PLANO NACIONAL PARA AS FLORESTAS

PNA (Plano Nacional de Ação (1) no combate aos fogos até 2030

 

O governo prevê para o ambicioso plano 7.000 milhões de euros. Segundo o presidente da Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), o PNA  exige “um esforço brutal” mas constitui “uma chance” para enfrentar o problema dos incêndios florestais.

No âmbito do combate às alterações climáticas no sentido do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, o governo deu passos concretos no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (2).

O Programa Nacional de Ação (PNA), procura concretizar neste âmbito as opções estratégicas assumidas e definidas no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR). Tem a finalidade de até 2030 valorizar os espaços rurais, cuidar dos espaços rurais (manterão tratados 1,2 Milhões de hectares, até 2030), modificar comportamentos (reduzindo em 80% as ignições) e de gerir o risco eficientemente (reforçando recursos humanos, pensando-se até 2030 poderem ser criados “60 mil postos de trabalho”).

Assim o compromisso global em relação às metas do clima conforme o Roteiro para a Neutralidade Carbónica evitará a emissão de 47 Megatoneladas de equivalente em CO2 acumuladas até 2030.

É de esperar que na implementação da resolução sobre clima imperem os interesses do país sobre interesses de grupos!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

1° DE MAIO – DIA DO TRABALHO (TRABALHADOR)

Vem aí o  “proletariado digital”

 

O presidente da DGB (federação sindical alemã), aproveitou a ocasião do dia do trabalho para alertar

para os riscos que a digitalização e o florescente comércio na Internet representam para os trabalhadores. Existe a ameaça de um “proletariado digital”, com vista, por exemplo, às relações de emprego que existem em parte já no comércio na Internet. Apelou para ao emprego sujeito a contribuições para a segurança social.

De facto, encontramo-nos no início de uma nova revolução: uma revolução tecnológica/digital que mudará profundamente as relações de trabalho!

Os robots e a inteligência artificial causarão certamente consequências, no viver das pessoas, não menores das que causou a passagem da sociedade agrária para a sociedade industrial citadina (com a revolução industrial) no trabalho e nas relações sociais e humanas.

Para todos um dia feliz dia!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

ÂNGELA MERKEL

REPRODUZO AQUI UM TEXTO DE FRANCISCO H. DA SILVA SOBRE ÂNGELA MERKEL
O Texto do Embaixador sobre a chanceler Ângela Merkel é um testemunho adequado e digno de uma política exemplar que honra o posto político que ocupa numa atitude de serviço.
“Merkel
A Alemanha disse adeus a Merkel com seis minutos de calorosos aplausos. Os alemães escolheram -na para liderá-los, e ela liderou 80 milhões de alemães por 18 anos com competência, habilidade, dedicação e sinceridade. Durante esses dezoito anos de liderança da autoridade no seu país, não houve transgressões contra ele. Não designou uma secretária para nenhum de seus parentes. Não afirmou ser a criadora da glória. Ela não lutou contra aqueles que a precederam. Quando falava não dizia asneiras . Não apareceu nos becos de Berlim para ser fotografada. Ela é a mulher que foi apelidada de “A Senhora do Mundo” e foi descrita como o equivalente a seis milhões de homens. Há poucos dias Merkel deixou a posição de liderança do partido e entregou-a aos que a seguiram, e a Alemanha e seu povo alemão estão em melhor forma do que estavam quando ela chegou. A reação dos alemães foi sem precedentes em toda a sua história. Toda a gente nas cidades saiu para as sacadas das casas e aplaudiu calorosa e espontaneamente por 6 minutos contínuos. Ao contrário da nossa realidade populista, não houve elogio, hipocrisia, representação ou exagero. A Alemanha permaneceu como um só corpo despedindo-se da líder da Alemanha, uma física química que não se deixou seduzir pela moda ou pelas luzes e não comprou imóveis, carros, iates ou aviões particulares, sabendo que era da ex-Alemanha Oriental. Ele abandonou o seu posto depois de deixar a Alemanha na liderança. Dezoito anos e não trocou de roupa. Numa conferência de imprensa um jornalista perguntou a Merkel: – reparo que o seu vestido é repetido, a senhora não tem outro? Ela respondeu: – Sou funcionária do governo e não modelo. Noutra conferência de imprensa perguntaram-lhe: – A senhora tem empregadas domésticas que fazem a limpeza da casa, preparam as refeições, etc.? A sua resposta foi: – Não, não tenho trabalhadores e não preciso deles. O meu marido e eu fazemos esse trabalho em casa todos os dias.
A Sra. Merkel mora num apartamento normal como qualquer outro cidadão. Este apartamento é aquele na qual ela vive desde antes de ser eleita Primeira-Ministra da Alemanha e não o deixou, e ela não possui uma mansão com empregados, piscinas e jardins. Esta é Merkel, a primeira-ministra da Alemanha, a maior economia da Europa!”
Francisco H. Da Silva

