Corporation de 2019 ao Chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA intitulado “Extending Russia” (Alargamento da Rússia), apregoado entre a esquerda e ignorado na direita, explica a estratégia a seguir para se desestabilizar a Rússia (1) 

Temos vivido numa Europa autodestrutiva a pretender afirmar-se na ambiguidade!

Por um lado, os USA queriam uma Rússia vencida e humilhada como se prevê da expressão pública de Obama quando disse que a Rússia era apena uma potência regional (defendendo assim o mundo unipolar liderado pelos USA); por seu lado Putin queria ver a Rússia como grande potência (à imagem da União Soviética) baseado na sua força militar e nas suas relações com o antigo e moderno “império” comunista.

Por um lado, os EUA queriam uma Europa sem a Rússia e a Europa, de ânimo leve, seguiu esta política; por outro lado, a Europa fez acordos comerciais com a Rússia. Putin, cada vez mais desrespeitado, exigia segurança e a não adesão da Ucrânia à OTAN, como afirmou na Conferência em Munique 2008. Os membros europeus fizeram, irresponsavelmente, ouvidos de mercador!

Por um lado, existe o tratado internacional vinculativo entre a Rússia e a Ucrânia de 1994, no qual a Rússia aceita as fronteiras ucranianas e a Ucrânia cede as suas armas nucleares ao seu vizinho em troca. Por outro lado, a OTAN terá dado garantias de não se expandiria para leste, mas fê-lo em nome do desejo de liberdade desses povos.

Por um lado, há uma lista de casos de violência bélica mostrando que 21 casos de violência bélica tiveram origem na Rússia. Por outro lado, a Wikipédia mostra que no mesmo período de tempo houve 46 guerras dos EUA que ficaram impunes. Hoje que se assiste a tantas sanções e cortes da liberdade de um lado e do outro será legítima a pergunta a nós próprios: e que sanções foram impostas aos USA?

Por um lado, Khrushchev, na Crise dos Mísseis Cubanos entre os EUA e a URSS, retirou os seus abastecimentos militares de Cuba porque o Ocidente não tolerava a sua presença naquele país. Por outro lado, a OTAN não quer compreender que a Rússia não queira ter uma ameaça militar na sua vizinhança imediata (Mísseis da OTAN na Polónia, etc…).

O busílis da questão é que Putin e os EUA, Putin e a Ucrânia sentem que estão e estiveram no caminho certo! O que fizemos nós quando os EUA e a Rússia promoveram a guerra civil na Ucrânia e agora queremos lavar as nossas mãos sangrentas como se a guerra na Ucrânia fosse apenas um problema entre ucranianos e russos? É verdade que seria tontaria desculpar um Putin invasor a cometer tantos actos contra a humanidade mas seria pura hipocrisia  querer agora desviar as atenções, quando, desde 2013 a EU não se mostrou interessada em tirar as brasas do fogo ateado por todos na Ucrânia; cada um olhava apenas para o seu negócio à custa de um povo ucraniano dividido entre si e calava cinicamente as mortes ucranianas (13.000 + 4.000 soldados). Sim, os mortos não falavam e dos dois milhões de refugiados de então não era conveniente falar!

O armamento fomenta o confronto e não o diálogo; aquele, contra a justiça, salvaguarda a lógica do direito à provocação e victória do poder mais forte. Porque não se deixa valer na Ucrânia o princípio democrático da autodeterminação também em relação à Crimeia, etc.?

As diversas contribuições, sobre o assunto, ajudam a compreender melhor o que se quer incompreensível; é por isso que na discussão vale a pena tentar iluminar diferentes níveis do conflito, para que o elemento humano não se perca. O estado de espírito não deve ser deixado ao acaso nem tão-pouco a uma informação pública bastante unilateral, porque esta tende a formar soldados e não pessoas esclarecidas, o que contribuiria para o interesse pela justa paz! Também uma política de informação mais ligada a um bloco ou a outro, recusa-se a fazer compreender a tragédia que se passa na Ucrânia; a questão complicar-se-ia e no povo surgissem dúvidas.

Que acontecerá quando Putin ficar encostado à parede? Será que queremos uma aliança entre a Rússia e a China? Uma Europa pronta a espelhar os valores cristãos não deve alinhar-se quer na “tradição” bélica dos USA/OTAN quer na tradição” bélica da Rússia.

Neste momento, apenas os loucos estão felizes. Todos nos temos de preocupar e engajar numa atitude humanista e os humanos encontram-se de um lado e do outro.

Cinicamente, o presidente dos EUA já tentou descalçar a bota ao dizer: “Não somos parte nesta guerra.” Na consequência a Europa, de cabeça no ar, tenta enfiar ainda mais a bota!

Contextualização:

O conflito acentuou-se em 2013 ao surgirem na Ucrânia massas de confrontos e protestos “Euromaidan”(iniciados em novembro 2013 até fevereiro 2014, altura do golpe de Estado e em que o governo foi deposto). Concretamente a guerra civil começou em 2014 devido à decisão do governo ucraniano de impedir um acordo com a EU fazendo isto contra a vontade de uma grande parte da população. Uma parte da população era por uma aproximação da Ucrânia ao Ocidente e a outra era pela aproximação à união russa (os do leste do país e especialmente os da península da Crimeia). Desde 2014, as forças governamentais ucranianas alinhadas com o Ocidente combatiam os ucranianos separatistas apoiados pela Rússia na região de Donbass. Muitas pessoas morreram e o governo foi deposto a partir e 22 de fevereiro de 2014. Em março de 2014, deu-se o referendo polémico da Crimeia e a maioria da população (95%) apoiou a sua integração na Rússia. (A 8 de Abril de 1783, a Crimeia foi formalmente declarada russa por Catarina II “a partir de agora e para sempre”). A anexação da Crimeia em 2014 seguiu-se a um conflito político (2) e por vezes armado em torno da península ucraniana da Crimeia. A partir daí acentua-se a guerra na Ucrânia oriental com o surgimento das duas regiões separatistas de Lugansk e Donetsk. Desde o início da guerra civil, a população, nesta zona, diminuiu para cerca de metade. Segundo a ONU, entre 2014 e 2018 morreram 13.000 pessoas em resultado da guerra e calculou em 4.000 o número de soldados ucranianos mortos. O exército ucraniano ia empurrando os separatistas de volta para o leste. Os separatistas têm recebido apoio da Rússia desde o início. Na Ucrânia há cerca de oito milhões de russos.

Aquando dos exercícios militares russos junto à fronteira Uraniana Putin exigia da Ucrânia a não adesão à OTAN e a sua neutralidade. Isto foi rejeitado pela da OTAN.

Agora em guerra, o presidente ucraniano Selenskyi mostrou vontade de fazer cedências em Donetsk e Lugansk, estendendo a mão no sentido das exigências de Putin (3). Isto daria abertura a uma espécie de divisória dessas repúblicas da Ucrânia se houvesse uma possível a cláusula de unificação nacional pacífica como objetivo…

A situação de hoje é semelhante à de 1939 antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial onde o papa Pio XII a 24 de agosto de 1939 advertia: “Que os homens voltem a se entender. Que voltem a negociar. Ao tratar com boa vontade e com respeito pelos direitos recíprocos, descobrirão que as negociações sinceras e eficazes nunca são excluídas de um sucesso honroso”. Tratava-se de ontem como hoje, não cultivar a memória das negatividades e as feridas recíprocas!  A Europa está a perder uma chance de se encontrar a si mesma para assumir liderar os próprios destinos!

António da Cunha Duarte Justo

© Pegadas do Tempo,

(1) O artigo pode ser acessado em https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR3063.html. O estudo RAND explica os seus objectivos:”Examinamos uma série de medidas não violentas que poderiam explorar as vulnerabilidades e os receios da Rússia para prejudicar as forças armadas e a economia russa, bem como a reputação do regime no país e no estrangeiro. As medidas que estamos a considerar para o efeito não se destinam principalmente à defesa e dissuasão, embora possam contribuir para ambos. Pelo contrário, estas medidas pretendem ser elementos de uma campanha destinada a desequilibrar o adversário, forçando a Rússia a competir em áreas ou regiões onde os Estados Unidos têm uma vantagem competitiva, e fazendo com que a Rússia se estenda militar ou economicamente em excesso, ou fazendo com que o regime perca prestígio e influência a nível interno e/ou internacional”.

(2) O Presidente da Ucrânia  Viktor Yushchenko de 2005 até 2010 (Revolução Laranja) sinalizava um retorno à política pró-russa. Seguiu-se Viktor Ianukovytch (antigo governador do Oblast de Donetsk), eleito presidente da Ucrânia de 25 de fevereiro de 2010 até 22 de fevereiro de 2014 altura em que foi deposto e exilado por ser pro-Rússia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Viktor_Ianukovytch e https://de.wikipedia.org/wiki/Euromaidan , em junho de 2015  foi despojado oficialmente do título de presidente . Oleksandr Turchynov presidente de 22 de Fevereiro de 2014 a 7 de Junho de 2014 presidente interino; Presidente Petro Poroschenko 7. Junho 2014 a 20. Maio 2019 e Presidente  Volodymyr Selensky a partir de 20 de Maio de 2019 … O golpe de Estado de 2014, apoiado pelos EUA, depôs o Presidente Viktor Yanukovych, que por solidariedade com o povo da Ucrânia oriental se recusou a assinar a requisição de entrada da Ucrânia na EU/OTAN; em seu lugar levou ao poder forças pró-ocidentais que queriam a Ucrânia na OtAN e até a declarar a Rússia como inimiga. Em reacção às forças do novo governo que começou por proibir as publicações que havia só em língua russa (língua dos povos das províncias Donetsk e Lugansk que então declararam a sua independência). Mas embora Kiev tenha assinado o acordo de Minsk 2015, nunca implementou nenhum destes pontos e ao recusar negociar com os rebeldes do leste a guerra-civil acentua-se.

(3)  Estas são as 4 exigências da Rússia à Ucrânia para a paz e o cessar fogo de imediato e o retirar sem mais condições definitivamente da Ucrânia:

1ª – Reconhecer formalmente a Criméia como sendo parte do território da Rússia

2ª – Reconhecer oficialmente as Repúblicas de Donetsk e Lughansk como independentes.

3ª – Alterar a sua Constituição para que esta declare de forma explicita que a Ucrânia é um País neutro e renuncia como tal a ser parte de qualquer organização militar que contrarie a sua neutralidade.

 

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

39 comentários em “EUROPA E UCRÂNIA ENTRE O TEXTO E O CONTEXTO DE UMA HISTÓRIA MAL-CONTADA”

  1. Artigo equilibrado e de fácil entendimento. É pena “os maus” saberem que “os bons” que o lêem não entendem o seu conteúdo.

  2. Conclusão, a Europa sofre, pois ainda não se consegui libertar da velha política do século XX, pós segunda guerra mundial.

  3. Aí é que se centra todo o problema: um continente que se quer guerreiro e não cristão!
    Também não agrada a muitos o facto de Putin ter optado pela defesa da civilização cristã, o que já tinha dado a entender muito antes da invasão. Apesar dos seus erros e desta intervenção desumana inaceitável, movida apenas por interesses estratégicos, ele conjuga contra ele não só os que são contra a guerra mas também os que são contra o cristianismo, propriamente contra a civilização ocidental, de reminiscências cristãs!

  4. António Cunha Duarte Justo, prosa brilhante!!!
    A minha leitura sobre o que se está a passar é um pouco mais pragmática:
    1) Quer queiramos, quer não estamos deste lado da barricada e independentemente das razões que a Federação Russa possa invocar, numa Guerra Nuclear somos nós que levamos com a “ameixa”, devido ao azar de estarmos localizados a Ocidente;
    2) Os Russos estão presos a uma ideia ancestral, de que a Segurança económica e física depende da extensão territorial o que em pleno séc XXI é um erro crasso;
    Obs1: Os Mísseis supersónicos viajam a 30,000 Kms hora o que em termos práticos tanto faz estarem na Ucrânia ou nos EUA;
    Obs2: Existem Países com territórios diminutos e sem recursos no subsolo e são ricos como são flagrantes exemplos a Suíça ou o Japão
    3) A atual estratégia dos EUA/Nato é desgastar militarmente e economicamente a Rússia mesmo que a longo prazo tenha custos elevadíssimos para a População Ucraniana;
    Obs.1: A Indústria Militar/Armamento e Energética Norte América, tende a aumentar as suas vendas e já está a arranjar soluções para os suas carências como a atual aproximação à Venezuela.
    Obs.2: Os Norte Americanos estão a usar a mesma estratégia que o Wellington teve nas Guerras Peninsulares.
    Deixou que os Franceses fossem ganhando inúmeras Batalhas, com o desgaste decorrente das suas forcas até a sua logística falhar.
    No final bastou duas ou 3 batalhas decisivas para Ganhar a Guerra.
    4) A China a longo prazo é quem ficará a ganhar com esta contenda, uma vez que irá preencher o vazio deixado pela saída das Empresas Ocidentais da Rússia;
    Obs.: Assim que a Bolsa em Moscovo reabrir, os Chineses irão adquirir Empresas estratégicas ao preço da “Uva Mijona”

  5. Miguel Moniz, obrigado pelo que expôs! O que apresenta a partir do ponto 3 corresponde também ao que penso! Quanto ao pormenos do facto de nos encontrarmos do lado de cá da barricada não nos deve impedir de nos orientarmos pela razão que leve à paz! As razões que eles terão ao serem apresentadas na actualidade não são desqualificadas só pelo facto de serem antigas ou retrógradas. Eles têm as razões deles e nós temos as nossas! Trata-se de ver que a razão dos dois lados faça encontrar as razões num lugar comum! Quanto aos mísseis s encontrem-se onde se encontrarem são uma ameaça especialmente quando na vizinhança. Por exemplo, o facto de a Alemanha e a holanda terem material atómico americano, no caso de uma guerra atomar, coisa que certamente naão acontecerá, os lugares onde se encontram seriam os primeiros a serem aatingidos.

  6. Quer dizer, a favor da guerra? Só pode! Não compreendo como é possível estar a favor de Putin e contra a OTAN. A Rússia, tem todo o direito em invadir e reconquistar os povos que já pertenceram à Federação, subjugando, marimbando-se pelos acordos assinados, após a segunda guerra mundial, ridicularizar a ONU e o Tribunal Internacional e depois…Putin está certo e toda a Europa está errada!
    Amanhã, o Putin entra pela Europa adentro, a matar, a subjugar, a implementar o Comunismo ditatorial e a OTAN…deve estar muito caladinha e desaparecer.
    Ou eu estou errado ou os barrotes estão tortos. Vejo tudo tão calado e até aplaudindo. O politicamente correto não deve valer tudo!
    Não tenham medo! quando está bem, tá bem. Quando está mal, tá mal.

  7. Obrigado pela tomada de posição. Tudo ajuda à reflexão!
    Ao meditar sobre esta guerra e tendo em vista as comunicações que tenho pensei em coloca-la no contexto a que pertence (e não ridicularizar ninguém nem os seus interesses) e para isso ousei ir contra a corrente do pensar politicamente correcto que está interessado em guerra e victória sem olhar a perdas. Sou contra a guerra. Nesta guerra que dura há oito anos tudo está mal! Importante é o empenho pela paz, o que tento com os meus escritos! A guerra é sempre partidária! Para se possibilitar a Paz e conversações objectivas dos políticos nesse sentido, não é suficiente partir-se da opinião “quando está bem, tá bem. Quando está mal, tá mal” mas perguntar-se porque se chega a essa convicção pressupondo-se que antes de chegarmos a uma conclusão é preciso ver o que tem acontecido de um lado e do outro e todos os que estão implicados no conflito e com que meios para se não tentar absolver uns e penitenciar outros! Trata-se de se possibilitar um alicerce onde se possa construir realidade de conversações e decisões fora do campo de batalha, dado os parceiros contraentes só apostarem na victória, quando aqui todos perdem, especialmente os mais indefesos e as populações. Creio que a atitude de Putin não pode encontrar aprovação por parte de ninguém mas é importante compreender o que na Ucrânia se tem jogado e o que está em jogo nesta parte da Europa; esta é uma guerra supérflua!
    Creio que estamos todos metidos numa guerra onde nada é certo e tudo é errado! Os beligerantes de um lado ou do outro, à margem do povo que sofre, mais que preocupados com a realidade apostam na victória e no aplauso!

  8. “Tudo olha agora só para a fogueira não se interessando por quem acarretou ou acarreta a lenha!…” – acredite q há quem se interesse. Pura e simplesmente, não o verbalizam publicamente, pois a História da guerra Rússia – Ucrânia está a ser feita a PRETO E BRANCO E NUMA PERSPETIVA MANIQUEÍSTA – os bons e os maus – o herói e o demónio….Ng pode sequer elencar factos, ou questionar/ denunciar algo, nem tão pouco, apresentar sugestões, sob pena de ser acusado(a) de defensor(a) da guerra e acólito(a) de Putin….existem pessoas que exigem ser contextualizadas, para poderem perceber o q falhou. Mas não podem fazer tal exigência – tal exigência, é um insulto e uma grave ofensa, neste mundo dominado por um fenômeno social onde: todos pensam o mesmo, ao mesmo tempo, acerca do mesmo assunto…. N há lugar para questionadores, apenas nos oferecem dois lados, a NEUTRALIDADE FOI ASSASSINADA, E A LIBERDADE DE PODER PENSAR DIFERENTE, JÁ HÁ MTO Q FOI ENTERRADA….O DIREITO À INFORMAÇÃO CLARA, OBJETIVA E IMPARCIAL, PASSOU A SER UM LUXO AO QUAL NENHUM OCIDENTAL (já) SE PODE DAR!

  9. Ora nem mais! Também creio que nos encontramos numa guerra supérflua em que o pensar politicamente correcto transmitido em geral se trornou num grande instrumento de guerra! A informação controlada especialmente na Rússia também é manipulada no Ocidente para criar o politicamente correcto e nele os guerreiros da sua opinião, quanto menos esclarecida melhor!

  10. Muito bem explicados os motivos dessa guerra pois mostra que esse problema é tão antigo que tem que ser visto com o distanciamento necessário.
    para entendê-los. Gosto muito dessas explicações pois aprendo sobre a geopolítica da Europa explicada pelos europeus e não pela CNN americana que não mostra como os EUA contribuíram para que essa corda ficasse tão esticada a ponto de romper e motivar a guerra.
    Regina, in Forum Elos

  11. Um pormenor importante que terá conduzido à guerra civil: A guerra na Ucrânia tem vindo a grassar há pelo menos 8 anos. Foi iniciada pelos EUA, financiando forças da oposição com grandes somas de dinheiro e fornecendo formação táctica. Victoria Nuland admitiu orgulhosamente isto numa conferência em Dezembro de 2013, falando de 5 mil milhões de dólares vindos dos USA. Entre factores do processo, também são apresentadas as forças radicais de direita tais como o Batalhão Azov ou o Partido Svoboda, que segundo as “más línguas” foram provavelmente os perpetradores do tiroteio na Praça Maidan.

  12. [Forum Elos. margarida j faria: partilhou] Monday, March 14, 2022, 06:13
    Discurso do Presidente Ucraniano, que toda a gente deve ouvir e refletir para conhecer bem a verdade

  13. Não estou do lado de Putin mas o vídeo (Discurso do Presidente Ucraniano), para quem esteja minimamente informado, torna-se numa provocação do inimigo e peca por apelar sobretudo ao sentimento humano que parece faltar aos dois contraentes guerreiros!
    No meu ver e interpretar é um vídeo bom a nível de apelo ao sentimento em defesa da posição do Presidente mas encontra-se à margem da lógica militar que comanda Putin e da estratégia de envolver a OTAN numa lógica de paz também ela nacionalista e sub-repticiamente empacotada no aspecto geoestratégico dos interesses dos USA!
    O vídeo, que já tinha visto, mais parece enquadrar-se numa guerra de propaganda! Quem quer a paz não fala assim e para mais dando a impressão que tem a OTAN a cobrir-lhe as costas podendo assim prolongar a guerra indefinidamente! Por outro embrulha as pessoas com o seu apelo cultural e atacando verbalmente o inimigo e fugindo à questão dos ataques à língua russa. Encobre aqui que uma das primeiras leis, aprovadas em 2014 pela do governo golpista pro-ocidente que depôs o presidente pró-rússia, foi proibir, em grande parte a língua russa na Ucrânia. Este ódio aos russos pode ter fomentado as tendências separatistas, especialmente nas regiões orientais e na Crimeia. As pessoas da Ucrânia não são livres pelo facto de estarem numa nação dividida que na sua guerra civil a partir de 2014 viu 13.000 civis mais 4.000 soldados mortos. Apelar à razão dos outros ficando-se nas próprias razões não é respeitadora da razão.. Pelo teor do discurso podemos estar preparados para uma longa guerra. Guerreiros de um lado e do outro não querem a paz! A paz só se consegue com boa vontade e através de compromissos!
    Um outro dilema é o facto da Rússia quer garantias de segurança da OTAN e a Ucrânia vê a sua segurança na OTAN! Porque não faz uma proposta de uma Ucrânia Federal Neutra? Esse talvez fosse um gesto que colocaria a responsabilidade na OTAN e na Rússia . Doutro modo a segurança da Ucrânia estará sempre dependente dos seus vizinho NATO e Rússia, o que pressuporia que estes se entendessem! Fazer a segurança de toda a Europa depender da Ucrânia estar incluída na OTAN corresponde a querer atar as mãos à europa e fazê-la depender dos USA, quando a Europa poderia por ela mesma organizar-se de maneira a ser independente e até, pouco a pouco, construir amizade com a Rússia.
    É alimentar-se uma esperança falsa Querer que na Rússia o povo se levante contra o sistema é uma esperança falsa e apelar ao próprio povo que combata e que ele é que se encontra na verdade pressupõe um olhar que passa por cima da realidade do próprio povo dividido e pretende um conflito mundial!! Já em 2014, quando propriamente começou a guerra civil, logo defendi que a solução para a Ucrânia seria uma República federal independente. Tudo o resto será construir a cas sobre a areia.

  14. Com uma Saudação,
    Felicito e agradeço tão lúcida análise.
    Subscrevo na totalidade,
    Alíás partilhei, por ser tão assertiva e desmascaradora da hipocrisia manipuladora dos do costume…
    Para esconder a terrível miséria no Afeganistão e as outras….refugiados no Líbano, ou a Síria.
    Continuação de bom serviço…assim

  15. Muito obrigado.
    É realmente assustadora a maneira como se procuram defender puros interesses de poder com argumentos de humanismo e de humanidade.
    Pelo que vejo na população, em relação à Ucrânia, começo a compreender melhor a maneira de reagir do povo alemão perante o regime da segunda guerra mundial!
    Uma tristeza!

  16. O que levava o Presidente ucraniano a motivar a militarização do povo ucraniano (pertença à OTAN, causa da guerra civil na Ucrânia iniciada em 2014) vai agora, pouco a pouco, sendo corrigido, para que a sua figura não se torne embaraçosa nas novas posições a tomar num futuro próximo, se não pretenderem continuar a derramar sangue inocente.
    https://www.elmundo.es/internacional/2022/03/15/6230a6af21efa0a4138b459b.html?cid=BESOCYEM01&utm_source=facebook&utm_medium=social_besocy&utm_campaign=BESOCYEM01

  17. António Cunha Duarte Justo ¿y por qué no puede Ucrania pertenecer a la OTAN o a cualquier organización que elija Ucrania libre y soberanamente y siempre y cuando se respete la DUDH? Ucrania es un país libre reconocido por la ONU. Es todo.
    FB

  18. Miguel Muñoz Arteche, o problema é que a Ucrânia está presa nela mesma, por um lado porque o povo ucraniano está dividido entre os que querem amizade com a rússia e os que querem amizade com o ocidente; por outro lado fizeram guerra entre si nos últimos anos tendo morrido 13.000 civis e 4.000 soldados (disto e de muitas outras coisas não se falou porque interessa ter o povo ouvinte preso a um lado ou ao outro; a guerra civil deu-se pelo facto dos adeptos dos USA/OTAN terem deposto o presidente adepto da Rússia. Liberdade e independência é sempre condicionada. O presidente da Ucrânia teria a hipótese de criar um apís realmente independente da Rússia e da OTAN mas não trabalhou nesse sentido, pelo contrário; queria a sua independência dependente dos USA e agora temos tudo entornado quando uma República Federal da Ucrânia independente poderia ter sido a solução. Além disso a política não se deixa orientar por princípios morais como o senhor e eu quereriam; ela orienta-se por interesses e quem não notou isso vive num outro mundo!

  19. O que levava o Presidente ucraniano a motivar a militarização da Ucrânia (perença à OTAN, causa da guerra civil na Ucrânia) vai agora pouco a pouco sendo corrigido, para que a sua figura não se torne embaraçosa nas novas posições a tomar num futuro próximo, se não pretenderem continuar a derramar sangue inocente.

  20. Na minha opinião os militares ucranianos vão chegar a um acordo com os russos,mas o problema é OTAN.O presidente é um simples instrumento,e está a reparar que a ajuda ocidental falhou.A NATO vai reunir no próximo dia 24 com a presença do chefe Bidan que vem dar ordens aos restantes membros.Envio de armas e dinheiro,que vão arranjar mais confusão.

  21. Foi por estas e por outras parecidas que o CDS desapareceu a favor do Chega, bases profundamente russófilas e isolacionistas, criados ao serviço da Rússia, a quem querem entregar a soberania.
    O que é que a União Europeia tem que ver com a agressão russa?
    O que é que os EUA têm que ver com agressão russa?
    É preciso ser muito faccioso para não perceber que todos os países ex-comunistas aderentes à União Europeia são ricos e os que ficaram de fora, Moldávia, Ucrânia e países do sul da antiga Jugoslávia continuam pobres.
    Desde há muito tempo que a Ucrânia quer pertencer à União Europeia e NATO, mas os nacionalistas preferem ignorar a vontade soberana da Ucrânia, para render vassalagem à Rússia.
    E Vexa não está só, esta é a corrente esmagadoramente dominante no CDS, têm o que merecem, zero deputados.

  22. José Luís Caldeira Fernandes, a queda do CDS tem certamente além do que diz o problema de uma sociedade pós abril em que a mentalidade marxista socialista lhe foi subcuaneamente incutida. Por outro lado não seguiram muito nas pegadas do seu fundador! A sociedade portugueza está negativamente politizada e a própria direita muitas vezes confunde posiç2∟es de direita e de esquerda. O que ela precisaria era de defender consequentemente um humanismo cristão e seguir a nível político um pouco o CSU alemão. Quanto à Ucrânia foram precisamente os nacionalistas que em 2014 fizeram um golpe de Estado e a partr de então surgiu a guerra civil na qual morreram 13.000 civis e 4.000 soldados, segundo dados da ONU. Estou bastante convencido que a solução para uma Ucrânia livre e independente está presente no meu texto. E nesse sentido começa a falar o presidente da Ucrânia que com a sua política também contribuiu para a injusta invasão russa! Creio que se ler o meu texto não pode chegar a essa consequência.

