BOM ADVENTO! HOJE COMEÇA O ADVENTO

Com o advento começa a preparação para as festas natalícias e com o primeiro Domingo de Advento inicia-se também o novo ano litúrgico.

O Natal inicia, para os cristãos a época da reconciliação de Deus com o mundo.

No breu da noite brilham já as luzes do tempo de natal.

Os supermercados para nos adoçarem a boca para o Natal já começaram há mais tempo a vender os bolos enchocolatados do natal; para quem anda mais atento já notará nas suas prateleiras de baixo os Coelhinhos de Páscoa… O ritmo imposto pelo mudo moderno não suporta pausas porque perturbam o consumo!!!

O cristão pelo contrário vive na tensão litúrgica de esperança e paz. Por isso o ano litúrgico não é contado por anos porque nele não se trata de substituir o velho pelo novo; por isso hoje começa de novo o tempo velho e novo, o tempo sempre presente.

O Advento convida à meditação /oração e a refletir nos pontos altos do tempo: natal, páscoa, tempos também de espectativa, penitência e agradecimento.

Paulo dizia : “Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está mais perto de nós…”

O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura (presépio), por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7).

O Papa Fracisco explica muito bem o Presépio na sua Carta Apostólica (1)

Um outro artigo em Pegadas do Tempo sobre o Advento em nota (2)

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

VIVA O 25 DE NOVEMBRO

ESTE FOI O DIA EM QUE O 25 DE ABRIL PASSOU A SER DE TODOS OS PORTUGUESES

Com o 25 de Abril tínhamos um regime comunista e com o 25 de Novembro passamos a ter um regime democrático. O 25 de Abril devido ao 25 de Novembro passou a ser de todos.

A partir do 25 de Novembro de 1975  os cravos em Portugal passaram a não ter só a cor vermelha e o Sol começou a brilhar também para outros cravos! Se ficássemos só no 25 de Abril teríamos uma guerra civil!

Alguns saudosistas reivindicam um 25 de Abril só vermelho, só da sua cor e por isso são contra a comemoração do 25 de Novembro! Deste modo querem dividir o povo português. Não notam sequer que continuam a ser os beneficiados da sociedade portuguesa a nível de Constituição e dos publicistas da capital! Por isso Portugal continua a ter a esquerda menos evoluída da Europa (ao lado da espanhola).

Enquanto a esquerda portuguesa continuar alheia ao povo e à economia produtiva, não acompanhando a evolução da esquerda europeia, Portugal continuará a ser defraudado nas suas possibilidades de maior desenvolvimento!

No 25 de Novembro, Ramalho Eanes e Jaime Neves salvaram a liberdade ameaçada!

António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo

 


António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo

PARABÉNS BRASIL – PARABÉNS PORTUGAL

O emigrante português Jorge Jesus elevou o Brasil a campeão sul-americano
 
No final da Copa Libertadores, (23.11.2019) no Estádio Monumental de Lima, no Peru, o treinador português do Flamengo conseguiu que a sua equipa brasileira ganhasse à equipe argentina River Plate, por 2-1. Com esta vitória o Brasil garantiu o direito de participar da Copa do Mundo de Clubes da FIFA no Catar.
Muitos portugueses no Brasil estão felizes com o sucesso do seu conterrâneo. Os 40 milhões de adeptos do Flamengo também.
Jorge Jesus na Libertadores é à semelhança de outros portugueses um emigrante de sucesso e a dar sucesso onde atuam.
O emigrante português Jorge Jesus elevou o Brasil a campeão sul-americano! Seria esta mais uma oportunidade para muitos brasileiros com complexo de inferioridade começarem a olhar para os portugueses com mais carinho e reconhecimento. Os portugueses, de uma maneira geral têm muito carinho pelos brasileiros!
Imagine-se o que seria de Portugal se produzisse a nível político e económico personalidades do timbre de Jorge Jesus! Certamente ultrapassávamos a Suiça em bem-estar!
Parabéns Brasil, parabéns Portugal
António da Cunha Duarte Justo
in Pegadas do Tempo

O ABUSO DA EMOÇÃO ESTÁ A DESTRUIR A NOSSA CULTURA OCIDENTAL

«Viva a Emoção. Abaixo a Razão»

Li um texto do Prof. Dr. António Bento que é muito oportuno e esclarecedor de muita baixeza moral que se passa na comunicação social. Ele explica o porquê do abuso sistemático da emotividade usada por “profissionais” da opinião.
São usados títulos de notícias ou fotos emocionais com a intenção de levar as pessoas a chafurdar só nos sentimentos e de maneira a excluírem a própria razão.
A mensagem apelativa é dirigida apenas à parte instintiva ou emotiva da pessoa.
Todos os domínios da sociedade e da pessoa são intencionalmente abordados e apresentados de maneira a produzir reacções emocionais que se reduzem a duas tomadas de posição: agrado ou desagrado. O mecanismo é tão eficiente que muitas pessoas até ficam com a impressão que têm opinião fundamentada!
António Bento diz: “Na verdade, qualquer um dos variados âmbitos da actividade humana tende hoje a ser abordado a partir de uma perspectiva fundamentalmente ou exclusivamente emocional. Um slogan simplificador capaz de dar conta desta nova situação moral crítica em que nos encontramos poderia ser o seguinte: «Viva a Emoção. Abaixo a Razão». O seu pressuposto obscurantista é mais ou menos o seguinte: “Se as próprias neurociências nos permitiram recentemente descobrir que as emoções comandam tanto a vida privada como a vida pública, e se a razão é efectivamente escrava das paixões, então abandonemo-nos inteiramente às emoções e entreguemo-nos a todo o tipo de experiências garantidas pelo grande mercado político das emoções. Active-se, em cada indivíduo, a sua fibra mais passional. Abandone-se o raciocínio. Vá-se directamente ao coração. Emocionarmo-nos é bom. Raciocinarmos é mau”.
Uma sociedade em que se menospreze a razão passa a ser decadente porque produz um desequilíbrio entre inteligência emocional e inteligência racional em desfavor desta prevalecendo uma emocionalidade orientadora do agir que  proporciona uma moral de costumes doentia.
António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

DA POBREZA DE UM MUNDO DIVIDIDO ENTRE SOCIALISTAS E CAPITALISAS

A Luta subsidia os Lutadores e desfavorece os Pacíficos

António Justo

O mundo tornou-se num palco da guerra económica e ideológica entre as zonas de influência socialista da China e da Rússia e as zonas de influência capitalista dos USA. Também socialmente tem-se a impressão que nos encontramos em tempos pré-bélicos. Por todo o lado se propaga uma cultura da violência física e psíquica.

De um lado temos o capitalismo de raiz protestante fomentador das filosofias idealistas do liberalismo e do outro lado o socialismo de raiz materialista Marx-Lenine-Estaline-Mao. O muro da divisão encontra-se também no seio das sociedades. Se olhamos para a América latina, o “fascismo” de esquerda e de direita debatem-se aferradamente, sem consideração pelo destino do povo.

Nas zonas de antagonismos internacionais, como o conflito da Síria, dão-se as lutas pela aquisição de zonas de influência dos USA e da Rússia e da Turquia e Irão (islão sunita e islão xiita). De maneira agressiva, mas sub-reptícia, esta luta dá-se entre o capitalismo (USA) e socialismo (Rússia e CHINA) na América latina. Uma luta que é promovida pelo turbo-capitalismo e pelo socialismo, a acontecer à custa e em nome do povo e dos pobres, mas apenas em benefício de capitalistas e de socialistas. De facto, o socialismo real cria pobreza e o capitalismo liberal cria alguns novos ricos à custa da muita pobreza de muito povo. De um lado, temos falanges em nome da economia e, do outro, as falanges em nome da ideologia.

A sociedade precisaria de uma terceira via entre socialismo e capitalismo que poderia partir da doutrina social da Igreja que contempla a inclusão dos dois contraentes numa perspectiva de complementaridade ao serviço da pessoa e do bem comum; a doutrina social católica possui um fundamento intelectual mais abrangente (A economia social de mercado, que ao surgir tinha uma conotação católica conjuga o desempenho económico com o progresso social garantido).

Enquanto continuarmos a ser ferrenhos apoiantes de um sistema contra o outro (socialista ou capitalista), reduzimo-nos à qualidade de pequenos soldados mercenários da palavra a servir a guerra socialista e a guerra capitalista sob o pretexto de se querer servira a paz e a razão.

O capitalismo divide o mundo em ricos e pobres e o comunismo (tal como o islamismo) divide o mundo em duas falanges: os de dentro a defender e os de fora a combater-se (símbolo do punho serrado!). 

Neste sentido não há bons socialistas nem bons capitalistas; numa sociedade de transição precisaríamos de sociocapitalistas ao serviço de todos, sem que em nome do todo se domine a parte nem em nome da parte se domine o todo.

No meio de muita gente bem-intencionada, observa-se uma certa disfuncionalidade pelo facto das suas energias serem ordenadas por uma ideia confusa que conduz a um sincretismo que no fim se revela anárquico.

Em causa não deveria estar o serviço a uma ideologia ou confissão, mas sim a salvação da pessoa e do povo, nele e por ele mesmo. Isto só será possível mediante uma mudança radical de mentalidades e uma nova reflexão sobre indivíduo e sociedade que reconheça e integre os polos opostos. Uma estratégia política que divida o povo, para legitimar uma tentativa de solução social à direita ou à esquerda, impede o povo de andar em frente.

Os governantes, quer de esquerda quer de direita têm de reconhecer as leis naturais que regem a economia e a sociedade no sentido do bem comum digno para todos, doutro modo continuam a empobrecer a sociedade e tornam a justiça arbitrária. A sabedoria do povo diz-nos que o ótimo é inimigo do bom e a filosofia ensina-nos que a virtude se encontra no meio e não nos polos. Nos polos concentra-se também a energia da violência.

O Comunismo, nos países onde governa, costuma explicar a sua má administração com os «inimigos internos e externos», os atacantes e os atacados; o inimigo externo é personificado no capitalismo dos USA e o inimigo interno é personificado nas empresas do país… Por outro lado, o turbo-capitalismo costuma justificar a injustiça social com o argumento da liberdade e da concorrência estimuladora do mercado; assim justificam ambos a lei do poder e do direito do mais forte. A observação da História pode resumir-se no seguinte: enquanto o turbo-capitalismo faz os ricos mais ricos à custa da energia de muitos pobres, o socialismo gera alguns funcionários poderosos e ricos à custa, do adiamento até ao infinito, da esperança dos muitos proletários e pobres.

O socialismo do século XXI, depois do seu falhanço real e da repulsa popular na União Soviética, escolheu a América Latina para seu novo campo de acção prática, usando, para tal, o método da desestabilização social e económica e para a Europa optou pela implementação de agendas anticultura europeia, a ser propagadas por ONGs e até pela ONU.

Paz é o ponto de encontro dos polos opostos! Trabalhar para ela é contribuir para a compreensão dos polos e empenhar-se na sua inclusão.

©António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo