Estamos a passar da époa do consenso democrático partidário para a época da democracia das massas! Estas mostram-se alérgicas às maneiras da corte.
Uma população cada vez mais desconfiada de tudo e de todos, chega a pôr tudo à deriva. Por isso quem não é cortês tem o apoio das bases mesmo que questione instituições necessárias numa democracia. Urge mudar de rumo, todos precisamos de mudança.
Neste tempo da informação democratizada reina a opinião mesmo contra os próprios interesses como se nota no fanatismo muçulmano. Em tempos de luta entre culturas tudo se relativiza.
A corrupção da esquerda no Brasil, a corrupção dos Democratas nos USA, o sorgir de novos egocrtas (narcisismo cultivado), uma Justiça em Portugal aplicada só aos pequenos, provoca o surgir de novos vícios.
O Trumpismo polariza e deste modo os polos tornam-se mais evidentes. Os extremos tocam-se: ambos querem provocar o caos das instituições para poderem ter eles a chance.
Facto é que a corrupção e os interesses partidários têm-se vindo a afirmar nos aparelhos do Estado, encontrando legitimação no interior da democracia. A confiança nas instituições democráticas encontra-se enfraquecida dado a corrupção e favoritismos surgirem já do interior da democracia. O nacionalismo demagógico e o internacionalismo ideológico complementam-se. E depois admiramo-nos do surgir de fenómenos pessoalmente estranhos como Trump!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
José Sócrates foi dos que mais danos causaram ao país. A sua governação fica marcada por casos de evidente corrupção e pela promiscuidade entre interesses privados e gestão pública. Foi nos seus mandatos que se contratou a maioria das parcerias público-privadas. Neste modelo de negócio, o Governo garantiu aos seus concessionários rentabilidades milionárias a troco de risco… zero! O Estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos. Com as PPP, Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2037. Ainda nacionalizou o Banco Português de Negócios, assumindo todos os prejuízos e deixando o património valiosíssimo aos seus antigos donos.
Sócrates foi primeiro-ministro há já mais de dez anos e os casos de corrupção em que esteve envolvido ainda não começaram sequer a ser julgados. Ainda nem sequer se sabe se vai haver julgamento! Que Justiça é esta que nunca chega?