JERUSALÉM É O CORAÇÃO DE CIVILIZAÇÕES E TAMBÉM O SEU BARRIL DE PÓLVORA

Tump reconhece Jerusalém como Capital de Israel

Jerusalém, é uma cidade dividida entre os interesses de judeus, muçulmanos e cristãos. É o lugar da inquietação!  No ano 70 os romanos detruiram o templo de Jerusalem querendo com isso destruir a identidade dos judeus. Os romanos deram o nome de palestina à terra de Israel para humilhar os judeus. Com a conquista muçulmana tornou-se num dos motivos para as cruzadas e hoje mantem-se como chama acesa de conflitos internacionais.

Com o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, pelos EUA, surgirá uma escalação da violência, no sempre moribundo, mas artificialmente preservado processo de paz (entre palestinenses e Israel); com este acto fica também congelada a ideia de Clinton da solução de dois Estados e o mundo árabe encontra mais um alibi para desviar as atenções da sua má administração e das guerrilhas entre irmãos.

O status de Jerusalém é uma questão especialmente controversa entre Israel e os palestinenses. A guerra e a paz na zona dependem dos interesses internacionais do mudo árabe e do mundo ocidental. Neste contexto permanece o conflito como a solução real para Israel e palestinenses.

Em 1947 a ONU declarou-se por uma administração internacional da cidade; Jerusalém é considerada o lugar sagrado de Judeus, cristãos e muculmanos; deste modo evitar-se-ia o conflito entre culturas numa cidade onde vivem 542.000 judeus e 324.000 árabes. Estima-se que na parte oriental da cidade vivem 200.000 colonos israelenses e 300.000 palestinenses (HNA 7.12.2017).

Bill Clinton (2000) propôs a devisão da cidade em parte judia e parte muçulmana. Na guerra de 1948 Israel ocupou a parte ocidental da cidade e Jordânia a parte oriental. Deste modo a cidade encontra-se dividida. Jordânia administra os lugares santos islâmicos da parte ocidental; a Jordânia reconheceu Israel como Estado em 1994, mas não aceita a anexação da parte oriental feita por Israel. Na guerra dos seis dias de 1967 Israel conquistou a parte oriental e reivindica desde então toda a cidade como “capital eterna e indivisível” e não aceita a pretensão palestinense de fazer da parte oriental a capital de um estado palestinense independente.

Um dos focos das tensões religiosas vem do facto do Monte do Templo, onde outrora estava o templo dos judeus, se encontrar sob administração muçulmana e com a mesquita muçulmana Al-Aksa. No muro das lamentações que suportava a parte ocidental do templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70, reunem-se os judeus nas lamentações.  Em Jerusalém encontram-se também lugares de referência cistã muito importantes, entre eles o Santo Sepulcro.

Infelizmente este lugar da inquietação inquieta não só palestinenses e judeus, mas também partes das sociedades que se definem e afirmam no ser contra uns ou contra outros! 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

MÁRTIRES IGUALADOS A ASSASSINOS – AO SERVIÇO DA CONFUSÃO DE IDEIAS E DA DEPRAVAÇÃO DE VALORES

“Museu dos Mártires”

Em Kreuzberg, Berlim, a exposição “museu dos mártires” mostra pessoas que deram a sua vida em defesa de convicções. Ao lado de Sócrates e de Martin Luther King (herói dos EUA assassinado por defender os direitos civis dos afroamericanos) encontra-se também o terrorista Mohamed Atta (que usou um avião como arma em 11.09.2001 contra o World Center matando-se e com ele mais de 3.000 pessoas); na mesma exposição também se encontra a foto de Ismael Omar Mostefai, um dos assassinos de Paris 2015, onde 90 pessoas foram assassinadas. A instalação da exposição transforma assassinos em mártires.

Deste mpdo quer-se, certamente, banalizar a ideia de herói, de bem e de mal.

 A exposixção já tinha sido posta ao público em Copenhagen.

A organizadora da exposição é a associação Nordwind, que é co-financiada com o dinheiro dos contribuintes (HNA 6.12.2017).

A instalação segue hoje para Hamburgo. Beatrix von Storch inicioou medidas jurídicas contra os organizadores.

A iniciativa encontra-se na linha de uma onda ocidental que quer baralhar ideias para criar confusão no povo e assim destruir valores.

Quer-se construir uma sociedade relativista que legitime o dogmatismo individualista e prescinda do assumir responsabilidade, pelo que se faz ou deixa de fazer. Joseph Aloisius Ratzinger dizia: “Nós estamos a caminho de uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e tem como valor máximo o ego e os desejos individuais”.

Ao prescindir-se da procura da verdade dá-se plenos poderes a forças anónimas que nos compram a troco da impressão de que somos os maiores.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo.

ASSÉDIO SEXUAL – O MOVIMENTO #ME TOO

O movimento #Me Too e o Assédio sexual em empresas no lugar de trabalho

#Me Too, são duas palavras e um endereço de internet, que se tornaram num movimento mundial, onde pessoas relatam momentos em que foram vítimas de assédio sexual. A actriz Alyssa Milano estimula outras mulheres a partilhar a sua experiência de vítimas de assédio. A iniciativa contribui, pouco a pouco, para a consciencialização e desbravação da matriz masculinizante da nossa sociedade.

Segundo o jornal “Die Zeit”, o Instituto de investigação Komma fez um estudo sobre a problemática de assédio sexual em 131 empresas alemãs. Delas 24% declararam que são do conhecimento de ter havido uma vez ou mais vezes queixas de assédio no ano. E 37% declaram não ter havido queixas.

69% das empresas consideram como assédio sexual o pendurar Calendários de pin-up (sexuais) na parede; 88% consideram o ir com clientes a um bordel como dignos de correctivo; 81% consideram o colocar a mão no joelho da mulher uma forma de assédio e 44% consideram também as anedotas de caracter sexual como assédio. (Naturalmente se esta investigação fosse feita num país do Sul os resultados seriam diferentes.)

A discussão pública sobre o sexismo e o assédio sexual é útil e oportuna, mas torna-se difícil determinar a fronteira entre um gesto simpático de um homem em relação a uma mulher e a atitude de um caçador sexista. A fronteira também varia de mulher para mulher.

Louvar uma mulher pela sua beleza, pode ter o seu quê de irritante, mas louvar uma mulher pelas suas capacidades de trabalho também pode fazer dela um objecto de propaganda para o trabalho ou para uma certa masculinidade. Por vezes quanto mais se pensa mais complicado se torna o que é simples de apreender.

Uma discussão exagerada também pode levar homens e mulheres a jogarem na defensiva; precisamos de manter uma responsabilidade livre baseada no autodomínio e no respeito, para não chegarmos à mumificação (Chador ou Hijab) de corpos e dos espíritos. O homem tem de aprender a dominar uma certa natureza de caçador, herdada do seu pai primitivo, e virar-se mais para o vegetarismo como se vai ganhando consciência em alguns segmentos da sociedade.

Não se trata de criar uma sociedade regulada pelo medo e pela tesoura na cabeça. Trata-se de evitar extremos ou agressões contra a dignidade da pessoa. Facto é que a mesma sociedade, por outro lado, não tem problemas morais, nem tão-pouco a mulher, de se colocar ao lado de um automóvel mostrando as pernas para que o carro se torne também feminino!

Por outro lado, silenciar o problema real do assédio sexual corresponderia a continuar a vitimar as mulheres e a defender o sistema machista que temos e que teima em manter as mulheres em baixo, ou na posição horizontal.

Torna-se necessário rever e alterar uma imagem de homem baseada no poder e na violência e ao mesmo tempo evitar a masculinização da mulher. Liberdade, dignidade humana e responsabilidade devem poder coexistir sem se criarem novos medos ou tabus.

O que é preciso é começar a mudar-se a matriz do poder. E também os homens têm de começar a criticar os homens quando estes se permitem abusos para com colegas femininas. O respeito é um bem necessário em toda a relação.

António da Cunha Duarte Justo

19.11.2017, Pegadas do Tempo,

 

O PROTESTANTISMO E A EMANCIPAÇÃO NA EUROPA – Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Apresentação do Livro

https://i.imgur.com/DFJsfuV.jpg

É com gosto que vos apresento o livro de informação e reflexão sobre o legado protestante na cultura ocidental e a afirmação de Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política.

Se clicar nalgum dos Links indicados em baixo, poderá ver o índice e ler alguns excertos do livro, que também pode adquirir.

Desde já lhes fico muito agradecido pela atenção

António da Cunha Duarte Justo

Amazon Links do livro em papel:

Mundial: http://amzn.to/2zkRqSq

Espanha: http://amzn.to/2yv1zNb

Franca: http://amzn.to/2gsJxXE

Inglaterra: http://amzn.to/2gPLKJz

Alemanha: http://amzn.to/2gPqOCb

 

Amazon Links do livro em eBook:

Mundial: http://amzn.to/2xOQu7I

Espanha: http://amzn.to/2xPkbu9

Franca: http://amzn.to/2ywnSSD

Inglaterra: http://amzn.to/2ywJ2A8

Alemanha: http://amzn.to/2yx0SmB

LUTERO GARANTE A EMANCIPAÇÃO COMO PRINCÍPIO IMPULSIONADOR DA IDADE MODERNA – Apresentação do meu livro

O Legado de Martinho Lutero nos 500 anos de reforma

 

Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Por António Justo

Celebram-se este ano os 500 anos da mitológica afixação das 95 teses de Lutero na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517. Com este acto de rebeldia, seguido por muitos teólogos da altura, inicia-se um processo de relevância axial histórica: o eixo do desenvolvimento passa a assentar sobretudo na afirmação do polo da individualidade sobre o da comunidade. A afirmação da dignidade e autoridade individual como contraposição à autoridade institucional vai tornar-se no princípio emancipador (individual e social) de toda a Idade Moderna; hoje encontra a sua expressão social num sistema plural democrático sempre em renovação.

Com a acentuação do polo da individualidade sobre o polo da comunidade (instituição – o nós), o eixo da História (económico-socio-cultural) passou dos países de maioria católica do Sul para os países maioritariamente evangélicos do Norte. Principalmente a pessoa de Lutero tornou-se o rosto do longo movimento emancipatório germinado durante a Idade Média. É o grande catalisador das ideias medievais que vão impregnar a modernidade como processo de emancipação.

O protestantismo além de içar a bandeira das forças emancipatórias e democráticas deu-lhe forma institucional e deste modo conferiu-lhe sustentabilidade…

Solicito a divulgação da publicação de minha autoria, “Lutero garante a Emancipação como Princípio impulsionador da Idade Moderna”, publicada em e-book e em papel na  Amazon .

Uma profícua leitura!

António da Cunha Duarte Justo

Nota: Uso a designação “Idade Moderna” no conceito de “Tempos Modernos”, designação usada pelas correntes historiográficas anglo-saxónicas – período ainda não acabado.

Pegadas do Tempo,

 

Para a adquirir o livro em papel encomendar:

Mundialmente, em: http://amzn.to/2zkRqSq

Na Espanha, em: http://amzn.to/2yv1zNb

Na França, em: http://amzn.to/2gsJxXE

Na Inglaterra, em: http://amzn.to/2gPLKJz

Na Alemanha, em: http://amzn.to/2gPqOCb

 

Para a adquirir como e-Book:

Mundialmente: http://amzn.to/2xOQu7I

Espanha: http://amzn.to/2xPkbu9

França: http://amzn.to/2ywnSSD

Inglaterra: http://amzn.to/2ywJ2A8

Alemanha: http://amzn.to/2yx0SmB