MANIPULAÇÃO DE LINGUAGEM PROGRAMADA  TECNOLOGICAMENTE

 

Não sei se já notaram! Quando escrevemos no computador, e fazemos uso das aplicações  de correctores de palavras, ou usamos programas de tradução ou até de aplicações de sinónimos, estamos, por vezes, a ser manipulados.

Na correcção automática do programa de escrita Word verifiquei que, por vezes,  há palavras só com a morfologia brasileira no corrector de vocabulário; também na aplicação  referente a sinónimos se dá o mesmo; por exemplo, esta aplicação apresenta a  palavra corruptores, também, com o significado de conservadores. O mesmo acontece em dicionários.

Também, quando lecionava português, verifiquei em gramáticas a ausência do uso da segunda pessoa do plural “vós” e um encosto ao falar brasileiro.

Este e outros processos de manipulação em via contribui para o empobrecimento da língua portuguesa em relação a outras línguas europeias! Como exemplo muito concreto temos o uso dos pronomes pessoais.

Estas manipulações altamente programadas são automaticamente assumidas por utilizadores que inocentemente adoptam a manipulação sugerida.

Quis aqui só falar de algum aspecto de abusos usados em  tecnologias, que, por si mesmas, nos prestam grandes serviços, simplificando-nos a vida!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A RESPEITO DA PRECOCIDADE DE EVA E DO SEGUINTE POSTER

 “Ele comeu mais uma mulher”

 

 

Uma certa masculinidade exacerbada costuma usar a expressão “comer” também para indicar o coito com uma mulher!

Independentemente de um homem comer uma mulher ou de uma mulher engolir um homem, para não considerar essa expressão de mau gosto, posso vê-la relacionada com as recordações inconscientes das práticas comuns aos  animais que sentiriam um certo prazer-ternura ao mastigar a presa!!! Certamente um carinho que terá levado o homo sapiens a não ter apenas uma dedicação carnal!

Se Adão tivesse “comido” a Eva antes de Eva o ter acordado para a razão (capacidade de diferenciar) ainda hoje continuaríamos no paraíso terreal dos animais! O grande mérito de Eva (a mulher)  em relação a Adão (homem) é tê-lo arrastado do ciclo instintivo meramente automático animal, passando os dois a viver na tensão que mantem mulher e homem em relação de complementaridade!

Esta tensão (cumulada no orgasmo) e o desejo de superação da morte são os grandes factores de desenvolvimento humano!

O apetite sexual mais latente no homem também se revela na expressão “comer uma mulher com os olhos!  Talvez seja este o rito inicial para a conquista da pessoa! Isto, porém, não legitima ninguém a considerar a mulher como objecto de colecção!

O instinto sexual engloba mais que o mero instinto de posse ou de redução da mulher a um objecto!

Independentemente da gíria usada, é significativa a relação do consumar (consumação) no casamento sem termos de ser necessariamente canibais! Seguindo a lógica implicada no “comer” teríamos aqui o alimento consumado na união, no matrimónio, comendo-se um ao outro!

Fundamental nas relações sexuais é a atitude de respeito, amor e  de pertença recíproca onde desejos e necessidades se complementam mutuamente!

Que principalmente as mulheres se insurjam contra o uso de tal expressão é legítimo e mais que natural, atendendo à conatação machista que contem!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo