TESTEMUNHO DE UMA PESSOA AMIGA SOBRE A SITUAÇÃO NO BRASIL

Eleições quentes – Esquerda radical em Delírio no Brasil e na Europa

António Justo

O Brasil é grande e por isso está mais sujeito à pilhagem; o maior problema das eleições brasileiras será o radicalismo e a prevista manipulação dos dados eleitorais através de algoritmos.  Como as eleições não são feitas em papel é fácil a manipulação dos votos tal como terá acontecido, segundo uma investigação (1), nas eleições de Dilma Rousseff em 2014.

Nestas eleições, os petistas são julgados pelo que fizeram ao povo brasileiro e Bolsonaro é julgado pelo que poderia vir a fazer!

Querendo eu ter uma ideia mais directa e autêntica sobre o que acontece no Brasil, dirigi-me à dra. Maria Manuela Strehl, que se encontra no Brasil, pedindo-lhe que descrevesse o que se passa. A amiga Manuela é uma pessoa honesta, não ligada a ideologias, mas conhecedora da realidade e para quem as pessoas constituem o centro dos seus interesses. Aqui vai o seu testemunho:

 

“Apanhei as eleições em cheio! São eleições atípicas porque escolheram os candidatos mais opostos!

Haddad é comunista e Bolsonaro é da direita.

Têm inventado muitas mentiras uns dos outros pelo que polarizaram ainda mais os candidatos.

Há muitas fake news tanto de um lado como do outro.

Quem não quer o comunismo e quem não quer que o Brasil vire outra Venezuela, vota em Bolsonaro.

Antes das eleições ele já sofreu um atentado e ficou muito ferido. Ele não é tão radical como a imprensa o mostra.

A imprensa daqui é toda da esquerda e a de Portugal também. Penso que os meios de comunicação da Alemanha tb na maioria são da esquerda e portanto mostrarão um Bolsonaro radical.

A maioria do povo brasileiro não quer Haddad porque está cheia de comunismo, pq quem tem estado a governar nos últimos anos são os petistas de Lula (comunistas) e roubaram muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito e foram demasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiado corruptos e tentaram impor a ideologia de género à força nas escolas primárias e outros absurdos.

O povo brasileiro, que é muito cristão, quer manter a família tradicional de pai e mãe. Bolsonaro é a favor da família tradicional e seus valores.
Bolsonaro não é tão radical como fazem dele. A questão é linguística, ele diz coisas inflamadas, mas dentro de um contexto, a imprensa retira frases do seu discurso e cria uma nova realidade, uns „pós verdade”.
Cerca de 40 milhões no Brasil são evangélicos ou de outras denominações cristãs não católicas. Seus pastores estão apoiando Bolsonaro.
De princípio Bolsonaro já ganhou porque no primeiro turno houve 20 milhões de eleitores

a votarem mais por Bolsonaro. Em 3 semanas não é possível que 20 milhões mudem de ideia. Aliás no Brasil quando houve 2. turno ganhou sempre o candidato que teve mais votos no primeiro turno. Haddad só pode ganhar nas seguintes situações: falcatruas nas urnas electrónicas (e há um medo generalizado em todos que venha a haver essas falcatruas e todos lamentam que não se possa votar em papel. Haddad poderá ainda ganhar se até Domingo conseguirem matar Bolsonaro. Assim a sua casa no Rio de Janeiro está super vigiada. O atentado a ele no dia 6 de setembro era mesmo para o matar. Já há 2 mortes na pousada onde Adélio, o criminoso, se hospedou em Juiz de Fora.

Haddad e o PT estão ainda tentando tornar Bolsonaro inelegível, por alguma corrupção, mas até agora nada conseguiram pq Bolsonaro, apesar de estar há muitos anos na política,
tem sido sempre honesto e até tem recusado privilégios financeiros…

Não havendo outra alternativa, Bolsonaro surgiu como uma esperança. Ele é ainda uma incógnita, esperemos que se for ele a ganhar as eleições, o Brasil realmente mude para melhor.”

Este é o testemunho de uma pessoa sem benefícios a receber de uma facção nem da outra.

Ao observarmos a comunicação social tem-se a ideia que a esquerda anda em delírio por sentir a areia fugir-lhe debaixo de seus pés. Nesta luta não há meio termo, só extremos e cada extremo quer-se ver no centro do acontecimento.

O que se encontra em jogo é o poder institucional e social alcançado pela esquerda revolucionária radical, instalada sub-repticiamente nos lugares altos das ONGs, nações, EU e ONU e que, habituada a dominar a opinião pública, nota agora surgir concorrência por parte da direita.

No Brasil a esquerda radical tinha vindo a aplicar sistematicamente a agenda de suborno da cultura ocidental em nome de um socialismo marxista internacional; esperava a venezuelização do Brasil e o PT até já tinha anunciado a mudança da Constituição.

Em nome dos direitos humanos apresentam direitos particulares humanos que se destinam a desmiolar os direitos fundamentais humanos tais como a civilização ocidental os gerou e, deste modo, poderem, sem que o povo note, marxizar a cultura ocidental. A luta marxista já não é contra o capitalismo, a sua estratégia é o combate à civilização ocidental e aos seus valores.

Habituados à sua mais valia do pensar socialista politicamente correcto, prescindem de argumentação factual, bastando-lhe a demonização do adversário.

Enfim, cada um berra por democracia, mas à sua maneira (Foro de S. Paulo” (2)), como se só a sua fosse a Democracia; o Brasil, entregue aos comunistas, não se encontra em boas mãos, nem entregue a Bolsonaro torna-se numa incógnita dado ele, além de umas conversas particulares s´referiu querer combater a corrupção e a criminalidade. Contra F. Haddad correm mais de 30 processos (fase investigatória) etc (3). A imagem do PT dificulta outras alternativas. Pelos vistos pode-se prever que se os comunistas não ganharem, não aceitarão os resultados e boicotá-las-ão nas ruas e Bolsonaro recorreria às forças armadas.

Como antigamente toda a gente era escolarizada no sentido de escrever com a mão direita, hoje encontra-se a ser socializada no sentido da sua maneira de pensar e de escrever ser à esquerda. Esta realidade provoca uma onda da direita a manifestar-se mais e mais.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

 

  • (1)
  • Em 2014 o PT terá falsificado as eleições através de manipulações de algoritmos, como mostra um estudo de  um matemático informado em: https://www.youtube.com/watch?v=NVWeFgbpgNc
  • (2) O “Foro de São Paulo” é um grupo de esquerda continental com mais de 100 partidos e organizações políticas da América Latina que pretendem o domínio político dos países latino-americanos. É um Foro empenhado em combater o liberalismo económico e na expansão do comunismo na América Latina; pelo que se observa fazem uso da democracia para miná-la nas suas bases.
  • (3) Na governação Lula/Dilma houve mais interesse pela implantação da ideologia no sentido do “Foro de São Paulo” do que defender a economia e a independência/unidade do povo brasileiro. Quanto à ideologia do género a própria presidente Dilma não tinha sequer escrúpulos em falsificar a língua querendo como correcta a palavra presidenta. Também é um facto que os cabecilhas do PT (Lula, José Dirceu, Palloci, etc, e de outros partidos) foram condenados judicialmente. Apesar disso a esquerda radical apoia o PT porque o que está em jogo, não é o bem do povo brasileiro e caso percam, dá-se o enfraquecimento da sua agenda internacional contra a cultura ocidental.
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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

8 comentários em “TESTEMUNHO DE UMA PESSOA AMIGA SOBRE A SITUAÇÃO NO BRASIL”

  1. Coloco aqui a discussão tida no Facebook sobre este texto, porque mostra um pouco a preocupação sobre o Brasil e testemunha as duas posições (esquerda-direita)
    https://www.facebook.com/antonio.justo.180/posts/10212637412066398

    Ivo Parente: Excelente texto, realmente a verdade é esta.

    Manuel Campos António mas isto é uma apologia descarada do nazista e louco Bolsonaro, ainda por cima eivada de mentiras sobre o seu rival. Lamento que publiques este texto. Sabes que vivi no e sempre acompanhei a política do Brasil. Resta-ne dizer: que Deus nis v

    José Cerca Nazismo? Por acaso o sr. sabe bem o que foi isso?
    Apoiado, meu caro António Justo. Não ter MEDO da hipocrisia do politicamente correto é uma qualidade que não é dada a todos!…
    A melhor carta de recomendação do PT é Lula na prisão e Dilma corrida da Presidência da República. E sabem por quê? Por causa da CORRUPÇÃO!
    Não simpatizo com Bolsonaro, mas o apoiou a esta candidato é uma clara rejeição da política que o PT tem implementado no Brasil. E mal por mal: 17 e não 13. Até porque 0 13 é sinal de AZAR! E eu não quero isso para o Brasil. Ainda mais Azar do que o que viveram nestes 13 últimos anos?

    Manuel Campos José Cerca vivi na ditadura portuguesa 23 anis e tive que abandonar o país. Vivo na Alemanha há 46 e aprofundei bem o que foi o nazismo e sinto o neonazismo a teimar estabelecer-se. Mesmo vom avançada idade continuo a aprender. Mas lições como as implícitas na sua pergunta são de facto descabidas. A possível eleição do energúmeno e louco bolsonaro poderá provocar a famosa frase dos alemães do após -guerra: “Nós não sabíamos de nada”

    Manuel Campos: Respeito as opiniões do escrivão (que não foi meu amigo Justo), mas tenho o direito e nesta caso o dever de criticar a opinião manifestada.

    José Cerca: Então pelo que deduzo da sua resposta, é preferível continuar a deixar os brasileiros expostos à terrível CRIMINALIDADE e VIOLÊNCIA do dia a dia, bem como penalizados pela permanente CORRUPÇÃO? Deixar o País como está não me parece boa decisão, mas são os brasileiros a decidir sobre o seu futuro, apesar de nenhum dos candidatos que estão neste momento frente a frente conseguirão fazer milagres, mas penso que será altura de Mudar. Será para melhor? Será para pior? Pior, na minha modesta opinião, penso que será difícil, atendendo ao estado caótico em que o Brasil se encontra.
    (O meu amigo A.Justo também se encontra na Alemanha e tem uma consciência cívica e política que muito respeito!)

    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos Caro Manuel Campos. Deverias reconhecer que o que escrevo ou posto tem a intenção de informar para que as dessas façam o próprio juízo não se deixando levar na enchurrada do pensamento politicamente correcto militante que só considera correcto um pensamento seu já formatado e que a carneirada deve seguir porque serve os seus Interesses. Precisamos de um discurso que permita argumentação das partes sem ter de recorrer à demonização do adversário. Infelizmente a opinião pública tem sido formatada em termos de maior cegueira do olho esquerdo.

    Manuel Campos: José Cerca não me é igual como o Brasil fique. E ele está mal há já muitos anos. Dizer que o PT foi/é corrupto e esquecer quanto corruptos foram todos os outros é ignorar o problema sistémico da corrupção no Brasil todo. Não posso afirmar que Haddad é um santo, mas que Bolsonaro não pode nunca ser a solução, disso estou convencido. O mundo está cheio de extremistas, racistas e demagogos loucos e pouco inteligentes á frente de tantos países e não é isso que desejo. Os brasileiros saberão o que vão fazer e terão certamente as consequências do seu acto.

    Manuel Campos: António Cunha Duarte Justo o papel de demónio tem sido fantasticamente assumido por Bolsonaro. Que publiques opiniões, está certo. Mas esta é facto “extraordinariamente” unilateral. Não afirmei que a defendes, mas achei estranho. Se é para esclarecer, então sei o que a pessoa que a escreveu pensa e tenho o direito de a criticar. Abraço.

    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos A pessoa amiga que aqui apresenta o que tem observado e merece mais confiança para pessoas mais neutras e não tão empenhadas na defesa do comunismo ou de um socialismo do pensamento politicamente correto. Aqui não parece estar em questão o direito a criticar, mas o que se questiona é o direito a verdades absolutas e à mera difamação de pessoas. Uma discussão mais produtiva teria de se alargar a argumentar e não apenas a reafirmar a própria opinião.

    Manuel Campos: António Cunha Duarte Justo bem aqui não é o lugar mais próprio e propício para se discutir. Admito. Mas quem tem assistido às golpadas informativas do Bolsonaro (aliás já proibidas) mas sobretudo aos filmes em que ele diz o que diz ( isso não é fake) poderá imaginar o que vem pela frente. Que eu saiba tais afirmações não sairam da boca do seu adversário.

    Manuel Campos Não conheço verdades absolutas, pois não as há.

    Alfredo Stoffel https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1708156582646335&id=797282073733795
    Porque você acha que não houve corrupção durante a ditadura. Professor, historiador e fillósofo Leandro Karnal
    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos Sintomático do “nós não sabíamos nada” é o facto de não se ter sabido nada nos tempos do Lula e companhia e agora pretender-se ser apóstolo de uma moral adequada à própria perspectiva e isto em nome da democracia!

    Manuel Campos: António fui adido da embaixada da Alemanha na altura do Lula. Vi e vivi muito e escrevi muito sobre a política de então. Não só positivas. Mas nada de semelhante ao da „privataria tucana“ (livro que aconselho) ou ao esse neonazi promete. Regressei de novo ao Brasil (São Paulo ) e vivi muito mais…..fico então por aqui!

    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos E porque não há senhores de verdades queridas absolutas surgem as posições dos que se julgam com o direito soberano da interpretação arrogando-se o direito a declarar Bolsonaro e Lula como diabos!

    Manuel Campos: António Cunha Duarte Justo pois.
    Alfredo Stoffel: Pessoal! Não seria melhor usar toda essa “picardia” em prol do que se vai passando aqui na Alemanha?
    Não vejo que as coisas sejam tão lineares como escreve o António Justo / o candidato Bolsonaro próprio se desmascara com os vídeos que ele próprio apresenta;
    Em relação ao PT e aos “corruptos” assistimos a uma farsa política, conspirada nos bastidores, por outros corruptos…
    O que mais me impressiona é o fato de não se pensar num contexto histórico…
    … agora pensa-se no momento sem reflexão …

    António Cunha Duarte Justo : Manuel Campos Na carta é dito que se fazem acusações a um e outro candidato mas tiradas do contexto.

    António Cunha Duarte Justo: Alfredo Stoffel No Brasil parece então debaterem-se corruptos contra corruptos e aqui debatem-se esquerda contra direita, pintando cada facção o diabo na parede do adversário. Esquecem que cada pessoa para andar precisa dos dois pés (esquerdo e direito); não é o facto de alguns renunciarem a um pé para andare,, limitando-se para isso a saltar, que justifica a sua lógica de pensamento. Temos que reconhecer que em democracia uns preferem (ou veem os seus interesses mais resguardados) saltitar com o pé esquerdo e outros com o pé direito. Antigamente abusaram da pessoa obrigando-a a escrever com a mão direita sendo muito embora muitas pessoas canhotas; hoje querem as pessoas a escrever com a mão esquerda sendo muitas delas direitas.
    António Cunha Duarte Justo: Caro Manuel Campos compreendo que tenhas assistido ao actuar de Lula que foi condenado por tanta corrupção instalada pelo seu sistema, o que não compreendo é que não concedas o mesmo direito ao seu opositor de ser um dia condenado pelo seu agir concreto no governo; está já antecipadamente a ser condenado propriamente por uma governação que nem sequer começou. O medo da vezualinização do Brasil é também ele muito legítimo.

    Manuel Campos: O teu post contem dois erros crassos. Lula não inventou o sistema mas assumiu como tidos os outros. Falta provar, pelo menos aquilo de que foi acusado para ser preso (politico). Segundo erro: se vivesses no tempo do Hitler e soubesse antes o que ele iria fazer, votarias nele? Problema: não sabias o que Hitler ia fazer, mas sabes aquilo que Bolsonaro já prometeu ir fazer. Impede-o, antes que seja tarde. Lembro: o que Lula prometeu fazer, fê-lo e é sabido. Também por isso foi condenado!

    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos A argumentação deixa de ter peso já à partida considerando o Bolsonaro como Hitler. O Brasil é muito grande e como tal muito cobiçado pelo socialismo radical internacional e pelo turbocapitalismo e no país há organizações muito dignas de crédito que se alinham ao lado de uma ou outra facção. O povo decidirá e sofrerá as consequências benéficas e maléficas tal como aconteceu com Lula.

    Tomas Gomes: Manuel Campos Lula prometeu e fez , o que lhe convinha..Seus desejos de fazer a URSAL ou seja: “UNIÃO das REPÚBLICAS SOCIALISTAS da AMERICA LATINA”. O Sr . tem conhecimento do : “FORO SÃO PAULO”.? O que se tentava fazer com esse foro? , Encontre videos das várias falas em especial as do Lula.assim verá do que se livrou (por enquanto) a America latina..
    Gabriel Cipriano : Olhar os candidatos à presidencia,agora no Brasil,à luz da ideologia é controverso,mas se olharmos na condição de PESSOAS,concluimos –

    Jorge Rosmaninho : Um texto simples e honesto além de realista. O anti PT e ressentimento que chega a ódio, vencerá e o que vai acontecer ninguém se incomoda, querem pt fora.

    Jorge Rosmaninho: Pagam para ver as ameaças do B.

    Maria Carolina Almeida: De facto tudo pode acontecer… Eu sou apoiante de Bolsonaro… E não acredito em em fake news…

    Paulino Fernandes: Devia acreditar.

    Paulino Fernandes O Brasil ainda pode evitar o abismo, Felizmente, ontem o fascismo perdeu 2 pontos. Até Domingo ainda vai ser possível evitar a tragédia.

    António Cunha Duarte Justo O que está em jogo no discurso público europeu é o medo da esquerda habituada a dominar o terreno ter de ceder parte do seu terreno à esquerda. Enquanto não reconhecermos valores inerentes à direita e valores inerentes à esquerda reduzimos o discurso passa a limitar-se cada um a puxar a brasa à sua sardinha e a não reconhecer a cinza de uns e outros, aquela parte negra que atiramos para os outros que não seguem os mesmos interesses.
    Manuel Campos : Não sei onde vives. Parece que de facto não conheces os Governos da Hungria, da Polónia, da Italia, da Turquia etcccc. Onde andas?

    António Cunha Duarte Justo: Manuel Campos Encontro-me numa sociedade levada por vários ventos, conhecendo quer os perigos que podem vir de uma consciência de direita ou de esquerda e gosto de chamar a atenção para as direcções dos ventos e que ccada um tem o direito de dar o seu sopro ao seu vento; tudo isto só por razões democráticas.

    Gabriel Cipriano: Não tem direita,nem esquerda o que está em pauta no BRASIL é a dignidade humana.Somente isso. Nestes ultimos 14 anos os brasileiros foram enganados,estorquidos e prejudicados na sua condição de vida.Isso é tudo.Essas conversas,democracia,nazismo e etc, são de pessoas que não sabem e nem conhecem o que é fome,doença e morte na beira da estrada,debaixo da ponte e nas sarjetas desta nação…..

    Tomas Gomes: Amigo Justo ,vivo no Brasil desde 1976 . Parabéns pelo seu resumo. O que eu sinto aqui seria a necessidade de um grande safanão (no sentido bom da palavra). Este país é muito grande, cheio de natureza exuberante. As vezes me dá a impressão de que além dos (politiqueiros) brasileiros que só pensam no próprio bolso, tem algo de grandes potências externas, assustadas com as grandes possibilidades deste gigante se associam aos não PATRIOTAS para que o gigante não evolua.

    António Cunha Duarte Justo : Exactamente, Tomás Gomes, abordou um assunto sério: os politiqueiros que governam a sua vida à custa do partido e da ideologia confundindo a ideologia do partido com o Bem-comum! A ideologia pós-moderna (que se serve do pensar politicamente correcto como acto de fé) não quer patriotas, querem fomentar apenas pessoas com meia dúzia de ideias feitas porque se tornam mais facilmente clientes e partidários.

    Tomas Gomes : António Cunha Duarte Justo Pessoalmente eu não sinto cheiro de ditadura militar (estes não a desejam). O grande cheiro que sinto é : o medo de perderem as mamatas em que à muitos anos estão mamado, vivendo em ” BERÇO ESPLÊNDIDO”.

    António Cunha Duarte Justo: Tomas Gomes O mesmo medo corre pela europa embora de forma mais educada porque todos os que têm o poder de se manifestarem têm o estómago bem cheio.

    António Cunha Duarte Justo: Tomas Gomes agradecia que não colocasse posts na página mas sim aqui nos cometários dado ainda nos encontramos em discussão! Muito boa noite.

    Tomas Gomes: António Cunha Duarte Justo Ok certíssimo . Como não entendo tanto de internet ,enviei dessa maneira .Tenho algo mais mas,só irei mandar se conseguir. Desculpe por favor.

    José Bernardo Pinho Dias: António Cunha Duarte Justo. Como católico que sou e politicamente de centro-esquerda estou totalmente em desacordo com o que partilhou desse amigo brasileiro. Para ele o Papa Francisco deve ser um grande comunista porque defende, antes de mais, os pobres e a DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA de que muitos católicos não querem saber. Nunca leram as encíclicas papais desde a ” Rerum Novarum ” até à “Laborem exercens”.
    António Cunha Duarte Justo: A pessoa que escreveu isto é uma admiradora do Papa e uma católica praticante.Terá o “defeito” de não ter opção política e por isso lhe dei maior relevância. Essa pessoa condivide muito dos seus bens pelos pobres. Eu não só li as encíclicas sociais da Igreja Católica com até as estudei. Só lamento é que a política social do mercado nascida na Alemanha e inspirada nelas não seja seguida sequer pelos sindicatos, tendo sido elas em parte suas inspiradoras!

    Tomas Gomes : Ser comunista segundo os primórdios dos cridtãos era ótimo, dividiam tudo mas tudo mesmo . Vieram os divisores do mundo fizeram o próprio socialismo, consiste em dizer: “todos iguais ” mas não fazem .Pois só o rei e seus amigos é que estão desfrutando do bom e do melhor , suportados pelos mais pobres, a quem ficam comprando os votos com promoções vans , enchendo as bocas famintas com naco de pão . OU seja dez por cento do total é distribuído gratuitamente os 90 tem sido para a própria família o partido e os (“AMIGUITOS”) VERMELHOS de outros países, e também a compra do politiqueiro que se vende por tudo e por nada ,falsos PATRIOTAS eleitos para defesa do Brasil mas só pensam no próprio bolso.

    José Bernardo Pinho Dias: António Cunha Duarte Justo Essencialmente não seguidas pelas entidades patronais. Os sindicatos hoje em dia têm muito pouco poder. As decisões políticas em muitos países são em benefício das empresas, com o neoliberalismo económico que tem sido condenado pelo Papa Francisco. O Mundo está cada vez mais desigual, com os ricos a serem cada vez mais ricos em detrimento dos pobres. O católico tem de o ser no seu dia a dia e não só dentro da igreja quando vai à missa. E antes da caridade está a justiça social.

    António Cunha Duarte Justo: Tomas Gomes Jesus como já conhecia bem as linhas com que se cose o poder disse para as pessoas estarem atentas e porque “pobres, vós sempre os tereis convosco” ensinou os disciplos a terem uma predilecção pelos pobres. Mas como toda a pessoa é feita de bem e mal, independentemente de ser cristã, budista, socialista ou capitalista, haverá sempre um aspecto que se expressará mais.
    José Bernardo Pinho Dias: António Cunha Duarte Justo Não quero crer que não é favor da justiça social e que se deve lutar por uma distribuição mais justa da riqueza como tem feito, por exemplo, a Suécia e outros países nórdicos !

    António Cunha Duarte Justo: José Bernardo Pinho Dias e a pessoa que escreveu o texto mais que falar pratica. Independentemente da necessidade de que cada um pode ter de uma ideia que o apadrinhe, em termos cristãos nada legitima alguém a combater a pessoa. Pelas obras se vê o que são e então a análise das obras poderão levar a conclusões.

    José Bernardo Pinho Dias: Eu disse isso atrás. Para mim um cristão/católico vê-se no seu dia a dia. Mas a justiça social está sempre antes da ” caridadezinha “.

    António Cunha Duarte Justo : José Bernardo Pinho Dias Agradecia que fundamente com a afirmação “Não quero crer que não é a favor da justiça social”, como pode chegar a essa conclusão?

    José Bernardo Pinho Dias : António Cunha Duarte Justo Daquilo que defendeu atrás, nomeadamente ao partilhar o que escreveu o seu amigo ou a sua amiga brasileira e a questão de dizer que os sindicatos têm muita culpa da situação que existe em muitos países.

    António Cunha Duarte Justo : José Bernardo Pinho Dias Agradeço que leia outra vez o que escrevi e respeite também o contexto do que disse: “Só lamento é que a política social do mercado nascida na Alemanha e inspirada nelas não seja seguida sequer pelos sindicatos, tendo sido elas em parte suas inspiradoras!!

    José Bernardo Pinho Dias: António Cunha Duarte Justo É melhor ficarmos por aqui. Em termos políticos temos ideias muito diferentes. Eu não o vou convencer a si e o António não me convence a mim. Uma boa noite para si. Amigos como dantes.

    António Cunha Duarte Justo : José Bernardo Pinho Dias Já agora gostaria de saber como define a minha cor política? A amizade não tem nada a ver com posiões políticas! Tenho amigos nas diferentes facções políticas e isso não constitui argumento para recusar a sua amizade ou eles a minha. Primeiro está a pessoa e o resto são pesos que cada um traz.

    José Bernardo Pinho Dias: António Cunha Duarte Justo Concordo que a amizade não tem que ver com convicções políticas. Foi por isso que disse acima
    ” amigos como dantes ” . Não sou sectário e tenho amigos de vários quadrantes políticos .Os meus irmãos, por exemplo, estão todos posicionados à direita ( éramos 9 mas já faleceram 2 ), e eu sou o único de centro-esquerda, desde que me lembro, e sinto-me muito bem nessa pele. Boa noite António.
    António Cunha Duarte Justo: José Bernardo Pinho Dias Boa noite José.

    Gabriel Cipriano : A postagem de Justo valeu,deu aso a pareceres diversos e agora que chegamos ao final,foi oportuna,também.Porém ,notamos nela uma deficiencia,quando a questão politica brasileira,não tem nada a ver com COMUNISMO e FASCISMO e resume-se a um grupo de esquerda que foi desalojado do poder,porque prevaricou na sua administração,por ser desonesta.Diante disso,o pessoal da direita,em nome de principios justos,colocou um fim nisso. Nossa obrigação pessoal e ideologica,era estar com os derrotados,mas primeiro e antes, a dignidade ,a ética e a moral tem de ser preservados. E, em nome disso,defendemos a salvação nacional.

    José Bernardo Pinho Dias: O Papa Francisco disse há poucos dias que as ditaduras começam sempre com mentiras e falsas promessas. Eu vivo em Portugal em democracia mas receio bem, pelo andar, da carruagem, que o Brasil caia numa ditadura de Direita, onde os direitos humanos sejam espezinhados. Aguardo para ver e depois falarmos.
    Miguel Mattos Chaves: A esquerda entrou em delírio. Quando vê o Poder a fugir-lhe, começou a entrar na Paranóia, bem descrita pelos Psiquiatras, de perda de ligação com a realidade – a esquizofrenia!
    …E agora tudo o que não é de esquerda, classifica logo de extrema-direita, ou de populista, ou de fascista, na tentativa de assustar o eleitor médio.

    Isto porque não consegue admitir que os tempos do seu domínio, depois de mais de 40 anos de Poder, estão a acabar.

    E não percebe que os tempos políticos estão a mudar, por culpa própria, por culpa dos seus erros;

    Por mau Governo;

    Por desperdícios sucessivos do dinheiro dos contribuintes, querendo distribuir o que não existe e sobrecarregando os cidadãos com cada vez mais impostos;

    Por desperdícios de dar o peixe, em vez de ter dado a “cana para pescar”, o que a ter sido feito levaria à apologia do trabalho honrado e sério, em vez da subsídio-dependência;

    Prática que tem levado à corrupção de dirigentes, quando estes deviam ser o Primeiro Exemplo de Seriedade para os dirigidos;

    Pelo progressivo empobrecimento da Sociedade Ocidental, que se encantou com as suas promessas utópicas de um “el dourado”;
    do tudo para todos, que não existe,
    como aliás se vê pelos 2,2 milhões de portugueses que estão na pobreza.

    Pelos seus erros, também e sobretudo cometidos na sua continuada tentativa de destruir os Valores e as Referências da Civilização Ocidental.

    Na verdade, a esquerda e seus aliados liberais dos costumes:
    – Têm tentado destruir a família, a tradicional, a antropológica, a natural;
    – Têm tentado destruir e negar Deus e a Igreja;

    – Têm tentado destruir aos valores de base da Honra, da Seriedade, do Mérito, através da sua ridicularização;

    – Têm tentado destruir a necessidade de Ordem e Progresso, que são um dos factores base necessários para a evolução positiva, em paz, de qualquer sociedade.

    E agora, confrontada a esquerda, e os seus aliados liberais dos costumes, com a revolta da Maioria Silenciosa,
    isto é,
    confrontados com a revolta da População, que julgavam ter dominado e ter subjugado, e mesmo mudado/moldado às suas teorias absurdas;

    estão sem saber o que fazer e reagem violentamente, como se todos lhes devessem e ninguém lhes pagasse.

    E agora, confrontada a esquerda com o levantamento das Pessoas, em vários países do Continente Americano e da Europa, que estão fartas da sua Ditadura de Pensamento e da Imposição dos seus Contra-Valores,

    desata a insultar todos quantos se começam a levantar por estarem fartos dessa mesma ditadura do pretensamente “politicamente correcto”,
    que não é mais do que um conjunto de falsidades;

    E reage violentamente, insultando, mentindo, chamando de fascistas, populistas, e outros adjectivos, porque sente e sabe que a viragem começou, é imparável e está a alastrar;
    … é o desespero esquerdista!

    Dito isto, meus caros Amigos e Leitores, creio que é chegada a hora de os Cidadãos de Bem, aqueles que não perderam os Valores Perenes da Humanidade ou que os querem recuperar;

    Aqueles que se recusaram a aceitar o inaceitável, da cultura da morte (aborto como método contraceptivo, eutanásia, assassinatos de carácter, só pelo facto de não pensarem como eles);

    Aqueles que querem ver restaurada a cultura da vida;

    Aqueles que acreditam em Deus e em Cristo;

    Aqueles que acreditam nos Valores inscritos nas Tábuas de Moisés, os Dez Mandamentos, os quais são a base de qualquer Sociedade Pacifica e Progressiva;

    Aqueles que acreditam no Mérito e no Trabalho sério!

    Aqueles que recusam a Corrupção e a mentira!

    Se levantarem e dizerem alto e bom som: – BASTA!

  2. Continuação do diálogo anterior:
    José Bernardo Pinho Dias : Miguel Mattos Chaves ( O Matos não tem um t a mais ). Sou católico convicto e militante do Partido Socialista desde 1974. A minha posição política tem a ver com a doutrina cristã que diz que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Nesse sentido sou pela justiça social plasmada na Doutrina Social da Igreja traduzida nas respectivas Encíclicas Papais que muitos católicos nunca leram nem querem ler. Sou uma pessoa que gosta de pensar pela sua cabeça e dizer aquilo que penso !

    António Cunha Duarte Justo: Miguel Mattos Chaves, O grande impedimento à possibilidade de um diálogo sério e argumentativo deve-se a uma campanha bem sucedida da esquerda revolucionária radical que pretendeu meter na cabeça dos portugueses a ideia que só uma perspectiva esquerdista de análise política é legítimada.

    Miguel Mattos Chaves : exactamente

    Cristina Torrão : “O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Vamos trocar de país, o Brasil pela Alemanha: “A Alemanha acima de tudo. Deus acima de todos”. Se um político alemão criasse este slogan, iam logo dizer: pois, os alemães, o racismo está-lhes nos genes. Como é o Brasil, já está bem! Apoiar este solgan diz muito sobre o carácter. “America first”; “O Brasil acima de tudo”; “A Alemanha acima de tudo”; “Portugal acima de tudo” – qual fica melhor?

    Cristina Torrão : Outras frases que dizem muito sobre o carácter de quem as escreveu: “e tentaram impor a ideologia de género à força nas escolas primárias e outros absurdos”;
    “Quanto aos católicos, infelizmente a CNBB (bispos) tem um presidente que foi educado e formado pela teologia da liberdade e portanto é pro comunismo. Outros bispos e padres tb o são”.
    “Na altura da comunhão Haddad e Manuela também foram e o padre deu-lhes a Eucaristia fazendo um grande sacrilégio porque ambos se dizem ateus” – sem palavras! O Brasil vai ter o que merece.

    Jorge Rosmaninho : Brasil, vírgula, O povo é maioria e não as minorias.

    José Bernardo Pinho Dias : Cristina Torrão. Concordo consigo. Essa pessoa brasileira fala em ” teologia da liberdade” quando esta se chama ” teologia da libertação ” .

    Sérgio Bastos “(…) O povo brasileiro, que é muito cristão, quer manter a família tradicional de pai e mãe. Bolsonaro é a favor da família tradicional e seus valores.(…)

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1847216208727688&set=a.141558055960187&type=3&eid=ARDWbzf04jq3pvnDnjLXW1ulBDvuq4WWS-7QP6zaWtgywmKgHVoDuabyBku59Qhf_7pNqGqApADp3Ek5

    Sérgio Bastos: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2135576586476247&set=a.406418649392058&type=3&eid=ARDgFAXRx5agHArE0Er-npD7YDeJx8E15IAU__K7v0wUYatiUbzHtUctgnD-hBN4C9KNk_RYDDmv7aad
    Sérgio Bastos https://www.facebook.com/photo.php?fbid=576781509429417&set=gm.2027960303932005&type=3&eid=ARBOjRwXf9f4a0RpTcwE-6K1JMHSmXUMunAC_01TSFplJ32lwZGWDrPYuK00CWhJke7Kwyo2hJ0VNhG2
    Miguel Mattos Chaves : A esquerda entrou em delírio. Quando vê o Poder a fugir-lhe, começou a entrar na Paranóia, bem descrita pelos Psiquiatras, de perda de ligação com a realidade – a esquizofrenia!

    ‎Alberto Júnior‎ para OLX Desapega Uberlandia !!!
    Nossa país vai ser bem governado vai, metade das mortes no Rio de Janeiro são feitas por milicianos ex (policiais) através de seus deputados Bolsonaro vai criar…

    Sérgio Bastos A direita, também está contra Bolsonaro Não!
    https://frentao.com.br/o-milagre-esta-acontecendo…/…
    Sérgio Bastos https://l.facebook.com/l.php…sul21.com.br
    Eymael declara apoio a Haddad e pede ‘pacto nacional pela…https://goo.gl/oGcP5m..
    Dirigente do PSDB, Goldman anuncia voto em Haddad; Alckmin trava…

    Sérgio Bastos E será que Bolsonaro Não vai ganhar…há quem tenha muitas dúvidas!
    https://www.revistaforum.com.br/…/ibope-e-muito…/…

    Mário Lds Botas : O B dos BRICS desertou – mas o mundo já não é o mesmo
    BRICS era o acrónimo que referia o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, a que se juntou mais tarde o S de South Africa, que em 2011 formaram um grupo político de cooperação.

    11 Outubro, 2018
    Carlos de Matos Gomes
    Colocado em
    Geopolítica

    Estavam na altura num estádio semelhante de desenvolvimento e apesar de não constituírem um bloco económico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia, procuravam formar um “clube político” ou uma “aliança”, e converter o seu crescente poder económico em influência geopolítica.

    Os Estados Unidos sempre tomaram os BRICS como uma ameaça à sua supremacia mundial – em particular como uma ameaça à sua principal arma, o dólar como moeda de troca no comércio internacional.

    Os BRICS representavam a possibilidade de uma Terceira Moeda, mais perigosa para os EUA do que o EURO. Até à tomada do poder do grupo Trump, a União Europeia era vista pelos EUA como uma aliada, enquanto os BRICS foram sempre vistos com desconfiança e como um potencial adversário. Hoje em dia um inimigo. A estratégia dos EUA foi desde a sua formação a de tentar separar a Rússia da China e atrair para a sua esfera os outros BRICS, de umas vezes com pau e de outras com cenoura.

    A estratégia do regime de Trump é a de considerar a UE um competidor e a NATO uma velharia cara, e de se virar para dentro, de concentrar os seus esforços no interior do EUA e regiões limítrofes (México, e América do Sul).

    O Brasil era o alvo mais fácil para atacar os BRICS, geograficamente situava-se no “quintal” dos EUA, na sua área de influência, o sistema produtivo estava intimamente ligado ao dos EUA, especialmente o dos sectores tecnologicamente mais avançados, caso da aeronáutica, era produtor de petróleo e a sua elite militar e financeira era ideologicamente formatada pelas escolas americanas.

    O apoio popular de Lula e o seu carisma representavam um obstáculo para a estratégia de extracção do Brasil dos BRICS e da sua recondução ao redil dos EUA. Com Dilma tudo foi mais fácil.

    O golpe de Temer e a eleição de Bolsonaro selam a saída do Brasil dos BRICS.

    O Brasil voltará a ser a subdelagacia americana na América do Sul. Tomará a seu cargo gerir a desestabilização no subcontinente, em particular na Venezuela e na Argentina. Os generais brasileiros e a oligarquia sempre tiveram como programa a dependência do grande patrão do hemisfério norte. O Brasil regressará à estratégia definida pelo general Golbery do Couto e Silva, dito o Kissinger brasileiro, na Escola Superior de Guerra, nos anos 60, para derrubar o “comunista” João Goulart, aberto a ideias de um Terceiro Mundo.

    A doutrina de segurança nacional de Golbery resumia-se e resume-se a alinhar o Brasil pelo “bloco ocidental”, sob a liderança dos Estados Unidos. Todas as outras opções são “comunismo”. Em termos de desenvolvimento a teoria de Couto e Silva é a de que, dado o atraso do Brasil, seria necessária a centralização do poder com a “supressão de alguns valores definidores da ordem democrática.” Ou seja: para desenvolver o Brasil do seu atraso tecnológico era necessário um regime de força alinhado com os Estados Unidos. Nada de novo, hoje com Bolsonaro.

    O que está por detrás deste Bolsonaro é o velho programa de Golbery do Couto e Silva e da sua Escola Superior de Guerra. O Brasil volta ao seu lugar na formatura de tropas dos EUA. Os generais e a oligarquia impõem a antiga ordem, O petróleo do Brasil será vendido em dólares. De novo, apenas o papel dos evangelistas e da sua televisão Record, que se juntou à sempre disponível Globo. O B dos BRICS regressa a casa. Ficam os RICS.

    Com a eleição de Bolsonaro o golpe de Temer fica legitimado, os americanos descansados e o Brasil continua subalternizado.

    A subalternização do Brasil é má notícia para Portugal e para todos os países da comunidade de língua portuguesa. Todos necessitariam de um Brasil forte e autónomo. Há muitos portugueses, alguns com responsabilidades políticas, que preferem a subalternização. Há quem “venda” Bolsonaro como um salvador quando é apenas um fantoche boçal utilizado para impor uma velha estratégia, fora do tempo. É que os EUA já não são o farol do mundo!
    Talvez daqui a uns anos o B dos BRICS seja substituído pelo A de Angola.
    Mário Lds Botas : Os profetas reconhecem-se pelas suas obras. Quem agora vier terá de demonstrar se trabalha pela subida do povo para um patamar superior no que respeita a bem estar económico , saúde e educacáo. Tudo o resto sáo tretas. E nestas discussóes há que manter inteligencia e nivel. É , como os franceses dizem “une chose de la noblesse e puis du style ”
    Mário Lds Botas: Temo que o homem tenha razáo…

    António Cunha Duarte Justo: Seria de saudar um discurso mais controverso a nível de argumentos e menos polémico a nível de profissões de posições de interesses políticos: https://antonio-justo.eu/?p=3336 MÉTODO DA CONTROVÉRSIA E A EXCELÊNCIA ESCOLAR JESUÍTA
    contonua no próximo post

  3. Continuação:
    Mário Lds Botas: propomos que leia por sua vez Marcuse , Adorno, Bloch e oiutros representantes da Frankfurter Schule.

    Mário Lds Botas :…talvez até mesmo Eugen Drewermann

    António Cunha Duarte Justo : Já os li quando estudei filosofia e li também alguns livros de “O Capital” de Marx além doutros. Li também alguns filósofos ou linguístas do neo-modernismo que são precisamente aqueles que mais contribuiram co a Frankfurter Schule para a marxização da sociedade agora em processo.Posso numa próxima oportunidade escrever sobre algum deles!
    Mário Lds Botas : marxizacáo da sociedade ? Isso só pode ser um escarneo ! Quando se ouvem as noticias ou se lé os jornais até somos quase afogados com esse processo…

    António Cunha Duarte Justo: Mário Lds Botas Sim, marxização na medida em que da estratégia anticapitalista se passou para estratégia anticultura ocidental.

    Mário Lds Botas: Primeiro . Nunca houve uma estratégia anticapitalista decisiva por parte das forcas políticas que governaram até agora o mundo ocidental. Bem pelo contrário ! O turbo-capitalismo cresceu assustadoramente. Segundo, o Ocidente e náo só, aburguesou-se nos os ultimos tempos de uma maneira bem clara. Quem ,por exemplo entre outros claros sinptomas, acompanhou a vida académica nas universidades na Alemanha viveu isso de uma maneira intensiva. Como já tinha dito isso só pode ser um escarneo.
    António Cunha Duarte Justo: Mário Lds Botas Houve o projecto da União soviética que falhou, houve a tentativa de implementar uma economia social do mercado (por parte da Alemanha) mais no sentido das encíclicas sociais da Igreja e por fim, depois da capitulação total do comunismo no Leste tens-se implantado o capitalismo liberal que unido ao socialismo usa e abusa do pensar politicamente correcto para destruirem consciências, identidades sociais etc.

    Mário Lds Botas: O capitalismo liberal unido ao socialismo ? Tenha dó. O que se vé é uma democracia social a servir de alibi a uma agenda neo-liberal que é por exemplo, a realidade da Alemanha do presente.

    Mário Lds Botas : Pathos…Pouca lógica e muita emocáo com muito pouco poder analítico, Um corporativismo assim tipo salazarista… Deus ,Pátria, Família . Déjà-vu… pelo menos para nós europeus . mas chegou talvez a altura de o Brasil passar por delírios .. como no tempo das trevas na Europa.

    António Cunha Duarte Justo : “O COLAPSO DO ESQUERDISMO BRASILEIRO” é uma outra abordagem de caracter bastante objectivo: https://www.facebook.com/antonio.justo.180/posts/10212633162760168

    António Cunha Duarte Justo
    23 de Outubro às 18:23
    UMA ACHEGA
    Em política dá-se o fenómeno semelhante ao pendular do relógio: o tempo é contado e por isso passa; o relógio apenas envelhece! O que acontece no Brasil dá razão à esquerda e à direita que parecem funcionar apenas como pêndulos de uma sociedade que pretende querer avançar!
    Coloco aqui este texto que julgo interessante para o acerto das nossas opiniões, também elas pendulares.
    UMA ACHEGA:
    O COLAPSO DO ESQUERDISMO BRASILEIRO
    de José Augusto Filho
    O colapso do lulopetismo levará para o limbo boa parte do sistema político brasileiro, organizado a partir das posições de um PT que nas últimas décadas foi a principal força de esquerda no continente
    Para a esquerda brasileira, o que está em jogo nas eleições de 2018 não é somente o preenchimento dos cargos em disputa. Mais do que a escolha do novo presidente, governadores dos estados e representantes das casas legislativas, é imperativo para os autoproclamados progressistas manterem vivo seu projeto de poder. A viragem do eleitorado à direita, estampada nos resultados da primeira volta, põe fim a um ciclo.
    Foram quase três décadas de hegemonia. Durante esse tempo, alternaram-se no poder políticos situados do mesmo lado esquerdo do espectro ideológico, variando apenas no grau de radicalismo. A Constituição Federal de 1988 foi pródiga em pavimentar o terreno para que o pensamento de esquerda pudesse tornar-se sinónimo de instituições democráticas. Criou um Estado providência gigantesco, generoso no oferecimento de garantias e direitos, sem, no entanto, preocupar-se com quem pagaria a conta. Era fatal: um dia a conta chegaria. E veio na forma da mais grave crise da história brasileira.
    Responsável direto pela catástrofe política e econômica que deteriora o tecido social brasileiro, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula da Silva (encarcerado) assiste incrédulo ao seu ocaso. Principal bastião da esquerda brasileira, o PT está atualmente muito aquém do protagonismo que exerceu nos anos 1990, quando atuou decisivamente no reordenamento político do país e projetou-se para o centro do poder nacional. Nesse processo, Lula da Silva agiu como o demiurgo que fundiu as bandeiras do partido com o culto à sua personalidade, o lulopetismo.
    Mas agora o rei está nu. Caíram por terra as narrativas produzidas sob medida para cobrir as suas vergonhas. Já não há o que possa esconder a incompetência administrativa e a corrupção pantagruélica do partido dos trabalhadores. Por mais que se esforce, o PT não consegue mais mascarar o seu legado, que de farsa converteu-se em tragédia.
    Quem não se lembra de 2014, quando Lula da Silva destilou seu usual ódio aos adversários, acusar o candidato da social-democracia, Aécio Neves, de atacar Rousseff “como faziam os nazistas durante a II Guerra Mundial”?
    A participação do PT na disputa presidencial de 2018 começou com uma farsa e assim seguirá até ao fim. Nada diferente daquilo que sempre fez. A reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, é o maior exemplo de “estelionato eleitoral” da história brasileira. A destrambelhada presidente foi reconduzida ao cargo depois de ter apresentando ao eleitor um país das maravilhas, que existia apenas na sua campanha milionária, financiada com dinheiro desviado da Petrobras. Só não admite quem está comprometido com o projeto totalitário do PT. Mas, desta vez, a estratégia falhou.
    Qualificar os adversários de fascistas, nazistas, racistas, misóginos e outros adjetivos que encontram morada no medo e na ignorância já não surte o mesmo efeito em 2018. De alcance limitado, serve apenas para estumar a claque amestrada. Quem não se lembra de 2014, quando Lula da Silva destilou seu usual ódio aos adversários, acusar o candidato da social-democracia, Aécio Neves, de atacar Rousseff “como faziam os nazistas durante a II Guerra Mundial”?
    A propagandeada formação de uma frente democrática, que aglutinasse as forças de centro-esquerda para disputar a segunda volta contra Bolsonaro, não passou de erro de avaliação – mais um, por parte da campanha de Fernando Haddad. Poucos são os que ainda acreditam na retórica petista.
    A verdade é que o lulopetismo encarna todos os pecados que imputa aos adversários, porém num grau absolutamente superior. Eficiente em seu propósito, o embuste engana até a opinião pública internacional. O delírio de poder manifesto nas repetidas tentativas de solapar a democracia no Brasil – via aparelhamento das instituições, esvaziamento dos poderes da República, entre outras – nada mais é que a representação de uma tendência totalitária. Para o lulopetismo, não existe sociedade fora do Estado-partido.
    O PT pode até conquistar o poder pelo voto popular. Mas, uma vez no controle do Estado, sua genética marxista-leninista o impele a dominar todo o corpo social. O seu apetite revolucionário rapidamente vira a sociedade de ponta-cabeça. Os governos petistas passam então a tentar tutelar a economia, a aparelhar a imprensa, a universidade, as organizações não governamentais e tudo o mais que possa servir seu projeto de poder total. Contudo, neste 2018 a fábrica de mentiras petista parece ter entrado em bancarrota.
    O gigante moribundo
    A propagandeada formação de uma frente democrática, que aglutinasse as forças de centro-esquerda para disputar a segunda volta contra Bolsonaro, não passou de erro de avaliação – mais um, por parte da campanha de Fernando Haddad. Poucos são os que ainda acreditam na retórica petista. Classificada por ela de “direita neoliberal” (coube ao PT o papel de organizador da posição dos players no debate político nos últimos 30 anos), a social-democracia fez o que se esperava dela, manteve-se neutra. No entanto, deixar de tomar lado na disputa mais polarizada da história é, no mínimo, aceitar o rótulo de cúmplice ou de cobarde.
    Para além das declarações ambíguas de Fernando Henrique Cardoso, seu PSDB enfrenta a pior crise interna da história e terá de se reinventar. Geraldo Alckmin, com 4,76% dos votos, não tem mais força ou prestígio para manter o partido em suas mãos. Sempre hesitante e fraco em sua oposição ao lulopetismo, o PSDB saiu menor da disputa e terá muita dificuldade para se posicionar em um jogo político que, tudo indica, terá Bolsonaro no papel de Príncipe.
    Marina Silva nunca se recuperou do ataque torpe baseado em mentiras que destruiu sua candidatura em 2014, meticulosamente planeado e executado pela campanha de Rousseff. Incapaz de satisfazer o ímpeto antipetista exigido pela disputa neste 2018, a ambientalista recolheu-se a sua diminuta importância depois do humilhante 1% dos votos. Talvez reapareça daqui a quatro anos para lamentar o leite derramado. Ela sempre faz isso.
    Sabotado desde o primeiro momento por Lula da Silva em suas pretensões a ser eleito presidente do Brasil (e esta não foi a primeira vez), Ciro Gomes preferiu acompanhar da Europa o desfecho das eleições. Longe do olho do furacão, assistiu ao seu irmão Cid Gomes, senador eleito pelo Ceará, lançar a pá de cal que faltava sobre a candidatura de Fernando Haddad.
    As críticas de Cid Gomes ao PT não foram um gesto de altruísmo. Antes, fazem parte do cálculo político de quem joga defendendo os próprios interesses. Velhos aliados do lulopetismo – ele e Ciro Gomes foram ministros nos governos petistas –, aproveitaram o estado pré-falimentar do partido para posicionar a sua máquina política. Surfando na crista da onda da “terceira via”, Ciro se prepara para ocupar o espaço recém-aberto no campo da centro-esquerda pelo encolhimento de PT e PSDB. Em 2022, o “cangaciro” se apresentará forte para a disputa.
    Tantas vezes soberano no controle das alavancas do jogo político, o PT se vê isolado, a contar apenas com o apoio de seus satélites radicais, cuja irrelevância eleitoral é manifesta no risível desempenho de Guilherme Boulos do PSol: 0,58% dos votos. O fiasco retumbante do lulopetismo prenuncia um longo inverno para a esquerda brasileira.
    Como nada é tão ruim que não possa piorar, o fim da contribuição sindical, aprovado ano passado, já faz estragos na miríade dos quase 17 mil sindicatos existentes no país. (O Brasil é o paraíso sindical. Lula da Silva fez escola).
    Devido à pequenez de suas bancadas parlamentares, partidos historicamente aliados ao PT deixarão de ter acesso ao milionário fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na televisão. É o caso do PCdoB da candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Haddad, partido que falhou em obter desempenho eleitoral suficiente para atender à cláusula de barreira. Da mesma forma, a Rede de Marina Silva terá de fundir-se a outra legenda para não desidratar, inevitável destino dos partidos a que faltam mandatos e dinheiro para fazer política.
    Mas, como nada é tão ruim que não possa piorar, o fim da contribuição sindical, aprovado ano passado, já faz estragos na miríade dos quase 17 mil sindicatos existentes no país. (O Brasil é o paraíso sindical. Lula da Silva fez escola). Aqueles que não conseguirem operar sem os milhões de reais retirados compulsoriamente ao trabalhador – e livremente disponibilizados a sindicalistas militantes partidários – tenderão a desaparecer.
    Na mesma toada, muitas organizações não governamentais (ONGs) certamente enfrentarão uma prolongada seca de recursos, historicamente drenados para as suas contas via emendas parlamentares ao orçamento da União. No Brasil do lulopetismo, poucos políticos não dispõem de uma ONG para prestar serviço social e promover suas reputações na esteira de seu desprendido voluntarismo.
    Da bolha existencial na qual se nutre de arrogância e prepotência, o PT é incapaz de fazer a autocrítica reclamada por Cid Gomes. Pelo contrário, “não dá para o PT pedir desculpas porque [o PT] venceu”, tripudiou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann
    Já o PT não terá como se desvencilhar da imagem desgastada, impressa em cores vivas no imaginário dos eleitores, por escândalos de corrupção e a mais severa recessão da história recente do país. Os valores do cidadão comum foram completamente ignorados por seus governos progressistas, gestados e apoiados pela classe “bem-pensante” de intelectuais e artistas.
    Da bolha existencial na qual se nutre de arrogância e prepotência, o PT é incapaz de fazer a autocrítica reclamada por Cid Gomes. Pelo contrário, “não dá para o PT pedir desculpas porque [o PT] venceu”, tripudiou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, senadora, recém rebaixada a deputada federal – por saber que não obteria votos suficientes para se reeleger. Para manter o foro privilegiado, os cínicos submetem-se a qualquer constrangimento.
    O PT é o escorpião da fábula. Em condições normais, ninguém acredita num partido que sempre agiu de forma antidemocrática e vocacionada para o crime. O cinismo da campanha de Fernando Haddad apenas expõe as vísceras de um partido que sangra em praça pública. Mesmo desmascarado, o PT insiste no equívoco, e assim expõe a sua militância e os seus eleitores (os que ainda guardam o mínimo de dignidade) ao constrangimento.
    É praticamente certo. Melancolicamente, o lulopetismo desaparecerá da política brasileira com a vitória do seu mais perfeito antípoda, em 28 de outubro. Contudo, a depender do que vier a ser revelado pela delação premiada de Antonio Palocci, cujo julgamento ocorrerá a apenas quatro dias da votação, o PT, de maior partido da América Latina, poderá entrar para a história como uma das principais organizações criminosas do continente.
    Para o líder petista, encarcerado e que um dia se comparou a Jesus Cristo “condenado à morte sem provas”, ficam as palavras do magnífico Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa: “Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias… Tanta gente – dá susto de saber – nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza…”
    Jornalista e doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Pesquisa os desafios do multilateralismo liberal no presente contexto de transformação da ordem mundial.
    Continua no próximo post

  4. Continuação do anterior
    Mário Lds Botas: …náo tem como fugir à realidade geo-estratégica. Náo estamos numa situacáo de disputas teóricas de saláo.O vampirismo neo-liberal é bem mais real que qualquer dissertacáo teológica sobre os mafarricos comunistas.

    António Cunha Duarte Justo: Nem os “mafarricos comunistas” como lhe chama e que acho uma difamação nem as “dissertações teológicas” ajudam aqui na discussão. Importante são factos e argumentos! O resto pode ser desviar a bola para canto.

    Mário Lds Botas : É precisamente isso ! Sáo sempre os factos da verdade sobre comportamento humano, sobre a ganancia em relacáo aos recursos que dita a politica, que é imposta pelas forcas que dominam os ditos representantes supostamente escolhidos pelo “povo soberano”.

    António Cunha Duarte Justo: Deste modo, Mário Lds Botas, leva o democracia ao absurdo. Ou será que a democracia só o é tal se tiver um povo abstracto e não real?

    Mário Lds Botas : Leva ? Somos ingénuos ? Mas quando é que ela foi verdadeira ? Quando a Bastilha foi tomada ? Aí talvez… por algum tempo. A dita democracia parlamentar a que estamos habituados é uma fachada. Os senhores da Matriz já perceberam , há muito tempo, que é muito mais penoso governar pela forca. Fazer crer de uma participacáo nos destinos do país é muito mais inteligente . A coisa é muito mais sublime… os actores sáo escolhidos de cima para baixo. estive em dois e tres partidos e tive a oportunidade de verificar isso. Só quem náo quer é que náo percebe isso.

    António Cunha Duarte Justo : O que descreve sobre a matriz do poder é uma realidade a ter em conta e não algo que se deva ignorar ou negar. Precisamente porque o Homem tem sido lobo do Homem em nome de ideias, ideologias e ideais é que precisaríamos de começar a fortalecer as pessoas, mas para isso é preciso descer ao povoado e não mater-se nos lugares altos ou pretender a eles para se dominar. É interessante verificar-se que o Homem do poder longe do povo, tal como o lobo só desce ao povoado quando tem fome; o lobo fá-lo no inverno e muitos dos políticos fazem-no nas eleições. As democracias, tal como o povo, não são verdadeiras nem falsos são grandezas em processo. As ideologias querem fazer delas coisas feitas mas anónimas e indefinidas para poderem encostar-se a ideias seguras com se estas fossem moletas em que nos pudéssemos apoiar ou usar para a batatada com os adversários.

    António Cunha Duarte Justo : Precisamente aí é que a porca torce o rabo: na definição de democracia. E a avalanche do pensamento politicamente correcto escolhe falar de termos confusos e indefinidos para aí poder meter a sua ideologia e justificar-se com ideias generalizadas. Não digo que nos encontramos num sistema totalmente aceitável mas também não pretendo deitá-lo abaixo. É preciso melhorá-lo e todos devem fazer por isso: esquerda e direita, capitalistas e “proletariado”, mas todos unidos no serviço à pessoa e à sociedade onde a justiça e a humanidade sejam empenho de todos e nunca propriedade de ninguém. Também estive em três partidos e quando vim como professor para a Alemanha escrevia para jornais da esquerda e era apelidado de abrilista. Entretanto consegui elucidar-me da ingenuidade (com o saber de experiência feito) que me levava a crer num 25 de Abril pelo povo e não das ideologias e dos carreiristas. Vi demasiado para continuar a ser inocente. Respeito as pessoas e até os interesses que as definem e por que se definem, mas não pude deixar de ver que os valores que na minha ilusão de esquerda defendia e julgava serem de Abril, eram reduzidos a palavras ocas que em nome do povo e do proletariado eram usadas apenas para pretexto para carreiristas que estrategicamente deveriam ocupar os postos de influência social e política e tudo isso à custa do povo mas não em favor do povo mas sim em favor do partido ou ideologia. Na direita verifiquei muita ingenuidade (não falo dos turbo-capitalistas) e que no palco político não interferia por preguiça ou por julgar que o povo os apoiaria sem o empenhamento que é mais próprio da esquerda.

    Mário Lds Botas : Meu caro… a porca náo torce o rabo na definicáo da democracia ! E depois náo faca o erro de tentar melhorar a dita democracia com valores e definicóes criados pelo próprio sistema do politicamente correcto com a sua ideologia. Aquilo que é decisivo é a capacidade de reconhecer a realidade biológica do comportamento humano na luta e concorrencia pelos recursos tal como a etologia o estuda. Segue depois uma análise e diagnóstico sobre os disparates culturais para se perceber o que verdadeiramente se passa. Como Konrad Lorenz dizia – Acreditar nos maiores disparates é um previlégio do ser humano. Na natureza isso náo existe.

    Se assim o fizer estará possivelmente mais próximo do Ungido, do Cristo ou de Gautama , o Buda…
    ..nas suas posturas espirituais e éticas , num comeco embrional de igualdade humana , social.

    António Cunha Duarte Justo : A ideologia do pensar politicamente correcto é a moralkeule que a ideologia pós-moderna procura impor uma ideologia legitimadora da extrema esquerda. Quanto a Konrad Lorenz foi um nacional socialista propagador da evolução social darwinista em que também Hitler se fundava para defender a necessidade de expurgar a sociedade de elementos fracos ou débeis que constituíam um impedimento para o afirmar-se da raça superior germânica. Sim, a ciência biológica e social apoiou o nacional-socialismo. Ele erguia-se contra crenças que considerava disparates porque queria vender o seu disparate da selecção biológica apoiando a ideologia de Hitler. Querer isentar-se a natureza dos disparates ou fugas à regra conduz à legitimação dos disparates que levam a afirmar ou negar os disparates para se legitimar o próprio viver. Mas isto de se querer acreditar em crenças materialistas é tão ousado como negar o espírito que as percepciona. Infelizmente o comunismo tornou-se numa crença que se quer afirmar pela crença materialista e por puros mecanicismos!

    Mário Lds Botas : Náo me revejo nas suas definicóes, nem necessito para pensar e analizar livremente de escolher ideologias materialistas ou definicóes do espirito apriori. Quanto a konrad Lorenz náo partilho a sua acusacáo de o mesmo ser um nazi e nada tem a ver com com os delirios hitlerianos, nem táo pouco tem Darwin responsabilidades sobre os disparates que outros mais tarde fizeram das suas investigacóes. Haverá biólogos que teráo apoiado Hitler,mas esses náo sáo aqueles em que uma moderna neurobiologia se funda. A Criacáo náo é uma uma crenca materialista mas um facto existencial que quanto muito poder ser percepcionado e estudado e o espirito náo caiu do Ceu. Crencas definem -se ,nascem e morrem quando a elas e só por elas se definem e fogem a submeter-se a uma investigacáo experimental, cientifica e analítica. Por isso é que as igrejas cada vez teem mais problemas e os seus teólogos correm aflitos atras da ciencia moderna , (especialmente atras da fisica moderna) , para ver se conseguem…

    Tomas Gomes: (” Vídeos do foro de São Paulo”) Ver os meandros !!!.

    António Cunha Duarte Justo : Não consegui ver. A ideia que tenho do Foro de São Paulo é um grupo de esquerda empenhada na expansão do comunismo e da implantação da do domínio marxista na América Latina.

    António Cunha Duarte Justo: Caro Mário Lds Botas, primeiro seria bom distinguirmos entre ciência e métodos; entre ciência e um dos seus métodos de abordagem (o método analítico científico materialista que parece preferir).
    Do que disse compreendo a argumentação mas acho-a demasiadamente limitada à afirmação do materialismo ao não reconhecer outras formas de explicar a realidade, entre elas o idealismo. Alinha-se na corrente filosófica de um certo positivismo lógico (que, como materialista nega a metafísica-Deus) que recusa o que ultrapassa a matéria fazendo da matéria a medida de todas as coisas. Isto como se o empirismo anti-idealista fosse a única forma de acesso à “realidade”! Como convém ao marxismo materialista e ateísta (e está no seu direito) parece fixar-se num dado particular da ciência esquecendo que a a matéria para poder ser analisada e descrita precisa de algo exterior a ela… Aproveitam-se de análises científicas específicas fazendo delas dogmas da sua ideologia materialista, como se fosse suficiente para negar as outras.
    Konrad Lorenz acolheu e apoiou as teorias raciais dos nazistas. Com as suas posições apoiou também a ciência do darwinismo social seguido por Hitler. Isto não minora os seus méritos nas suas investigações sobre o comportamento dos animais (tanto extremistas da direita como extremistas da esquerda contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da sociedade, independentemente do seu credo).
    O amigo ao colocar a ”investigação experimental, cientifica e analítica” como a medida única da interpretação corre o perigo de a tornar numa tautologia porque também a ciência e a ciência analítica evoluem e por vezes até se contradizem à posteriori, com o andar do tempo. Assim temos métodos analíticos quer da ciência positiva quer da ciência metafísica.
    O discurso e o pensar humano desenvolvem-se, ou melhor, movimentam-se em ondas alternadas ou paralelas de afirmação/negação do empirismo (e método analítico) e afirmação/negação do racionalismo. Hoje, também através da física quântica já a filosofia analítica reconhece a metafísica tal como o faz a filosofia analítica. Seria fatídico querer confundir uma área da ciência com todas as áreas da ciência querendo metê-las todas no mesmo saco.
    O materialismo, o ateísmo, e o mecanicismo são forças que se tendem afirmar e têm o seu direito a isso. O problema é quando se tornam dogmáticos e querem tornar toda a realidade vista e analisada sob a sua perspectiva.

    Mário Lds Botas: Caro António Cunha Duarte Justo ! náo tente enquadrar-me num esquema e ideas que voce rejeita tentando cerca-lo e defini-lo pelas mais diversas formas. Náo sou materialista. O método analítico científico náo é por ele mesmo materialista. Isso depende do subjécto que o utiliza. Em si é uma ferramenta.

    António Cunha Duarte Justo: Mário Lds Botas A sua frase,” Crenças definem -se ,nascem e morrem quando a elas e só por elas se definem e fogem a submeter-se a uma investigacáo experimental, cientifica e analítica” referida no contexto de defesa do cientista materialista Konrad Lorenz e como não falou de método mas apenas das crenças terem “necessidade da submeter-se a uma investigacáo experimental, cientifica e analítica” isso levou-me a escrever o que escrevi, para tentar saber situá-lo e ver qual é a filosofia fundamental na lógica seguida. De facto não regeito as diferentes filosofias e escolas de pensamento, acho-as complementares, o que não posso é aceitar uma só como absoluta, como pretendem as escolas materialistas e em especial o marxismo.

    Mário Lds Botas: Meu caro voce esta sempre a bater na mesma tecla e a procurar acorrentar diversas correntes de pensamento à dimensáo materialista. Sabe? Eu náo tenho qualquer problema com a Metafísica-Deus. Compreendo perfeitamente a sua postura de náo gostar de um empirismo anti-idealista que se considera como a forma unica de acesso à realidade Sem duvida ! O marxismo ( materialista e ateista ),aproveita-se…Como tambemo fazem os adeptos de um idealismo metafísico A pergunta decisiva é quem é que tem mais os pés no cháo. Na sua essencia o idealismo metafísico é tambem uma ideologia cujas raízes chegam até ao tempo das idades das trevas onde a investigacáo náo era permitida e até perseguida… De dogmatismo nenhuma delas se liberta ! Como já antes tinha dito, náo vou discutir consigo sobre Konrad Lorenz. Li-o e náo o considero fascista ou nazista. Tambem como já lhe tinha dito náo sou materialista e náo considero a investigacáo experimental, cientifica e analista como medida unica de interpretacáo porque náo se trata aqui de interpretacáo mas sim de dar passos no desconhecido , de ganhar conhecimento que permita seguidamente uma postura filosófica, porque contar com o ovo no rabo da galinha e ir buscar num acto de idealismo metafísico a dimensáo Deus é abrir nun contexto humano a caixa da Pandora. Daí brotam idades das trevas , criacionismos ingénuos e primitivos e outras coisas mais, inclusivamente a essencia arrogante e tosca do conceito de superioridade por ultimo desaguando na pimbalhada do fascismo.Pessoalmente náo considero que que a metafísica seja uma ciencia. Mas sim ! A ciencia é humana e imperfeita ! Ela é uma ferramenta limitada mas que evolui , mas que tem a honestidade de auxiliar o ser humano num caminho que ele tem de percorrer só e sem ilusóes apriori, sem enganos e miragens. A filosofia analítica reconhece a dimensáo espiritual ? Ela já sabia o que os Vedas continham, mas reconhece coerentemente quando a física quantica, (uma amiga sua ),o confirma.. No caminho penoso do conhecimento existem duas dimensóes. A induccáo e a deducáo. A dimensáo creativa da induccáo é decisiva, ( dar um passo no desconhecido e na escuridáo ), A seguir porem tem de se acender a luz para ver realmente como as coisas sáo, para ver se aquilo que se imaginava corresponde à realidade, à verdade. É assim que o ser humano tem de avancar. É uma questáo de humildade, de coerencia e de sensatez. Facil é, criar vultos metafísicos. no fundo porem continuam a ser projeccoes da alma humana que requerem comprovacáo pragmática. Se na dimensáo espiritual existe um espirito criador todo poderoso náo sabemos. Se houver , mais tarde ou mais cedoiremos saber. presentemente a nossa Baustelle é descobrir , aprender e trabalhar / evoluir. Neste processo de adultecimento , ideologias idealismos e metafísicas podem muitas vezes criar mais problemas que solucóes.

    António Cunha Duarte Justo: Não bati na mesma técla, apenas procurei levá-lo a reconhecer o materialismo que professa talvez sem até querer (pelo menos é o que depreendo das suas posturas; muitas vezes faz jeito viver da indefinição)! Não acredito em respostas absolutas, por isso falei da complementaridade das coisas, dos saberes e das ideologias que numa dialética da necessidade de se definirem negam a aparentemente oposta. Não me chega ficar pela “pergunta decisiva é quem é que tem mais os pés no cháo” .Porque é que a pergunta deve ser decisiva? Porque não deixar lugar para o mistério, levando muito a sério o que a chamada realidade nos ensina. Não me chega fixar-me seja na “idade das trevas” seja na idade das luzes (em que muitos pensam estar; a idade das trevas de ontem será no futura a idade das trevas de hoje)) nem ideias fixas sobre o que se escolhe da História para criticar.. Meu caro, porque se vê na necessidade de afirmar que ” buscar num acto de idealismo metafísico a dimensáo Deus é abrir nun contexto humano a caixa da Pandora”; porque não tem confiança no Homem como ser capaz de superar as Pandoras materialistas marxistas e religiosas e não reconhecer os erros e crimes cometidos em nome da ciência tal como outros foram cometidos em nome da religiao? Enquanto colocarmos uma crença em Deus contra a crença na não existecia de Deus, a fé em Deus ou a fé na ciência como rivais a pessoa humana sofrerá e a guerra continuará. O que nos mata são as certezas. Quanto ao método dedutivo e indutivo de acesso à realidade considero-os complementares. Querer submeter o conhecimento dedutivo ao conhecimento indutivo (à mera experiência) corresponde a condicionar o Espírito à matéria, considerada a medida. O problema não está na discussão mas no querer colocar uma perspectiva como a que deve subjugar as outras, quando aquilo que se tem por realidade é a-perspectiva. Fala de realidade e de verdade sem as definir. Como poderá haver, nestes assuntos, “comprovação pragmática” se já a linguagem é uma abstarcção daquilo que que o materialista identifica com a realidade; cá estamos de novo , a afirmar a massa como medida de toda a realidade!!. O facto é que o Homem sem crenças nem ideologias não pode viver porque tem necessidade de se definir. Porquê a necessidade de nos fixarmos em determismos quando a verdadeira ciência trabalha com hipóteses e teorias, consciente de que não é possível um acesso directo e exacto aos dados,o que a física quântica confirmou e já a filosofia grega tinha mostrado e declarado (afinal o Homem do passado não era tão burro como os militantes do pensamento correcto progressista querem fazer crer). Já Platão, Aristóteles e Sócrates tinham filosofado e também o catolicismo na tentativa de explicar o mundo, com a fórmola trinitária como equação de toda a realidade tinha previsto o que a física quântica reconhece em muitos pontos (um deles a questionação da necessidade do determinismo mecanicista da “macro-física”. Mas também a física da relatividade é uma investigação baseada em modelos. Porquê a fixaço em dados deterministas para pretender em nome dele negar os enunciados lógicos (método dedutivo de acesso à “realidade”!. Trata-se sempre de interpretações e de modelos da “realidade”. Crio que numa discussão política e democrática, se não enveredamos pela complementaridade das coisas e dos saberes, na aperspectividade da realidade que não pode ser reduzida a uma só perspectiva ou ponto de vista crei ser mais construtivo enveredar-se por uma posição aberta do “não só… mas também…” A verdade e a realidade distribuídas serão o início da construcção de uma cultura de paz: uma cultura onde caibam comunistas, capitalistas, teistas e ateus, esquerda-direita sem ter de negar o outro por uma siples força de querer-se ser. Gostei muito desta conversa e aprecio muito pessoas como o senhor que se ocupam das realidades físicas e metafísicas. Importante é a abertura, o que não nega a importância da própria opinião que para ser aberta terá de se considerada como processo e não como certeza.

    Jorge Rodrigues: Estou no Brasil e confirmo que o texto espelha a verdade sem demagogias. Os brasileiros estão fartos de tanta corrupção e mentira do PT, que aliás continua inutilmente a tentar demonizar Bolsonaro. Só que esquecem que ele tem “ficha limpa” e quem já foi julgado e condenado foram os cabecilhas do PT (Lula, José Dirceu, Palloci, etc, etc) e de outros partidos, mas não o de Bolsonaro, sendo certo que contra F. Haddad correm (fase investigatória) mais de 30 processos. Ou seja, logo após as eleições está “ferrado”. Os brasileiros viram a mentira da governação Lula/Dilma: crise económica, aumento veloz do desemprego, saúde pública num caos, bem como a educação, etc. Pior é praticamente impossível. Perante isto é evidente que a maioria dos brasileiros vai votar Bolsonaro, por muito direitista que seja.

    continua no próximo post

  5. José Cerca : “O Brasil passou, nos últimos anos, pela pior crise económica da sua história, ocasionada por sucessivos governos de um partido (PT) com projeto de poder em detrimento do povo brasileiro, e que instalou no país o maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história da humanidade”. Marcel Simões (jurista)

    António Cunha Duarte Justo : Esse é um facto mas que a militância de uma esquerda arrogante não quer reconhecer; por isso confunde os actos de um PT extremista e corrupto, com os seus medos de possíveis hipóteses de um outro possivel extremista (Bolsonaro) mas que, em comparação do que a esquerda internacional praticou no Brasil através de “petistas” e outros, Bolsonaro nunca poderá chegar a tais extremos até porque não tem por trás uma agenda internacional que o apoie. Na minha experiência com a esquerda na Alemanha (além do seu aspecto corporativo em questões de manifestações) tive experiências concretas muito desagradáveis: quem não seguir a sua cartilha exactamente é deitado ao ostracismo; o recurso à hipocrisia e à mentira são aspectos que não repugnam desde que sirvam o interesse do partido. Onde estão procuram concentrar os meios de informação nas próprias mãos para escreverem e promoverem o seu próprio pessoal. Recorrem também à censura embora de maneira discreta. São pessoas muito dedicadas à sociedade e que estão conscientes de que esta se expressa através de interesses organizados; por isso a ocupação de postos… São lutadores, filhos da polis. Têm muitas virtudes e defeitos; a direita continua a ser filha do campo; para ter mais êxito a direita deveria aprender muito da estratégia e do empenho da esquerda pela sua causa! Os comunistas na universidade não são meros indivíduos, unem-se e apoiam-se.

    António Cunha Duarte Justo: Uma outra perspectiva: https://youtu.be/-bcT0-9UxT8

    José Cerca: Se o discurso de Bolsonaro não é justificável como se pode justificar o discurso a favor de Haddad, que de forma aberta venera e apoia a ditadura de Maduro e de Cuba? (Cristina Miranda)

    António Cunha Duarte Justo: ENTREVISTA COM BOLSONARO: https://www.youtube.com/watch?v=AAmGPLpj_Lc&feature=youtu.be
    Análise político-económica : https://antonio-justo.eu/…/Report-Analise-de-Risco…

    Fernando Rodriguez: António Cunha Duarte Justo és português? Esse link que me enviaste sabes que foi feito por alguém da equipa do Bolsonaro! Claro que nunca iam falar mal de nenhuma proposta dele!

    António Cunha Duarte Justo: Fernando Rodriguez Independentemente das premissas iniciais, os autores são de reputação internacional e ao ler o texto tive a impressão de se manterem apenas nos dados económicos. Coloquei esta análise para possibilitar um discurso mais orientados pelos dados económicos e menos pela ideologia.

    Fernando Rodriguez: António Cunha Duarte Justo eu fiz uma pergunta perguntei se eras português?

    António Cunha Duarte Justo: Fernando Rodriguez Não respondi porque para o caso não interessa ao caso.

    Alex Silva: Não voto…mais se votasse seria no bolsonaro pelo fato do pt está la ha anos….e as principais coisas que teve oportunidade de rever no brasil não foram feitas…segurança..educaçao e saúde está um caos é acho que a proposta principal do bolsonaro é essa.

    Simone Carvalho: Não sei quem é mais bolsominions! Quem postou isso ou a dona Maria Manuela. O BOBONARO é um candidato de extrema direita que fala abertamente na volta da ditadura e morte de milhares de civis, já ameaçou dissolver o congresso, e o filho dele bobonaro junior recentemente ameaçou o STF. Contra factos não há argumentos está tudo em vídeos, eles mesmos cagam essas asneiras pela boca.

    António da Cunha Duarte Justo: Os fulgores dos delírios por vezes chegam a cheirar mal!

    Simone Carvalho: https://youtu.be/-fMdCwlwg8E . Anda lá defende o cara agora.

    António Cunha Duarte Justo : Não quero nem um nem outro: Mas o representante do PT é julgado pelo que fez e Bolsonaro pelo que diz. Nisto há uma grande diferença e o povo tem todo o direito em esperar que com a mudança diminua a corrupção, etc. https://www.youtube.com/watch?v=NVWeFgbpgNc

    Simone Carvalho: António Cunha Duarte Justo não sei não mas minha boa índole e meu caráter não me permite votar em alguém que fala o que esse animal fala. Quem me convenceu a não votar nele foi ele mesmo.

    António Cunha Duarte Justo: Simone Carvalho O problema é que o povo brasileiro estava no caminho de tornar-se numa venezuela, parte da elite PT encontra-se sob julgamento ou na prisão. Penso que nem o PT nem Bolsonaro são solução.

    Simone Carvalho: António Cunha Duarte Justo Concordo plenamente!

    António Cunha Duarte Justo: Simone Carvalho Como observador de longe e grande admirador do povo brasileiro penso que o seu futuro próximo continuará a ser de extremismos. Infelizmente está no caminho como países árabes e China onde a ditadura é que oferece perspectivas de um mínimo de paz. Triste realidade, a de um povo que chegou a tal ponto. O PT tem destruído o povo brasileiro e seguido os interesses de internacionalismos para quem o bem do povo brasileiro não conta. A não ser que se queira ver o Brasil dividido e destruído. Direito a escolher um errar novo porque o direito ao erro gera progresso. http://www.abdic.org.br/

    Simone Carvalho: António Cunha Duarte Justo Concordo que bobonaro na presidência do Brasil vai ser didático.

    António Cunha Duarte Justo: Simone Carvalho Os políticos no princípio têm muita lábia mas quando chegam ao governo submetem-se ao sistema para poderem amparar-se e respeitar em parte alguns interesses de uma ou outra parte do povo. A política orienta-se por interesses e estes são variados num país, pelo que o governante tem de assumir compromissos.

    Cá andamos, no delírio dos delírios, a expressar a febre que a sociedade tem. Felizmente não temos termómetro, doutro modo até nos julgaríamos ser médicos!
    António da Cunha Duarte Justo

  6. Caro Justo, mais uma vez fizeste um trabalho de equilíbrio e sensatez sobre as eleições no Brasil.
    Eu segui de um modo intenso as campanhas deles via internet e fiquei com a convicção de que lá a quantidades de noticias difamatórias e falsas é abismal, particularmente na ala esquerda, fazendo lembrar o que aconteceu aqui em Portugal no pós 25 de Abril em que quem não fosse da Ps para a esquerda era fascista e não ser de esquerda ainda hoje em Portugal é olhado com desconfiança.
    Num país extremamente rico onde hoje é impossível viver com dignidade, onde são assassinadas mais de 60 mil pessoas por ano, onde a economia bateu no fundo, onde os presos são pagos com ordenado mensal melhor que muitos que trabalham (pagar um ordenado a um criminoso só num país governado por bandidos), onde nas escolas aos 6 anos começam a ensinar como se faz sexo, onde as crianças nascem sem sexo e este é determinado por elas, onde os deputados defendem em pleno parlamento que roubar é uma profissão digna, onde deputados pretendem implantar lei que criminalize falar de religião, onde quase não há uma pessoa séria que não tenha sido assaltada, onde ouvir e estar no meio de um tiroteio é a coisa mais normal do mundo, onde sair de casa sem saber se volta a entrar é o estado de espírito dos brasileiros, um estado destes governado há 18 anos por políticos que o conduziram a esta hecatombe não necessita que venham europeus e outras mentes iluminadas e pseudo-democratas dizer que o povo Brasileiro vai fazer um erro grave ao escolher um político de direita, só porque a extrema esquerda, que instalou o caos, e está no poder há 18 anos diz que ele é fascista.
    É preciso ter muita falta de senso para passar um atestado de minoridade a mais de 50% dum povo: onde está a democracia destes iluminados? E o que é a democracia senão a capacidade de escolha? Quem disse a essas mentes que o importante é viver debaixo do terror para ter aquilo que chamam democracia?
    Muitos que falam perdem uma oportunidade de estar calados.
    Um abraço

    Agostinho

  7. Caro António Cunha Duarte Justo! Tive uns dias fora e, uma vez que náo sou utlilizador acérrimo das novas técnologias só agora é que abri o computador e pude ler a sua resposta. Tambem aprecio aquelas pessoas que com empenho procuram iir ao cerne das coisas e se debatem com coerencia e sentido de responsabilidade sobre valores fundamentais e perguntas decisivas para a Humanidade. Como voce tambem ,náo acredito em respostas absolutas. No entanto há que constatar que manter os pés no cháo náo significa automáticamente ser materialista por princípio. Deixar lugar para o mistério ou criar ditas dimensóes metafísicas / crenca em Deus é por excelencia um acto, um caminho subjéctivo porque como seres humanos nós somos subjectos. Religacáo é sempre , para ser séria e verdadeira, um acto individual. Num contexto coléctivo as coisas mudam de figura. Mistérios als “unbekannte Größe ” acabam quase sempre em drama, principalmente quando se pretende dar com isso sentido / Sinn a uma sociedade… é uma questáo de tempo. Para verificar isso é uma questáo de ler História com atencáo. Para mim a grande pergunta nesta vida náo é colocar crencas em Deus contra aquelas que voce considera e entitula como materialistas e vice-versa. A meu ver a grande questáo fundamental parte da “conditio humana” e com isso perceber que humildemente o homem tem de procurar o seu Lebenssinn und Zweck dentro da limitacáo das possibilidades que a Criacáo / Criador lhe pós à disposicáo, porque Ele náo chegou até agora a este planeta e nos ordenou / convidou para pormos num acto de idealismo metafisico, ( que nessa altura já náo o seria ), a Sua Dimensáo como medida universal para superarmos os nossos desafios existenciais. As ferramentas que dispomos, cada um por si,e consequentemente em sociedade, comecam sempre pelos mecanismos da induccáo que náo é uma mera experiencia, mas sim a fonte criativa do totalmente novo,e, a deduccáo onde se encontram a dimensáo analítica,racional ,empírica ,etc. Náo se trata aqui de condicionar o espírito à matéria. Depois de a porta ter sido aberta pela física quantica essa dualidade desapareceu. Náo existem perspectivas que subjuguem outras. Existem sim esforcos de localizar rumos que náo se baseiem em suposicóes e estejam dentro da realidade da condicáo Humana. Claro que que o Homem náo consegue viver sem crenca e ideologia ! É a sua angustia existencial que a isso o impele ! E Isso é a realidade da sua condicáo. A procura de um factor divino tem a ver com o seu medo ! É a sua condicáo psíquica… e tornou-se mais constructivo reconhecer o porque dos seus medos e anseios do que persistir num factor metafísico que maioritáriamente tem levado a conflictos, imposicóes e outras coisas mais. Permita-me por ultimo , meu caro, ainda que com um certo humor, verificar que a procura religiosa a nivel colectivo com as suas doutrinas e ideologias de um Criador divino mas por outro lado demasiado humanizado dando licóes de moral, fazendo milagres e condenacóes, náo ajudou assim muito até agora…mas foi uma experiencia necessária em termos psíquicos. As coisas tenderam a mudar um pouco quando o ser humano acendeu uma luzinha para olhar no meio da escuridáo à sua volta e poder ver no espelho quem ele era e onde estava verdadeiramente. Considero no entanto que a religacáo tal como por exemplo o Budismo a pratica e tendo em conta a estructura psíquica humana, como muito importante e válida na dimensáo do auto-reconhecimento e na procura do transcendente.
    Mário Lds Botas
    FB

  8. Caro Mário, não é preciso continuarmos o jogo do rato e do gato. Não se trata aqui de nos escondermos por trás de um materialismo dialético nem de um idealismo dialético, de um crer ou descrer mas de ir verificando que o crer e o descrer é inerente ao discurso e ao sentido do Homem.

    Como entendi pelo sua argumentação entendi que o filão em que assenta o seu discurso é a filosofia de Marx e de Engels com alguns acertos tentados por ela com a teoria do relativismo mas sentendo-se obrigado a Marx e Engels, fazendo girar toda a realidade em torno da matéria que é vista como princípio e fim de tudo. Esta fé é transportada como fundamento para todos os os níveis do ser e da existência sendo usados como estratégia de explicação dos “fenómenos” de consciência individual e social, e como se isso não bastasse argumenta como se aquela teoria fosse a fundamento de todo o desenvolvimento. Querendo como Marx explicar a matéria pela matéria e seu desenvolvimento e o que para mim é mais grave é ver as outras posiões de maneira depreciativa como se o socialismo fosse senhor da realidade pelo simples facto de se ter apoderado da chamada “realidade objectiva”( como a única realidade). Por isso, em nome de um progresso a acontecer no futuro (a uma nova consciência) parte da convicção que a consciência e o que denominamos espírito são meros epifenómenos, (limitados como que ao bafo da fervura da matéria) como forças inerentes e exclusivas, como se se pudesse identificar o conhecimento com o mundo material objetivo e deste modo negar qualquer outra ideia de um absoluto divino ou do pensamento humano. Estou farto de temas fraturantes, e embora reconhecendo muitos princípios da dialética, percebo também a necessidade marxista de um pensar em contradições (tese e antítese na esperança de chegar a uma síntese absoluta). O marxismo materialista reduz a crença em Deus ao medo e à ilusão, o que considero um extremismo de uma teoria positivista que se quer afirmar como fé verdadeira à custa dos que crêem em em Deus (crença) quando também ele parte de uma crença na matéria para poder em nome dela fazer tal afirmação infundada; o mesmo se diga de um espiritualismo que negasse toda a matéria em nome de Deus!
    Sou do parecer que uma fé de que o desenvolvimento se provoca por conflitos não é suficiente para se ciar desenvolvimento e menos ainda pretender um sentido, como quereria o marxismo.
    Na minha conversa, como considero a realidade e o próprio pensamento como processos e um pouco mais que eles, procuro, quando me deparo com um pensar não inclusivo, defender um pensar que englobe o nós e parta dele, seja ele muito embora a favor ou contra, agradável ou desagradável; procuro somente apresentar a realidade também considerda a partir do outro polo: no caso a realidade PT e a realida Bolsonaro; nesse sentido queria alertar para o diferente tratamento das aspirações populares: o extremismo do PT que é considerado como luta democrática da esquerda e o extremismo de Bolsonaro que é considerada pelos mesmos como extremismo fascista. Colocar mundivisões contra mundivisões não parece o caminho que leve à paz; por isso, reconhecendo muito embora elementos de análise materialistas e idealistas prefiro não dizer que uma ou outra é a verdadeira, a real ou a objectiva, a científica, até por uma razão de respeitar a natureza da linguagem e das teorias (hipóteses ou crenças) e da distância que vai da chamada realidade até à sua formulação na ideia (Já Platão centenas antes de Cristo tinha chamado à atenção para a considerar a realidade como realidade quando ela é uma ilusão)! Quer a fixação no ateísmo ou no antiteísmo não ajudam aqui, servem apenas os que fazem da vida o negócio com a negação ou a afirmação absolutas, num pensar do “ou… ou…”, ou tu ou eu, ou a minha ideologia ou a tua, em vez de pensar-se numa do “não só…mas também”, não só tu mas também eu não só a minha ideologia mas também a tua, para assim se partir num pensamento do nós,talvez propício à paz, para construirmos um mundo onde o católico e o comunista, o ateísta e o teista, o homossexual e o heterossexual se abracem sem terem de se repudiarem. O dogmatismo teista ou ateísta, querido de maneira objectiva fomenta a guerra.
    Naturalmente aqui não deve haver a pretenção de um querer estigmatizar o outro ou vice versa. É belo vivermos num mundo crítico em relação a todas as crenças, mundivisões ou teorias sem termos de negar umas à custa das outras. Tenho muito agradecer a materialistas como a espiritualistas porque deste modo cheguei à conclusão da necessidade do reconhecimento da complentaridade das coisas e das teorias e da necessidade de uma visão a-perspectiva da realidade para melhor se enquadrar nel sem necessidade de negar o outro (complemento).
    Nos meus escritos, muitas vezes, contra a modo do pensar do tempo, do Zeitgeist, procuro apresentar uma outra perspectiva da realidade também ela possível e legítima. Importante é ninguém cair na censura, esperando que as ideias por mais contraditórias que pareçam complementam-se.
    Obrigado também ter mostrado que pensar afinal não faz doer, e pensar não tem dono e é livre, soprando umas vezes de um lado outras do outro!

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