PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA NUMA CELEBRAÇÃO INTER-RELIGIOSA NA MESQUITA NO DIA DA SUA TOMADA DE POSSE

Decisão digna também digna de alguma Indignação

Por António Justo
Segundo informou “ O Público”, Marcelo Rebelo de Sousa iniciará o seu 1° dia presidencial participando, a 9 de Março, numa celebração inter-religiosa na Mesquita de Lisboa.

A decisão de Rebelo de Sousa é corajosa e muito oportuna. É uma iniciativa inédita num estado republicano habitualmente mais virado para a burguesia estatal e para a burguesia citadina do que para toda a nação. Com este gesto inovador o Presidente parece encontrar-se no espírito do Papa Francisco ao desprender-se da “influência curial”, abandonando o tradicional alojamento papal para se albergar na casa vaticana de hóspedes. Aqui, o presidente parece distanciar-se um pouco de uma jacobina influência institucional republicana, para se tornar num republicano sem dolo mais perto do povo. Naturalmente que o presidente, tal como todos nós, não estará imune de um  espírito  concorrente de madrasta da  “Branca de Neve“ !

Com este gesto inovador o Presidente aponta para a importância de a República integrar e reconhecer o valor da religião dentro de um Estado e no convívio com as nações. De facto uma República com um Estado que tem sido de confissão agnosticista timbrada por actores que em vez de a melhorarem a pioraram, precisa da participação e integração de todos num Estado que não se quer só partidário mas também religioso e de várias mundivisões.

Atendendo ao insólito da decisão do Presidente, na qualidade de tal – num país de maioria católica – ir rezar à mesquita, haverá razão para nos perguntarmos sobre o que estará por trás de tal iniciativa. De facto, a iniciativa desconcerta gregos e troianos só podendo dar consolo aos muçulmanos. (Terá talvez a vantagem de levar o cidadão a reflectir sobre as coisas sérias de que geralmente não fala por ter de andar a correr atrás das decisões económicas e do jogo de sombras da política).

Será que o senhor presidente quer, com este gesto, dizer que a paz no mundo terá de partir das mesquitas?

Quanto à ideia que a imprensa sugere de o Presidente querer lembrar na mesquita a imigração dos muçulmanos para a Europa e o terrorismo muçulmano, será que isso quererá ser um apelo aos estados árabes para também eles acolherem os seus irmãos de religião? A Arábia Saudita tem em Meca tendas, para albergar mais de um milhão de peregrinos, que se encontram vazias durante 11 meses do ano! De não esquecer o conceito de democracia e de diálogo inter-religioso do presidente turco Erdogan: “A democracia é apenas o comboio, em que subimos até que tenhamos chegado. As mesquitas são as nossas casernas, os minaretes nossas baionetas, as cúpulas nossos capacetes e os fiéis os nossos soldados “ (1).

A ideia de, no acto litúrgico, se lembrar a tragédia humana dos refugiados fugidos para a Europa não pode ser fundamento para tal decisão quando, ao mesmo tempo, se querer mostrar a sua atitude contra o terrorismo. Donde lhe vem a lógica? O islão é a raiz do terrorismo islâmico; na sua actuação tem mostrado que quer a submissão não a paz. Segundo a auto-compreensão islâmica, em geral, o gesto de Marcelo Rebelo não passará de um reclame por eles, um sinal de auto-humilhação voluntária do presidente para com o Islão, que de si consideram superior; naturalmente, a maior parte dos Imames dirá que o Islão é uma religião pacífica, como costumam dizer em palestras, por estarem obrigados a dizê-lo pela lei islâmica da Taqiyya ou “Disfarce Religioso” (2). Aqui é que se encontra o busílis da questão!

No meu pensar, a iniciativa simbólica seria muito de louvar, se o lugar do encontro inter-religioso fosse na Igreja da Estrela, num estádio de futebol ou num monumento do Estado de carácter neutro. No caso a iniciativa só dá que pensar: Os mistérios dos deuses são insondáveis e o povo português para despertar precisa de uma terapia de choque! Antes tarde que nunca, esta é a hora!

Por muito controversa que a decisão seja, também terá o mérito de ser um grande apelo às instituições e aos órgãos de um Estado laico para arredarem caminho da sua política de interesses sectoriais e divisionista e que se expressa no desmantelamento de símbolos cristãos no espaço público e ocupação da escola com ideologias em desfavor da religião e moral como se o Estado laico dependesse da luta contra o catolicismo; ao mesmo tempo torna-se num aviso de que as instituições religiosas nacionais devem afirmar a integração e o diálogo nacional no sentido do bem-comum.

Uma questão que se repete: se ao tomar medida tão ousada, porque não ser numa sinagoga ou num templo budista? Torna-se difícil elevar os corações para Deus numa casa islâmica de culto  quando a religião islâmica é aquela que hoje mais provoca o mundo e se afirma como portadora do fascismo e uma vez que a Liga dos países árabes continua a ter como objectivo declarado a sua infiltração na Europa e quer ver no mar os israelitas. O islão não conhece a separação entre Estado e Religião.

Seria de desejar que não seja uma cedência à fé no relativismo, da opinião politicamente correcta – uma atitude em que se tropeça por toda a União Europeia. A doutrina reinante nos capitólios do politicamente correcto parece continuar a querer apostar no genuflexório de Maomé, porque julga que das mesquitas é que corre o leite do petróleo. Que a política árabe esteja mais conforme com os que se encontram nas sendas do poder, lá isso é certo, mas também que não se falsifique a realidade tornado como exemplo uma religião que espalha o terror por toda a parte. Uma explicação mais simples e corrente da opinião politicamente correcta baseia a adulação em torno de Meca na cobardia do medo e na vénia aos petrodólares.

Para muitos Rebelo de Sousa presta assim uma vénia ao poder em voga e abusa das religiões no sentido das suas intenções. O Presidente tem, porém, uma desculpa, ao escolher uma mesquita como palco de referência e reverência, porque, certamente, como a grande maioria de quem fala e opina, não conhece o Corão nem a vida de Maomé que é seguida hoje à letra pelo “Estado Islâmico” no intuito de instituir a sharia. Não tenho nada contra os muçulmanos: são muitíssimo melhores que o seu profeta Maomé, a grande maioria é correcta e não deve ser enxovalhada por ter a mãe que tem. O problema vem apenas da simbologia e dos símbolos que se escolhem quando estes implicam subestima para uns e demasiada consideração para outros num Portugal que se quer português, para poder ser europeu e universal.

O Presidente Rebelo de Sousa será o presidente da reconciliação, enfim, um estadista com carácter e que contrariará o hábito de uma condição de Estado republicano sem ideia própria nem coluna vertebral. O dia de que falamos é o seu primeiro dia. O presidente é um homem que quer paz e não vassalagem!

Esperemos que consiga uma mudança de atitude do Estado, na sua maneira de estar, como conseguiu o SPD alemão, ao reconciliar-se com a grande maioria do povo alemão, através da renovação do seu programa em Gudensberg, deixando então o SPD de ser um partido marxista.

A simbologia do acto de colocar uma grinalda de flores no túmulo de Camões e a inovação de colocar também uma no túmulo de Vasco da Gama é muito respeitável e de alto significado! É uma homenagem à arte, à cultura, ao espirito português universalista e um apelo ao fomento da união de todos os países da lusofonia. Com o acto religioso lembra que Portugal foi grande enquanto tinha um objectivo e uma missão comum que o motivava em nome de uma ideia religiosa espalhadora do humanismo universalista sem ser nacionalista. Que o português, apesar de cristão, também tenha cometido muitos erros só prova que ele continua a ser Homem e continua a precisar de dominar em si o animal feroz que realmente é. Encontramo-nos todos no séc. XXI, o que exige de todos uma evolução.

Não há ninguém sem culpas nem erros; do erro dos que fazem e dos que criticam surge a grande possibilidade para o avanço, desde que sejamos Homens de boa vontade e não agarrados ao próprio osso. Podemos perdoar esta ao nosso Presidente, e pedir perdão por nossos maus pensamentos e palavras, embora não me passe da ideia que o estimado presidente não tenha marcado um golo em fora de jogo; importante é que não se torne em mais um penalty que o Estado jogue contra a própria cultura e contra a nação. Neste caso o tiro poderia sair-lhe pela culatra e quem ganharia o jogo seria o islão e a consequente velha lógica dos machos fortes que se identificam com a sua estratégia do continuar assim como dantes.

De resto, resta dizer “calma na Madeira que Portugal é nosso”! Recomenda-se a quem for ao acto religioso que, ao despedir-se, o faça com um oxalá (“‘in sha’ allh”) ou com um simples “queira Deus” que o Homem queira! …
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

(1) A Arábia Saudita tem enviado milhares de milhões de euros para a construção de mesquitas radicais (Wahabitas) no estrangeiro que colaboram com os centros diplomáticos sauditas no sentido de alastrar o islão. Os Wahabitas e os Salafistas representam o islão radical. Dos centros salafistas saem muitos combatentes europeus pelo “EI”. A Arábia Saudita apoia com dinheiro o presidente turco Erdogan que desde cedo tem feito tudo pela islamização da Turquia e não arredou da sua estratégia de islamizar a Turquia, outrora mais liberal, e o estrangeiro com a presença turca, segundo o modelo da citação acima que fez de um livro religioso. https://www.youtube.com/watch?v=4nmi2w3ZqXA http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2270642.stm As mesquitas não se têm revelado como lugares de fomento da compreensão e da paz, como se verifica também na Alemanha. Das mesquitas, às sextas-feiras têm surgido violências organizadas pelo mundo fora e a recruta de terroristas para a causa do EI. O que vale à Alemanha é o seu sistema de controlo.
(2) “Disfarce religioso” é uma estratégia muçulmana em que a mentira é justificada desde que seja usada no interesse do islao, no sentido de fazer valer os seus interesses na “Casa da guerra” /Dar al-Harb), compreenda-se a terá não islâmica. http://derprophet.info/inhalt/taqiyya-htm/

LUSOFONIA ECONOMIA E MERCADO

Um Desafio aos Grupos económicos do Espaço lusófono

Por António Justo
Num tempo em que a Europa se encontra em grande crise e as suas potências procuram beneficiar da sua posição económico-geográfica para proteger e fomentar os seus vizinhos mais próximos em detrimento dos países da periferia e benfeitorizando também as suas relações económicas com as suas antigas colónias, seria de grande oportunidade uma união de esforços em todo o território lusófono, não só no sentido do fomento de projectos culturais comuns mas especialmente na elaboração e fomento de um espaço económico comum que privilegie o parceiro lusófono tal como as potências privilegiam os seus parceiros imediatos.

Só em conjunto se conseguirá reagir contra o neocolonialismo das multinacionais das grandes potências interessadas em criar estruturas de dependência tecnológica e económica que amarram os países indefesos aos seus mercados e às suas condições. Disto deveriam estar conscientes os países do espaço lusófono. Um pensamento criativo conjunto, em termos de concepção e projeto futuro, podê-los-ia possibilitar passos alargados no sentido de superar o colonialismo económico das grandes potências, bem como o encalhe em nacionalismos fechados que uma História lúcida já não permite.

Sem tabus, seria óbvio fazerem-se reviver ideais formulados nos tempos do regime de Salazar – necessariamente adaptados às realidades dos países lusófonos actuais – e ver o que ele tinha realmente de visionário a nível de afirmação das antigas “províncias ultramarinas” como parte de um espaço económico comum, numa consciência de complementaridade.

Já no regime de Salazar se concebia a ideia de uma confederação do espaço de multiculturalidade e interculturalidade afro-luso-brasileira correspondente a um mercado comum a beneficiar do mercado europeu: „A formação de um grande e de um só mercado, assegurando a um tempo a comunhão de todos os territórios nacionais sem qualquer diminuição, bem ao contrário, da autonomia de cada um, rasgará horizontes tão vastos que neles caberá a igualdade efectiva de condições, seja qual for o chão português onde labutem, a quantos vivam para criação da riqueza nacional. „In http://eurohspot.fcsh.unl.pt/site/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=391 Não se perca tempo nem se continue a adiar a História com aconteceu no regime de Salazar e aconteceu especialmente no regime do 25 de Abril.

Numa altura em que a economia Portuguesa ainda se encontrava ligada às províncias ultramarinas portuguesas e à EFTA, entre 1960 e 1973 o rendimento nacional por habitante crescia a uma média superior a 6,5% ao ano! “Nos anos 60 e até 1973 teve lugar, provavelmente, o mais rápido período de crescimento económico da nossa História, traduzido na industrialização, na expansão do turismo, no comércio com a EFTA, no desenvolvimento dos sectores financeiros, investimento estrangeiro e grandes projectos de infra-estruturas. Em consequência, os indicadores de rendimentos e consumo acompanham essa evolução, reforçados ainda pelas remessas de emigrantes”, constata a SEDES.

A EU (Zona Euro) beneficiou as infraestruturas portuguesas (autoestradas) mas destruiu a agricultura e as pescas e promoveu a desindustrialização do país. As mesmas consequências sofrerão países emergentes (como os do espaço lusófono) que verão as suas economias confrontadas e dominadas pelas multinacionais e amarrados a tratados comerciais e de investimentos internacionais do tipo TTIP que favorecem as grandes potências interessadas em mercados para exportação ou para fortalecimento das suas empresas.

O espaço da Lusofonia é extraordinariamente rico em recursos naturais, humanos e culturais e um excelente exemplo de interculturalidade. Urge portanto, na luta selectiva dos mais fortes, a união de forças no sentido da solidariedade construtiva entre os países mais fracos para não deixarem definir o seu futuro da economia pelos outros, que a exemplo dos bancos vivem bem dos “juros” que os clientes têm de pagar ad infinitum. Facto é que o tempo das economias nacionais já faz parte do passado; não se pode deixar a determinação do futuro ser só determinada pelo consumo e o lucro.

Portugal deveria estar muito interessado, como membro do grande mercado da zona euro, em favorecer o fortalecimento da economia e do intercâmbio da imigração lusófona no espaço europeu. A grandeza de um tal espaço e da população ofereceria a base necessária à formação de grandes grupos económicos com capacidade de concorrerem com os tradicionais grupos das multinacionais que hoje dominam. O espaço intercultural lusófono poderia tornar-se num exemplo de economia social do mercado.

Um tal projecto implicaria a formação de grupos de trabalho ad hoc (redes de técnicos e especialistas) a nível dos ministérios da economia e dos grandes empresários e Bancos  dos diferentes estados da lusofonia. Neste sentido deveriam trabalhar também as universidades de todo o espaço lusófono preparando o caminho com pesquizas, trabalhos de doutoramento e o intercâmbio na aplicação, no lugar, de um saber conectado e de orientação lusófona.

António da Cunha Duarte Justo

Alemanha quer para si o Investimento nos Refugiados e para os Países à Margem da EU os Problemas

O GRANDE ROUBO DAS POTÊNCIAS DA EU AOS PAÍSES MAIS DISTRAÍDOS E ECONOMICAMENTE DESORGANIZADOS

António Justo
Quase todos os partidos alemães apoiaram a política de “boas-vindas” aos refugiados, iniciada por Merkel, tendo ela, para isso desrespeitado os acordos europeus. Como medida do governo alemão para a Alemanha não há nada a obstar. Os partidos da esquerda chegaram até a apoiar a sua política quando o CSU (partido da coligação) colocava perguntas sobre a maneira de modelar a imigração de forma organizada. O que é de abrir os olhos é a Alemanha, em nome da solidariedade querer impor a distribuição de refugiados pelos países à beira da bancarrota.

Este ano haverá eleições em vários estados alemães. Agora que se aproximam as eleições, os partidos sabendo que a maioria do povo critica a política de Merkel e dos partidos da Coligação e da Oposição, para não serem tao castigados nas eleições, criticam agora a política de Merkel empurrando a solução dos problemas que a Alemanha criou para os países da União Europeia.

Agora falam sobre “o não sucesso” da política alemã de refugiados e por toda a nação se levanta o descontentamento e a voz que a EU “não nos deixe sós”. “Quem não recebe refugiados tem que pagar” diz claramente Dzdemir dos VERDES.
Para as potências europeias a única coisa que conta é o dinheiro e a economia que controlam. Ao acabarem com as fronteiras do mercado interno europeu destruíram, com um prato de lentilhas, as bases da economia portuguesa; agora que provocaram uma imigração descontrolada, porque precisam de forças novas para o mercado de trabalho (e para a disciplinação do operariado carente na Alemanha e na Europa) e para compensar a falta de natalidade alemã, querem que os mais carenciados dos refugiados sejam distribuídos pela EU.

Destruíram a economia das pequenas e médias empresas portuguesas, puseram os nossos mares à disposição de grandes empresas marítimas, controlaram as direcções nacionais através das Agências europeias, receberam os emigrantes portugueses bem formados e agora querem mandar para Portugal e para os países da margem os emigrantes sem formação.

O Governo português não terá emenda e em troca de uns lugares bem pagos em organizações internacionais para os partidos e numa de “Maria-vai-com-as-outras” continuará a vender Portugal.

Hipocrisia da hipocrisia, tudo é hipocrisia e economia!

António da Cunha Duarte Justo

Ancara faz Chantagem instrumentalizando o Fluxo dos Refugiados para a Europa

O GOVERNO DA TURQUIA “NÃO OFERECE CONFIANÇA”

António Justo
A Turquia, como se vê no ataque terrorista em Istambul a turistas e na guerrilha curda está a colher os frutos de uma política de confrontação e oportunismo que tem seguido especialmente desde que o partido de Erdogan orienta os destinos do país. A Turquia causou, em parte, o afluxo incontrolado de refugiados, tornando a Europa vulnerável e sujeita a chantagem. Também por isso conseguiu receber 3 mil milhões de euros da EU para ter mão nos refugiados.

O especialista alemão em Médio Oriente e em terrorismo, Doutor Guido Steinberg, afirma em entrevista ao HNA 14.01.2016: “O afluxo de refugiados, do ano passado (2015), devemo-lo, pelo menos em parte, a uma decisão consciente do governo turco, de abrir as fronteiras para Grécia para criar problemas aos europeus”…

A Turquia tolera o ISIS prestando-lhe “apoio passivo” desde 2013 permitindo que use o seu território como região de retiro: “não só todos os combatentes estrangeiros do mundo árabe, mas também os da Europa e do resto do Ocidente, usaram a Turquia como área de preparação… A Turquia não é de confiança, como mostra o seu comportamento em relação ao ISIS e a outros jiahdistas… A Frente Nusra e Ahrar al-Scham (uma espécie de Talibans) recebem apoio da Turquia”, afirma o especialista. Além disso os seus ataques às zonas curdas da Síria e do Iraque, sob o subterfúgio de atacar o ISIS, são situações que apontam para o uso impróprio dos bombardeamentos.

Deste modo a Turquia age contra os interesses da Nato, de que é membro e mina também os interesses da UE. Naturalmente o quase milhão e meio de refugiados que entraram na Alemanha em 2015 provocam tantos problemas à Alemanha que esta terá de implementar estratégias efectivas, a nível internacional, que fomentem a riqueza nos países produtores de emigração e não se reduza à acumulação de problemas, estabelecimento quotas de refugiados para os diferentes países da UE.

A UE precisa da Turquia devido à sua posição geográfico-estratégica, à quantidade de turcos na Alemanha, e também para o combate ao terrorismo e para a regulação do fluxo de refugiados. A Turquia tem um grande potencial de chantagem em relação à Europa (sua presença migratória e refugiados) e à Nato (instrumentalizando-a indirecta e militarmente também contra os Curdos). Também é facto que os Curdos refugiados especialmente na Alemanha, França e Holanda apoiam economicamente os seus irmãos de luta na defesa da liberdade e da independência. Enquanto não for organizado um Estado curdo resultante dos curdos a viver nas regiões fronteiriças de alguns países não haverá paz na região. As potências têm sacrificado o povo curdo a interesses nacionais e estratégicos.

Agora com o atentado de Istambul, por razões económicas, o governo turco ver-se-á obrigado a agir mais decisivamente contra o ISIS: o turismo turco recebe da Alemanha dez milhões de turistas por ano.

O presidente Recep Erdogan tem feito tudo pela islamização da Turquia (continuando também a discriminar os cristãos) e contra o projecto de secularização do estado iniciado por Atatürk fundador do Estado turco. Erdogan tirou o poder aos militares, impediu o movimento democrático no país, rescindiu o contrato de tréguas com os curdos, fomentando assim a guerra civil e prosseguindo uma política externa pró-árabe e anti-israelita.
A Turquia quer fazer história com o “Estado Islâmico” (ISIS)
António da Cunha Duarte Justo

O “MOVIMENTO” TERRORISTA ISIS REMONTA À ÉPOCA DE MAOMÉ

A Força islâmica nos Séculos VII e XXI: Violação, Violência, Roubo, Assassínio e Esperteza

Por António Justo
Quem conhece a História e sabe que o exército de Maomé agiu há 1400 anos exatamente como o ISIS age hoje, pode compreender melhor que as raízes do Islão são completamente diferentes das de outras religiões.

O que o ISIS faz, não é outra coisa senão o regresso nostálgico aos tempos e às práticas de Maomé! Para um muçulmano, Maomé é o modelo de vida a imitar em todos os aspectos. O seu estilo de vida, a sua crueldade, as suas preferências e ódios são normativos para o comportamento dos fiéis. (Por exemplo, Maomé gostava de gatos e detestava cães, detestava música e o tocar dos sinos; esta atitude modelou as predileções de muitos muçulmanos. O ISIS imita o comportamento do seu profeta, na luta contra os “infiéis” assassinando e decapitando os inimigos de sexo masculino e dando as mulheres dos vencidos aos seus soldados como escravas sexuais. (Existem no Corão 27 apelos a matar, dois deles à decapitação.)

Mamé, uma vez, até massacrou uma tribo judaica inteira, que se tinha rendido e apesar disso assassinou todos os homens e apoderou-se das mulheres. Também o ISIS obriga crentes de outras religiões a professar o credo islâmico ameaçando-os com homicídio ou assassinato de seus filhos no caso de o não fazerem. Muitos recitam a crença no islão e são mesmo assim assassinados ou os seus filhos. Também nisto rompem com as regras tal como fazia Maomé!

A judia Safiyya, da tribo dos judeus que se tinham rendido às tropas de Maomé, foi tomada por ele como esposa, depois de ele ter assassinado o marido e o irmão dela no mesmo dia. É óbvio que neste “casamento” se trata de uma violação.

O muçulmano e perito em estudos islâmicos, Prof. Dr. Hamed Abdel-Samad escreve no seu livro “Maomé ” que a razão do sucesso do islão no século 7 vinha do facto de Maomé prometer, aos seus combatentes, as mulheres como despojos de guerra, ou seja, os maridos e os pais eram mortos e suas mulheres e crianças eram escravizadas. O Corão não impressionava quase ninguém, pelo contrário experimentava rejeição. Por isso, Maomé não tinha escrúpulo em empregar a violência e em incluir no seu exército bandos criminosos. Segundo relata o autor, não era o Corão a força que atraia os lutadores da época, mas outros incentivos: as mulheres, as propriedades dos vencidos e o poder.

Um Paraíso sem Deus mas com Sexo sem fim

Quem não tem sorte e morre em batalha adquire o estado de mártir, sendo recompensado com 72 virgens que têm, por sua vez, 70 escravas, cada uma; isto soma um total de 5040 mulheres para cada lutador. É um Paraíso concebido como “bordel celeste”, como escreve Hamed Abdel-Samad e onde não há rasto de Deus. (O paraíso para as mulheres será: estarem à disposição dos homens sem as limitações da menstruação e da gravidez – as virgens, depois de terem tido as relações sexuais com os homens, ficam, de novo, virgens (1).No islão o suicídio é condenado. O assassino perpetrado pelos camicases jiahdistas não é permitido no Islão; é atribuída a qualificação de mártir do Islão àquele que morre em combate pelo Islão.

Astúcia da Política de Casamento para eternizar o Islão

Cientistas do Islão estão de acordo entre si afirmando que o Islão só sobreviveu após a morte de Maomé, também porque os apóstatas eram executados. E uma vez que a religião do Islão se herda automaticamente de pai para filho e os filhos não se podem desligar do islão, está garantida a sua expansão; por outro lado está proibido às mulheres muçulmanas casarem com homens não muçulmanos. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher não muçulmana mas um homem não muçulmano que queira casar uma muçulmana tem de se converter primeiro ao islão. Esta estratégia ainda hoje em vigor concorre para o espalhar progressivo do Islão.