  23. António Cunha Duarte Justo não eram nacionalistas no sentido de traidores ao serviço da Rússia, mas antes pelo contrário, heróis que lutaram pela Ucrânia livre do traidor ao serviço da Rússia e por integrarem a União Europeia como país livre.

  24. José Luís Caldeira Fernandes, a guerra na Ucrânia tem vindo a grassar há pelo menos 8 anos. Foi incrementada com a forte ajuda dos EUA, que financiaram as forças nacionalistas da oposição com grandes somas de dinheiro e fornecendo formação táctica. Victoria Nuland admitiu orgulhosamente isto numa conferência em Dezembro de 2013, falando de 5 mil milhões de dólares. No processo, estão as forças nacionalistas foram também
    tais como o Batalhão Azov ou o Partido Svoboda,
    que foram provavelmente os perpetradores do tiroteio na Praça Maidan. Depois com o golpe de Estado contra o presidente que tinha uma posição mais pró-russa e por isso não assinou o contrato de associação à OTAN, foi deposto. Em reacção a Crimeia revoltou-se e e surgiram pertúrbios noutras regiões da Ucrânia! Assim a guerra foi iniciada chegando às proporções desumanas e inaceitáaveis em que nos encontramos hoje. O fundamento da guerra vem do facto de parte do povo querer amizade estreita com a Rússia e outra parte querer amizade com a OTAN! Parte dos ucranianos queriam a sua liberdade numa amizade com a Rússia e a outra parte queria a amizade com a OTAN! Portugal, que propriamente tem a fronteira com o mar não tem ideia do que é ser país na linha de demarcação entre duas potências rivais! Portugal só tem fronteira com a Espanha e esta tomou conta de Olivença sem que os políticos portugueses se interessacem, doutro modo haveria contencioso! É muito fácil partido pelos outros quando não se olha para o que se passa na própria casa!

  25. António Cunha Duarte Justo a Crimeia não se revoltou e esteve temporariamente ligada à Rússia, só tem ligação geográfica com a Ucrânia, não tem com a Rússia, o referendo da ocupação foi feito pelo ocupante.
    As forças pretensamente nazis, propaganda russa, não eram menos nazis que os russos, que para além de nazis são ocupantes.
    Quanto à “ajuda” dos EUA, é curioso que tente justificar o massacre de milhares de ucranianos com apoio moral ou financeiro.
    Quanto às preferências é muito grosseiramente redutor, como todos os russófilos.
    Então os ucranianos dividem-se entre pró Rússia e pró OTAN?
    Passa um atestado de menoridade mental aos ucranianos, então não podem simplesmente ser livres e com essa liberdade decidir ser ocidentais?
    Mas nacionalista e comunistas são assim, Lituânia, Letónia, Estónia, Polónia, Romênia aderentes à União Europeia são ricos e a Rússia continua pobre?
    Ainda não consegui perceber por que razão os nacionalistas querem entregar a Europa à Rússia, desconfio que por frustrações relacionadas com insucesso pessoal e empresarial num contexto de liberdade e capitalismo.

  26. José Luís Caldeira Fernandes, o meu texto não defende nacionalismos de um lado ou de outro. É apenas uma tentativa de se iniciara uma cultura de paz que não se constroi nas razões de uns contra os outros. Não sei com quem está a fazer a sua luta. Não me sentiria bem numa paz russa nem numa paz americana ambas pretendentes a afirmar-se com poder e violência. Penso que seria tempo de se iniciar uma terceira via que englobe a paz de toda a humanidade. Para isso importa cada um reconhecer os próprios erros. Torna-se sintomática uma posição empenhada em ver-se os aspectos de um lado e do outro seja apelidada de russófila ou de amaricanófila! Estranhas as conclusões que tira. Certamente não a partir do meu texto! Pelos vistos saber mais faz doer!
    Apesar de se tentar informar de um lado e do outro, isso não implica deixar de tomar partido. Mas ao fazê-lo ser de forma esclarecida e como tal sem necessidade de se ter toda a razão só para um lado!

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