Se, no século 7 o Islão, a promessa feita de inúmeras mulheres aos combatentes, como despojos de guerra e a entrega efectiva dessas mulheres a eles, já tornou o Islão tão forte, mais ainda em relação a outros espólios de guerra e ao negócio monetário com a venda das restantes mulheres “capturadas” como escravas; por aqui se pode ver e compreender onde assenta o profundo desprezo pelas mulheres na sociedade árabe e arabizada e como com o seu menosprezo e o comércio com elas contribuiu para o recrutamento de grande número de homens combatentes que viam na sua pilhagem uma grande fonte de poder e riqueza.

A diferença entre a tática de Maomé e o ISIS: O ISIS vende mulheres cristãs, Jesides, e prisioneiras xiitas com numeração através da Internet. Mohammed ainda não tinha estas vantagens técnicas. Estas mulheres sequestradas são violadas todos os dias dezenas de vezes e, em seguida, são consideradas “impuras” e “inúteis”, razão pela qual elas podem ser vendidas. O ISIS, tal como o regime muçulmano do século VII financia-se também com a pilhagem de materiais de suas conquistas. Se observamos a grande parte da história muçulmana, esta passa-se em  conquistas religiosas.

O facto de crentes de outras religiões poderem ser crucificados, está previsto no Corão: “O salário, daqueles que travam guerra contra Alá e contra o Seu Mensageiro (Maomé) e se esforçam por espalhar a corrupção no país, deve ser: que sejam mortos ou crucificados ou que as mãos e os pés lhes sejam cortados alternadamente (primeiro o braço depois a perna oposta seguindo-se o outro braço e a outra perna) ou que eles sejam expulsos do país” (Sura 5, 33-34).Também é ordenada a decapitação: ” E quando encontrardes os incrédulos, então fora com a cabeça até terdes feito uma matança entre eles; em seguida, amarrai a quadrilha! (Sura 47: 4-5).

A base do surgimento expansivo do Islão e do ISIS é o assassinato, a escravidão e o roubo. Entre Maomé e o aparecimento do ISIS ficam 1.400 anos em que o Islão se afirmou e manteve com o fomento do medo conseguindo chegar hoje a quase 1,5 mil milhões de fiéis!

Sem uma análise crítica de Maomé, impede-se o desenvolvimento do Islão e consequentemente o progresso de uma grande parte da humanidade. Continuar a manter a mulher como um meio para atingir um fim significa degradá-la ao papel de vítima ao longo de toda a História, significa oprimir metade da humanidade, significa impedir o desenvolvimento da humanidade, significa impedir a interação equilibrada e justa entre os seus dois princípios da feminilidade e da masculinidade. Neste sentido e não primeiramente devido aos muçulmanos, também a sociedade ocidental, embora proclame alto a igualdade de homem e mulher, concebe-a, porém, em termos de sociedade de matriz masculina. A sociedade muçulmana perpetua o patriarcalismo, e a sociedade ocidental aposta na masculinidade (Só que não está consciente disso, tal como acontece com a sociedade muçulmana não consciente do seu patriarcalismo exacerbado).

O caminho mais nobre para o indivíduo e para as instituições, embora espinhoso, é a procura da verdade. Tenho esperança que, com o tempo, se chegue a um estado de consciência em que o lobo e o cordeiro bebam da mesma água e se banhem juntos no mesmo ribeiro.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
www.antonio-justo.eu

(1). Os imãs e peritos islâmicos, para poderem acompanhar o tempo terão de recorrer à interpretação do Corão no contexto do tempo em que foi compilado e declarar muitas das passagens como alegorias. Naturalmente um tal empreendimento não será fácil dado o Corão ser considerado, no islão, a inlibração de Deus, o que fundamenta a posição dos extremistas. Os imãs muçulmanos que são cada vez mais na Europa, em contacto com uma sociedade aberta, não poderão continuar a pregar um islão próprio de sociedades homogéneas fechadas. Consequentemente o islão terá de permitir para a sua religião uma teologia de mãos dadas com a filosofia, tal como é tradição no mundo cristão.
Bibliografia:
Entre outra: O Corão traduzido para alemão (por Muhammad Rassoul).
Hamed Abdel Samad: “Mohamed”, 2015. – “Der islamische Faschismus: Eine Analyse”, 2014. – „Der Untergang der islamischen Welt: Eine Prognose“.
Mark A. Gabriel (antigo imã da mesquita Al Aksha e antigo professor da Universidade de Al Aksha em Cairo): “Islam and terrorism” e “Jesus and Muhammed”.